Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

05
Nov17

O Barroso aqui tão perto - Cela


1600-cela-art (14)

montalegre (549)

 

Hoje iniciamos com um pedido de desculpas para quem nos dois últimos domingos esperava aqui no blog uma aldeia do Barroso. Não foi por falta de material, pois esse já o temos, incluindo o levantamento fotográfico de todas as aldeias, a verdade,  é que não tivemos tempo para trabalhar o material que temos. Mas regressamos ao “Barroso aqui tão perto” e isso é o que interessa, ficando a promessa já antiga de que todas as aldeias e vilas do Barroso passarão por aqui.

 

1600-cela (3).jpg

 Cela, ao fundo do lado esquerdo

Vamos então até à nossa aldeia de hoje – a Cela.  Aldeia que foi das primeiras a fotografar ainda sem sabermos que aldeia era. Eu explico melhor, acontece que nos nossos itinerários para o Baixo Barroso, com passagem pela Barragem de Paradela, tomávamos sempre a estrada da margem esquerda do Rio Cávado, e logo a seguir a Paradela há um alto convidativo a lançar uns olhares sobre a barragem, onde geralmente parávamos para tomar umas fotos. Desde esse alto avistavam-se duas pequenas aldeias na margem direita do Cávado, logo após o paredão da barragem. Aldeias que fomos fotografando, à distância, sem sabermos de que aldeias de tratava e sem termos a curiosidade de as identificar no mapa, pois já sabíamos que quando os nossos itinerários passassem para a margem direita do rio, aí iriamos passar por elas. E assim foi, só quando passámos para o outro lado do rio é que soubemos que essas duas aldeias eram Sirvozelo e a Cela.

 

1600-cela (5)

 

Vamos então até à Cela e como chegar até lá, sempre a partir da cidade de Chaves. Pois para a Cela o nosso itinerário favorito é via Montalegre, ou seja, apanhando a estrada do S.Caetano/Soutelinho da Raia (EM507). A seguir a Montalegre basta seguir a estrada que ora de um lado ou do outro, vai acompanhando o Rio Cávado, isto até a aldeia de Paradela que dá nome à Barragem de Paradela. Aí temos que atravessar o paredão da barragem que o mesmo é dizer que temos de atravessar o Rio Cávado para a margem direita e seguindo a estrada encontramos primeiro Sirvozelo e logo a seguir a Cela, que não fica junto à estrada, mas muito perto. De Chaves até à Cela, por este nosso itinerário, são 65 quilómetros, coisa para se demorar de 1H30 a 2H00, dependendo das paragens que fizermos pelo caminho.

 

1600-cela (15)

 

A titulo de informação, estas nossas descobertas do Barroso eram programadas para um dia, com saída de Chaves logo de manhazinha, bem cedo, e regresso ao fim da tarde. No início tínhamos a preocupação de os nossos itinerários coincidirem à hora de almoço com uma localidade que soubéssemos ter restaurante para tratar das nossas barriguinhas. Com o tempo fomos dando conta que, estivéssemos onde estivéssemos, havia sempre próximo um restaurante. Dizemos isto para quem queira ir pelo Barroso de Montalegre, pois onde comer, não é problema, às vezes, com a oferta que há, o  problema está  em escolher qual deles irá tratar das nossas barriguinhas.

 

1600-cela (17)

 

Ainda quanto à localização de Cela, deixamos de seguida o nosso habitual mapa e as coordenadas da aldeia, contudo deixamos também uma informação para quem queira abordar o Barroso a partir de outras origens que não seja a da cidade de Chaves e não conheça muito bem a região. Pois aí o melhor é mesmo ter a Estrada Nacional 103 como referência, uma vez que é a principal via que atravessa o Barroso e a partir da qual há ligações para todas as aldeias. Ficam então as coordenadas da Cela, que está implantada já em plena Serra do Gerês a uma altitude que varia entre os 700 e os 750m de altitude:

41º 46’ 04.53” N  e  7º 58’ 27.66” O     

 

mapa-cela.jpg

 

Passemos a abordar o topónimo Cela. A verdade é que esta aldeia aparece grafada tanto com Cela como com Sela. Para nós não tivemos qualquer dúvidas ao optarmos pelo topónimo Cela, isto, talvez, por influência da nossa aldeia da Cela, aqui do concelho de Chaves, alí ao lado de S. Loureço. Mas vamos ver o que diz a “Toponímia de Barroso”:

 

1600-cela-lapela (8)

 

Sela ou Cela?

