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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

26
Jan15

Quem conta um ponto...


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224 - Pérolas e diamantes: temos de perder o medo

 

Aparentemente possuímos mais liberdade individual, mas a sociedade onde vivemos está cada vez mais fora do nosso controlo e alcance. A partidocracia e os interesses económicos e financeiros sobrepõem-se aos interesses dos cidadãos. Manobram tudo e tudo e corrompem.

 

Vivemos neste neoliberalismo inspirado em Bernie Madoff, que por um lado nos rouba e por outro se dá ares de altruísta.

 

Tudo isto nos deve dar que pensar. Chegamos a uma fase da História em que o capitalismo assimilou a filantropia e a caridade, não apenas como idiossincrasia, mas como uma circunstância inerente ao próprio sistema.

 

A desigualdade cresce um pouco mais todos os dias. No entanto, para que o sistema não se desfaça, os mais ricos distribuem um quinhão aos mais desprotegidos, sabendo que essa é a melhor forma de reproduzir a situação que gerou esta brutal desigualdade.

 

O logro é esse. As elites criaram, e difundem, a ideia de que não existem alternativas ao poder que temos hoje.

 

Claro que para a crise que vivemos atualmente não existem respostas fáceis. Mas veja-se o que se passa na nossa cidade, em Portugal e no resto da Europa: os amblíopes lideram os cegos. Para esta gente, as políticas de austeridade são como uma superstição.

 

Todos sabemos que a austeridade apregoada, e praticada, é uma forma de evitar que possamos ir à raiz do problema da crise.

 

Incitam-nos com a pressa da atuação. No entanto, essa é a forma perversa de nos impedir que pensemos.

 

Os partidos no poder utilizam o argumento da crise para meter medo. Mas o que hoje todos percebemos é que eles foram o motor da crise. A sua principal razão.

 

Apesar dos mecanismos democráticos estarem a ser colocados em causa, não podemos desistir de ter esperança no futuro. Temos de perder o medo da mudança.

 

Mas, confesso, começo a ficar um pouco saturado da esquerda marginal que sabe que nunca atingirá o poder, mas, o que é ainda pior, secretamente nem sequer o deseja ocupar.

 

Os marxistas-leninistas e afins são os melhores teóricos do seu próprio falhanço.

Por incrível que pareça, e como muito bem referiu Slavoj Zizek, os neoliberais rejubilam com os comunistas. De facto, o caso da China é paradigmático e irónico. Os comunistas tornaram-se os agentes mais capazes do desenvolvimento do capitalismo.

 

Atualmente, o capitalismo asiático é mais dinâmico e produtivo do que o ocidental.

 

Os neoliberais deliciam-se com o feito. Afinal, quanto menos democracia melhor funciona o sistema. Com salários mais baixos e com menos direitos sociais, a economia desenvolve-se melhor.

 

Apesar de estar na moda ser antieuropeu, continuo a acreditar na Europa. As suas ideias de igualdade, liberdade, democracia e direitos humanos são a visão correta de uma sociedade livre e justa.

 

Os valores democráticos e republicanos são a sua matriz mais consistente.

 

Se a Europa se desvanecer e claudicar, quais são os princípios que os substituirão?

 

PS – Porque todos sabemos que quando se quebra madeira saltam lascas, renovamos o apelo ao senhor presidente António Cabeleira, e aos seus distintos vereadores, João Neves incluído por inteiro, para que aprovem uma auditoria externa às contas da autarquia. É que o buraco da dívida camarária é de tal dimensão que tememos que nos arraste a todos para dentro dele e nos devore. Além disso quem não deve…

 

PS 2 – E, também em nome da transparência, já agora senhor presidente, talvez fosse boa ideia aprovar conjuntamente uma auditoria externa às contas da JF de Santa Maria Maior, da qual foi insigne presidente, até 2013, o risonho vereador João Neves (ex-MAI e atualmente do PSD), pois quem não deve não teme; certos de que aquele que tão insistentemente reivindicou, durante toda a campanha eleitoral, uma auditoria às contas da CMC, com toda a certeza verá com bons olhos e até enaltecerá fervorosamente, uma auditoria realizada às contas do seu íntegro mandato.

