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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

28
Fev07

Um banco de amor, de dor e até de hospital...


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Parte 1

Não sei se o Luís Mesquita conquistou a Nina ou não, a mensagem ficou, o resto, são encontros ou desencontros da vida, romance, paixão, aventuras e desventuras, traições, algum carinho, amizade e muitas confidências e se a coisa continua, ainda correm o risco de terminar no altar – o que um banco de jardim pode fazer, dizer ou contar de tanta juventude que neles se deixam seduzir e encontrar.

 

Intervalo

Por aqui o que vai estando na ordem do dia são a manutenção ou não das as urgências do Hospital. A decisão cabe ao todo poderoso Ministro da Saúde em cair ou não nas graças da população flaviense. O povo já disse o que queria, quer urgências, mas tal como em eleições e referendos, antes de uma decisão, entra-se em fase de reflexão, faz-se um intervalo, depois logo se vê, a luta continuará ou não. Resta-me acreditar que os nossos argumentos irão ser suficientes para contrariar uma decisão que já parece estar tomada. Mantenho a velinha acesa pelas urgências de Chaves!

 

Parte 2

O Luís e a Nina aproveitaram ou não o banco para o amor. Mas há os que o aproveitam para a consolação da dor. É para isso que os bancos de jardim são feitos, para sentar neles o amor, mas também o descanso de quem se cansa, os pesados anos que se carregam e o alívio da dor, de quem tem dor. Este é convidativo a reumatismos e outras maleitas dos ossos. Resguardado pela retaguarda, é só sentar e aproveitar o sol, só há que ter cuidado com a cabeça, por isso convém protege-la com um chapéu ou até com um lenço atado nas quatro pontas, seja como for, o Inverno ainda por aí anda, e um bocadinho de sol apanhado num banco de jardim, é sempre bem-vindo, só convém proteger a cabeça e não abusar ou adormecer.

 

Fim ou em inglês, como nos filmes, The End!

Como sempre os dias terminam e como sempre um novo dia amanhece, e o amanhecer dos dias está para a esperança, como o entardecer está para a saudade… bem, acho mesmo que o melhor é terminar e dizer até amanhã, como sempre nesta bela e nobre cidade de Chaves.

 

Até amanhã!

 

27
Fev07

Hospital de Chaves - Intervalo!


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Assisti atentamente e sozinho ao debate do Prós e Contras na RTP1 e, para não perder pitada do assunto, enquanto ia ouvindo ia tomando notas e escrevendo esta crónica.

 

Já tinha a minha crónica quase pronta quando o ministro, com a afirmação: “tenha calma que Chaves está à frente e por razões muito poderosas” respondia assim ao Presidente da Câmara de Valença, já depois de ter respondido ao Presidente da Câmara de Chaves, que Chaves, possuía um moderno e belíssimo Hospital, que merece muito mais a vai tê-lo.

 

O Sr. Ministro, com as suas palavras, fez-me riscar tudo que tinha escrito, pois acabava por deixar uma porta aberta ou uma réstia de esperança para a cidade de Chaves. Aliás a própria jornalista e moderadora do programa chegou à conclusão que em Chaves teria que se chegar a acordo com a assinatura de um protocolo.

 

A esperança é a última a morrer, vamos esperar pela reunião do Sr. Ministro com o nosso Presidente da Câmara para ver o que ele tem a propor para Chaves, mas convém desde já não esquecer que a nossa luta é pela manutenção das Urgências Médico Cirúrgicas no Hospital de Chaves, e é isso, que a nós povo nos interessa, quanto ao resto que o Sr. Ministro queira fazer ao Hospital de Chaves e, como dizia Zeca Afonso, seja bem-vindo o que vier por bem.

