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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

29
Mar07

Chaves - Vista Geral


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Acho que devo uma explicação pela ausência de textos nos posts. Fiquem descansados que não há boicote nem censura aos textos, trata-se apenas de uma pequena “maleita” mas chata, a que os médicos chamam tendinite, e que me irá obrigar a manter afastado de teclados, ratos e computadores durante uns dias. Só isso! Prometo no entanto vir por aqui às escondidas, quando a disposição o permitir, e só por uns minutinhos, publicar uma foto diária.

 

Quanto a fotos, até amanhã, quanto a textos, até um dia destes.

 

26
Mar07

Chaves - Olhares do Tabolado


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Está a decorrer neste preciso momento um programa-concurso televisivo na RTP1 sobre os Grandes Portugueses. Ao longo de alguns meses tem-se vindo a discutir os grandes portugueses e de votação em votação chegou-se aos dez finalistas, dos quais hoje será votado apenas um.

 

Confesso que foi hoje a primeira vez que vi o programa e surpreendeu-me na lista dos dez mais, ver alguns nomes, uns pela positiva e outros pela negativa… mas não é por aí que quero ir... O que eu quero mesmo é acrescentar um nome à lista dos dez mais dos Grandes Portugueses, que é o do povo transmontano e de entre estes o povo do alto-tâmega e o povo flaviense, onde afinal começa Portugal

 

Mas como o nosso povo transmontano povo não está em votação, não votei nele, nas votei (pela primeira vez neste tipo de concursos) e ao ver a lista dos dez mais o coração ditou-me logo o voto em Fernando Pessoa, por isso votei D. Afonso Henriques. Por aqui já se pode ver que seja quem for o vencedor, estando o povo transmontano de fora, a eleição vale o que vale.

 

Claro que preciso de fazer uma declaração de voto e justificá-lo. Pois é assim: A foto de hoje convenceu-me, se não fosse o D.Afonso Henriques, estes senhores que ontem descansavam um final de tarde num banco do Tabolado, em vez de estarem a desfrutar de uma linda paisagem da madalena, do lado de lá do rio e bem flaviense, pela certa que estavam a olhar para paisagem, linda na mesma, mas espanhola.

 

Claro que como todos os políticos, não interessa sé é verdadeira ou não a minha declaração de voto, mas para a posteridade, será esta a que constará.

 

Haver vamos que é afinal o Grande Português.

 

 

No publica e não publica este post, saiu o vencedor – António de Oliveira Salazar.

 

Tal como o meu voto de Fernando Pessoa foi para D. Afonso Henriques, também o da maioria do eleitorado deste concurso, neste país democrático foi para Salazar.

 

Acho que este concurso e esta votação valem o que valem,  mas isto quererá dizer alguma coisa! E pela certa que irá correr muita tinta a respeito do assunto…

Há no entanto nesta votação de hoje um voto justo, o do 3º Grande Português - Aristides de Sousa Mendes.

 

Mas e para rematar, que fique bem presente que o meu Grande Português é o Povo Transmontano e o Povo Flaviense e viva o triste fado do ser portugues e o futebol e a vitória de ontem da nossa selecção.

 

Até amanhã em Chaves!

 

25
Mar07

Chaves rural - Bustelo


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Ontem prometi que hoje ia ser breve e vou sê-lo, tal como breve foi ontem a visita de fim de tarde que fiz a Bustelo à procura de uma foto para hoje.

 

Na brevidade da visita deu para ver que Bustelo é aldeia a visitar novamente, com muito mais tempo para vos poder trazer aqui alguns pormenores e um pouco da sua história, onde pela certa abordarei a Fonte do cruzeiro a Capela do Senhor dos Aflitos e as suas gentes.

 

Fica a promessa de uma nova passagem por aqui.

 

Entretanto fica uma imagem, ao acaso, daquilo de bom que se vai fazendo por lá, a recuperação de antigas construções. Nota-se a proximidade de Chaves (6 km) e a aldeia rural que é também dormitório da cidade.

 

Até amanhã, de novo em Chaves cidade.

 

24
Mar07

Chaves - Moreiras e Miguel Torga


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Quem tem acompanhado este blog sabe que o dedico à cidade, um pouco também às nossas aldeias e a todos os flavienses e amigos de Chaves, principalmente aos ausentes que são os que mais sentem o que é ser flaviense. Embora esta “responsabilidade” que eu próprio vesti, é também um blog pessoal onde às vezes me dou ao luxo de alguns devaneios, confidências e confissões pessoais.

 

Hoje confesso-me de novo por causa de um nome grande – Miguel Torga.

 

Confesso que embora amante de poesia nunca fui Torgómano que é como quem diz amante de Torga. Penso que comprei o primeiro livro seu aí pelos meus 16 ou 17 anos no mesmo dia em que sem saber me cruzei com ele na Rua de Stº António e alguém murmurou “ Olha o Miguel Torga!”.  Olhei para trás, para o homem,  com olhos de ver, que afinal poeta afamado não era todos os dias que se viam por Chaves, e tirei-lhe as “medidas”. Confesso que fiquei desiludido com a figura. Imaginava que um poeta tinha de usar óculos, vestir diferente e ter todos os ares de intelectualidade (mesmo sem saber o que isso fosse). Afinal era um homem simples, de aspecto rude e campesino, de vestimenta tão comum como a de qualquer normal transmontano e não usava óculos.

