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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

25
Abr17

Chaves D'Aurora


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  1. GRANDE GUERRA.

 

O mundo todo acompanhava, estarrecido, a guerra que as elites carniceiras da Europa fizeram eclodir, dos anos 14 a 18 do século XX, em talhos onde se expunham cadáveres esquartejados e os soldados, nas trincheiras, grande parte dos quais advindos como voluntários, viam-se diante de ini­migos que, em igual condição à deles, também estavam à mercê da chuva, do frio, dos lamaçais e, com mais cons­tância, dos piolhos, ratos e carraças. Acabavam quase todos vitimados pelas balas ou gases venenosos, por enfermidades como o tifo e a febre quintã ou, pior ainda, pelas septicemias oriundas de ferimentos mal cuidados, ante a falta de cer­tos procedimentos sanitários e de medicamentos ainda não existentes, como antibióticos, vacinas e outros mais.

 

O maior legado que os marechais dessa guerra deixaram à Europa, após ficarem brincando, insanos e entediados, com os jogos de matar soldadinhos, não de chumbo, mas de carne e osso, foi mergulhar o continente em uma trípli­ce aliança, a dos três efes: fome, fraqueza, falência. A indi­gência aumentara, na maior parte dos países, com a falta de recursos médicos e de géneros alimentícios que pudessem servir de trincheiras ou fortalezas inacessíveis a outros em­bates, bem diversos e mais genocidas e que, tal como aquela guerra, seriam travados contra as forças de Tânatos, o deus da Morte.

 

Nessa batalha, que logo estaria a se anunciar, por toda parte, como guerra não declarada, até mesmo os arquidu­ques Ferdinandos d’Áustria-Hungria estariam à mercê de serem abatidos, não por estudantes bósnios de nome Gavrilo Princip, mas por batalhões de germes mortíferos, criados pela Natureza, nos seus imprevisíveis desígnios de ora mãe, ora madrasta.

 

fim-de-post

 

 

 

 

25
Abr17

25 de abril, Sempre!


 

 

 

Sem tempo para um post original mas com o tempo suficiente para fazer aqui uma reposição,  com a atualização devida.

Aqui fica então a minha homenagem a mais um 25 de abril,  continuando sem perceber o porquê deste dia não ser um verdadeiro dia de festa nacional.

 

A reposição:

Desde o primeiro ano de existência deste blog que aqui é obrigatório recordar o dia 25 de abril de 1974 e, enquanto o blog existir, assim continuará a ser.

 

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Ao longo destes anos fiz algumas composições para comemorar este dia que para sempre ficou ligado e simbolizado pelo cravo, os cravos, a revolução dos cravos, não só porque alguém nesse dia, nua ato espontâneo se lembrou de distribuir cravos pela população de Lisboa e o fotógrafo registou o momento mas também pela forma como a revolução acabou por acontecer, pacificamente e com a adesão em massa da população.

 

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Pois hoje ficam aqui algumas dessas composições e algumas das centenas ou milhares de fotografias que nesse dia se tomaram em Lisboa, em pleno desenrolar da revolução, imagens sempre curiosas e sempre agradáveis de ver e que nos fazem ir à memória buscar alguns momentos desse dia, que para nós flavienses e um pouco por todo o Portugal fora de Lisboa se viveu cheio de expetativas e ávidos por saber o que realmente se tinha passado na capital, é que na altura não havia telemóveis, facebook, nem internet e até os telefones eram escassos. Restava apenas a televisão e a rádio que até à noite do 25 de abril de 1974 também pouco esclareceram com as suas emissões suspensas. Certo, certo, durante esse dia do 25 de abril de 1974 apenas se sabia que em Lisboa tinha acontecido qualquer coisa, ou como eu costumo dizer: à rua, o 25 de abril apenas chegou a Chaves no dia 1º de maio, esse sim, celebrado também em Chaves com o povo todo na rua, em festa, na primeira festa da liberdade que eu conheci.

 

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Pena que o espírito do 25 de abril, da liberdade se tenha perdido e hoje apenas se resuma a um hastear da bandeira e para encher “programa” até se tenha de incluir aulas de hidromassagem, pois festa da liberdade na rua já há muito que não há. Quase parece que temos vergonha dela. Por mim, 25 de abril SEMPRE e viva o 25 de abril, que coisa mais preciosa que a liberdade não há. Mas enfim, deixemos as palavras e ficam então algumas das composições que deixei aqui no blog ao longo dos anos e algumas imagens do 25 de abril em Lisboa.

 

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 Arquivo Expresso (1974), "25 de Abril de 1974: o «Bula»", CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_115210 (2015-4-25)

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 (1974), "25 de Abril de 1974: populares e militares confraternizan no Largo do Carmo", CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_114282 (2015-4-25)

 

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 (1974), "25 de Abril de 1974: cerco ao Quartel do Carmo", CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_114636 (2015-4-25)

 

fotos-de-alfredo-cunha-o-dia-25-de-abril-de-1974.jFoto de Alfredo Cunha

 

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Salgueiro Maia a dirigir-se à população

 

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 (1974), "25 de Abril de 1974: a vitória do MFA", CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_114589 (2015-4-25).

 

 

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