 

Quanto ao debate do Prós e Contras, não cheguei a entender muito bem, nas mesas, onde estavam os do contra, acho mesmo que não estavam em nenhuma delas, aliás, além dos contras regionais como o de Chaves e Valença, o único contra que se levantou e que pôs o dedo na verdadeira ferida, que passa também pelo regime remuneratório dos médios, foi o médico “careca” Diogo Cabrita.

 

Quanto ao nosso presidente da Câmara, acho eu e a opinião é pessoal, que está mandatado por todos os flavienses para ir defender a manutenção das urgências médico cirúrgicas no hospital de Chaves perante o Ministro da Saúde, mas que não caia na asneira, como já se caiu no passado, de trocar alhos por bugalhos, porque o que o povo flaviense quer mesmo são as URGENCIAS MÉDICO CIRÚRGICAS NO HOSPITAL DE CHAVES.

 

Convém não esquecer que em público os políticos usam de manhas estranhas e mais astutas que as da raposa, parecem dizer aquilo que não dizem, e esquivam-se, como as doninhas, por entre redes apertadas às barreiras e questões que lhes aparecem pela frente. O Sr. Ministro teria resolvido hoje tudo se tivesse dito que em Chaves, as urgências seriam mantidas tal como existem, mas não o disse.

 

Eles falam-falam, falam-falam e não dizem nada!. Queira Deus que em vez de Lebre não venha por aí também um gato e fedorento.

 

E até à tal reunião, tenho dito, vamos para o intervalo, e até acendo uma velinha pelas nossas urgências!

 

26
Fev07

Chaves - Rua do Correio Velho/R.Gen. Sousa Machado


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Já estava com saudades destas ruas que sempre encantam. Estranha-se a pouca vida mas agradecem-se as suas linhas e a sua arquitectura.

 

Quanto à rua, insiste-se em não conhece-la pelo nome, embora tenha nome de flaviense ilustre. Tal como as Freiras (agora largo), esta rua também é popularmente conhecida por Rua do Correio Velho que, também já em tempos, teve nome de Rua Nova. Mas o facto é, que esta é a Rua General Sousa Machado.

 

Fica aqui uma pequena contribuição para ficarmos a conhecer o General.

 

“António Júlio de Sousa Machado, nasceu em Vidago em 20-11-1849. Era filho de José Timóteo de Sousa Machado e de Florinda de Sousa Machado. Estudou em Braga e no Porto. Ingressou na Escola do Exército onde tirou o curso da arma de infantaria e assentou praça como voluntário em Outubro de 1867, sendo promovido a alferes graduado em 1870 e em 1875 a tenente, em 1882 a capitão e em 1891 a major. Em 5 de Outubro de 1910 era General. Reformou-se em 1911, passando a viver em Lisboa, onde faleceu em 3-6-1930 com 81 anos.

 

Foi o herói de Manjacase e Coolela, em Moçambique. Foi comendador da Torre e Espada de Valor, Lealdade e Mérito; Cavaleiro, Comendador e Grã-Cruz da Ordem Militar de S.Bento de Aviz; recebeu a Medalha de Ouro de D.Amélia”.

 

In Toponímia Flaviense, de Firmino Aires

 

E por hoje é tudo, até amanhã, de novo em Chaves.

 

Claro que a luta pelas urgências do Hospital de Chaves, não está esquecida, quando houver novos acontecimentos, eles passarão também por aqui. Para hoje, mais logo à noite, não esqueça os Prós e Contras, na RTP1, onde pela certa o problema de Chaves também estará em debate.

 

Até amanhã!

 

25
Fev07

Chaves Rural - Mosteiró de Baixo


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Woody Allen, uma vez referindo-se à classe política dizia: “Infelizmente, os nossos políticos ou são incompetentes ou são corruptos. Às vezes ambas as coisas no mesmo dia”

 

Vem isto a propósito da nossa aldeia de hoje, uma aldeia tipicamente transmontana que há coisa de 25 anos atrás não tinha água canalizada, electricidade, telefone, televisão, nem estradas ou ruas pavimentadas, mas que ia tendo gente. Aos poucos a gente das nossas aldeias foi fugindo e emigrando para locais onde tinham trabalho e também condições mínimas de vida.

