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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

21
Mar07

Chaves com Urgências


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Embora a vela continue na foto, a chama apagou-se, é que nem todos os dias há más notícias.

 

Ao que consegui apurar, de fonte mais que bem informada, as urgências do hospital de Chaves são para manter e sem qualquer contrapartida, ou seja, vamos continuar com urgências médico-cirúrgicas no nosso hospital.

 

Um bem-haja a todo o povo Flaviense e ao povo do Alto-Tâmega por toda a união e a sua luta, afinal unidos fazemos chegar a nossa voz até Lisboa e, fazemos valer os nossos direitos.

 

Com urgências, continua a ser bom viver em Chaves!

 

Até amanhã, em Chaves e sem velas!

 

20
Mar07

Então e que tal as Freiras vistas lá de cima!?


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Então e que tal as Freiras vistas lá de cima!?


Vitela Assada no Espeto
Posta à Transmontana

Ingredientes:
Para 5 a 6 pessoas

·         1 kg de lombinho de vitela, de preferência barrosã (coelho)

·         150 g de presunto de Chaves

·         sal grosso

·         2 colheres de sopa de azeite de Valpaços

·         1/2 cebola de Stº Estevão

Confecção:

Corta-se o presunto em tiras grossas e ladrilha-se (lardeia-se) com elas a carne.
Em seguida, esfrega-se o lombo de vitela com sal grosso e deixa-se ficar um bocado «a tomar de sal».


Na altura de assar a vitela, limpa-se o sal com a mão, enfia-se a carne no espeto e leva-se a assar no lume de brasas (na falta de lareira assa-se no espeto de fogão a gás ou eléctrico).


A carne deverá ser virada constantemente.


Logo que a carne esteja assada, retira-se do calor, para evitar que seque, e introduz-se imediatamente numa panela.


Rega-se com o azeite e espalha-se por cima cebola cortada em rodelas finíssimas.
Abafa-se.


Na altura de servir, corta-se em fatias, que se dispõem numa travessa.


Ao partir, a vitela deverá largar muito suco, com o qual é regada.


Sobre as fatias de carne espalham-se as rodelas de cebola crua que lhe transmitem um sabor muito especial.

*Na falta do lombinho (coelho), este prato cozinha-se com chã ou rabada.

 

Deve servir-se quente e acompanhado de um bom tinto, bem encorpado da região de Valpaços ou Murça, também pode ser do Douro, do Dão ou Alentejano, desde que seja bom.

 

 

Posso não perceber nada de arquitectura, mas sei do que gosto numa boa mesa.

 

A vela continua acesa!

 

Até amanhã, em Chaves!

 

19
Mar07

Maravilhas de Chaves com a "coisa na mão"


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“Eu gosto muito da minha terra natal, mesmo muito, aliás se não gostasse assim tanto, não lhe dedicaria um blogue como este” – Era assim que o Beto, do blog do Beto, iniciava o seu post de ontem. Claro que assino por baixo as palavras do companheiro de viagem, nesta arte de bloguear Chaves por amor e de nos doer na alma os males que fazem à nossa cidade ou – Quo Vadis Aquae Flaviae – como diz o Beto. Embora o Beto seja um flaviense ausente e eu um flaviense presente, vamos convergindo no amor a nossa cidade, tal como na amizade, mas quem está ausente vive mais intensamente a terra natal e guarda no compartimento das boas memórias o melhor que Chaves tinha na altura em que eram flavienses presentes e, por isso, custa-lhes mais e sentem mais intensamente a cidade antiga que está a ficar velha e a cair aos pedaços. Nós os que cá vivemos, de irmos acompanhando em idade a idade da cidade, muitas vezes não nos vamos apercebendo do envelhecimento das coisas, é assim como quando nos vemos ao espelho e ignoramos rugas, carecas ou cabelos brancos e continuamos a ver reflectido no espelho o jovem de há vinte ou trinta anos atrás. Um bem haja para o Beto e para o seu blog por ir descobrindo os podres da nossa cidade aos quais os residentes por tão habituados que estão não lhe ligam, fazem vista grossa, só vêem o que querem ver ou que estão cegos pela paixão…

