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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

06
Nov17

De regresso à cidade, com o Outono e o jogo da malha


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Talvez a recordar os dias de sol de há dias, ontem lá se foi saindo de casa ligeirinhos  de roupa, mas o sol que se via de casa era enganador,  e com um pé na rua, depressa dávamos conta que mais um pecinha de roupa dava jeito. Finalmente, já se respiram ares de Outono a condizer com o emarelecer das árvores.

 

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As margens do Tâmega e os jardins Público e Tabolado, vão sendo os locais preferidos para os flavienses fazerem os seus passeios dominicais, mas também diários, mas não só, pois aos domingos, no Jardim público, costuma reunir-se um grupo de homens para jogar o jogo da malha. Fica um pequeno e brevíssimo video com algumas jogadas, feito a partir de umas quantas fotografias.

 

 

É mesmo jogo de homens, pois o peso da malha e as distância do lançamento assim o recomenda, e não é para qualquer um. Os jogadores que hoje aqui aparecem, tanto quanto sei, até são campeões deste jogo. Basta ir por lá e apreciá-los durante uns minutos para ver que é verdade.

 

Até amanhã!  

 

06
Nov17

Quem conta um ponto...


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366 - Pérolas e diamantes: A insatisfação e o disparate

 

Na “nota do editor” do último número da revista LER refere-se que no seu discurso de aceitação do Nobel, Bob Dylan citou a Odisseia, de Homero, A Oeste nada de novo, de Erich Maria Remarque, e Moby Dick, de Herman Melville. Mas parece que o laureado se enganou, ou fez confusão, com a frase: “Alguns homens a quem são infligidos ferimentos são conduzidos a Deus, outros são conduzidos à amargura.”

 

A frase é bela e enigmática. Só que tem a particularidade de não existir em nenhum dos livros de Melville. As más-línguas dizem que a frase, tal como outras usadas por Dylan no seu discurso, foi retirada de um site dedicado a comentários de livros para estudantes do secundário.

 

Por falar em distinções, Manuel Alegre foi distinguido com o Prémio Camões. Mal soube da decisão apressou-se a dizer, na sua conhecida e reconhecida humildade, e com a serenidade que todos lhe conhecemos que “é natural que me atribuam este prémio. Até podia ter sido mais cedo.”

 

E daqui nos vamos até ao reino dos confrades e das respetivas confrarias. Há-as para todos os gostos e feitios. Algumas são mesmo picarescas. Desde a Confraria da Moenga, uma associação eborense formada por amigos que “se juntavam no Moinho do Cu Torto para cada um mostrar as suas artes culinárias”, até à Confraria dos Rojões da Bairrada com Grelo e Batata à Racha, passando pela picante Confraria da Urtiga (de Fornos de Algodres).

 

De facto vivemos na era da arte culinária, em contraponto com literatura de cariz erótico-disfuncional. Segundo o The Irish Independent, “cientistas que avaliaram os sentimentos emocionais, a linguagem corporal e a frequência cardíaca de leitoras, encontraram menos sinais de excitação e de prazer no best seller de E. L. James, As Cinquenta Sombras de Grey, do que em 30 Minute Meals, um livro de culinária de Jamie Oliver”.

 

É caso para dizer ora foda-se, pois, tal como Rodrigo Guedes de Carvalho, também eu prefiro “o palavrão ao eufemismo.”

 

Mas é com Rodrigo dos Santos que ficamos a saber como se chega a best seller. Desde logo porque o autor surpreende-nos evidenciando a nossa ignorância. Com os seus livros ficamos a saber que “o marxismo não foi criado por Marx” e que, ó horror dos horrores!, que o inventor do comunismo, apesar de judeu, era racista. Descobrimos também que Cristóvão Colombo era Português, além de que “ninguém sabia que a própria Bíblia tem indícios de que Maria não era virgem e que Marcos e Lucas não escreveram os evangelhos com os seus nomes”.

 

Num dos romances da Trilogia, uma personagem tem mesmo a ousadia de explicar que “o bolchevismo e o fascismo são irmãos marxistas gémeos”, ao que o outro exclama para nossa, e sua, surpresa: “Que disparate!”

 

Nos seus romances há diálogos que se estendem por dezenas de páginas e dão-se mesmo nos lugares mais inverosímeis: na maternidade, no dentista, na rua, no táxi e até na praia.

 

Eu continuo a desconfiar daquelas pessoas que ostentam penosamente a sua cabeça ereta e que desenham uma expressão tão amigável que roça a cretinice. É que não há ninguém assim tão amável.

 

Há suspeições injustas que perseguem até os mais inocentes. Como muito bem diz o poeta citado por Jerome K. Jerome, em Três homens num barco: “Quem pode escapar à calúnia?”

 

No fundo a Humanidade é composta por gente insatisfeita. Parece que “todos têm aquilo que não querem, e os outros têm aquilo que eles querem. Os homens casados têm mulheres, e não parecem querê-las; e os jovens solteiros choram porque não têm mulher. Gente pobre, quase sem meios para viver, tem filhos saudáveis. Casais velhos e ricos morrem sem filhos e ninguém a quem deixar o seu dinheiro.”

 

 João Madureira

 

 

 

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