 

Os políticos deram-se então conta que era necessário investir nas aldeias e no interior para que não ficasse deserto, e então toca a levar electricidade para as aldeias, canalizar água, levar telefone e televisão a toda a gente, pavimentar estradas, caminhos, becos e largos, construir escolas e postos de saúde e tudo mais, investiram-se largos milhares de milhões de contos em infra-estruturas por esse Portugal interior fora e não houve nenhum iluminado que tivesse dado conta que as aldeias já não tinham gente jovem e que essa mesma população sempre viveu e vivia da agricultura e da pecuária e que durante anos nada se fez por dar o pão para a boca a essa mesma população. Davam-se subsídios para arrancar oliveiras e plantar vinhas, para florestar e abater, para tractores, para gasóleo, para isto e para aquilo, subsídios que eram negociados e distribuídos em gabinetes e em projectos de resmas de papel e desenhos, enquanto que nos campos cresciam ervas e mato e alguns até aproveitavam para comprar um tractor para ir à missa ao domingo. Toda a minha boa gente sabe e sabia como o esquema funcionava, bastava arranjar os “papeis” de uns hectares de terreno, umas declarações e venha o subsídio. Claro que, como sempre, houve algumas excepções. No entanto basta dar uma olhadela pelo nosso concelho rural para compreender onde todo esse dinheiro não foi investido.

 

Enfim, já nem vos quero falar de lobos e ovelhas… raposas e outras manhas da arte de “bem governar” contas bancárias e reformas chorudas enquanto o Zé povinho continua a procurar o pão para a boca onde o vai havendo, e nas nossas aldeias, não o é com certeza porque os nossos iluminados políticos andam mais preocupados com outros altos voos onde podem pelo menos criar mais umas empresas e algumas instituições onde possam garantir o seu futuro após a reforma.

 

Mas voltando às aldeias. Agora que têm tudo, não têm gente, porque os seus fugiram para as cidades, só espero que tivessem escolhido bem a cidade, pois algumas, como a nossa, com as políticas de centralização que se vão praticando por Lisboa, não tarda nada e transforma-se também em mais uma aldeia transmontana, onde até tem de tudo e onde o Estado investiu durante anos em grandes escolas, quartéis de Polícia, Guarda Fiscal, GNR, Exército, Pontes, estradas, ETAR’s, saneamento básico, reforço de infra-estruturas,  Escolas Profissionais, GATAT, Serviços Agrícolas, Hospital, Centros de Saúde, Cooperativas, Tribunais,  Parques Empresariais, Plataformas Logísticas, Mercados Abastecedores…etc, etc, etc, a grande maioria construídos nos últimos 20 a 25 anos. Milhares de milhões de contos gastos para agora os de Lisboa dizerem aos poucos ir fechado e inutilizado tudo isto e com o fecho levar também a gente. Claro que os nossos jovens já não olham para Chaves como uma cidade de futuro.

 

Talvez nos reste a consolação de quando estes políticos mudarem, mudar também a sua política, e em vez de centralizar, a política seja de novo descentralizar para o interior e para as cidade mais pequenas. Claro que com isto lá vão mais uns milhares de milhões de contos a fazer e desfazer, pois só assim poderemos garantir que os nossos políticos sejam corruptos e incompetentes ao mesmo tempo, como dizia Woody Allen. Uma coisa é certa, alguém se vai governando ou governar com todos estes desgovernos.

 

Enfim, os desabafos que não nos fazem ter com o fecho de umas urgências de um hospital, que até me fazem esquecer que o dia de hoje aqui no blog é dedicado a uma aldeia, neste caso a Mosteiró de Baixo.

