Pecados e Picardias - Por Isabel Seixas
Partidos que nos deixam…
Partidos
Estava a pensar o quanto a filiação partidária liberta e aprisiona, ora tornando os filiados livres de suspeita de intenção de voto noutros partidos, gerando um circulo de pseudoamizades de partilha e comunhão de ideias charneira, ora tornando os filiados prisioneiros da mesma intenção de voto e condicionando pseudoamizades com afastamento dos filiados noutros partidos, aquando das épocas de campanha eleitoral e definição dos novos eleitos.
A par da verbalização constante da importância do pluralismo politico subjacente a qualquer democracia, coabita a imparcialidade teórica, de que a maioria faz questão de ostentar, falando em critérios de inclusão de todos os cidadãos nas decisões.
Lembro-me dos critérios de moralidade atribuídos às ideologias que norteiam cada partido, sempre com a bandeira de marca povo como beneficiário, sempre com alusão a imparcialidades…
Até os independentes são partidos e embora tábuas de salvação e atenuantes das cores definidas, branqueiam, iludindo e iludindo-se, o destino traçado aumentando a ilusão de ótica de eventual mudança …
E, lembro-me da história, dos que conseguiram congruência no poder, entre o que dizem e o que fazem entre o que apregoavam e o que conseguiram pôr em prática…
Encolho os ombros, e penso na esperança que já perdi também em mim, quando me vejo tão igual e tão diferente e tão sem resultados, e quase me assusto com a possibilidade de contágio, o dos partidos, o dos partidos dos independentes, o da humildade necessária a considerar a possibilidade de ser igual a pensar na pertença aos diferentes…
De qualquer forma ainda sorrio com os “ingénuos”…
Mas acredito que cada vez mais em política os pecados estão a ganhar contornos de quem vai perder…
E de qualquer forma o sol ainda nasce… Embora continue a queimar indefesos…
Pobres partidos que jamais se unem para ficar inteiros na razão…
Garantir o bem-estar do povo.
Isabel Seixas