“Diminutivo de Sá < Sala < Saella ou < Salella, pequena sala ou casa  - se escrita com S inicial.

Tenho muitas dúvidas na análise deste topónimo geresiano. De tal modo que me atrevo a aconselhar a sua grafia: Cela ou Sela? É que não há documentação que nos dê luz apesar das INQUIRIÇÕES falarem de vários casais na freguesia de Outeiro, antigamente São Tomé de Parada (1258) e, depois, São Tomé de Parada do Gerês.

Se for Cela, como  geralmente se escreve , poder-se-á filiar no latino cella < cela, significando armazém, celeiro, o que implica a existência de uma villa próxima.

Se for Sela decorrerá do também latino “Sallela” < Saella < Sela, no sentido de local abrigado, exposto ao calor solar, próprio para velhinhos ao soalheiro. Nada de pensar em cavalos, burros ou zebros como asnaticamente alguns fazem! A falta de formas escritas do vocábulo coarcta-nos  a decisão mas aceitamos as duas hipóteses: por um lado, dada a apetência e até necessidade que as povoações da zona têm de proceder à transumância de gados para a serra do Gerês e de aí edificarem os seus apriscos, currais e armazéns: por outro lado, a identificação do local com os abrigos naturais da serra e a sua exposição excelente aos raios solares.

 

1600-cela (38)

 

Ainda antes de irmos à “Toponímia Alegre”, façamos um regresso ao que se diz atrás, numa passagem a respeito do topónimo, onde se diz: “ (…) Nada de pensar em cavalos, burros ou zebros como asnaticamente alguns fazem! (…)” – Esta é forte!, mas os barrosões são assim, quanto têm uma coisa a dizer, dizem-na, quer doa ou não. No entanto, e embora estas coisas da evolução da palavras a partir do latim não sejam da minha praia,  nem sempre o significado original que se vai buscar ao latim tem a ver com o(s) significado(s) da palavra atual.  Por exemplo “cela” também tem o significado de um pequeno compartimento, como a cela da cadeia ou os aposentos das freiras e dos frades. Quanto a “sela” o significado mais comum é mesmo o da sela dos cavalos, burros e afins… mas também pode ser do verbo selar (um cavalo ou colocar um selo de correio, por exemplo),  Contudo os que “asnaticamente” pensam em cavalos… talvez o seu pensamento não seja descabido de todo, pois é sabido que bem próximo da aldeia de Cela ou Sela, existe a cascata de Cela Cavalos,  e um pouco mais à frente, bem próxima, existe também uma aldeia que tem o topónimo de Cavalos. 

 

1600-cela (27)

 

De qualquer forma o autor da “Toponímia de Barroso” começa logo por afirmar no início da descrição do topónimo que:  “ … Tenho muitas dúvidas na análise deste topónimo …). Assim, e até que não tenha dúvidas, deveria deixar abertura para outras opiniões, e que desculpe esta minha “ousadia”, mas deve ser a minha costela barrosã que me faz dizer aquilo que penso, sem com isto querer retirar credibilidade ou qualidade ao trabalho que fez na “Toponímia de Barroso”. Posto isto, voltemos então à toponímia, agora a alegre:

 

1600-cela (37)

 

Ó Santinho Santo Ouvido

Onde tens a tua morada:

Entre Sela e Outeiro

Sirvoselo e Parada!

 

Adeus lugar de Parada

Ai Jesus, quem me la dera!

A culpa tive-a eu

Se lá estava não viera.

 

Menina, se tem tanto fastio

Apegue-se a Santo Ouvido;

Se não apegue-se a mim

Que ao pé do Santo resida!