 

Então vamos lá: Mosteiró de Baixo fica a 12 quilómetros de Chaves e pertence à freguesia de S.Julião de Montenegro. O acesso à aldeia faz-se pela E.N. 213 que liga Chaves a Valpaços e que logo após S.Lourenço se vira à direita em direcção à Cela, Tresmundes e Mosteiró.

 

É uma das nossas aldeias típicas flavienses, onde se praticava uma agricultura de subsistência, alguma criação de gado, pastorícia e floresta. Disse praticava, pois agora a aldeia está reduzida a meia dúzia de habitantes que ainda recebem orgulhosamente os seus emigrantes no mês de Agosto.

 

Até amanhã de novo de volta à cidade onde também não irão faltar as notícias sobre as nossas urgências. Para já fica anunciado o programa televisivo Prós e Contras que amanhã estará no ar precisamente com o tema saúde e onde irá estar presente o Presidente da Câmara Municipal de Chaves.

 

24
Fev07

Vila Verde da Raia


Foto gentilmente roubada ao site de Vila Verde da Raia.

 

E como já há muito vem sendo hábito neste blog, como hoje é sábado, vamos até mais uma aldeia do Concelho, desta vez até Vila Verde da Raia.

 

E nem a propósito, ou como se costuma dizer, com um tiro, matamos vários coelhos. O primeiro, a respeito da luta flaviense pela manutenção das Urgências Médico Cirúrgicas do Hospital de Chaves, pois geralmente é sempre em Vila Verde da Raia que as manifestações iniciadas em Chaves, terminam. E a razão é simples, é que Vila Verde é terra de fronteira e qualquer concentração na fronteira, inevitavelmente acaba por um corte da mesma, e cortes, fazem a delícia noticiosa de qualquer estação de televisão, rádio ou jornal…

 

Mas hoje o que interessa é mesmo é Vila Verde da Raia e de Vila Verde pela certa que muito há a dizer. Desde deliciosas estórias de contrabando, a nossa velhinha praia do açude (reproduzido em foto) e também muita história, não fosse Vila Verde a entrada (vindos de Espanha ou melhor Galiza) para o vale de Chaves.

 

Mas sobretudo hoje interessa dizer que Vila Verde da Raia já tem sítio na Internet em http://www.vilaverdedaraia.com que passará a ser mais um sítio do concelho virtual a visitar e lá descobrir o que um filho da terra tem a mostrar e a dizer dos seus. A autoria do site é de João Branco e ao blog Chaves, só resta mesmo desejar felicidades ao site e dar os parabéns ao autor e a Vila Verde da Raia. Aos poucos vamos compondo o nosso concelho virtual, oferecendo-o a todo o mundo.

 

Claro que a partir de hoje passará também a ter link neste blog.

 

Até amanhã em mais uma aldeia do concelho.

 

23
Fev07

E tudo começou aqui...


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Aqui, em frente a este edifício, durante mais de 60 anos, chegavam e partiam diariamente comboios, mas, em finais de 1989 os de Lisboa ditaram que a Linha do Corgo deveria ser encerrada e nunca mais houve comboios em Chaves. Já então era mais fácil encerrar que requalificar ou melhor, já então (como sempre) em Lisboa mandava-se e por cá acatava-se, sem direito a mas, nem meios mas. Infelizmente nem sequer houve a visão de turisticamente aproveitar o velho Texas numa ligação inter-termal pelo menos entre Chaves e Vidago que bem poderia prolongar-se até Pedras Salgadas e Vila Pouca de Aguiar. Só quem não viajou no velho Texas é que não sabe o que se perdeu em termos turísticos.

 

O comboio, nas minhas recordações, foi o primeiro roubo que fizeram à cidade de Chaves. A partir de aí, aos poucos, vão-nos roubando e cada vez mais, desprezados, condenando-nos à nossa interioridade e outros ostracismos, e ainda por cima somos gozados quando os de Lisboa dizem que nos levam as coisas para combater assimetrias.

