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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

11
Set09

Discursos Sobre a Cidade - Emboscadas, por Tupamaro


 

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“…EMBOSCADAS”

 

 

CHAVES é uma terrinha cheiinha de emboscadas!

 

Mal se chega ao Alto do Minhéu, da Padrela ou de Monterrey logo aquele cheirinho dos "Pastéis de Chaves" nos dá o azimute para lá cairmos.

 

Se é tempo das Vindimas, prova-se um galelo e vai-se para a uma Jantarada, quer do mei-dia, quer da noite!

 

Se é Inverno adentro, uma matança aqui, uns Reis acoli    -    e barrigota cheia!

 

Se é tempo quente (Verão) cai-se numa Festa, vai-se a duas, está-se em três e até se lhe perde a conta!

 

As Rusgas, os «concertineiros», os cantadores ao (e de) desafio, os passos de dança, os pontos de encontro de brancos e tintos (bem, e os das promessa e da fé), as merendolas apresuntadas…!

 

Sem sabermos como, sobe-se a S. Lourenço das Eiras, à Bolideira, a S. Cornélio e descobre-se a subida ao Miradouro de CASTELÕES (vão lá, e depois digam-me se CHAVES não é bonita em toda a volta!).

 

Atraem-nos os sinais medievais de Monforte, de Stº Estêvão, de Outeiro Seco, da Lapa, da Praça d’O de Nantes, e os pisca - pisca dos casarios brasonados ou de morgadios em todas as ALDEIAS Normando – Tameganas.

 

O respeito histórico conduz-nos às memórias pré-históricas e pré-românicas de Mairos ou Pastoria, de Curalha ou Vilarelho da Raia, de Nogueira da Montanha ou da Castanheira, da Granginha ou da Groiva Valtolménica, entre outras.

 

E, para rematar, caímos nos braços da «mais que tudo» Flaviense   - aquela por quem os Dinises, estran(g)heiros, Pluteiros, e outros blogueiros, flavínios, normando-tameganos, bárbaros ou de olhos em bico, e BÈTinhos amouriscados ficam e andam todinhos babados (alguns nem dormem só para a espreitar a qualquer hora da noite!)!!!

 

Com pão centeio, presunto, balcerdeiras ou arcossós; batata da boa, couve da melhor; vitela da Pastoria, cordeiro de Noval, ète-cét’ra coisa e tal e o Folar de qualquer ALDEIA, mai-los milhos do Aprígio …. ou os da Granginha, Lá Se Enganam os (estes) TOLOS com todas, e mais outras, emboscadas.

 

Vale-nos o capitão Pizarro para as técnico - tácticas fandangueiras de contra-ataque «à Costa»  -    em «losango», em «quadrado», em decilitros ou em canadas!

 

“””Terra de encanto, que tanta beleza encerra!!!””

 

 

Tupamaro

10
Set09

Coleccionismo de Temática Flaviense * Porta-Chaves/Abre-Latas dos Jogos Sem Fronteiras


 

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Para além dos envolvidos, poucos mais se lembrarão dos belos momentos que a cidade de Chaves proporcionou com as suas equipas na participação nos Jogos Sem Fronteiras em duas edições, uma na Itália e outra na Figueira da Foz, de onde saiu vencedora dos jogos. Foram momentos únicos de Chaves na televisão que o tempo se foi encarregando de apagar da memória. Valem os pequenos objectos de colecção que perpetuam para todo o sempre que Chaves esteve presente nos Jogos Sem Fronteiras, como este porta-chaves abre-latas, um de alguns brindes que se executaram então para trocas e ofertas às equipas dos outros países envolvidos nos jogos, neste caso, dos Jogos Sem Fronteiras realizados em Itália em 1992.

 

Bons momentos, boas recordações e boa figura que os nossos rapazes e raparigas fizeram nas televisões de toda a Europa. Chaves quando quer e se empenha, é sempre grande, pena que esse querer e empenho nem sempre esteja presente na vida flaviense.

09
Set09

Mais alguns momentos da exposição de um paroquiano


Choro da Praça do Duque

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Hoje, ao contrário daquilo que é habitual às quartas-feiras, não há feijoada, mas antes, mais 4 fotos inéditas neste blog e, que ainda estão patentes ao público em exposição na Galeria Tamagani, na Rua de Stº António, em Chaves, mas só até Sábado.