 

Mas acompanhando esta coisa dos blogues e o que se vai dizendo nos comentários, há ainda outras preocupações, que os flavienses ausentes quando nos visitam sentem. Vamos então paras os WC’s do nosso amigo Tupamaro, que certamente (suponho) em visita à cidade procurou um W.C. público e não encontrou, ou se encontrou, estava fechado. Os de cá, que temos “casinha” em casa, nos empregos ou nos serviços, não vamos notando muito “essas” ausências, mas quem nos visita, principalmente aos fins-de-semana, se tiver um “aperto” pela certa que está metido em “alhadas”, pois WC’s públicos, são coisa em desuso na cidade e os poucos que há, um está fechado para obras e o outros fecham aos fins de semana. Mas o mais caricato da questão é que há poucos dias entrou em vigor um Regulamento Municipal em que todo aquele que seja apanhado fora de “uma casinha” com a “coisa na mão” a fazer as “necessidades” paga multa.

 

Ainda bem que vou frequentado esta coisas dos blogues e comentários dos ausentes para ir sabendo o que se passa cá na terrinha, é que eu de tanto viver a cidade diariamente e de conhecer os truques para ir contornando as questões, ando perdido e apaixonado pelas nossas maravilhas, como a da imagem de hoje, que até deu para ignorar o cheiro do urinol (com direito a multa) que fazem da guarita da muralha, mesmo por trás da toma desta foto.

 

Mas a imagem de hoje compensa (suponho) todos os males que ficam escondidos. É uma maravilha de Chaves, é o nosso actor principal, imagem que dedico à dedicação por Chaves dos companheiros de viagem Beto e Tupamaro.

 

Quanto às urgências do Hospital de Chaves, mantenho a velinha acesa e já que hoje mencionei o Beto, que a velinha sirva também para o Desportivo de Chaves, que está mais condenado que as urgências do Hospital.

 

Até amanhã, em Chaves com certeza!

 

18
Mar07

Chaves Rural - Rebordondo


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Confesso que andar por aqui todos os dias não é tarefa fácil. Às vezes faltam-me as horas, às vezes faltam-me as palavras para a imagem, outras, faltam-me as imagens para as palavras, às vezes ambas as coisas. Há dias assim, são os tais dias nim, em que nem sim nem sopas. Hoje estou num desses dias, nim. Tenho a imagem mas faltam-me as palavras… ainda bem que uma imagem vale mais que mil palavras e depois ainda está válido o "contrato" que tenho convosco de vir aqui todos os dias.

 

Então e sem mais demoras para não começar para aqui a dizer disparates, deixo-vos com a imagem. É de Rebordondo onde, talvez, a melodia e harmonia das casas inspira a harmonia e melodias dos músicos desta aldeia.

 

Até amanhã em Chaves cidade.

 

17
Mar07

Vilar de Nantes e a velha Escola


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E hoje como é sábado vamos até mais uma freguesia - Vilar de Nantes.

 

A freguesia de Vilar de Nantes estende-se desde a veiga de Chaves até ao Brunheiro. Dada a sua proximidade da cidade, hoje em dia é mais uma freguesia urbana e dormitório do que propriamente rural. Segundo o censos de 2001 e com a divisão da freguesia de Outeiro Seco, Vilar de Nantes é a 2ª freguesia com mais população de Chaves, só sendo ultrapassada pela freguesia de Stª Maria Maior.

 

Fazem parte da freguesia as aldeias de Vilar,  Nantes e Vale de Zirma, mas só teoricamente, pois hoje a freguesia é um todo, um aglomerado de construções não se percebendo a separação entre lugares e aldeias, tanto mais que nos últimos 20 anos apareceram novos núcleos populacionais dentro da freguesia como a TRASLAR, o Lombo, o Bairro do Cruzeiro, o Bairro de S.José e o alargamento do Cascalho, além do crescimento natural de Nantes e Vilar que uniu também as duas aldeias.

