Devaneios com alguma lucidez à mistura...
Agora chegado ao meu momento de estar a sós comigo próprio, apenas eu, vou tendo tempo para alguma introspeção na tentativa de descobrir o porquê de às vezes chegar a esta fase do dia assim como agora estou e entre devaneios, alguns rasgos de lucidez e outros de estouvadez, consigo chegar a algumas conclusões, mesmo que para isso tenha de recuar um pouco ao passado para melhor me compreender , e num de repente lembro-me de uma vez ter comentado um texto num blog amigo, de autoria de um amigo, do qual reproduzo aqui um pouco:
“ (…) poongzungting, pang-pong, pfind, tong, poongzungting, poongzungting, peng, pung, poongzungting, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, pung, poongzungting, poongzungting, plong, plong, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, plong, plong, plong, plong, plong, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, plong, plong, pling, pang, pong, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, pung, plong, plong, plong, plong, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, plong, plong, poongzungting, pang, pong, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, poongzungting, pang, pong, pung, poongzungting, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, plong, plong, plong, plong, plong, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, plang, plong, plang, plong, pling, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, plong, plong, plong, plong, plong, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, plong, plong, plong, plong, plong, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, plong, plong, plong, plong, plong, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, plong, plong, plong, plong, pling, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, pling, pling, plong, pang, poongzungting, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, pling, plang, plang, plong, plang, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, plong, pling plong, plong, plong, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, plong, plong, plong, plong, plong, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, plong, plong, plong, plong, plong, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, plong, plong, plong, plong, plong, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong, plong, plong, plong, plong, plong, plong-poongzungting-poongzungting, pang-pong, pfind, tong…”
Eram textos deliciosos do tempo em que compreendia e percebia na perfeição esse meu amigo, a sua poesia e musicalidade quase de arpas celestiais (cuja música não conheço mas imagino). Infelizmente hoje já não escreve assim, tornou-se mais erudito, mais chato de ler, mais certinho e arrumadinho atingindo a banalidade do que é politicamente correto em termos de escrita, um verdadeiro intelectual, quase como aqueles poetas que escrevem um poema e vivem dentro dele sem dele conseguirem sair e compreender a realidade que vai à sua volta.
Há dias estive num congresso de Animação Sociocultural, quarenta e tal especialistas, quase todos professores doutores de universidades portuguesas e estrangeiras. Aprende-se muito nestes e noutros congressos, mas nele aconteceram dois momentos marcantes que para mim valeram todo o congresso, um por parte do Padre Lourenço Fontes quando à pergunta de se era verdade que as estrelas do céu em Vilar de Perdizes eram mais brilhantes?, ele respondeu: Não, falta lá uma… O segundo momento foi a entrada de um careto de Podence que também em resposta a uma pergunta, abeirou-se do parlatório e respondeu: “ Blá-blá-blá, blá-blá, blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá. Blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá! Blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá, blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá, blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá, blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá- blá-blá…. Claro que não vos vou deixar aqui a resposta completa, sobretudo porque foi longa, mas esclarecedora, assertiva e conclusiva, tanto que deixou todos os conferencistas e congressistas esvaziados de outra qualquer questão.
Como esta prosa já vai longa, passemos, tal como os advogados o fazem, às conclusões onde está a essência de tudo, ou à moral da história se preferirem ou ainda à realidade das coisas ou do porquê chegar assim ao fim do dia e a resposta é simples – MEDIOCRIDADE, a dos homens, sobretudo a daqueles que têm como única ambição a ambição. É por isso que gosto de gente simples e estouvada. E com esta me vou à procura daquela estrela que falta no céu.