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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

16
Fev18

O factor Humano


1600-cab-mcunha-pite

 

Ao contrário do prometido, na crónica anterior, adiamos a reflexão sobre os jovens médicos para próximo mês. Fica uma reflexão sobre a escrita.

 

Sobre a escrita

 

Ás vezes começar a escrever é como rodar a chave de um carro velho, dando à ignição. Se a bateria descarregou, responde-nos o silêncio. Uma página em branco, um falhanço. Mas ainda um espaço aberto ao futuro, cheio de liberdade para usar, nosso.

 

Mais difícil é tolerar tudo isto, se estamos com pressa e se cremos a viagem como indispensável. Ou será que quando a página não se povoa de caminhos novos, é sinal que a tal viagem não era assim tão urgente, tão indispensável?

 

Outras vezes, não responde o silêncio ao virar da página e ouve-se uma sucessão de ruídos, não estranhos porque já conhecidos. Qualquer coisa entre um respirar ofegante e um desengasgar. Por uns longos segundos temos a expectativa de que a isso se seguirá o ruído mais monótono e tranquilizador do velho motor a funcionar em pleno. Então, jorram as palavras da ponta da caneta, como quando termina o verão e a sua sequia, com as primeiras chuvas de Outubro. O carro escreve por aí fora, desejando nós que não seja agora a falta de combustível a condicionar a viagem.

 

Vamos indo, sem já nos lembrarmos se o passeio era urgente. Juntamos as palavras, às vezes olhamos para a paisagem, outras chegamos ao destino, sem memória dos locais por onde passámos, das gentes ou das coisas que vimos. Ou melhor podíamos ter visto, pois elas estavam lá, mas se os nossos olhos as miraram, não as transmitiram ao cérebro ou não chegaram neste à zona da consciência.

 

Nunca saberemos se algo que não chegou à consciência pode vir a alojar-se na memória e aí estacionar, num movimento contínuo que a mantenha viva, mesmo se ninguém alguma vez tenha sabido que existiu.

 

Ou será que são também essas estranhas memórias que nos ajudam na viagem seguinte, disfarçadas de imaginação?

 

Manuel Cunha (pité)

 

 

16
Fev18

Rua das Longras - Pormenores


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Hoje vamos fazer uma breve passagem pela Rua das Longras, sem grandes comentários, apenas dizer que é uma das ruas que hoje vive na sombra da cidade.

 

1600-(45198)

 

Talvez os mais jovens não entendam as minhas palavras, mas os da minha geração e mais velhos, pela certa que as entendem. Uma rua cortada a meio pela modernidade, onde a metade resistente,  é apenas uma das vítimas do betão que entrou pela cidade histórica adentro sem sequer pedir licença.  

 

 

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