 

25
Jan15

Pecados e picardias


pecados e picardias copy

 

Oh…

Vou por matagais de desejo

Sem tesouras de podar remorso

Desço margens

Deixo para trás precipícios

Corro nas abertas da chuva miudinha

Levo-te sem te levar

Nem quero mais sonhos, os que tinha sentiram-se realizados e foram-se

Não guardo arrependimentos, nem sei que lhes fiz,

Já só vejo dignidade nas riquezas que são pobres,

Metem-me nervos:

as lutas redundantes de faz de conta

As omissões da dor da fome pelo mundo fazem-me queimaduras na alma

As multidões dos fenómenos coletivos para parecerem muitos a ficar tudo na mesma,

Continuo a gostar de telhados de quatro águas

Amo as sombras do luar sei que és tu a espelhar-te

Escrevo o que ninguém lê

Sei a dor de ser velho

Não coro de vergonha pelas artes de amar

Só Leio livros que não se vendam mesmo esses deixo de os ler

Invejo os amantes

Sento-me e admiro o vazio num horizonte de névoas e brumas de silêncios

Não posso poupar afetos já sou fortuna não quero ser avareza

Deixei morrer o deslumbramento, não fazia sentido, os heróis verdadeiros não o quiseram

Respiro a liberdade de todos os voos mais ainda dos teus

Amo-nos, amo-Nos e até por acaso nem Nos acho melhores que os outros

Até logo…

 

Isabel Seixas in Espólio

 

 

25
Jan15

O S.Sebastião do Couto de Dornelas e Alturas do Barroso - 2


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Apresentamos em duas partes o S.Sebastião do Barroso porque de facto é assim que acontece por lá, ou seja, a primeira parte em Couto de Dornelas e a segunda em Alturas do Barroso, mas entre as duas aldeias há ainda a paragem obrigatória em Vilarinho Seco onde sem festa, a festa continua.

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Do Couto de Dornelas às Alturas do Barroso pouco mais são de 10 quilómetros e Vilarinho Seco fica sensivelmente a meio do trajeto, assim a paragem obrigatória nesta aldeia não se deve à distância, mas antes pela necessária hidratação ou mesmo um simples café, mas também pela festa que sempre acontece e pela beleza da aldeia.

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Toda esta região do Barroso tem uma beleza singular devido a ainda ir mantendo a sua integridade de um núcleo de construções que mantém as características das construções típicas do Barroso. A não ser um ou outro caso isolado as coberturas de colmo já fazem parte da história, apenas a estrutura dos beirais testemunham que um dia existiram. Penso que poderia e ainda pode haver uma solução interessante uma sobrecoberta, mas isso ao S.Sebastião até pouco interessa. Resumindo, queria eu dizer que é sempre interessante parar em Vilarinho Seco nem que seja para tomar meia-dúzia de imagens que são sempre interessantes.

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Mas o nosso destino é mesmo Alturas do Barroso. A saída de Couto de Dornelas acaba por acontecer quase sempre depois das duas da tarde, pelo caminho além da paragem obrigatória em Vilarinho Seco há sempre outras paragens ocasionais. Ora aqui porque há que tomar umas fotos às vacas a pastar, ora ali porque há neve, ora acoli por outra coisa qualquer, às vezes até por um chichi dum mais apertado é preciso parar e assim, quando se chega a Alturas do Barroso já a tarde está mais pra lá do que pra cá, então se o céu está encoberto com nuvens a tarde chega mesmo a cheirar a anoitecer.

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Claro que nós vamos lá pela festa da festa, pela festa da fotografia , mas também pela feijoada do S.Sebastião. às vezes é complicado conciliar tudo mas descomplica-se, pois a missão tem de ser cumprida e cumpre-se.

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Claro está que com tantos afazeres o regresso à terrinha já é feito noite escura, via Montalegre. Éh! É aquela tal noia de nunca regressar pelo mesmo caminho ou então apenas o pretexto para passar por Montalegre, para ver se o castelo está no sítio e se a Vila e a Portela continuam no seu lugar.

 

E assim vai sendo o cumprir da promessa do 20 de janeiro.