 

Todos nós durante anos sonhamos com a IP3 que até passou a Auto-Estrada. Aplaudimos de pé o presente envenenado. Pensávamos, porque está no nosso ser de flavienses, como gente de bem, acreditar, que a Auto Estrada nos iria trazer coisas e nunca ninguém imaginou que o que serve para trazer, também serve para levar e aos poucos, vão-nos levando e chupando o pouco que temos.

 

Embora à primeira vista pareça haver certas contradições nos ganhos e nas perdas, eles, todos, estão aí para nos chuparem até ao tutano num convite constante à partida.

 

Vejamos então as contradições. A população aparentemente cresceu (segundo os últimos Censos) e embora a população cresça, vão-nos roubando o pouco que íamos tendo, e cada vez mais se pensa em centralizar organismos, ensino, saúde, justiça, segurança e por aí fora, um convite constante a criar (como diz a da novela dos putos) hiper-megas centros populacionais e deixar o resto de “poulo”, para paisagem e está incrivelmente tudo concertado. Vão-nos levando primeiro os organismos e instituições enquanto que os chupa-dinheiro, como bancos, grandes e médias superfícies encontraram em Chaves o paraíso para nos roubarem também as nossas economias.

 

Se o rumo das coisas não mudam, infelizmente lá terei que dar razão aos que dizem que querem transformar o nosso território numa coutada de caça e os que teimosamente ficarem, vão ser apontados e identificados como indígenas transmontanos, uma espécie em vias de extinção. Mas o que mais custa, mas que custa mesmo, é que os de Lisboa, não passam de arrogantes filhos mal paridos que renegam as origens provincianas e que facilmente esqueceram o engaço que os criou e lhes deu de comer e os estudou para hoje serem doutores e engenheiros que lá de cima do seu pedestal vomitam arrogâncias para os seus e para o seu passado e que Deus não os perdoe porque eles sabem bem o que estão a fazer… ou seja, estão-se a _______________________ para nós -(deixo-vos, no espaço em branco, com a liberdade de escolherem o termo a aplicar).

 

Pois eu pela minha parte, ainda para mais com o fecho da maternidade, já começo a ser e a pertencer a uma espécie rara em vias de extinção e que dá pelo nome de FLAVIENSE.

 

Por isso, meus caros, só temos duas soluções: -calamos, consentimos e deixamos morrer a espécie ou então, lutamos com todas as armas que temos e dignificamos o ser FLAVIENSE e os milhares de anos da sua história.

 

Eu, estou em luta, lutando e honrando a terra que me viu nascer, crescer e que me há-de comer e hoje já nem luto por mim, mas pela felicidade da terra dos meus filhos, onde gostaria também de ver nascer os meus netos, provincianos (talvez) mas flavienses com direitos e com qualidade de vida.

 

É tempo de dizer BASTA! Não é só deveres e obrigação, também temos como todos, democraticamente e em pé de igualdade, direitos, pelo menos os direitos básicos e constitucionais como direito ao pão, à habitação, à educação, à saúde e sobretudo à liberdade, que também passa por podermos escolher a terra onde viver, sem assimetrias, como os de Lisboa tanto apregoam e pouco praticam.

 

Eu, como Flaviense, estou em luta.

 

Até amanhã, em Chaves e a lutar por Chaves.

 

23
Fev07

Ainda as Urgências e o que diz o Ministro


Ainda antes de ir-mos até ao post de hoje, deixo aqui o comunicado do Sr. Ministro da Saúde em resposta à nossa manifestação de ontem.

Sublinho e realço a vermelho as mentiras, a azul as contradições e a verde a areia que nos atira para os olhos, pelo menos naquilo que a nós diz respeito.

 

Então reza assim:

Ministério da Saúde emite comunicado sobre a requalificação do serviço de urgência de Chaves - 21.02.2007

O processo de requalificação da rede de serviços de urgência visa assegurar atendimento urgente/emergente num sistema organizado e hierarquizado de prestação de cuidados, transporte e comunicações, que concilie uma assistência de qualidade com princípios de equidade, eficácia e eficiência.

