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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

08
Out22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins...

Vilela Seca - Chaves


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Nesta ronda pelas aldeias do concelho de Chaves à procura de símbolos e arquitetura religiosa hoje vamos até Vilela Seca, e nunca é demais repetir aqui que as imagens são de arquivo e não resultaram de uma recolha com esta temática, mas sim, são de uma recolha geral de motivos da aldeia, assim, é natural que alguns dos motivos já tivessem sido alterados e que outros, desta temática, não estejam aqui hoje.

 

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Passemos então ao que encontrámos em Vilela Seca e que hoje fica em imagem, ao todo temos duas igrejas, a antiga, abandonada e fechada ao culto e a nova que substituiu a anterior.

 

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Na entrada do cemitério temos um cruzeiro descoberto e dentro, uma capela. Cruzeiro que no meu entender e gosto é o mais interessante do concelho e mais elaborado. Trata-se de um cruzeiro setecentista tendo na face frontal da cruz latina esculpida a Pietá e na face posterior estão esculpidos instrumentos da Paixão. Na base da cruz podem-se ver ainda esculpidos alguns Querubins, quer na face dianteira como na posterior e laterais da cruz/cruzeiro.

 

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Quanto à antiga igreja, hoje abandonada e em mau estado de conservação, tem no entanto alguns pormenores bem interessantes, como a torre do campanário, os vãos e a entrada lateral encimada por um relógio com moldura, penso que em betão a imitar granito, ladeado por dois pináculos no enfiamento dos cunhais, estes sim em granito, do verdadeiro. Todos eles pormenores bem interessantes, pena o mau estado de conservação, incluindo o relógio e algum betão à mistura, mesmo assim, no meu entender, foi deixar esta igreja ao abandono. Não tivemos acesso ao interior, mas segundo apurámos não há nada para ver ou mostrar.  

 

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A igreja nova está construída com paredes em granito à vista, assente em fiadas, mas com pedra irregular, com junta tomada, ou seja, não seguem a regularidade nem as dimensões do perpianho. Já os vãos principais têm molduras em cantaria executado com pico fino e trabalhada com perfeição. Digamos que os panos de parede bem mereciam ser rebocadas e pintadas deixando apenas as molduras dos vão com o granito à vista, isto para seguir as “regras” das construções antigas com paredes em granito.  

 

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O restante que aqui deixamos para além da capela do cemitério são pormenores que encontrámos em Vilela Seca, como uma cruz aparentemente antiga, que resistiu de pé no meio das ruínas de uma construção. Não sei se seria de uma pequena capela ou se apenas encimava um muro de um pátio ou coisa do género.

 

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Já o outro pormenor que aqui deixamos, o da cruz de ferro incorporada num catavento, é o remate da cobertura do campanário da igreja antiga. A figura do catavento em chapa fina de ferro (ou latão) representa um anjo de asas abertas com um braço estendido e o dedo indicador a indicar a direção do vento, isto se ainda funcionar, pois pode acontecer que a ferrugem o tenha congelado naquela posição em que aparece na imagem.

 

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E tal como acontece habitualmente, terminamos com o nosso mapa de localização/inventário com os novos elementos que hoje lhe inserimos.

 

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O resto de um bom fim-de-semana.

 

 

01
Out22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... Cela


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Cela - Chaves

 

Nestas andanças de procurar, divulgar e inventariar elementos de arquitetura e outros símbolos de cariz religioso no concelho de Chaves, hoje vamos até a aldeia de Cela.

 

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Nesta aldeia, e sempre ao longo da estrada e rua principal, podemos encontrar uma igreja, um cruzeiro descoberto, um cruzeiro coberto e uma inscrição de uma data e cruz numa fonte de mergulho.

 

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Como já tivemos oportunidade de o dizer aqui algumas vezes, na abordagem desta temática temo-nos valido das imagens que temos em arquivo de levantamentos fotográficos de algumas voltas que demos pelas nossas aldeias ao longo dos anos de existência deste blog, pelo que algumas das imagens ou motivos que aqui trazemos poderão não corresponder à imagem atual, e repetimos este facto, porque hoje deixamos aqui uma imagem, a do cruzeiro coberto, que temos conhecimento que recentemente recebeu uma cobertura de um telhado de quatro águas revestido com telha cerâmica, que ainda não tivemos oportunidade de fotografar, pelo que fica uma imagem já com alguns anos, mais precisamente de novembro de 2007, mas prometemos que logo que tivermos a imagem atual, também a deixaremos por aqui, bem como outros motivos que nos tivessem escapado nas passagens anterior pela Cela.

