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Devem estranhar ainda não ter dado notícias sobre as urgências de Chaves, principalmente depois de ter ocorrido na Sexta-Feira passada uma reunião entre o Ministro da Saúde e os Presidentes de Câmara do Alto-Tâmega, mas o facto dessa ausência de notícias, é mesmo por não ter notícias, ou quase.
As novas tecnologias permitem-nos “postar” no blog com alguma antecedência, e acontece que desde sexta-feira até este momento estive mesmo em “retiro espiritual” e bem longe destas coisas de acessos à Internet e a computadores.
Quanto a notícias, só consegui apurar e, por telefone, que na reunião de Sexta-feira com o ministro, não foi assinado qualquer protocolo, o que traduzido em miúdos quer dizer que continuamos com as actuais urgências com os dias contados, ou não, pois tudo dependerá a partir de agora da nossa luta que está mais que fundamentada, que é uma luta pela razão e pelos direitos à saúde que como qualquer português temos.
É uma luta flaviense e também do Alto-Tâmega. Uma luta que a todos os flavienses diz respeito, quer aos residentes quer a todos que embora ausentes juntam a sua voz à nossa com os meios que têm à mão e conforme podem.
Nesta minha breve ausência a minha caixa de correio electrónico quase rebentou pelas costuras. De entre a chata publicidade, os mail’s de amigos e de apoio à nossa luta, há um que merece destaque, precisamente de um flaviense ausente que vive esta nossa luta tão intensamente como nós os residentes o fazemos. É um texto de Tupamaro que foi escrito em jeito de comentário mas que eu penso que merece o devido destaque na página principal do post de hoje.
“””ÀS PRESSAS””
Estranhos desígnios há a presidir a comportamentos tão incongruentes de uma figura com tão luzentes condecorações académicas e políticas como a do sr. Ministro da Saúde.
Para pessoa tão dotada de Conhecimento e experiência política tão vastos não combina lá muito bem um Plano de reestruturação da rede hospitalar com matizes de trouxe-mouxe; a petulância intelectual de, nele e nos seus «fiéis», quase esgotar a capacidade e a qualidade de pensar escorreito, seja acerca do que for; nem os «atestados» de menoridade intelectual e académica e cultural dos cidadãos, nem os insultos desabridos e descabidos aos cidadãos que se indignam com as suas prepotências e pesporrências.
Esquece-se, o sr. Ministro, de que o seu cargo é para ser desempenhado «empenhando» todas as suas capacidades ao serviço dos cidadãos, em geral, e não, nem nunca, penhorando-se a cidadãos, em grupo ou de Grupos, em particular.
A ALTO - TAMEGÂNIA também faz parte da Res Pública Portuguesa.
Não se atreva mais o sr. Ministro a tratá-la como uma rês pública dos seus secretos e indiscretos (atrevidos) desígnios.
E não se proclame incompreendido.
Recursos não lhe faltam para poder transmitir com clareza os seus apregoados «projectos de benefício para as populações».
Falta-lhe, isso sim, sinceridade nas intenções, seriedade nos propósitos e humanidade no exercício do poder.
Sobram-lhe cumplicidades suspeitas, arrogância atemporal, e imposturice cívica.
Custa-nos vê-lo comportar-se tão estranhamente, pois, do sr. Ministro tínhamos a imagem e o conceito de pessoa ilustre, ilustrada e letrada – conhecedora profunda das Leis, da História, da Ciência Política; do sacho, do engaço, dos caminhos de aldeia e dos canelhos, … e da capacidade de sofrimento e resignação do “POBO” na dor, na doença e na adversidade.
Os pobres, os humildes, os governados, os ricos os abastados, enfim, os «seus ignorantes» da ALTO – TAMEGÂNIA têm Muito Mais a HAVER do que a Dever.
Não queira que lhe façam as contas, Exmº. Sr. António de Campos.
Sr. Ministro, “não nos tire o que não nos pode dar”.
Ou quererá saber como os Alto-Tameganos usam “a espada para desfazer o nó górdio”?
Do alto da Torre…de Menagem, de Stº Estêvão, de Ervededo, desta, “deita”
estamos de olho em si!
Tupamaro
Desde já agradeço ao Tupamaro e prometo-lhe, a ele e a todos os flavienses ausentes que amanhã terei aqui notícias da nossa luta e das próximas batalhas a travar pelas urgências do nosso Hospital.
Quanto a imagem, deixo-vos precisamente com a imagem do antigo Hospital da Misericórdia, que há cerca de 30 anos atrás fechava as suas portas para dar lugar ao actual hospital, que tal como o Ministro da Saúde disse e directo na televisão: - “é um belíssimo hospital que merece muito mais”. Também pela verdade e contra a arrogância, estamos em luta. É tempo de mostrar a verdadeira raça flaviense, alto-tamagense, barrosã e transmontana, porque JÁ BASTA e ESTAMOS FARTOS de ser esquecidos e maltratados. Já começamos a ter argumentos por lutar pela nossa antiga Galaécia ou então por um Couto Mixto, e tudo graças à tacanhez de um Ministro e de um “todo-poderoso” Sócrates que querem ignorar a nossa realidade enquanto se conformam com números e mapas feitos e vistos à luz de Lisboa.