 

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Reflexos e Amplexos

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Alguns momentos, que embora até abstractos são bem reais, como um reflexo no Tâmega por quem tão poucos reflectem…

 

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Dr. Carneirinho

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Ou um pormenor bem mais interessante que o todo, de um busto merecido no devido local mas longe da grandeza do homem que representa…

 

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Km 0

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Ou a simbologia do Km 0 (zero) de onde Portugal começa, bem longe da vista de Lisboa e, já se sabe (o povo tem sempre razão), longe da vista, longe do coração, mas não é só. Longe das oportunidade, da modernidade, da cultura, do ensino, da saúde. Enfim, afinal parece que não é aqui que começa Portugal, mas antes, é aqui que ele acaba, bem longe de tudo, onde até o comboio nem sequer apeadeiro tem.

08
Set09

Os olhares de Pax Diem sobre a cidade


 

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Hoje, como já é hábito às terças-feiras, temos por aqui outros olhares.

Três olhares de Pax Diem. É este o nick no flickr do nosso convidado. Dele, como sempre, pouco ou nada sei para além do que deixa no Flickr. É homem e de Massamá, Portugal. Para além das suas fotos, é apenas isto que consta na sua galeria, onde há mais fotos de Chaves.

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O sempre Liceu do velho convento sem freiras, quer dentro, quer fora. Uma imagem que nem um espelho de águas paradas deixa de agitar as lágrimas das saudades do velho jardim. Só quem não viveu os grandes momentos das Freiras, é que as poderiam desprezar assim. E tudo por nada! Chaves perdeu o seu coração.

 

Coisas nossas,  de flavienses, que amam este naco de terra entalado entre montanhas e às quais o nosso convidado de hoje é, pela certa, alheio.

 

 

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Já alheios não poderemos ficar à sua galeria no flickr, a qual merece uma visita aqui, onde poderá também descobrir mais fotos de Chaves:

http://www.flickr.com/photos/paxdiem/

 

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07
Set09

Exposição de Fotografia, encerra esta semana.


Arquitecturas Contemporâneas

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Só para relembrar, a exposição de fotografia comemorativa das 750.000 visitas a este blog,  entra hoje na última semana, pois dia 12 às 12H30 encerrará ao público. Se por acaso tiver interesse em visitá-la e estiver cá pela terrinha, aproveite esta semana, mas só durante o dia, pois à noite está encerrada.


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Entalada na modernidade

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Já sei que é uma exposição de fotografia de um fotógrafo cá da paróquia e, que nem sequer chega aos calcanhares e arte do FESTIMAGE, mas pelo menos, lá, poderá encontrar fotos de Chaves e de algumas das nossas aldeias, mas também alguns devaneios da fotografia, inéditos aqui no blog.


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Nadir

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Assim e, para os que por estarem longe não podem visitar a exposição, deixo por aqui algumas imagens não publicadas neste blog, um bocadinho diferentes daquilo que é habitual por aqui, mas são fotos ou composições com fotos que estão patentes ao público. Diferentes, mas com motivos ou temáticas flavienses, pequenos devaneios se é que me são permitidos.


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Poldras

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Espero que gostem.

04
Set09

Discursos Sobre a Cidade - Por Fe Alvarez


 

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Nuestros dos amigos estaban en aquellos años confusos, en que dejaran la niñez, o así lo pensaban ellos. La voz cambiara, el humor estaba variable y las hormonas revolucionadas,  en conflicto, casi era "yo contra el mundo, o el mundo contra mí" en realidad el caos, no coordinaban bien los movimientos, el cuerpo creciera y no eran conscientes de su area, los granos los acomplejaban, no se conocian ni ellos mismos. Habrian perdido su sitio en el universo? los adultos los consideraban mocosos y los pequeños los veian como adultos, qué locura!  podía decirse que un día eran niños y al siguiente hombrecitos, ahora jugaban y en el momento siguiente se sentian adultos, pues bien en unos de esos días, después de sopesar concienzudamente, los pros y los contras, llegaron a la conclusión, que ya era tiempo de ir a cierta casa que estaba a las orillas del Ribelas, en realidad está, eso sí en ruinas, juntaron sus parcos ahorros, eran pocos, no llegaban, por eso fueron cada uno por su lado "recaudar" los tristes céntimos que les daban algunos familiares, para completar una cantidad, que demostrase su valía (en dinero...) quedaron para el próximo encuentro, al lado del "pelourinho", los dos vivian cerca, en la Rua Direita. Pasadas unas horas.