 

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Ficam então algumas imagens dos motivos que atrás enunciamos e também o nosso mapa de localização/inventário devidamente atualizado, embora ainda com a falta de muitos motivos que ainda não foram aqui abordados, mas lá iremos…

 

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Resto de um bom fim-de-semana.

 

 

17
Set22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... Segirei

Capela e Nicho


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Nesta rubrica de dar a conhecer os símbolos e arquitetura religiosa do concelho de Chaves, hoje vamos até Segirei, uma aldeia que se localiza bem dentro do mar de montanhas que nasce no concelho de Chaves e se prolonga pelos concelhos de Vinhais, Valpaços e além fronteira, pela Galiza.

 

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É uma pequena aldeia, a mais distante da sede do concelho de Chaves, fazendo fronteira com a Galiza e concelho de Vinhais, com alguns motivos de interesse, como as cascatas (na fronteira entre Portugal e Galiza) e a praia fluvial e rio Mente, rio que este ano parece ter feito justiça ao seu nome, pois teoricamente, sem água, não é rio, e este ano o Mente também foi vítima da seca prolongada. Esperemos que neste outono/inverno que se aproxima a natureza lhe restitua a sua dignidade, dando-lhe água para correr no seu leito.

 

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Como aldeia pequena não podemos esperar grandes obras de arquitetura religiosa, mas há sempre lugar para uma capela e um nicho, foi o que encontrámos por lá, e à escala da aldeia, principalmente o pequeno nicho embutido num muro de suporte de terras/escadas de acesso à capela, a confrontar com a estrada que atravessa a parte mais elevada da aldeia, estrada que depois de passada a aldeia nos leva até a praia fluvial/rio Mente e entrada no concelho de Vinhais, pois o rio é o que faz a separação dos dois concelhos.

 

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Quando atrás referi um pequeno nicho, ele é mesmo pequeno, pequenino, mas está construído com todos os pormenores, com um pequeno “portão”, com chave, e um beiral para o proteger da chuva, e mesmo pequeno, tem lugar no seu interior para dois santos, ou melhor, duas imagens, pois o santo é o mesmo – Santiago, e ainda, uma também pequena jarra de flores, tudo sobre um pequeno estrado de madeira, tudo numa escala miniaturista. Ao lado, parece ter existido um antigo nicho, muito mais simples, mas também já pertence ao passado, pois pelo que sei já foi tapado.

 

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Como já vem sendo hábito, fica também o nosso mapa/inventário com a localização desta aldeia, capela e nicho

 

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Continuação de um bom fim de semana.

10
Set22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins...

A Capela de Vilar de Izeu


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Na nossa ronda pela arquitetura religiosa que existe nas nossas aldeias, no caso, do concelho de Chaves, hoje vamos até Vilar de Izeu, uma pequena aldeia das terras de Monforte, já na pendente que desce para terras de Valpaços (Nozelos e Tinhela).

 

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Arquitetura e símbolos religiosos que rara é a aldeia que não os tem, em geral do domínio público municipal ou propriedade da igreja católica, mas às vezes também particulares. Podem não ter cruzeiros, nichos, alminhas… mas pelo menos uma capelinha ou capela têm sempre, é o caso de Vilar de Izeu onde, do nosso conhecimento, apenas tem uma capela.

 

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Capela que hoje apresentamos aqui em dois dos seus momentos, um num registo de imagens que fizemos em 2008 e outro, num registo de 2015, com algumas diferenças de realce, as que resultaram de um restauro da capela, com limpeza das paredes de pedra, pinturas das carpintarias e restauro do telhado com colocação de telha nova e uma nova cruz na torre sineira, esta última, no meu entender foi único pecado cometido neste restauro, por não ser a original, que apenas estava torta, apenas por nova é nova, e por lhe faltar a arte do pico manual. Desculpável porque a intenção pela certa que foi boa, e sendo assim, é apenas um pecadinho que nem precisa de absolvição.

 

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Para finalizar fica o nosso mapa/inventário com mais a localização desta capela.

 

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Resto de um bom fim-de-semana.

 

 

04
Set22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... - Couto de Ervededo

Aldeias do Concelho de Chaves


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Nesta ronda pelo património religioso edificado no nosso concelho de Chaves, hoje vamos até a aldeia do Couto, freguesia de Ervededo.

