Vivências
O início de uma nova era?
No nosso percurso escolar, nas aulas de História, e desde que tenhamos estado atentos à matéria, aprendemos que o tempo se pode dividir em 5 grandes épocas ou idades: a Pré-História, que abrange o período desde o aparecimento do Homem na Terra até ao surgimento da escrita, por volta do ano 4000 a.c.; a Idade Antiga, que se prolonga até à queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.c.; a Idade Média, até à queda do Império Romano do Oriente, em 1453; a Idade Moderna que termina em 1789, ano da Revolução Francesa; e, finalmente, a Idade Contemporânea, aquela na qual vivemos hoje. Mas a história da Terra e da Humanidade é uma história de contínua evolução, transformação, adaptação a novos tempos e a novas circunstâncias e, por isso mesmo, não vamos, obviamente, permanecer para sempre nesta denominada Idade Contemporânea.
Nas últimas décadas, e em particular no início deste novo milénio, assistimos a uma evolução sem precedentes. A ciência e a tecnologia proporcionam-nos hoje, a todos os níveis, possibilidades com as quais nem sequer sonhávamos há apenas alguns anos atrás. De repente, tudo nos parece fácil de obter e a Internet colocou-nos o mundo na palma da mão, ou na ponta dos dedos, se preferirmos, à distância de meia dúzia de cliques. Mas a verdade é que, simultaneamente, entrámos numa grave crise que começou por ser apenas económica, mas é, afinal, bem mais do que isso. E para ultrapassar esta crise, quer no plano económico, quer em qualquer outro plano, serão necessárias novas atitudes, novas ideias, novas posturas perante a vida, perante as coisas e perante aqueles que nos rodeiam, um novo entusiasmo, uma nova energia…
A mudança para uma nova “idade”, cujo nome e contornos não podemos ainda imaginar, pode estar prestes a começar sem que nos estejamos verdadeiramente a aperceber…
Luís dos Anjos