 

Em termos de agricultura,  equipamentos, industria, hotelaria, artesanato e diversões é também uma das freguesias mais completas em diversidade no concelho de Chaves. Começando pela agricultura ainda praticada na veiga com e sem regadio, às riquezas naturais e florestais do Brunheiro passando para equipamentos como um Lar de Terceira Idade, uma Cooperativa de Habitação, ao aeródromo municipal, a instalações desportivas como o Campo de Futebol, os polivalentes de Nantes e Traslar, à pista de Karting, Aeroclube, à indústria do barro com as suas telheiras, aos afamados restaurantes e turismo rural e terminando no artesanato, na cestaria e nas peças de louça de barro preto de Vilar, mais que conhecido e também afamado.

 

Mas ainda haveria muito mais a dizer sobre a freguesia, como (segundo o censos de 2001) ser a freguesia onde há mais quadros médios, superiores e licenciados residentes a ser também a terra dos antepassados de Luís de Camões, para não falar de algumas preciosidades ou maravilhas da arquitectura, como a Quinta do Hospício, o Solar das Carvalhais, a Igreja Matriz de Vilar de Nantes/Igreja do Divino Salvador, a Capela do Espírito Santo e a antiga Escola Primária de Vilar.

 

É esta última que hoje ilustra o post e sobre a qual deixo mais alguns dados.

 

É sem dúvida um dos edifícios escolares mais bonitos do concelho e talvez só ultrapassado em beleza pela escola de Faiões e, é também talvez o edifício escolar mais desprezado, abandonado e maltratado que conheço no concelho e é pena.

 

Aqui ficam alguns dados históricos sobre a escola:

 

Em 1880 a junta Paroquial de Vilar de Nantes faz uma representação a sua majestade o rei D.Carlos I, a pedir a criação de uma Escola do Ensino Primário para o sexo masculino. Em 1926 é apresentado o projecto tipo XXV, nº46, de autoria de Eugénio Correia. Na década de 1930 inicia-se a construção da Escola, integralmente financiada pelo benemérito José Gomes, natural da freguesia e que fizera fortuna no Brasil, acção mecenática que lhe é reconhecida pela Câmara Municipal em acta de 11 de Outubro de 1935 e posteriormente pelo povo em 19 de Março de 1955 com a colocação de uma placa em mármore na torre da escola onde está inscrito “ Homenagem do Povo de Vilar ao seu Benemérito Conterrâneo José Gomes / 19-3-1955”.

Torre sineira, que possui também um belíssimo relógio que tem a inscrição de Miguel Marques/Albergaria-a-Velha. Em 1978 é construída ao lado desta, uma nova escola com mais três salas e que viria a ditar o fecho desta. A título de curiosidade o orçamento para a construção da escola (antiga) rondou os 19.000$00.

 

Recentemente, ainda não concluído, a autarquia construiu encostado a esta escola um anexo destinado a museu de louça preta. Embora a ideia da construção deste museu seja feliz, já não o é tanto a sua localização e entretanto a velha escola continua abandonada e degradada. Esperemos-lhes melhores dias!

 

Até amanhã, em mais uma freguesia.

 

16
Mar07

A Casa dos Morgados


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Já que nos últimos dias tenho andado à volta das maravilhas de Chaves, aqui fica uma imagem de uma praça de Chaves onde pela certa há mais maravilhas por metro quadrado que em vez de Praça de Camões até se poderia chamar Praça Monumental de Chaves e senão vejamos: Nesta praça tudo é monumento. Desde a Antiga Casa do Morgado de Vilar de Perdizes e actuais Paços do Concelho (que é como quem diz edifício da Câmara Municipal), ao edifício do antigo paço dos Duques de Bragança (actual Museu Municipal e serviços da Câmara), à Igreja  da Misericórdia, ao antigo Hospital, à Igreja de Stª Maria Maior ou Igreja Matriz, à Capela da Stª Cabeça e até ao restante casario centenário que preenche o resto da praça, tudo é monumento e monumental e tudo é maravilha merecedora de ser apreciada, primeiro o conjunto e depois individualmente.