Até pró ano.

 

 

24
Jan15

O S.Sebastião do Couto de Dornelas e Alturas do Barroso - 1


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Ora vamos lá até ao S.Sebastião, hoje o do Couto de Dornelas, pois não é a única povoação que celebra o 20 de janeiro com uma festa comunitária.

 

Então para apanhar tudo desta festa convém ir cedo. Para mim se chegar lá por volta das 8h30 ou 9 horas, já está bem, pois ainda se apanham as ruas despidas de gente e podemos apreciar a verdadeira dimensão da mesinha de S.Sebastião ao longo da rua principal da aldeia.

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De seguida há a visita obrigatória aos potes e ao pão. A entrada para a zona de trabalho, onde durante toda a noite os potes cozinharam o manjar a servir, não é de visita livre, e compreende-se, pois só incomodam quem trabalha, mas depois de negociar a reportagem com o “porteiro”, a porta abre-se. Claro que depois de tanta foto ao pão e aos potes, o “porteiro” acha por bem que também deve sair em uma e, como o prometido é devido, cá fica ela.

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Os potes são muitos, pão ainda mais, mas a gente é tanta que não há outro remédio e depois há que precaver, pois mais vale sobrar do que faltar.

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Depois há que esperar pela missa. É tempo de dar uma voltinha pela aldeia, e assistir à chegada dos peregrinos. Uns mais carregados que outros, mais ou menos abrigados, vão marcando lugar à mesa e enchendo a rua principal da aldeia.

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Neste tempo livre uma ou mais passagens pelo largo do Cruzeiro são sempre obrigatórias, mesmo porque é por ele que se vai até à igreja, quer se vá a missa ou não.

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Entretanto poucas são as ombreiras das portas que ficam livres. Abrigam um pouco do ar de neve e parecendo que não dão sempre um certo descanso ao corpo para além de ser um sítio sempre privilegiado para ver quem passa.

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À missa nem todos vão e ainda bem, pois embora a igreja até nem seja das mais pequenas, seria impossível comportar todos os peregrinos, mas há sempre os mais devotos que mesmo que não tenham lugar dentro, ficam à porta ou no adro.

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Terminada a missa há que seguir a cruz, o S.Sebastião e o Padre que partem em procissão até à bênção do pão.

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Acabada a bênção a cruz e o Padre regressam à igreja mas o S.Sebastião fica. Juntam-se a ele o homem das esmolas, o homem da vara (medida) e os homens das toalhas de linho e começando a desenrolar-se estas em cima da mesa, logo vai a vara medir onde cairá um pão, um caçoilo de arroz e um pedaço de carne , com vossa licença, de porco.

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Logo de seguida aí vai mais uma vara para medir onde cairá outro pão, mais um caçoilo de arroz e um pedaço de carne , com vossa licença, também de porco. E assim sucessivamente durante umas centenas de metros quase mil, entre as esmolas que vão caindo na cestinha e o beijar o S.Sebastião.

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Passada a procissão da distribuição do comer, há que lançar a mão à navalha, cortar o pão e a carne e bora lá, há que comer, pois o frio e a espera já se tinham encarregue de abrir o apetite e a barriguinha já agradece.

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Comida do pote e pão do forno a lenha. A comida não tem pela certa a apresentação ou os enfeites de “la fine cuisine”, então o arroz… mas garanto-vos que é uma iguaria, um autêntico manjar dos deuses.

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Se alguém duvidar das minhas palavras que vá lá, este ano já não vai a tempo mas para o ano há mais, ou então perguntem a quem lá foi ou tem promessa de lá ir, mas já se sabe que por mais deliciosas que as palavras sejam, vão-lhe faltar sempre o sabor, o momento, a companhia.

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E merenda comida companhia desfeita, mas em festa, sempre em festa, pois embora pareça que a festa acabou e que o S.Sebastião regressou ao seu altar, é pura ilusão. Em Couto de Dornelas é um até para o ano que vem, mas uns quilómetros mais à frente e uns bons metros mais acima, há mais S.Sebastião, mais festa comunitária, mais manjar, é para lá que ruma agora a procissão de peregrinos, mas essa fica para amanhã, hoje o tempo de antena deste blog vai inteirinho para o Couto de Dornelas, sito no concelho de Boticas, em Barroso, Terra Fria de Trás-os-Montes, apenas um cantinho deste Reino Maravilhoso.

