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Mai07
Chaves, Rua Verde, nº 35
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Rua Verde, nº 35, aqui, além do conjunto, tudo são pormenores.
Jardins e orquestras suspensas, protecções contra intempéries e protecções contra atrevidos, e o banco-sofá, para dois porque são dois, está estrategicamente arrumado, quer para receber o sol de Inverno ou o fresco das noites de verão, onde as “bases” são tratadas devidamente com almofadas devidamente arrumadas à espera do assento dos seus donos e do gozo das suas reformas e até a parabólica está devidamente orientada para “futebóis” e outros que tais.
Esta Rua sempre me encantou por ser assim uma espécie de rua-ilha e que tem o pormenor de terminar ou começar em escadas (um dos três ou quatro exemplares da cidade de rua com escadas), mas também entristece, porque à excepção da vida desta velha casa e/ou lar, tudo o resto na rua está abandonado ou quase. O Casal, é assim, o dono da rua, casal simpático em que a Rua é mais um compartimento da sua casa e conhecidos pelo gosto de arrumar tudo arrumadinho à sua porta e passear, hoje, sobretudo memórias de tantas memórias terem guardado e sempre presentes nos ideais do povo.