Vila Frade - Chaves - Portugal
Hoje vamos mais uma vez até Vila Frade e, este mais uma vez, não quer dizer que tenha ido por lá muitas vezes, pois na realidade só lá fui duas vezes, ou melhor, vamos começar isto de novo pois as coisas não são bem assim. Ir a Vila Frade já fui muitas vezes e a primeira vez até já foi praí há coisa de trinta anos, quase sempre por razões profissionais. Quando eu dizia que só lá fui duas vezes, queria referir-me ao ir lá recolher imagens e informações para o blog, isso sim, só foi mesmo duas vezes e da primeira vez, em 2006, só recolhi seis fotos e todas do mesmo motivo — o pombal com a forma de coroa de rei.
Não é que eu seja lá muito bom a recordar datas, pois apenas sei que foi em 2006 porque é o que consta no registo digital das primeiras fotografias de Vila Frade em arquivo e na altura pouca informação recolhi, ou nenhuma, aliás nem sequer sabia que a curiosa e singular construção que registava em imagem era um pombal, mas desde logo, aí, e pelo que já conhecia da aldeia sabia que tinha de fazer uma visita demorada à aldeia com alguém que a conhecesse bem, o que veio a acontecer só três anos depois, em maio de 2009, mas desta vez para passar lá toda a tarde e recolher num total mais de trezentas imagens e também a informação possível. Ficam assim explicadas essas tais duas visitas e simultaneamente justificar que as imagens de hoje são de arquivo.
Sorte a minha e azar das nossas aldeias, que desde 2009 até à presente data as aldeias não se transformaram muito, fisicamente falando, pois quanto à população, aí deve ser o que é habitual a todas as nossas aldeias — menos e envelhecida.
Talvez esteja na hora de atualizar aqui no blog os “Mosaicos das Freguesias” à luz dos últimos censos de 2011, que pela certa mostrará a tendência que a aldeia e freguesia vinha sofrendo, pois a surpresa, que não vai ser surpresa nenhuma, vão ser os Censos de 2021, que esses sim, embora tarde, vão dar para refletir ao refletirem a falta de políticas para todo o nosso interior, principalmente no Norte, que desde 1950 ( segundo os números), ou não as há ou pouco acertam, aliás penso mesmo que nunca houve intensão que elas acertassem, e muito menos nos últimos tempos em que o que vale são os números e as análises das folhas excel sempre deturpadas nos números das estatísticas, do género daqueles em que se têm 10 bifes para 10 pessoas, o que estatisticamente dá 1 bife por pessoa, quando alguns já há muito tempo que nem sabem ao que sabe um bife.