Chaves - Um olhar...
Chaves, um olhar sem postal!
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Chaves, um olhar sem postal!
“Rubidez nasal”
Ao escritor cabe-lhe
«servir como espelho
para a época em que vive»-
E.M. Forster.
Há Blogues e blogues.
Uns feitos diàriamente. Outros, quando calha.
Os da NOSSA TERRA vão secando, secando.
De ÁGUAS FRIAS e de OUTEIRO SECO ainda há por AQI”.
Muitos fazem-lhes a colheita. Muitos mais, a rapina.
Os seus leitores e comentadores «passaram-se» para o Facebook e para outras faixas de rodagem virtualmente reais e realmente virtuais: quase toda essa gente sonha e aspira pertencer à nobreza, embora jure a pés juntos ser do Povreza!
Dentre essa gente, mesmo a pequena quantidade de invejosos, que converte a sua pobreza de espírito em tiques de modos e de palavras cheios de pedantice pseudo-intelectual ou cultural, é uma abundância.
Basta-lhe duas linhas de escrita ou três palavras deitadas pela boca fora para se lhe topar o desnecessário complexo de inferioridade, o crónico azedume da sua mediocridade, a sua frustração por não passarem da cepa torta, o sentimento de culpa pela falta de coragem em momentos em que esta seria mais necessária, e as características rasteiras que lhe vão permitindo a sobrevivência.
Afirmam, juram; dizem, desdizem. E concluem que, afinal, o que viram, o que leram era metade do que afirmaram, juraram, disseram e desdisseram; a outra metade era do que tinham visto, tinham ouvido, tinham lambido, tinham lido!
Providos de tão elevado talento e tão vasto quão profundo conhecimento, a insinuação é-lhes mais do que suficiente para sentir e saber avalizado o seu dito e escrito!
Essa pequena trupe costuma trajar em mangas de camisa e colarinho aberto, convencida que o fato azul às riscas da sua sapiência enche as medidas do gosto de quem a escuta ou nela repara!
A raivazinha da sua insignificância subsidia-lhe o discurso, oral ou escrito, do seu azedume.
E quando dão com os olhos no nome de um autor incómodo, o nariz fica-lhes vermelho que nem um pimento!
(E se agora lhes lembrar os do Cambedo ou os de Lebução ... aumentar-se-lhes-iam os moncos!...).
Todos eles, iguais, semelhantes, diferentes - ou parecidos - no seu elevado grau académico, na sua superior categoria intelectual, quer nas suas observações ou críticas, quer nas suas censuras e «desapreciações» dissimuladas, cheias de corajosa falta de coragem, todos eles são gente de juízo claro e de saber abundante, a quem, a mim, só me resta aplaudir e manifestar reconhecimento!
Abrem um livro ou um Blogue, debruçam-se sobre ele e já se julgam, e sentem, leitores!
Uns bocejam com a leitura dos meus textos. Outros, tosquenejam!
Todos com ares de pisa-verdes intelectuais!
São indivíduos que, noutras paragens ou pracetas, culturais, «passariam despercebidos ou seriam solenizados pela irrisão pública» e que, entre nós, são «alçados ao cume da escala política», autárquica ou central!
A mim, não me incomoda a queda no conceito dos exigentes críticos do Blogue “CHAVES”!
Na «caixa de comentários», deste Blogue, entrei de surpresa: fui bem acolhido.
Para as páginas diárias, fui convidado.
Não escrevo para vender; escrevo porque penso.
Com a fidelidade de meia dúzia de leitores que tenho, considero-me bem pago.
Ao sucesso editorial prefiro a dignidade de merecer ser lido.
Escrever os meus textos, mais do que liberdade política, é uma liberdade civil!
Naturalmente, os leitores, que não encontrem neles opiniões ou conceitos que sustentem os seus, ficarão mais desagradados.
Acontece que, não raras vezes, o autor não fala, não escreve, a mesma língua que o leitor. A opinião deste não passará de um sopro dos seus gostos, já que ideias quanto à leitura não as terão.
Críticos e escreventes andarão (ou andam, mesmo, por aí?!) a afirmar que a “lei de talião” (jus talionis ou lex talionis) é invenção de Talião (alguém, «um tipo», que nunca existiu, a não ser na sua ignorância arrogante); que o azul de metileno é de Mitilene!
Presunçosos, há visitantes e leitores que abrem o Blogue como se fosse uma carta registada com aviso de recepção de quem eles, cada um deles, são, é, o seu único destinatário!
Alguns aprenderam a juntar as letras (poucochinhos até «escrevem bem», mas isso é menos que nada!), mas ainda não sabem ler!
Estou certo que se os visse andar com algum dos meus livrinhos na mão, ficaria envergonhado por tê-los entre os meus leitores.
M., dois de Setembro de 2017
Luís Henrique Fernandes
89 seguidores
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Obrigado pela gentileza. Forte abraço.João Madurei...
Boa crónica.
Parabéns!Revivi o que já não via há muito tempo......
Linda fotografia.E aqui está bastante frio, também...
Bom pensamento.Mas é mesmo assim e espanta que a n...