 

Pois enquanto as maravilhas de Chaves  andarem a desfilar  por aqui  (vá até lá e deixe a sua escolha nos comentários) vou tentar trazer também ao blog individualmente ou em conjunto essas mesmas maravilhas e deixar aqui um bocadinho da sua história e descrição.

 

Hoje vamos então (na Praça de Camões) para a Antiga Casa do Morgado de Vilar de Perdizes e actual Paços do Concelho.

 

É um belíssimo edifício de planta rectangular caracterizado pela sobriedade e regularidade das fachadas, com três pisos e sótão que começou a ser construído na primeira metade do Séc. 19 destinado a solar e residência do morgado de Vilar de Perdizes, António de Souza Pereira Coutinho, que nunca viria a ser concluído como tal. Em 1861 a Câmara Municipal, então presidida por Francisco de Barros Teixeira Homem compra o edifício (ainda em construção) pela quantia de dois contos e seiscentos mil reis. Em Outubro do mesmo ano a Câmara abre concurso para conclusão das obras, que se viriam a tornar polémicas e que por várias vezes o Governo Civil quis suspender, valendo a opinião pública da então Vila de Chaves, através de dez representantes que manifestaram o apoio à Câmara e o prosseguimento das obras. Afinal parece que as nossas guerras e reivindicações para com os governos centrais e distritais já não são de hoje e que é a opinião pública e a sua união que nos tem salvo. Afinal o povo é que sabe!  

 

Ao que consegui apurar só em 1880 é que as obras, contra ventos e marés,  seriam concluídas com os arranjos da praça.

 

Hoje em dia o edifício continua a ser o principal edifício dos Paços do Concelho, e embora o morgado de Vilar de Perdizes nunca o tivesse habitado, tem vindo a ser habitado por outros morgados e de vários regimes, desde a monarquia à república, tem sido a casa onde até hoje são ditados os desígnios do concelho.

 

Ainda a respeito da casa dos morgados, tomemos como exemplo as lutas dos nossos antepassados flavienses  e lutemos por outras casas que também agora o poder central nos quer roubar. Afinal a opinião pública já está concertada, e o povo é que sabe, o silêncio e a incerteza do futuro é que incomodam. Claro que falo do hospital como clarinha se irá manter a vela acesa.

 

Até amanhã em Chaves.

 

15
Mar07

Chaves e a Lenda de Maria Mantela


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Sem dúvida que a história é importante para melhor sabermos quem somos, mas a nossa vida e o nosso ser também é contado em estórias e até em lendas. No dia 24 de Junho deste ano, e por estar relacionada com a data, trouxe-vos aqui a Lenda da Moura da Ponte de Chaves. Hoje e porque também está relacionada com a imagem publicada das Poldras, deixo-vos com a Lenda de Maria Mantela.

 

Lenda de Maria Mantela

 

Morava Maria Mantela com seu marido Fernão Gralho, numa casa da Rua da Misericórdia, nas proximidades da Igreja Matriz. Era um casal abastado, que vivia dos rendimentos, podendo assim Fernão Gralho entregar-se à caça de quando em vez, seu prazer favorito. Um dia, achando-se Maria Mantela grávida, passeava com o marido nos arredores da vila, quando foi abordada por uma mulher pobre com dois filhos gémeos abraçados ao peito, implorando lacrimosa uma esmola para minorar a sua miséria e a das suas criancinhas. Dela se compadeceu o marido que generosamente a socorreu. A sua mulher, pelo contrário, tratou-a duramente, colocando em dúvida a sua honestidade, por não compreender que, mulher de um só homem, pudesse de uma só vez gerar mais que um filho. A mendiga, sentindo-se injuriada, respondeu-lhe fazendo votos de que Maria Mantela não fosse castigada pelo que acabava de dizer, já que também estava grávida. Esta mensagem ficou sempre no espírito de Maria Mantela e uma certa sensação de remorso angustiava-a diariamente.