 

1600-cela (18)

 

Ficam mais algumas referências à aldeia de Cela que encontrámos no livro "Montalegre":

 

“ Barroso constitui um mosaico de paisagens edénicas. Podemos dizer que em cada canto há um novo encanto. Basta percorrer as nossas estradas municipais ou vicinais através do planalto para redescobrirmos mil recantos admiráveis. A título de exemplo referimos a estrada de Fafião a Cabril e daqui aos Padrões ou a Cela e Sirvoselo; o trajecto de Paradela do Rio a Outeiro e Parada; (…)”

 

1600-cela (22)

 

Ainda do livro "Montalegre":

"São célebres por conterem inscrições ou gravados e, portanto, históricos: O penedo de Rameseiros, o afloramento de Caparinhos, o Altar de Pena Escrita (Vilar de Perdizes), O Penedo dos Sinais (Viveiro-Ferral), o Penedo do Sinal, o Penedo da Ferradura e a Pedra Pinta (Vila da Ponte), o Penedo de Letra (Gralhas), o Penedo de Pegada (Ferral). São igualmente célebres por serem incomuns: o penedo do Esporão (S. Lourenço Cabril), a Laje dos Bois (Lapela-Cabril) o Penedo da Pala (Cela-Outeiro) o Penedo da Caçoila (Pedrário-Sarraquinhos)"

 

1600-cela (39)

 

Ainda do livro "Montalegre":

De Cabril subimos pelo Miradouro da surreira do meio-dia, passamos na terra do navegador Cabrilho – Lapela. Se estiver calor dê um mergulho nas cascatas de Cela de cavalos e siga até Sirvozelo, aldeia integrada na “ rocha”.

 

1600-cela (41)

 

Atrás, numa das referências do livro Montalegre, fala-se de alguns penedos. Pois penedos é coisa que não falta nesta região, e Cela não é exceção. Mas há penedos e penedos e com alguma frequência conseguem-se ver reproduzidas figuras nos penedos. Nem sempre, pois às vezes dependem das sombras que a determinada hora do dia transforma o penedo numa figura. Em Penedones, por exemplo, vimos por lá a cabeça de um gorila reproduzido numa rocha, em Ponteira conseguimos ver o chapéu de Fernando Pessoa. Na subida da serra do Larouco é conhecida a cabeça do cão perdigueiro, pois em Cela, a ilusão de ótica,  ou  “Viés cognitivo”, ou “Apofenia” ou ainda “Oareidolia”, levou-nos a ver outras duas figuras, uma reproduzida na foto anterior onde nos parece ver um rosto humano ou máscara, com uma pedra na cabeça e esta coberta por um lenço, e na fotografia seguinte vemos por lá a cabeça de um sapo tipo Cocas dos Marretas ou então uma tartaruga com carapaça.

 

1600-cela (13)

 

Lamentamos não poder reproduzir aqui imagens da cascata de Cela cavalos, não por falta de tentativa de chegar até lá, pois tentar, tentámos, mas não tínhamos viatura apropriada para chegar até ela e para ir a pé, não tínhamos tempo.  Não foi só esta cascata que fomos deixando para trás, outras ficaram, mas ficou decidido que quando terminarmos a ronda por todas as aldeias do Barroso (agora já andamos nas de Boticas), iremos visitar as cascatas e outros locais menos acessíveis, nem que tenhamos que demorar todo o santo dia para cumprir a nossa missão, mas ir lá, haveremos de ir.

 

1600-cela (16)

 

Já atrás, numa referência do livro “Montalegre”,  foi referido que “Barroso constitui um mosaico de paisagens edénicas. Podemos dizer que em cada canto há um novo encanto.” . Nós confirmamos que é verdade, e neste itinerário que nos leva até à Cela, mais propriamente no trajeto da M308 entre Paradela e Cabril, em plena Serra do Gerês e entre o Rio Cávado o Rio Cabril, podemos desfrutar daquilo que mais belo há em termos de paisagens de montanha, aqui e ali enfeitadas com pequenas pérolas,  como Sirvozelo, Cela, Lapela, Azevedo, Xertelo, entre outras. Pequenas pérolas para quem passa por lá com olhos de apreciação, já não o são tanto para quem lá vive, daí que o despovoamento rural seja uma realidade.

 

1600-cela (29)

 

E por hoje vai sendo tudo, só nos faltam as referências às nossas consultas e os habituais links para anteriores abordagens a terras do Barroso.