 

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Localizámos no nosso arquivo da aldeia do Couto, pois nesta ronda não demos à volta às nossas aldeias, uma igreja, uma capela, um cruzeiro (sem cobertura) duas portas carrais e o que resta de umas alminhas. É possível que haja mais, mas no nosso arquivo temos o que hoje deixamos e, comparativamente com outras aldeias, já não é pouco.

 

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Se olharmos para o mapa do nosso concelho, a aldeia do Couto localiza-se numa área onde o nosso território é menos ocupado, com as aldeias mais dispersas, no entanto em termos de símbolos religiosos/património edificado, é das mais ricas do concelho, pois nas suas redondezas, na freguesia e freguesias vizinhas, há três santuários, várias igrejas, capelas, capelinhas, etc.

 

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Existe por aquelas bandas património religioso para todo um dia de passeio e visitas, que bem poderia ser explorado para oferta turística, mas para isso, seria necessário mais qualquer coisinha, pois só o património religioso, por muito interessante que seja, não leva lá os turistas em geral, poderá levar os que tem interesse no género, mas não leva o turista comum.

 

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Também todas as aldeias que têm este património, são todas elas interessantes como aglomerado e arquitetura tradicional das aldeias típicas transmontanas, e aqui, também barrosãs, mas só isso também não chega, pois tem que haver qualquer coisa que cative os turistas, e para além de outras coisas que todos sabemos que o turista gosta (gastronomia local, artesanato, usos e costumes, etc.), também gostam de ver as aldeias cuidadas e asseadas, sem grandes aberrações que firam a sua tipicidade e genuinidade, e aqui haveria muita coisa a fazer.

 

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Pois uma das coisas que mais me irrita nas nossas aldeias, são a quantidade de postes de cimento com cabos elétricos e de comunicações pendurados que fazem uma malha ao longo de todas as aldeias, sem o mínimo respeito pelo matrimónio aí existente, e aqui não é só o religioso, mas outro património de interesse, Pode parecer um mal necessário, pois todos necessitamos de corrente elétrica e comunicações, mas estamos no século XXI, e este tipo de infraestruturas, tal como acontece com a água, o saneamento e o gás (onde o há), também podem ser enterradas. Podem, e neste caso de aldeias com interesse, deveria ser obrigatório. Claro que aqui o povo e os seus representantes (as junta de freguesia) também têm uma palavra a dizer e a exigir, têm esse direito, mas também esse dever…

 

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A P&B o existente, a cores como deveria ou gostaria de ver

 

Ora ficou atrás um bom exemplo da companhia que o inestético poste(s) de cimento que serve(m) também para iluminação pública, faz(em) ao cruzeiro e igreja. É só um exemplo e este até nem é dos piores que por aí se veem, e claro que as ruas também não podem ficar sem iluminação, mas há no mercado muitos postes de iluminação bem interessantes que os poderiam substituir… mas isto são apenas ideias que nos vão ocorrendo e que até podem contribuir para o despovoamento rural, é que umas coisas, trazem as outras, e existem por aí (mesmo no nosso Portugal) exemplos que se poderiam seguir.

 

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Mas hoje até nem estamos aqui para desabafar ou mandar palpites e abébias, mas sim pelos nosso património e símbolos religiosos e existe nas nossas aldeias, no caso, na aldeia do Couto, da freguesia de Ervededo, e também para irmos atualizando o nosso mapa inventário co todo esse património. Aqui fica:

 

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Hoje, não tivemos tempo de preparar, para trazer aqui, mais uma aldeia do Barroso. Fica para o próximo domingo. Assim este post, que deveria ter sido publicado ontem, fica para hoje e vale pelos dois.

Resto de um Bom fim de semana!

 

 

27
Ago22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... France

Capela, Cruzeiro e Nicho


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Nesta ronda pelo concelho de Chaves, com a temática dos símbolos religiosos, algumas das imagens já as fomos deixando aqui nos posts dedicados a cada uma das aldeias. Assim a ideia desta rubrica tem a finalidade de reunirmos nela todas as imagens e a respetiva localização, das nossas igrejas, capelas, cruzeiros, alminhas, nichos, etc... Em suma, não passa de um inventário de todos os nossos símbolos religiosos espalhado pelo concelho.

 

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Hoje vamos até a aldeia de France que nos surge na passagem pela E314, que liga a cidade de Chaves ao concelho de Valpaços (Carrazedo de Montenegro), onde podemos encontrar uma capela, um cruzeiro descoberto e um nicho dedicado ao Senhor dos Milagres.