 

- Eh! Ángelo reuniste mucho?

 

- Andan todos de un tacaño, fui a mi madrina, me dio dos escudos y medio, es una rácana y eso que le hice un recado, mi tio me dio otros dos y medio. Ya me dirás qué haré con 5 escudos.

 

- Ah! yo tengo más suerte, vino mi tio de Lisboa y me dio 25 de un tirón, una fortuna! como es Carnaval ayudó, además por Navidades no vino, me dijo toma Andrsito, ya eres un hombre, pero seguramente no te desagradará tirar unas bombas.

 

- Es verdad, por culpa de las bombas estoy mal de dinero, tuve una idea, no tardo nada, prepárate que a la hora marcada, tendré dinero de sobra.

 

- Suerte amigo, si tú no vas, no iré, no me atrevo a ir solo.

 

- A las 10?

 

- A las 10 en punto.

 

Se separaron nuevamente, Ángelo veía el futuro muy negro, pero le hiciera unos trabajos a la señora Elisa, ella era muy agradecida y sabía que tenía falta de dinero así que encaminó sus pasos a su casa y si necesise de algún favor, que era casi siempre, vendría una recompensa que reforzaría su magra economía.

 

- Hola doña Elisa, como está hoy?

 

- Hay Angelito, qué quieres a mi edad? con mis achaques, voy tirando.

 

- Ande ,ande, que está hecha una moza.

 

- Zalamero que eres, cuantas chicas tendrás a tu alrededor! con esas maneras melosas.

 

- Si, si, nunca oyó decir, que se mueran los feos, no sé qué pasa, ellos tienen más éxito! Pasé por aquí, por si necesitaba alguna cosilla.

 

- Gracias hijo mío, eres un sol, vales lo que pesas en oro, mira compré allí en el comercio de " Zé Pequeno" un saco de patatas, me lo puedes traer?

 

- Naturalmente Doña Elisa, en un momento estoy aquí.

 

- No te lastimes, ten cuidado al cargarlas.

 

Ángelo fue feliz, ya veía unas moneditas más en su bolsillo, cumplió con el saco de patatas, las acomodó en la despensa, que en tiempos había sido un lagar y ahora era, despensa, trastero, almacén y algunas veces y en veranos calurosos, salita, que como fresca era la mejor división de toda la casa. Después la señora le pidió dos recados más y lo rencompensó con unos escudos, salió corriendo, feliz, alegre como unas castañuelas, silvó e hizo cuentas, con aquel último donativo, ya tendría más que suficiente, su padre le daría la recompensa prometida por su ayuda durante la semana y eso sabía que estaba seguro.

 

A las 10 en punto, como habian dicho, allá se encontraron nuestros protagonistas, era visible el nerviosismo que los inundaba, lo disimulaban lo mejor que podian, llegaron a pensar que la cena les había hecho daño, sentian mariposas revoloteando en el estómago y un nudo gordiano en las tripas y así entre risas nerviosas, bromas y procurando mantener un aire de madurez, llegaron a la puerta, llamaron y allí estaba ella, A Pomba, que los expulsó sin miramientos y a cajas destempladas, ni les dio tiempo a abrir la boca.

 

Oh, suerte malvada! en un santiamén se cayó todo como un castillo de naipes, adios sueños de estrenar su hombría, era intolerable! no perdonarian semejante agravio, los habian trataran como a niños, era urgente planear una venganza, algo aleccionador y memoreable. No se les ocurría nada que ellos pudiesen hacer, estrujaban el cerebro cuando oyeron a lo lejos estallar una bomba. EUREKA! esa sería su lección, un susto. Se armaron y decidieron que dos bombas al unísono formaría un buen follón, dicho y hecho. BUUUM,  sobre la endeble estructura del edificio aquello pareció algo peor de lo que era en realidad, la Pomba salió bramando en arameo, baticinó que sabía quien fueran los artífices de semejante atentado, las chicas gritaban con miedo y en medio de aquel lío, llegó el jefe Oliveira, venía esclarecer el motivo de semejante algarabía, fue informado detalladamente, era necesario dar una lección de civismo a los pilluelos, él no era hombre para andarse con chiquitas, todos conocian sus métodos aleccionadores.

