Um espelho na consciência
Voltei atrás tanta vez
Contrariei intenções
sem perguntar aos porquês
meti-me nos maus lençóis
teimosias porque sim
sem razão mas com vontade
um fazer assim assim
à custa da liberdade
voltei atrás tanta vez
sem recuar por moral
nem aos sinos de mercês
dei ouvidos, foi por mal
se eu nunca fui igual
porque me queres parecida
um espelho na consciência
torna o disfarce real
das sombras da nossa vida…
voltei atrás vezes demais
à procura duns achados
eram todos desiguais
destroços em descampados
ironias sem cinismo
insónias que dormem tranquilas
um espelho na consciência
sem saber porquê
ri em surdina na transparência
inocente que não vê
homens no espelho de meninas
doutrinas sem catecismo…
voltei atrás tanta vez,
Parti o espelho…
Louvado seja o 25 de abril…
Abraço amigo
Isabel Seixas