 

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Imagem do nicho

O nicho e cruzeiro encontram-se logo na entrada da aldeia, de fronte ao largo que nasceu após a construção da variante à E314, logo ali no início, do lado direito. Um pouco mais acima, a cerca de 80m, num pequeno largo que surge após as primeiras construções, temos a capela, também do lado direito. Hoje fica ainda uma imagem extra, que não vai constar do inventário, mas que também merece estar aqui, trata-se um de presépio que, na altura da recolha de algumas imagens, estava montado ma base do cruzeiro e só não fica no inventário, porque este tipo de instalações são temporárias, ligadas à época natalícia.

 

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Para quem gosta deste tipo de coisas da arquitetura religiosa, no trajeto da E314 ou próximo desta estrada, no troço entre Chaves e o final do concelho, quase todas as aldeias têm qualquer coisa de interesse para mostrar, mas com realce para a arquitetura religiosa do românico com duas aldeias de visita obrigatória pelas suas igrejas românicas  e cruzeiros, uma delas logo a seguir à France, a aldeia de Moreiras e outra, já quase no limite do concelho, Santa Leocádia, que estando em Chaves, poderá visitar numa manhã ou tarde de passeio, num trajeto todo ele interessante e com pontos de boas vistas para o vale de Chaves ou da Ribeira de oura.

 

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Para finalizar, fica o nosso mapa/inventário atualizado com mais um nicho, um cruzeiro descoberto e uma capela.

 

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Resto de um bom fim-de-semana!

 

 

 

20
Ago22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... - Matosinhos


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O nosso destino de hoje é Matosinhos, não aquele Matosinhos à beira mar com praia, mas também um Matozinhos que se encontra bem no meio de um mar de montanhas, das nossas montanhas do concelho de Chaves.

 

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E nesta rúbrica vamos às nossas aldeias à procura de símbolos religiosos que se manifestam das mais variadas formas, e em Matosinhos, nas nossas passagens por lá, encontrámos alguns, mais propriamente umas alminhas e três capelas, uma no largo da aldeia e duas particulares, embora uma, não temos bem a certeza se é ou foi capela, embora de uma, não temos a certeza se será mesmo capela, mas parece-nos que sim, da próxima vez que passarmos lá tramos as dúvidas.

 

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As alminhas, por sua vez, também não nos parece estarem na sua forma original, pois pelo pequeno recinto à volta delas é vedado com um muro de pedra, com uma entrada virada para a rua, e nas esquinas do muro existem ainda 4 pilares, também em pedra, que parecem terem suportado uma cobertura, pelo que teriam sido bem mais interessantes que hoje.

 

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Para terminar fica o nosso mapa/inventário com mais estas três capelas e umas alminhas.

 

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O resto de um bom fim-de-semana.   

 

 

13
Ago22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... - Parada

Aldeias do Concelho de Chaves


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O nosso destino de hoje é feito de dois destinos, um é a aldeia de Parada e o outro é o São Gonçalo, um pequeno santuário na foz do rio Mousse, santuário esse que é partilhado com a aldeia de Orjais, pelo menos nas celebrações dos atos religiosos que lá se praticam, isto pela sua localização geográfica de ficar equidistante das duas povoações.

 

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Contando com o Santuário de São Gonçalo, onde existe uma pequena capela e um nicho de construção mais recente, hoje podemos contabilizar cinco representações religiosas, contando o santuário como uma delas, mais duas representações em Parada, um cruzeiro descoberto no largo da aldeia, com uma coluna de granito assente num cilindro e encimado por uma cruz simples, sem qualquer imagem. Também sem imagens se encontra um pequeno nicho de granito, incrustado numa parede, aparentemente de uma antiga construção, e que tudo indica terem sido umas antigas alminhas pintadas na própria pedra ou em madeira, mas não existem quaisquer vestígios de tal.

 

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A simplicidade impera em todas estas representações religiosas, incluindo no santuário que outrora se resumia à pequena capela, mas que consta ser muito concorrido pelo pessoal das redondezas e outros forasteiros quando tem a sua festa. Embora localizado num lugar ermo, onde hoje, penso, que não vive ninguém, pelo menos da última vez que passei por lá assim acontecia, vai recebendo durante o ano algumas visitas e residentes temporários, pescadores, mas também outro pessoal que vai para lá, sobretudo de verão, para desfrutar do parque de merendas e das águas do rio Mente, onde desagua o rio Mousse.

 

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Fica também a referência que este santuário está mesmo no limite do concelho de Chaves (Rio Mente) mas também no limite do distrito de Vila Real, pois do outro lado do rio Mente já são terras do concelho de Vinhais, distrito de Bragança. Por sua vez o território da aldeia de Parada também confronta com o concelho de Valpaços.