 

Y entre tanto, qué era de nuestros hombrecitos? huyeran hacia el otro lado de la calle y se escondieron como conejos en sus cuevas, en una construcción medio derruida, allí se quedaron en cuanto los buscaban afanosamente, un policía aun se asomó a la desvencijada puerta, pero en la oscuridad no adivinó la presencia de los medrosos amigos, quietos como estatuas, apenas respiraban, además el olor lo hechó hacia atrás, que el local era utilizado por viandantes que cuando se veian apurados por la naturaleza, se ocultaban a ojos indiscretos y hacian sus necesidades.

 

Cuando el peligro pasó, salieron de su escondrijo, con cautela, malolientes, humillados y hablando en plata "ca...dos"  casi hasta los tobillos, se acercaron a las poldras para quitar algo de aquel "perfume penetrante" verdaderamente aquel no había sido su día de suerte, además sabian que al llegar a casa, ya era tarde y quien sabe si el jefe Oliveira... por eso, serian recibidos con una señora reprimenda y algún que otro recorte en sus estrenadas libertades. OH DIOS, CUAN DIFICIL ES DEJAR ATRÁS LA NIÑEZ!

 

Fe Alvarez

 

02
Set09

Em Chaves também há vinhos de qualidade - Quinta de Arcossó


Os vinhos são como os homens,
com o tempo, os maus azedam 
e os bons apuram...
                     "Cícero"

 

 

 

Pois é precisamente de bons vinhos, nossos, que hoje quero falar. Mas antes quero-vos falar um pouco da história do vinho e das lendas que lhe são associadas.

 

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Claro que um bom vinho anda quase sempre, ou também, associado a uma boa gastronomia, aliás Salazar até dizia que “Beber vinho dá de comer a um milhão de portugueses”. Mas não é propriamente dessa gastronomia que o “vinho alimentava” que eu me referia, mas à gastronomia a sério. Mas hoje vamos ficar só pelo vinho, mas foi ao gastronomias.com que fui sacar as lendas:

 

“Uma lenda grega atribui a descoberta da videira a um pastor, Estáfilo, que, ao procurar uma cabra perdida, a foi encontrar comendo parras.


Colhendo os frutos dessa planta, até então desconhecida, levou-os ao seu patrão, Oinos, que deles extraiu um sumo cujo sabor melhorou com o tempo.


Por isso, em grego, a videira designa-se por staphyle, e o vinho por oinos.

A mitologia romana atribui a Saturno a introdução das primeiras videiras; na Península Ibérica, ela era imputada a Hercules.

 

Na Pérsia, a origem do vinho era também lendária: conta-se que um dia, quando o rei Djemchid se encontava refastelado à sombra da sua tenda, observando o treino dos seus archeiros, foi o seu olhar atraído por uma cena que se desenrolava próximo: uma grande ave contorcia-se envolvida por uma enorme serpente, que lentamente a sufocava.

 

O rei deu imediatamente ordem a um archeiro para que atirasse.
Um tiro certeiro fez penetrar a flecha na cabeça da serpente, sem que a ave fosse atingida.

 

Esta, liberta, voou até aos pés do soberano, e aí deixou cair umas sementes, que este mandou semear.

 

Delas nasceu uma viçosa planta que deu frutos em abundância.

 

O rei bebia frequentemente o sumo desses frutos.

 

Um dia, porém, achou-o amargo e mandou pô-lo de parte; alguns meses mais tarde, uma bela escrava, favorita do rei, encontrando-se possuída de fortes dores de cabeça, desejou morrer.

 

Tendo descoberto o sumo posto de parte, e supondo-o venenoso, bebeu dele.


Dormiu (o que não conseguia havia muitas noites) e acordou curada e feliz.

A nova chegou aos ouvidos do rei, que promoveu o vinho à categoria de bebida do seu povo, baptizando-o Darou-é-Shah « o remédio do rei ».