 

Quando Maria Mantela deu à luz, encontrava-se o marido ausente, numa das suas caçadas. E do parto, para surpresa dela, nasceram sete gémeos, todos gerados ao mesmo tempo, apesar de ela ser fiel ao marido. Ficou tão aflita lembrando-se do que tinha pensado e dito à mãe dos gémeos que não teve coragem de apresentar ao marido os sete filhos, pelo que ele poderia pensar dela. No seu estado de aflição e loucura, encarregou a ama da casa que lançasse ao rio Tâmega seis dos recém nascidos, deixando ficar somente o que lhe parecesse mais robusto e bem constituído. A ama saiu, ao cair da tarde, para cumprir a missão, levando num cesto coberto os seis gémeos e preparava-se, a meio das Poldras, para lançar na forte corrente do rio os pequenos inocentes, quando avistou o Fernão Gralho que a observava da margem do rio. Veio ao seu encontro e inquiriu-a sobre o que fazia com aquele cesto, naquele local. A mulher procurou uma desculpa dizendo que a cadela tivera sete cachorrinhos e que ela vinha afogar seis, ficando em casa o de melhor raça. Porém o Gralho, pediu para os ver e então deparou com os seis meninos. Fernão Gralho, como homem compassivo que era, compreendeu a loucura da esposa que estivera a ponto de cometer um crime que a acompanharia toda a vida e perdoou-a desde logo. Tomou conta do cesto e ordenou à criada que fosse para casa participar o cumprimento das ordens que a senhora lhe dera, guardando segredo sobre a entrega dos recém nascidos. E, de seguida deslocou-se a seis aldeias do concelho de Chaves a confiar a outras tantas amas a sua criação.

 

Passaram dez anos sem que Fernão Gralho desse a entender à esposa o segredo que guardava. Para ela era uma tortura o crime que havia cometido com os seus filhos.

 

O dia de ano novo, desse ano que começava, decidiu o Gralho festejá-lo com um lauto banquete, do que informou a mulher pedindo lhe que tratasse de tudo pois tinha seis amigos como convidados. À hora da refeição, quando Maria Mantela se dirigiu à mesa do banquete ficou muda de espanto; é que sentados, não estava só o filho, estavam sete rapazinhos todos iguais em feições e vestuário, de tal forma que ela não sabia dizer qual era o que ela tinha criado. O marido então esclareceu todos os acontecimentos acalmando enfim o sofrimento daquela alma tão longamente angustiada.

 

Os sete gémeos, diz ainda a lenda. Tornaram-se sete padres, paroquiando sete igrejas que fundaram com a invocação de Santa Maria. São elas a Igreja de Santa Maria de Moreiras, Santa Leocádia, Santa Maria de Calvão, o mosteiro de Oso já desaparecido e metade da Igreja Matriz de Chaves, Santa Maria de Émeres no concelho de Valpaços e São Miguel de Vilar de Perdizes do concelho de Montalegre. Na Igreja de Santa Maria Maior de Chaves. junto ao altar mor, em tempos passados existia um epitáfio, testemunho real da fundamentação da lenda e que dizia: "Aqui jaz Maria Mantela, com seus filhos à roda dela".

 

Esta lenda, teve o privilégio de ser descrita, já em 1634 por D. Rodrigo da Cunha, Arcebispo de Braga e primaz das Espanhas que depois foi nomeado Arcebispo de Lisboa.

 

E para terminar uma pequena nota: Existem algumas variações sobre a lenda da Maria Mantela (o que é natural pois é uma lenda), eu,  das que conheço, optei por esta,  por me parecer a mais completa, no entanto na sua “moral” todas andam à volta do mesmo e apenas há variações em pequenos pormenores.

 

Só a título de curiosidade:  no Jardim do Bacalhau existe uma estátua de uma mulher com um filho ao colo,  de autoria do Mestre Teixeira Lopes, que pretendia ser uma homenagem às “Mães” em geral. Mas desde o inicio que a voz do povo diz ser a estátua de Maria Mantela. Então e para manter a tradição do jardim que tem o nome que não tem,  porque não a estátua ficar com o nome de quem não é!? O povo é que sabe!

 

 

Lendas e maravilhas de Chaves, entre as quais também estão as poldras. E as suas maravilhas de Chaves quais são? Se ainda não as escolheu, aproveite e faça-o agora aqui .

