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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

10
Mar12

Mosaico da Freguesia de Bobadela - Atualização


Vamos então continuar com a ronda pelas freguesias e os novos dados do CENSOS 2011.

 

Hoje, seguindo a ordem alfabética, toca a vez à Freguesia de Bobadela de Monforte.

 


 

Mais uma freguesia para quem os números atuais não são lá muito animadores e que, se continuar a perder população tal como se vem a verificar desde 1960, nos próximos 20 a 30 anos chegará ao despovoamento total. A linha de tendência para aí se encaminha (ver gráfico e nºs).

 

Bobadela de Monforte é a freguesia com menos população residente, mas não é por esta razão que os números são desanimadores, pois ao longo da sua existência com freguesia sempre foi a que teve menos população e só em dois CENSOS (1950 e 1960) é que conseguiu ultrapassar a barreira dos 300 residentes. Os números atuais são desanimadores pela tal linha de tendência e por já estarem muito longe da média de população (262 hab) de todos os CENSOS realizados para a freguesia, ou seja desde 1864 até 2011.

 

 

Mais que nunca, e esta seria a altura certa de se começar a olhar com olhos de ver para o mundo rural interior. Só não vê quem não quer, que o modelo centralista de reunir as pessoas à volta das grandes cidades e no litoral não é a solução para o futuro de um Portugal sustentável. Tem de haver politicas para o interior que prendam a pouca população que ainda resta e que convide os que saíram a regressar às suas terras, mas para isso, ter-se-á que inverter o sentido de tudo que se tem feito nos últimos tempos.

 

 

Costumo por aqui acusar os senhores de Lisboa dos nossos males interiores e, sem dúvida alguma que são os principais responsáveis, mas não são os únicos que ficam mal na fotografia, pois os autarcas também têm muitas responsabilidades ao imitarem as politicas dos senhores de Lisboa ao também eles não terem políticas sustentadas para que as nossas aldeias e o mundo rural seja um lugar onde se tenha condições para viver. Condições económicas que teriam forçosamente de passar pela agricultura, a pecuária e a floresta mas também sociais, principalmente as que se prendem com as camadas mais jovens.

 

 

Pois tomemos o nosso exemplo, do nosso concelho, e depressa se compreenderá o porque do abandono das aldeias, pois ninguém quer ou quererá viver, e muito menos viver e constituir família, longe de uma escola, de um hospital, de um trabalho, mas também da cultura, de locais de convívio, etc. Seria desejável que tudo isso existisse nas aldeias, mas já sabemos que é impossível, no entanto, a escola pode estar por perto, o trabalho tem de existir, ter pelo menos um Hospital que se possa chamar Hospital, etc. Mas já sabemos qual é a nossa realidade, com um hospital moribundo que quase já nem é digno desse nome e quanto às escolas, fecharam-se as que ainda sobreviviam e concentrou-se quase tudo num centro escolar na cidade. Claro que também não pode haver escolas sem crianças e alunos, mas poderiam continuar a existir meia dúzia de núcleos escolares distribuídos pelo concelho aliadas às tais políticas necessárias para o mundo rural. Tudo é possível, mas é preciso trabalho e cabecinha para pensar, mas com a classe política que temos, vamos continuar a assistir à linha de tendência da população a tender para o despovoamento total e depois é que lá se vai de vez e sem retorno possível, os sabores e saberes da terra.

 

 

Hoje, felizmente, a história já não se faz apenas em papel e pela tal meia dúzia de entendidos que chegam aos consensos daquilo que ela (história) deve dizer e ficar retida em livro. Hoje todos nós podemos fazer a história e contribuir para ela e será através dela que a atual classe reinante de políticos será julgada. O problema está em que eles até o sabem mas estão-se a marimbar para isso e para o futuro, desde que o deles e das suas seitas seja garantido, o resto é paisagem. Mas nós também somos culpados ao deixar que sejam os outros a fazer a nossa história. Como ainda há dias se dizia por aqui: DESPERTAI!

 

 

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