 

Quando Cambises, descendente de Djemchid, fundou Persépolis, os viticultores plantaram vinhas em redor da cidade, as quais deram origem ao célebre vinho de Shiraz.”

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Lendas à parte, o vinho tem uma longa história, pelo menos, remonta a 6.000 a.C. Pensa-se que tenha tido origem nos actuais territórios da Geórgia ou Irão. Na Europa, é mais recente, mesmo assim pensa-se que terá aparecido no velho continente há cerca de 6.500 anos na Bulgária e na Grécia.

 

Adorado pela antiga Grécia e Roma, aliás até tinham um Deus, Dionísio para a Grécia e Baco para Roma, tem vindo ao longo dos tempos sido associado e utilizado também em cerimónias religiosas cristãs e judaicas, quer na Eucaristia quer no Kidush.

 

Tinha que passar pelas lendas e um pouco da história do vinho para chegar aos vinhos de hoje, aos bons vinhos de hoje, que Portugal também produz e que por terras flavienses também existem, como os da Ribeira de Oura, onde a Quinta de Arcossó já prova que também por cá se podem fazer vinhos para competir com os melhores vinhos nacionais e internacionais.

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Pois hoje é mesmo sobre os vinhos da Quinta de Arcossó que vos quero falar, um bom exemplo de como com um bom trabalho, apoiado tecnicamente e associado a uma boa localização se podem também fazer bons vinhos no nosso concelho.

 

A Quinta de Arcossó incorpora um projecto vitivinícola na região de Trás-os-Montes, Sub-Região de Chaves, que procura transformar vinho ancestral de camponeses em vinho de excelência, bem como servir de paradigma e de referência numa região com potencial mas completamente sub-aproveitada em termos vitícolas.

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Na busca dessa excelência foi determinante o conhecimento acumulado acerca da qualidade das uvas e do vinho obtido secularmente pelas famílias Pizarro e Montalvão Machado da parcela onde se encontra instalada a vinha que dá actualmente origem aos vinhos Quinta de Arcossó. Aliás, esta parcela da Quinta de Arcossó está inserida no coração da micro-região da Ribeira de Oura, a qual tem fortes tradições vitícolas desde a ocupação romana, como são prova disso os vários lagares dessa época existentes nas encostas pendentes ao rio Tâmega e seus afluentes, bem como as referências constantes na obra de Estrabão, grande geógrafo do império romano, e particularmente de escritos dos séculos XVIII e XIX. Por sua vez, estando convictos que a excelência de um vinho resulta, em grande medida, de uma capitalização perfeita entre a componente associada à natureza, designadamente, o solo e o clima, e a associada ao homem. Foi esta convicção que levou Amílcar Salgado, o proprietário da Quinta de Arcossó, um filho da terra e bem conhecedor das suas terras a durante dois anos encetar diligências tendentes à aquisição da já referida parcela que constitui a actual Quinta de Arcossó, a qual se encontrava abandonada do ponto de vista vitícola desde 1987.

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Após a sua aquisição em 2001, iniciou um projecto de reestruturação que culminou com a plantação de 12 hectares de vinha no ano de 2003 sob a orientação do Eng.º Rui Xavier Soares, o qual obedeceu a um vincado compromisso entre o conhecimento ancestral da parcela para produzir uvas da mais alta qualidade e o dos novos processos de viticultura.

 

Foi em 2005 que a primeira vindima foi efectuada e a primeira vinificação de vinhos Quinta de Arcossó sob a orientação do enólogo Francisco Montenegro. Cujos resultados do primeiro vinho, quer em termos qualitativos, quer em termos de aceitabilidade por parte dos consumidores, foram muito superiores ao esperado.

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Em 2008, mais conhecedores da parcela e dos novos processos de vinificação aplicados durante 3 vindimas, e na busca permanente da excelência, a Quinta de Arcossó decide elaborar um vinho que pretende ser o topo de gama da sua produção. Esse vinho foi vinificado com desengace totalmente manual (escolha bago a bago). Efectuou a maceração pelicular a baixa temperatura, bem como a fermentação alcoólica em barricas novas de carvalho com capacidade de 400 litros e não sofreu qualquer processo de bombagem ou remontagem mecânico.