 

Mas se o homem tinha fama havia que comprar um livro dele. Confesso que a imagem que tenho do que li então,  caía perfeitamente na figura que tinha conhecido na rua. Uma poesia sem óculos, vestida de ruralidade e de ares intelectuais - nem vê-los. Tal como o homem, a sua escrita desiludiu-me.

 

Conheci mais tarde, um ou dois anos depois, um Torgómano à séria, o Fernão de Magalhães Gonçalves (prof. do Liceu, ainda eu aluno daquela casa), que lia e devorava Torga e até escrevia manifestos sobre o Poeta. Pela poesia viemo-nos a tornar amigos e não havia dia que passasse em que Torga não fosse (por ele) falado e admirado. Mesmo assim, eu continuava a não gostar da escrita de Torga. Infelizmente Fernão de Magalhães Gonçalves já há muito que nos abandonou, pois hoje iria gostar de ter com ele conversas sobre Torga.

 

Pois é, nunca ninguém diga que desta água não beberá.

 

Há coisa de 6 anos atrás, de tanto Torga se falar, resolvi comprar a sua obra completa e aos poucos comecei-o a ler,  decorridos que eram 20 anos sobre as primeiras leituras e 5 após a sua morte. De pé atrás quanto ao gosto, fui entrando nas suas palavras e, os dias iam-se sucedendo e ia lendo, não num acto contínuo, mas ia lendo,  e aos poucos comecei a dar-me conta que começava a ficar viciado na leitura das suas palavras, na simplicidade e grandeza das suas palavras, no requinte e afinadas que eram. Ainda hoje o vou lendo e relendo, sempre aos poucos e pela certa que o farei por toda a minha vida. Afinal Torga em palavras é um GD (GRANDE HOMEM) com maiúsculas claro.

 

Aprendi a lição de talvez não ter a idade certa quando o comecei a ler e de tão injusto que fui com ele e comigo próprio durante 20 anos.

 

Mas o GD não são só pelas palavras do Poeta Miguel Torga, pela certa que também o são pelo médico Adolfo Rocha (o seu verdadeiro nome) e pelo amor e fidelidade que tinha à cidade de Chaves, além da inspiração que por cá bebia. Basta conhecer um bocadinho da sua obra para saber como Chaves está reflectida ao longo da sua vida poética e pessoal, principalmente nos seus últimos diários, tanto assim que não me custa nada em afirmar que Torga era flaviense de alma e coração, mesmo que tivesse nascido em S. Martinho de Anta, lá para os lados de Vila Real.

 

Acho que a cidade de Chaves e as Termas de chaves lhe devem uma homenagem digna e justa e não falo em nomes de avenidas, ruas ou travessas, que essas já as tem, mas numa homenagem idêntica à homenagem que ele faz a Chaves, às suas aldeias e às suas gentes e que para sempre ficarão perpetuadas na sua obra.

 

Pela minha parte, a partir de hoje, de quando em vez, vou trazer por aqui um pouco de Torga e da escrita dedicada ou inspirada na nossa cidade e aldeias.

 

Hoje trago-vos mais uma vez Moreiras e um pouco da sua beleza, por uma chaminé e uma casa, beleza que Torga pela certa contemplou como qualquer estranho que chega àquela aldeia pela primeira vez e, se espanta com tanta beleza escondida na montanha e não só:

 

Moreiras, Chaves, 3 de Setembro de 1990

 

Uma ara pagã romana acolhida à preservadora protecção católica da desfigurada igreja matriz, que foi românica nos bons tempos, e um velho e decrépito casal de lavradores desdentados a secar previdentemente milho na varanda de um solar desmantelado, ainda ufano da monumental chaminé que o coroa a testemunhar a opulência da cozinha senhorial de outrora, deram-me o ensejo de recapitular a lição há muito decorada e às vezes lamentavelmente esquecida: que a perenidade da fé é indiferente à circunstância do sacrário, e o império da fome à natureza das bocas.

 

Miguel Torga, In Diário XVI, 1990.

 

E por hoje é tudo neste já longo post. Prometo ser mais breve nos próximos.

 

Até amanhã em mais uma aldeia.

 

23
Mar07

Chaves e a Água - Recomenda-se


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Já sei que o dia mundial da água foi ontem, mas às vezes também ando distraído. Por coincidência ontem até falei da água, mas da quente das nossas caldas, que também é água, mas não é propriamente essa que ontem era importante. Ontem o importante era mesmo a água, a fria, da qual dependemos para viver.