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Ah!, já ia esquecendo a promessa feita às meninas da Universidade Sénior, aquelas que também queriam sair na televisão. Pois embora por aqui a imagem seja estática não é tão efémera como na TV, e cá ficam.

E quanto ao S.Sebastião do Couto de Dornelas fica um – até para o ano!

 

 

 

24
Jan15

Fugas


Fugas - banner

 

Por terras da Curia, Luso e Buçaco

 

O nosso destino fica relativamente perto. Saímos de casa são nove da manhã e rolamos calmamente até à Figueira da Foz onde paramos um pouco na avenida marginal. Seguimos pela Serra da Boa Viagem e à medida que vamos subindo admiramos a magnífica vista sobre o mar. É uma estrada de curvas e contracurvas, esquecida, e por onde o tempo parece não ter passado. Na berma encontramos ainda alguns sinais de trânsito feitos em cimento, bem à moda antiga. Não resisto a parar para ir tirar umas fotografias.

 

Passamos por Cantanhede, entramos na Estrada Nacional nº 1 em direcção a Norte e chegamos ao cruzamento que diz “Curia”. Já aqui passámos imensas vezes noutras ocasiões, mas nunca nos desviámos da nossa rota. Paramos no parque de merendas em frente à estação. Todas as mesas estão ocupadas por excursões vindas de vários pontos do país. À boa maneira portuguesa vêem-se toalhas aos quadrados, cestos de vime e até alguns garrafões de vinho. No ar ouvem-se conversas e aventuras de viagens. Há uma mesa que fica livre e sentamo-nos para saborear o nosso almoço trazido de casa.

Sinal antigo de curva e contracurva.jpg

 Fotografia de Luís dos Anjos

 São duas horas e vamos visitar o parque das termas. O ambiente é calmo e extremamente belo. Tomamos café numa agradável esplanada e logo depois alugamos uma “gaivota” para dar uma volta pelo lago. Aproveito para tirar mais algumas fotografias de pormenores da mãe natureza. Dali seguimos para Anadia para visitar o Museu do Vinho. Não esqueçamos que estamos numa zona vinícola, cujo produto mais conhecido é, sem dúvida, o espumante. Aproxima-se a hora do jantar e não há espaço sequer para hesitações: vamos à descoberta do famoso Leitão da Bairrada.

 

O domingo amanhece convidativo para prosseguirmos viagem. Seguimos para o Luso, pequena vila conhecida em todo o país pela sua água. Um pouco mais acima o Palácio do Buçaco, construído em finais do século XIX e agora convertido em hotel. Ao seu redor, dispersos por toda a extensa mata, surpreendem-nos fontes, capelas e miradouros. É um pequeno paraíso perdido que nos faz perder a noção do tempo. Infelizmente, temos de voltar a casa. Na bagagem, várias fotografias, um fim-de-semana para recordar e até uma ou outra peripécia mais engraçada...

Luís dos Anjos

 

23
Jan15

Discursos Sobre a Cidade - Por Francisco Chaves de Melo


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Sete euros e setenta e dois cêntimos!

 

A dívida municipal cresceu nos últimos treze anos à velocidade de 7,72€ por minuto!

 

Dirão que qualquer jogador medianamente viciado em jogo perde mais de dez euros por minuto no casino, pelo que a Câmara endividar-se em “Sete euros e setenta e dois cêntimos” por minuto não é muito.

 

Os leitores que me desculpem mas discordo dessa opinião!

 

Vejamos: perdendo 7,72€ por minuto significa que numa hora a Câmara se endividou em 463€, num dia em 11.111€, num mês 333.333€, num ano 4.000.000€ (quatro milhões de euros), em cada mandato que o PSD esteve no poder endividou a Câmara em 16.000.000€ (dezasseis milhões de euros) nos três mandatos acumulou 48.000.000€ (quarenta e oito milhões).