Os princípios que estiveram na base deste trabalho foram:

*       a) três níveis de resposta dos Serviços de Urgência, definidos em conformidade com o determinado no Despacho n.º 18459/ 2006, de 30 de Julho;

*       b) o tempo de resposta ao local;

*       c) o tempo de trajecto ao serviço de urgência, considerando um tempo máximo de 60 minutos até ao ponto de rede mais próximo;

*       d) os pontos de rede por capitação;

*       e) a mobilidade sazonal da população;

*        f) o risco de trauma;

*       g) o risco industrial;

*       h) a actividade previsível no serviço de urgência;

*       i) e o horário de funcionamento dos pontos de rede.

O resultado global desta rede requalificada irá permitir que 90,1% da população portuguesa passe a estar a menos de 30 minutos de um serviço de urgência e que 99,4% esteja a menos de 60 minutos, reflectindo-se numa melhoria efectiva do acesso, bem como numa redução das assimetrias regionais existentes.

Após recepção do Relatório técnico, o Ministro da Saúde tem vindo a negociar com as instituições e Municípios envolvidos. O Sr. Presidente da Câmara Municipal de Chaves pediu para ser recebido e esse pedido foi logo despachado prevendo-se a realização dessa audiência para a primeira quinzena de Março.

O Presidente da Câmara Municipal de Chaves e os outros Munícipes do Alto Tâmega, todos eles pertencentes ao Partido Social Democrata (PSD), entenderam convocar uma manifestação que perturbou a ordem pública e a livre circulação dos cidadãos, interrompendo assim as negociações que o Ministério da Saúde, paulatinamente, estava a desenvolver.

O Ministro da Saúde, lamenta esta decisão unilateral e pretende transmitir o seguinte:

1. Tal como ainda hoje afirmou o Sr. Presidente da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), a actual caracterização do serviço de urgência do Hospital de Chaves manter-se-á inalterada até que ocorram melhorias das acessibilidades à Unidade Hospitalar de Vila Real que integra o mesmo Centro Hospitalar de Chaves (Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro EPE) devendo, então, ser preparado o encerramento do apoio cirúrgico no Serviço de Urgência Básica (SUB) de Chaves, em virtude de funcionar um Serviço de Urgência Polivalente (SUP) na Unidade Hospitalar de Vila Real.

Convém lembrar que no Hospital de Chaves, em 2005, verificaram-se 174 atendimentos/ dia no serviço de urgência, dos quais só 7,3% ocorreram entre as zero e as oito horas (13 episódios/noite). No que respeita à actividade cirúrgica urgente, realizou-se uma média de 3 cirurgias por dia e menos de uma cirurgia por semana realizada no período nocturno.

Em termos de recursos humanos, trabalham 7 médicos cirurgiões (dos quais só 2 têm idade para serem escalados para serviço nocturno), 4 anestesistas (dos quais só 1 tem idade para ser escalado para serviço nocturno), 11 internistas (dos quais só 6 têm idade para serem escalados para serviço nocturno), 4 ortopedistas (dos quais só 3 têm idade para serem escalados para serviço nocturno), 2 patologistas clínicos (dos quais só 1 tem idade para ser escalado para serviço nocturno) e 2 radiologistas.

Nos centros de saúde de Chaves I e II, Boticas e Valpaços, trabalham 49 médicos de clínica geral e medicina familiar, que asseguram assistência à quase totalidade da população.  

No distrito de Vila Real existem duas VMER’s, localizadas nas unidades hospitalares de Chaves e Vila Real.