 

Já sei que todos os dias há dias mundiais disto e daquilo, mas há coisas que são mais importantes que outras e a água, igual a esta que corre no nosso Tâmega, é importante e para manter a sua qualidade todos somos importantes. Da nossa parte até acho que não poderá haver grande queixa. Basta olhar para a imagem de hoje e ver que a água do nosso Tâmega ainda é limpa, límpida, transparente e embora haja alguns pormenores a montante, não muito relevantes e de fácil resolução, a água do nosso rio ainda é exemplar e até se recomenda, já a jusante desta imagem, as coisas começam a complicar-se, mas também não são graves. Estou convencido que no contexto geral, o Rio Tâmega em toda a sua extensão, desde a nascente até ao seu desaguar no Douro ainda é um rio a sério, com água doce daquela cuja falta começa a preocupar quem tem ainda pelo menos um bocadinho de senso, coisa que políticos de altas estâncias nacionais e mundiais, pela certa em aspectos ambientais não têm.

 

Mas atenção que a respeito do nosso Tâmega nem sempre é assim. Na maior parte do ano, as águas recomendam-se, mas nos dias quentes de verão, naqueles de verdadeiro inferno, estas águas deixam de ser transparentes e incolores e assumem a cor de um verde doente, ao qual somos alheios (ou talvez não) mas que incomoda. Dizem ser algas e microrganismos, dizem, mas que fica com mau aspecto, fica.

 

Vão-nos valendo os 9 meses de Inverno, que mesmo assim ainda vão compensando os três de inferno, principalmente em Invernos mais chuvosos.

 

Pois embora atrasado aqui fica o meu contributo para a água, da boa, daquela com que o Tâmega em Chaves ainda nos vai brindado. Esta (a água que se vê na foto) sem dúvida que é mais uma das maravilhas flavienses. Há que cuidá-la e isso cabe-nos a todos, e já nem é para nós, mas para os nossos filhos e principalmente para os nossos netos.

 

22
Mar07

Chaves - Termas


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Parte 1 – intróito

 

E agora que a vela já desapareceu e já dormimos mais descansados,  é tempo de digerir bem as digestões difíceis dos últimos dias e nem há como ir até à fonte, a das digestões difíceis ou aproveitar para fazer uns tratamentos relaxantes nas nossas caldas, que agora até já são SPA e do Imperador ao qual devemos a nossa Aquae Flaviae e o orgulho do nosso nome de flavienses.

 

Parte 2 – A Caldas e Termas de Chaves - Só para quem não sabe

 

Claro que não haverá por aí flaviense que não conheça as nossas águas termais, mas para quem não as conhece, o que vou dizer, não é publicidade, é mesmo realidade.

 

Pois trata-se de águas Hipertermais que brotam das nascentes a 73ºC que faz delas as águas bicarbonatadas sódicas mais quentes da Europa. Há que pense que são águas de origem vulcânica, mas a sua temperatura deve-se ao atravessamento de várias camadas magmáticas sucessivas.

 

Se por um lado já são mais que conhecidas por na sua buvete pública e de recolha livre serem a solução para as mais variadas digestões difíceis, principalmente após os jantares daquelas “dietas rigorosas” que por cá se usam, nos balneários são tratadas das mais variadas maleitas.

 

Por serem quentes são indicadas para o tratamento de doenças reumatismais e músculo-esqueléticas. Por serem Bicarbonatadas Sódicas são especialistas em tratamento do aparelho digestivo (além das digestões difíceis). Por serem, também, Carbo-Gasosas, são aconselhadas para tratamento das vias respiratórias. Por serem Sílicas são recomendadas para tratamento de pele.

 

Se são indicadas para tanta maleita, meios de tratamento ainda há mais, numa lista de tratamentos que parece não acabar, aí ficam alguns:Banhos sub-aquáticos, Banhos de Vichy, Hidromassagem, Duches de jacto, Bertholet, Sauna, Inalações, Aerossóis, Mecanoterapia, Electroterapia e crenoterapia, claro que todos eles sujeitos a prescrição médica.

 

Se quer saber mais sobre as termas, aqui fica o Link  da sua página oficial. Se quer saber ainda mais, no Blog Chaves antiga (link aqui ), no arquivo de Fevereiro (dia 10), ficou por lá um pouco da sua história do século passado.

 

Última parte – Um apontamento pessoal

 

Claro que como flavienses sentimo-nos orgulhosos pela nossa top Model (Ponte Romana), pelo Castelo, Pelas muralhas, pelos fortes e por outras maravilhas flavienses, entre as quais também estão as nossas águas quentes das caldas. Estamos orgulhosos dos seus balneários e dos tratamentos que por lá se fazem, mas agora que até são anunciadas como SPA do imperador, porque não fazer como os nossos amigos Galegos e abrir as caldas também a quem não sofre de maleitas, a quem o quer fazer só por prazer ou simples relaxamento e diversão, sem a actual e necessária consulta médica, claro que sujeitos a algumas regras e limitados em tempo (dias) e nem sequer é preciso inventar, basta copiar o modelo dos nossos amigos Galegos. É a minha opinião.

 

Até amanhã, de novo em Chaves

 

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