 

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Para terminar, ficam uma palavrinhas para o pessoal de Orjais, pois eu sei que o São Gonçalo fica no vosso território administrativo da freguesia, como também sei que a partilha com o pessoal de Parada é apenas de celebração, de fé e festa do santo, daí que fica prometido que na passagem desta rubrica pela aldeia de Orjais, o santuário do São Gonçalo não será esquecido.

 

Por último fica o nosso mapa/inventário devidamente atualizado.

 

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Resto de um bom fim-de-semana!

 

 

06
Ago22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins...

Aldeias de Chaves - Santiago do Monte


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Para o nosso destino de hoje vamos tomar a E314, estrada que nos liga ao concelho de Valpaços, como quem vai para Carrazedo de Montenegro, subimos a Serra do Brunheiro e logo após Lagarelhos, deixamos a E314, virando à esquerda, na estrada municipal que nos levará até Santiago do Monte, sempre a subir quase até o ponto mais alto da serra do Brunheiro. Logo à entrada da aldeia, temos um dos motivos que hoje nos levam até lá, ou seja, um cruzeiro (?) coberto, recente, pois apenas tem cerca de 20 anos, mas que “abriga” umas alminhas com a figura de São Miguel, estas datadas de 1788, que até há coisa de 20 anos atrás tinham outro poiso, próximo do local onde hoje se encontram. Assim sendo, talvez seja mais correto dizer que são alminhas e não cruzeiro, embora por cima delas o remate seja feito com uma pequena cruz com cristo pintado, embora possa ter sido colocada após a construção das alminhas, mas isto sou eu a supor, pois não tenho qualquer documento que o comprove.

 

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Este, da imagem que fica atrás, poderá não ser cruzeiro, mas aldeia tem um cruzeiro, já noutra estrada que passa pelo centro histórico da aldeia e que nos leva até a Alanhosa. Aí sim, à saída da aldeia (no sentido da Alanhosa) temos então o cruzeiro da aldeia, também coberto, com cristo pintado na cruz, uma pintura também recente, mas penso que com mais de 20 anos, já quanto ao cruzeiro em si, não consegui apurar qual a data da sua construção. Este cruzeiro é vedado com um gradeamento de ferro fundido com um pequeno portão para acesso à cruz, que está assente sobre um bloco de granito, com um pequeno nicho, sem qualquer pintura ou imagem, mas que em tempos também poderia ter tido umas alminhas pintadas. Mais uma vez sou eu a supor, pois também não tenho nenhum documento que o prove.

 

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No centro da aldeia temos uma pequena capela em granito à vista, a confrontar com a estrada que atravessa a aldeia, mas ligeiramente elevada sendo necessário subir 4 degraus para lhe ter acesso e mesmo ao lado da entrada um pequeno púlpito exterior. Fica a imagem.

 

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Numa das nossas visitas à aldeia, alguém nos chamou a atenção para as ruínas de uma das construções, bem próxima da capela e igualmente a confrontar com a estrada, onde numa das paredes exteriores, mas virada para o interior da antiga habitação, se podia ver um nicho com a concha de santiago a fazer o remate superior. Apenas o nicho, sem imagens ou figuras, fazendo o nicho parte da parede e sua estrutura.

 

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E por último o nosso habitual mapa/inventário com a localização da aldeia e a devida atualização do inventário das alminhas e afins.

 

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Um bom fim de semana!  

 

 

 

23
Jul22

Alminhas, nichos, cruzeiros e afins... Nogueirinhas

Nogueirinhas - Chaves - Portugal


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Ao longo da vida deste blog, os sábados, têm sido reservados para o nosso mundo rural flaviense. Já fizemos várias rondas pela totalidade das nossas aldeias, quer com posts simples, pelo menos um post completo por aldeia, depois fizemos a ronda do post vídeo, em que cada aldeia teve direito ao seu vídeo e, ultimamente, estamos com a rubrica “Alminhas, nichos, cruzeiros e afins”, em que a ideia inicial era fazer jus ao título e deixar as capelas e igrejas para uma segunda série só a elas dedicada. Mas, embora os temas iniciais deem panos para mangas a verdade é que, mesmo assim, algumas aldeias iriam ficar de fora desta ronda, pelo que, vimo-nos obrigado a alargar a temática às capelas e igrejas, dividindo as igrejas em românicas e restantes.