 

Poderão questionar:

- E a dívida que vinha de trás dos três mandatos do Dr. Alexandre Chaves, não conta?

 

Respondo:

- Claro que conta, era de 12.000.000€ (doze milhões). Sem dúvida bastante! Mas o Dr. Alexandre Chaves gerou por cada mandato de quatro anos um milhão de dívida a menos, que a gestão do PSD gerou em cada ano do mandato.

 

Questionarão novamente:

- Como é? Então a gestão PSD endividou a Câmara em quatro milhões de euros por cada ano que passou enquanto a gestão do Dr. Alexandre Chaves apenas a endividou em tês milhões a cada quatro anos?

 

Respondo:

- É verdade! Utilizando os termos futebolísticos, a gerar dívida, a não pagar a quem se deve, o PSD ganha ao PS por 4 a 1!

 

Questionarão novamente:

- Então, quanto se deve agora?

 

Respondo:

- 60 MILHÕES! Pelo que se sabe, mas podem vir a ser mais.

 

Dizem-me:

- Se assim é, cada flaviense seja criança, jovem, adulto, ou idoso, tem sobre si um encargo de 1.500,00€.

 

Respondo:

- Só em minha casa, que somos cinco, a dívida da Câmara já vai em 7.500,00€. Não me admira que me tenham aumentado os impostos e se preparem para aumentar a água.

 

Dizem-me:

- Vamos embora que se faz tarde!

Francisco Chaves de Melo

 

 

23
Jan15

Chaves, a névoa e o Tâmega


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Uma palavrinha fica sempre bem, dizem por aí,  e juro que tentei encontrar algumas para ilustrar a cena, mas de cada vez que as começava a alinhar sentia que atraiçoavam e amordaçavam a liberdade, ou mesmo a simplicidade, daquilo que a névoa tão bem sabe esconder, ou deixa ver, para dar asas a criatividade da imaginação, e depois a vida já há muito me ensinou a não acreditar em palavras. Assim, façam o favor de esquecer também estas palavras, pura perda de tempo, e peço desculpa por tal, pois enquanto as leram perderam alguns bons momentos de um simples olhar que não precisava de mais nada.

 

 

22
Jan15

Vivências - Um ano numa grande superfície


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Um ano numa grande superfície

O aparecimento das grandes superfícies e a sua multiplicação nos últimos 20 anos alteraram para sempre os nossos hábitos de consumo numa escala provavelmente maior do que aquela que possamos à primeira vista imaginar. Quase sem darmos por isso existe hoje em dia um calendário próprio que rege toda a atividade das grandes superfícies e que acaba por nos influenciar a todos (a uns mais, a outros menos) nas nossas compras.

 

O frequentador habitual de uma grande superfície, para além de corredores atravancados com pessoas e carrinhos cheios de compras, vai-se deparando ao longo do ano com uma sequência de campanhas que, com algumas (poucas) variações, acaba por ser quase sempre a mesma: ideias mais ou menos românticas e mais ou menos dispendiosas para o Dia dos Namorados, máscaras e disfarces de Carnaval para todos os gostos, amêndoas e ovos de chocolate de todas as cores para a Páscoa, tudo para as férias no campo ou na praia, o regresso às aulas, com corredores e corredores de mochilas, estojos, cadernos e tudo o mais que as nossas crianças precisam para a escola (e também o que não precisam), depois as castanhas e a jeropiga por ocasião do São Martinho e, logo de seguida, centenas de sugestões para prendas, como se o Natal chegasse logo no fim de novembro. Intercaladas algures entre estas campanhas aparecem ainda, invariavelmente, uma feira de queijos e enchidos e uma feira do bebé. E para que não haja a menor possibilidade de passarem desapercebidas todas estas campanhas são largamente divulgadas em panfletos que nos entopem a caixa do correio, outdoors espalhados pela cidade e anúncios na rádio e na televisão.

 

Felizmente, não temos de seguir esta ditadura do consumo, temos vontade própria e liberdade de escolha e, por isso mesmo, poderemos sempre comprar uma tenda de campismo ou um chapéu de praia em janeiro ou uma caixa de chocolates para a nossa pessoa especial em outubro.

Luís dos Anjos

 

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