 

Bibliografia

 

BAPTISTA, José Dias, (2006), Montalegre. Montalegre: Município de Montalegre.

BAPTISTA, José Dias, (2014), Toponímia de Barroso. Montalegre: Ecomuseu – Associação de Barroso.

 

Links para anteriores abordagens ao Barroso:

 

A

A Água - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-a-agua-1371257

Algures no Barroso: http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-1533459

Amial - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-ameal-1484516

Amiar - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-amiar-1395724

Antigo de Sarraquinhos - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-antigo-de-1581701

Arcos - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-arcos-1543113

 

B

Bagulhão - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-bagulhao-1469670

Beçós - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-becos-1574048

Bustelo - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-bustelo-1505379

 

C

Cambezes do Rio - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-cambezes-do-1547875

Caniçó - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-canico-1586496

Carvalhais - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-carvalhais-1550943

Castanheira da Chã - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-castanheira-1526991

Cepeda - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-cepeda-1406958

Cerdeira - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-cerdeira-1576573

Cervos - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-cervos-1473196

Contim - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-contim-1546192

Cortiço - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-1490249

Corva - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-corva-1499531

 

D

Donões - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-donoes-1446125

 

F

Fervidelas - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-fervidelas-1429294

Fiães do Rio - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-fiaes-do-1432619

Fírvidas - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-firvidas-1466833

Frades do Rio - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-frades-do-1440288

Friães - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-friaes-1594850

 

G

Gralhas - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-gralhas-1374100

Gralhós - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-gralhos-1531210

 

L

Ladrugães - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-ladrugaes-1520004

Lapela   - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-lapela-1435209

Larouco - Um olhar sobre o Larouco - http://chaves.blogs.sapo.pt/2016/06/19/

 

M

Meixedo - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-meixedo-1377262

Meixide - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-meixide-1496229

Mourilhe - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-mourilhe-1589137

 

N

Negrões - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-negroes-1511302

Nogeiró - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-nogueiro-1562925

 

O

O colorido selvagem da primavera http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-o-colorido-1390557

Olhando para e desde o Larouco - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-olhando-1426886

Ormeche - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-ormeche-1540443

 

P

Padornelos - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-padornelos-1381152

Padroso - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-padroso-1384428

Paio Afonso - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-paio-afonso-1451464

Parafita: http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-parafita-1443308

Pardieieros - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-pardieiros-1556192

Paredes de Salto - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-paredes-1448799

Paredes do Rio -   http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-paredes-do-1583901

Pedrário - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-pedrario-1398344

Peneda de Cima, do Meio e de Baixo, as Três Penedas: http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-as-tres-1591657

Penedones -  http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-penedones-1571130

Pereira - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-pereira-1579473

Pomar da Rainha - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-pomar-da-1415405

Ponteira - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-ponteira-1481696

 

R

Reboreda - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-reboreda-1566026

Roteiro para um dia de visita – 1ª paragem - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-roteiro-1104214

Roteiro para um dia de visita – 2ª paragem - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-roteiro-1104590

Roteiro para um dia de visita – 3ª paragem - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-roteiro-1105061

Roteiro para um dia de visita – 4ª paragem - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-roteiro-1105355

Roteiro para um dia de visita – 5ª paragem, ou não! - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-roteiro-1105510

 

S

São Ane - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sao-ane-1461677

São Pedro - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sao-pedro-1411974

Sarraquinhos - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sarraquinhos-1560167

Sendim -  http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sendim-1387765

Senhora de Vila Abril - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-senhora-de-1553325

Sezelhe - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sezelhe-1514548

Solveira - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-solveira-1364977

Stº André - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sto-andre-1368302

 

T

Tabuadela - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-tabuadela-1424376

Telhado - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-telhado-1403979

Travassos da Chã - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-travassos-1418417

 

V

Vilar de Perdizes - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilar-de-1360900

Vilar de Perdizes /Padre Fontes - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilar-de-1358489

Vilarinho de Arcos - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilarinho-1508489

Vilarinho de Negrões - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilarinho-1393643

Vilaça - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilaca-1493232

Vilar de Perdizes - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilar-de-1360900

Vilar de Perdizes /Padre Fontes - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilar-de-1358489

Vilarinho de Negrões - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilarinho-1393643

 

X

Xertelo - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-xertelo-1458784

 

Z

Zebral - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-zebral-1503453

 

 

05
Nov17

Pecados e Picardias


pecados e picardias copy

 

Sem certezas relativas de que valha mais o tarde que o nunca, volto a pecar num rebate de consciência remanescente a favor e em contra corrente de algum naufrago em causas e casos perdidos que me aguarde.