 

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Estes posts tentarão ser completos para cada aldeia, ou seja, trazerem aqui tudo que nas aldeias existe sobre a temática, mas, pois há sempre um mas, o post poderá não ser completo, por uma razão, a de que no nosso arquivo poderemos não ter registos de todos esses símbolos religiosos, isto porque quando fizemos as nossas visitas às aldeias, e a última já lá vai há uns anos, esta rubrica ainda não existia e daí não termos tido a preocupação de andarmos à procura deles ou perguntar nas aldeias se tais existiam. Hoje e nos próximos tempos fazemos fazendo os posts com aquilo que temos em arquivo, mas fica prometido que haverá uma nova ronda pelas aldeias flavienses e aí já teremos em atenção esta temática.

 

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Acrescentámos e alterámos também na legenda do nosso mapa de localização/inventário os símbolos das capelinhas e capelas, igrejas, igrejas românicas e cruzes/padrões funerários, estas(es) últimos não são os dos cemitérios, onde naturalmente abundam, mas antes aquelas cruzes/padrões que aqui e ali se vão erguendo à beira dos caminhos e estradas, ou outros locais, assinalando mortes violentas, devido a acidentes viários, atropelamentos, afogamentos ou mesmo assassinatos. Mortes que em geral são de pessoas mais jovens, que aconteceram fora de tempo e do seu meio mais familiar. Estes símbolos funerários são também um dos traços da cultura portuguesa, erguidos pelos familiares das vítimas em sua homenagem e lembrança, apelam também orações aos crentes implorando pela salvação dos que aí morreram. Cruzes/padrões funerários que alguns são erguidos sem qualquer registo de identificação dos que aí tombaram, mas que noutros têm os nomes das pessoas, o dia da morte e às vezes até fotografias, assemelhando-se em tudo uma lápide fúnebre de cemitério.    

 

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Depois desta introdução explicativa e mais longa que o habitual, entremos então nas Nogueirinhas, onde já para trás deixamos em imagem a sua capela e uma cruz funerária em cima de uma rocha da barragem das Nogueirinhas. Já de seguida fica um cruzeiro sem cobertura, de construção recente (já deste século), junto à estrada entre as Noguerinhas e Curral de Vacas, que foi construída aquando da construção da barragem, um cruzeiro descoberto, com uma cruz com cerca de 3 metros de altura, em granito, com cristo crucificado numa imagem metálica tridimensional, a cruz é assente numa base também em granito (cubo), assente num pequeno patamar quadrado, servido em todas as faces por dois degraus.

 

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O Santuário de Santa Luzia

 

Já por aqui tinha dado notícia da existência deste santuário em honra de Santa Luzia. Trata-se de um santuário privado, implantado em terrenos privados, mas com acesso público. Pelas informações que então obtive, trata-se de um santuário erguido recentemente (as imagens são de 2016) por uma pessoa natural da aldeia, então residente nas proximidades, e que eu saiba, é mesmo um santuário erguido por devoção dessa pessoa. Se o termo de arte naïf  se pudesse aplicar aos santuários, este seria um santuário naïf, pois embora seja erguido em honra de Santa Luzia, nele temos representada a aparição e Nossa Senhora de Fátima aos pastorinhos, com a imagem da Senhora e dos três pastorinhos sem faltarem as ovelhas, mas pelo meio temos ainda imagens do Cristo Rei, de Santo António e num ponto mais elevado as três cruzes do Calvário, estas simples, em troncos de madeira, sem as figuras de cristo e dos dois ladrões que o acompanhavam na crucificação.

 

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O lugar é bonito, quando lá fomos o verde da erva, bem aparada, cobria todo o chão, pelo meio umas oliveiras e sobreiros compunham o espaço, ao fundo alguns pinheiros rematavam o santuário. As rochas e elevações foram aproveitadas para colocar as imagens, à exceção das ovelhas que estava um pouco dispersas a pastar pelo recinto. A Norte o santuário remata num talude encimado por um caminho de terra batida, excelente para ver todo o conjunto. No meio, existia ainda uma pequena plataforma em cimento, sem degraus, apenas elevado do solo em cerca de 10 cm, coberto com um toldo, que segundo informações era um espaço reservado para celebrações religiosas, onde segundo apurei também na altura da nossa visita, já se celebrou lá missa campal.

 

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Para terminar, fica o nosso mapa de localização/inventário com mais uma capela, um cruzeiro, uma cruz funerária e um “Santuário”.

 

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Resto de um bom fim-de-semana.

 

 

 

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