2. Considerando a actividade assistencial descrita, pretende-se ainda que:

*       a) Os centros de saúde, da área de influência da unidade hospitalar de Chaves, assegurem a sua actividade, designadamente uma “consulta aberta” para dar resposta aos casos agudos não programáveis, das oito às vinte e duas horas, todos os dias úteis e das nove às quinze horas aos fins de semana e feriados;

*       b) Sejam adquiridas pelo INEM as ambulâncias e o helicóptero e formados os necessários recursos humanos ao seu funcionamento, de modo a garantir a toda a população do distrito de Vila Real o socorro e transporte pré-hospitalar dos doentes urgentes e emergentes, 24 horas por dia, o que deverá ocorrer até 1 de Outubro de 2007.

O Ministro da Saúde,
António Correia de Campos

Lisboa, 21 de Fevereiro de 2007

 

Aqui fica o link para o comunicado:

 

 http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/ministerio/comunicacao/comunicados+de+imprensa/comunicado+urgenciachaves.htm

 

Até já!

21
Fev07

O Povo saiu à rua com carácter de urgências


desculpem só agora vir com a prometida reportagem, mas tal como a saúde (que nos querem roubar) também o prometido choque tecnológico ainda não chegou a minha casa, e em termos de alojamento de conteúdos a minha net arrasta-seeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, tempo sem fim.

Mas mais vale tarde que nunca e vamos ao que interessa.

9H00 – Muito frio com temperaturas a rondar os 0ºC e a cidade mergulhada no nevoeiro, vivia a normalidade dos dias, de um dia que prometia não ser igual.

 

10H00 – Os passos das gentes nas ruas multiplicavam-se, alguns mais apressados e em todos uma certa agitação.

 

10H05 – Freiras – Individualmente ou aos magotes, centenas de pessoas começam a chegar e a encher as Freiras.

 

10H10 – As freiras estão repletas, cheias como um ovo, a rebentar pelas costuras, eu sei lá…, milhares, praí 3000, dizem os menos optimistas. À vontadinha 7 ou 8.000 pessoas, dizem os mais optimistas. Mas tal como nas greves, entre dados dos Sindicatos e do Governo, acho eu que o meio termo estará mais correcto, 5.000 pessoas, que foram crescendo e engrossando as Freiras e as Ruas da cidade.

 

 

No palco improvisado, estavam pelo menos os Presidentes das Câmaras de Chaves (PSD), Valpaços (PSD) e Montalegre (PS), bem como representantes do PSD e PS locais, e só digo isto, para que o Sr. Ministro saiba que não foi uma manifestação partidária das Câmaras Sociais Democráticas do alto Tâmega, tal como referiu nas rádios nacionais no decorrer da manifestação. Que fique a saber o Sr. Ministro, que a manifestação de Chaves, tal como as de Montalegre, Vila Pouca de Aguiar, Valpaços, Boticas e Ribeira de Pena, foram manifestações do povo, de todo o povo, que se sente roubado, revoltado e até humilhado.

O Sr. Ministro além de não conhecer as realidades do concelho de Chaves, e de todo o Alto-Tâmega, além de demonstrar a sua ignorância política quando diz não haver Câmaras Socialistas na região, mente quando diz que as negociações com os nossos autarcas foram hoje interrompidas com as manifestações, negociações que segundo os mesmos autarcas, nunca existiram.

 

 

 