 

Ainda no eco de uma missa de sétimo dia de uma luz discreta cujo brilho se sente nas margens do vale a pena e fica nas enseadas dos sonhos concisos que são para guardar no acolhimento dos sentidos que só fazem todo o sentido por inteiro.

 

Ainda nas encostas de esperas sem precisar olhares vês eu não te disse, corro pelos últimos nascimentos a kika foi avó, o Santiago,…

 

É como no Surf, tens de apanhar a onda como ela se apresenta, mas tens de a apanhar…

AHHHHHHHHHHHHHH APANHEI-te…

 

Um silêncio de ressentimentos respira nos pulmões empedernidos de rancores alimentados a vitórias do dividir para reinar, crescem as dúvidas e amontoam-se os barcos nas ondas de tumultos surpresa de que é o povo quem mais ordena.

 

Esperam sentados os novos velhos oportunistas cheios de tolerância pelos compadres e o agora é a nossa vez de aproveitar prevaricando menos e em menor quantidade ao abrigo de uma injustiça mais justa.

 

Dêem-nos tempo…

Deixem-nos refletir, para poder planear…

 

Quem me dera acreditar em milagres e ver os deuses arregaçar os mantos e dar nozes a quem tem dentes ou dar mesmo o frio a quem tem roupa e porque não aquecimento, mas não, vejo-os sôfregos de lamentos, bem sentados nos seus altares e a deixar morrer precocemente quem não deve e sobretudo não quer…

 

Recolho as cinzas numa pá de lutos, sem forças motrizes, e esboço sorrisos porque a kika é avó e a Bertina Bisavó e a d. vai ter netos gémeos verdadeiros sabe sra. Enfermeira estive a ler é o mesmo ovo e o ovo divide-o em dois, iguaizinhos …

 

A bipolaridade serve para abandonar a inércia e alimentar os períodos de construção, é tempo de dar oportunidades a quem nunca as teve e tem sido sistematicamente esquecido, não eu. Não tu diz-me a consciência da minha consciência.

 

Sabe estamos a começar a começar, e obviamente que começaremos a ajudar quem nos ajudou nos momentos difíceis, não nos que só apareceram na vitória…

 

Sorrio livre e descontraída pela vontade de sorrir, o chaves ganha 4-2 e a multidão  flaviense no jogo sai pelas portas do alivio e da esperança renascida, rendo-me ao pecar narcisismo do está-se bem, aconchego o cachecol dos valentes transmontanos, ainda assim mais valentes quando ganham…

 

Vamos a isso

 

É tempo de construir

 

Antes que os invernos nos vençam nos medos das quedas no gelo,

 

não nos deixemos cair na indiferença da solidão do não arriscar e continuemos

 

há tanta vida a conquistar aos lutos

 

tantos sorrisos a despertar, vamos todos por aí…

 

Boa semana

Isabel Seixas

Sobre mim

foto do autor

320-meokanal 895607.jpg

Pesquisar

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

 

 

19-anos(34848)-1600

Links

As minhas páginas e blogs

  •  
  • FOTOGRAFIA

  •  
  • Flavienses Ilustres

  •  
  • Animação Sociocultural

  •  
  • Cidade de Chaves

  •  
  • De interesse

  •  
  • GALEGOS

  •  
  • Imprensa

  •  
  • Aldeias de Barroso

  •  
  • Páginas e Blogs

    A

    B

    C

    D

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    L

    M

    N

    O

    P

    Q

    R

    S

    T

    U

    V

    X

    Z

    capa-livro-p-blog blog-logo

    Comentários recentes

    FB