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Amílcar Salgado  confessa-se na procura permanente da qualidade e no respeito pelo conhecimento acumulado na região, “esmeramos a viticultura da parcela e mantemos na adega a concentração e o palato das uvas, para que a aceitabilidade do vinho ultrapasse o mercado local e permita que aqueles que se encontram distantes ou não conheçam,  possam saborear a região mesmo que não venham junto dela. E isto já acontece, até porque já Quinta de Arcossó já exporta cerca de 15% dos vinhos que vende.

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Actualmente a Quinta de Arcossó dispõe de duas marcas no mercado: Quinta de Arcossó e Padrão dos Povos. A primeira incorpora os melhores lotes e quer o vinho tinto, quer o vinho branco passam por estágio em barricas de madeira de carvalho francês e carvalho americano, ou seja, obedecem a um tratamento mais fino e requintado em cave. Nesta marca dispõe no mercado de um vinho branco e tinto colheita, de um tinto reserva e de um rose. A marca Padrão dos Povos é composta por um vinho tinto e um vinho branco colheita. Trata-se de um vinho mais simples e menos ambicioso, mas que pretende ser uma homenagem à região de Chaves com muita acessibilidade a todos aqueles que pretendam apreciar com exigência um bom vinho de excelente relação qualidade preço.

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Mas na adega da Quinta de Arcossó já há novos vinhos a lançar brevemente no mercado. Com a marca Quinta de Arcossó um Reserva branco para o Natal, um syrah (tinto) para meados de 2010 (colheita de 2007) e aquele que pretende ser o topo de gama, cujo processo de elaboração foi totalmente artesanal, mas que ainda não tem data de lançamento nem designação, mas muitos daqueles que já o provaram efectivaram reservas.

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Quanto à vinha que produz este líquido dos Deuses, encontra-se plantada numa encosta virada a Sul, mas ampla a Nascente e a poente, o que lhe permite receber o máximo de luz solar em qualquer altura do ano. Está disposta em talhões por casta, com linhas de videiras com orientação Norte/Sul e Noroeste/Sueste, em função das necessidades solares de cada casta. O embardamento já foi pensado para captar o máximo de luz solar e naturalmente as melhores maturações possíveis, mas equilibradas. A vindima e a vinificação é realizada casta a casta e mesmo com escolha de pequenas parcelas de cada uma delas em função dos vinhos a obter.

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A vinha é composta pelas castas tintas: Touriga Nacional; Touriga Franca; Bastardo; Tinta Amarela; Tinta Roriz; Tinta Barroca e Syrah. Castas brancas: Arinto; Fernão Pires; Moscatel Galego e alguns pés de vinha antiga que resistiram desde o abandono. No próximo ano será introduzida mais uma casta branca. Ao todo, a actual vinha é composta por 50.000 pés que poderá atingir, produção estimada em velocidade cruzeiro, as 50 000 garrafas;

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Actualmente para além do mercado português, a Quinta de Arcossó já exporta cerca de 15% da sua produção para a Suiça e França.

 

Pessoalmente, embora não seja especialista, sou apreciador de bons vinhos, e, do vinho da Quinta de Arcossó, posso-vos garantir que me enamorei dele desde o primeiro dia em que o provei. É um daqueles vinhos que marca e que fica para sempre retido na recordação e, não hesito nem um bocadinho em considerá-lo dos melhores vinhos nacionais, que só enriquecem e enobrecem o nosso concelho de Chaves.

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Um bom exemplo também de como por cá, com gente empreendedora, aliada a uma boa equipa técnica e também a muito trabalho, amor e carinho, a qualidade também pode ser conjugada.

 

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Da minha parte, já é um vinho de eleição e só lamento que por cá não haja mais Quintas de Arcossó e mais Amílcares Salgados, pois, infelizmente, a nossa qualidade só se vai impondo com projectos individuas e quase à revelia das entidades que deveriam estar preocupadas com aquilo que vamos tendo de melhor e que, aos poucos, também se vai abandonando e perdendo.

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Um bem haja para a Quinta de Arcossó, para a família que está por detrás da Quinta e para toda a equipa técnica e trabalhadores da mesma.

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Claro que foram estes os vinhos servidos na inauguração da exposição de fotografia comemorativa das 750.000 visitas deste blog e, que por todos foi elogiado, além de demonstrar que também é uma excelente companhia dos pastéis de Chaves.

 

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