Mas politiquices à parte, hoje o que interessou mesmo foi o povo que saiu à rua em protesto, povo que pode não ser letrado, nem saber de leis, ou pouco perceber de política, mas que sabe que o Hospital e as Urgências são um bem para a sua saúde, para as suas aflições, e para as aflições e saúde dos seus filhos e idosos e, foi isso, que hoje veio em peso à rua dizer. E o Sr. Ministro que cure bem a sua gripe no sofá lá de casa, com o genérico que lhe receitaram por telefone (as palavras são dele) pois o povo transmontano, pode ser pobre e até esquecido por essas Lisboas, mas não gosta que lhe tratem assim a sua saúde e quando o povo é insultado assim, começa a ficar zangado, e vem para a rua, agora uma coisa lhe garanto, o povo ainda só começou a ficar zangado, não o queira conhecer mesmo zangado, que aí, nem eu flaviense e transmontano respondo por um povo zangado à séria. Ah! Já agora uma recomendação aos senhores políticos ministeriais de Lisboa, principalmente o Ministro da Saúde, nos próximos tempos será bom que não apareçam por cá e, se o fizerem, que seja para trazer boas novas. Já agora um recado em particular para o Sr. Ministro da Saúde: - ameaças e arrogâncias, o nosso povo por cá, come-as  ao mata-bicho e não é com leite, é com aguardente, uma noz e um figo seco. Tal como dizia hoje um dos cartazes da manifestação do nosso povo: - pela nossa saúde internem o ministro com urgência.

 

 

Mas de volta ao povo das Freiras, que era tanto,  depois de desmobilizado encheu a Rua de Stª António, a Ponte Romana e a Madalena, e mesmo assim as Freiras não esvaziavam.

 

 

Após a desmobilização das Freiras, foi a confusão total.

e mais confusão

Antes de ir à confusão, e por falar em Freiras, um parênteses ou aparte ou agradecimento às Freiras da Casa de Stª Marta, principalmente à Madre Socorro e irmã Maria do Carmo por estarem presentes desde a primeira hora nesta manifestação e por me brindarem com a sua companhia até à fronteira de Vila Verde da Raia. Um bem-hajam, e elas bem sabem o jeito que dão as urgências em Chaves.

 

 

Mas estava eu a chegar à confusão total. Pois como estava previsto, chegaram os de Valpaços e os de Vila Pouca e Ribeira de Pena, uns por Auto-Estrada outros pela Nacional 2 , que juntos com os de Chaves e de Montalegre que já cá estavam, bloquearam por completo a passagem na fronteira, e na estrada, tendo-se formado bichas com mais de 10 quilómetros e até em Espanha, entre Verin e a fronteira (15 quilómetros) o trânsito parou.

 

14H00 – Regresso à normalidade dos dias, a fome assim o recomendava, e um povo com bom dente, tem que comer, pois nós comemos tudo e de tudo, só não gostamos que nos comam.

 

Para finalizar e como todas as histórias, temos que apurar a sua moral.

 

Moral da História:

 

Não brinquem, não ofendam, não humilhem, não roubem os flavienses, os barrosões, os penatos, os da terra quente e os das terras de Aguiar ou do Corgo, em suma, as gentes do Alto-Tâmega, pois são gente simples, pobre, humilde mas orgulhosa, que quando sentem a aguilhada no cú, dizem ái, e a partir de aí… com os acentos trocados,  que Deus os perdoe e que responda por eles!

 

 

 

Por isso senhor ministro da saúde, cuide a sua gripe e recomende aí ao Sócrates que em tempos tanto gostava de “passar” cá por Chaves, que se cuide também, pois a nossa saúde está doente e é contagiosa, não deixem que passe a pandemia e lembrem-se que estamos em terras onde rachar uma cabeça por um rego de água, além de uma questão de direito é uma questão de honra.

 

Não nos roubem as urgências onde as cabeças ainda podem ser cosidas para continuar a habitar estas terras, que já por natureza, são tão ingratas.

 

As melhoras ao Sr. Ministro! Cuide-se que nós também nos vamos cuidado, como podemos, tá claro!

 

Até mais logo, como sempre, em Chaves.

20
Fev07

Romana, a nossa Top Model


.

Tal como nos anúncios onde para passar as mensagens metem umas “gajas boas” à frente, eu hoje recorri ao mesmo truque e brindo-vos com a imagem da nossa top model, mas hoje o que interessa mesmo, é o post anterior e o dia de amanhã, às 10 horas nas Freiras.

 

Até amanhã, um bocadinho mais tarde que o costume, depois das 10, pela certa.

 

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