 

Quanto às Urgências do Hospital mantém-se o incomodativo silêncio. A vela continua acesa.

 

14
Mar07

Chaves - Pormenores


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A cidade de Chaves está cheia destes pormenores da verdadeira arte de bem embelezar as construções. Por todo o centro histórico é assim. Obras exemplares de carpintaria e marcenaria, serralharia e cantaria que se reflectem em portas, janelas, portões, cancelas, clarabóias, varandas, gradeamentos, cachorros, molduras, etc, etc e etc. Em quase todas as construções centenárias do nosso centro histórico há pormenores dignos de realce e que contribuem para a beleza do todo, do nosso centro histórico.

 

Mas não há bela sem senão, e pondo de parte alguns atentados de construções mais recentes há também a idade das construções e a sua deterioração e falta de manutenção, como no caso fotografado de hoje, e onde a beleza da janela não é acompanhada pela beleza da parede e pintura envolvente.

 

Nos últimos dias tem-se falado aqui nas maravilhas de Chaves, que bem poderia ser uma das maravilhas de Portugal (tal como Óbidos), se (e já não é de hoje) tivéssemos sabido preservar aquilo que os nossos antepassados flavienses nos deixaram, mas mesmo assim ainda temos cidade histórica e muito património para mostrar, mas também é preciso reconstruir e preservar, coisa que à primeira vista parece fácil e até o é, mas também são precisos incentivos, apoios e até facilidades, quer por parte da nossa autarquia, quer por parte do poder central. Para acreditar e sonhar basta querer, mesmo que os tempos que se atravessam indiquem tudo no sentido contrário…

 

E para terminar, tal como tenho feito nos últimos dias, aqui fica o link para as 7 maravilhas de Chaves. Se ainda não escolheu as suas, aproveite agora e vá até .

 

Quanto às urgências do Hospital de Chaves, começo a ficar farto de todos os dias dizer o mesmo, começa-se a estranhar tanto silêncio. Vou mantendo a vela acesa, é a única coisa que (eu) posso fazer.

 

Até amanhã!

 

13
Mar07

Chaves - Rua das Longras, comércio tradicional


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As grandes superfícies comerciais encontraram em Chaves um paraíso, mas quando andamos à procura de um produto um pouco diferente do banal, um produto a granel, ou uma coisa que nos faz mesmo falta e mais ninguém tem, é a um destes comércios (como o da foto) onde o vamos procurar e, quase sempre encontrar. É assim como uma loja dos chineses, mas com produtos a sério. Chamam-lhe comércio tradicional, onde e só a força da tradição os salva da luta contra os gigantes dos embalados.

 

Por ser umas das poucas lojas do género que em Chaves ainda resiste, merece hoje o post e a dedicatória.

 

Quanto às 7 maravilhas de Chaves, continuam por aqui à espera da sua escolha..

 

Quanto ao Hospital, continua o silêncio. Mantenho a vela acesa.

 

Até amanhã!

 

12
Mar07

Chaves, cidade florida


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Entre outras, acho que na minha relação das maravilhas de Chaves esqueci esta da cidade florida e da cidade dos jardins. Mas como a lista das maravilhas é uma lista aberta, da minha parte acrescento então os Jardins de Chaves como mais uma das maravilhas da cidade.

 

De facto na última semana e principalmente neste fim-de-semana em que o azul do céu contrastava com a cor das magnólias onde até o sol quis contribuir com o seu brilho e calor, foi uma delícia passear pelos nossos jardins, principalmente o do Bacalhau onde as magnólias dominam.

 

Fica então mais esta maravilha dos jardins para votação, que até Julho continuará  aqui à espera da sua escolha. Se ainda não o fez, vá até e deixe o seu comentário.

 

A foto de hoje, acho que já identificaram, é do Jardim do Bacalhau, florido. Uma boa maneira de começar mais uma semana de trabalho, só lhe falta o perfume que,  esse, infelizmente não o posso deixar aqui.

 

Quanto ao Hospital, continua o silêncio que incomoda, por isso vou mantendo a vela acesa.

 

Até amanhã, de novo em Chaves!

 

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