Quente e Frio!
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Chegadas ao fim da leitura, deram um saltito, ficaram viradas uma para a outra. Cada qual apertava contra o coração a carta carregadinha de amor e de saudades.
XIX
A Carmelinda ficou colocada numa Escola perto de casa.
A Ermelinda, numa escola longe de casa.
Quanto mais depressa passassem a «EFECTIVAS», com mais segurança poderiam planear as suas vidas.
Nas “Férias de Natal”, a Ermelinda e Carmelinda conversaram uma vez com o TINO «militar» e o TINO «doutor» no “JARDIM das FREIRAS” e lancharam no “BAR AURORA”.
Nas “Férias da Páscoa”, a Carmelinda e a Ermelinda conversaram outra vez com o TINO «doutor» e o TINO «militar» no JARDIM das FREIRAS” e lancharam no “IBÉRIA”.
Nas «FÉRIAS GRANDES”, as “Lindas” e os «TINOS» passaram uns dias na cidade.
Elas e o “TINO da TERRA QUENTE”, em casa de família de cada um.
O “TINO da TERRA FRIA” ficou hospedado na “Pensão do Senhor Modesto”.
O “TINO da TERRA QUENTE” ofereceu um almoço na moderna “Estalagem Santiago”
De tarde passearam pela cidade.
Chegarem ao Tabulado, um verdadeiro jardim, o TINO e a Ermelinda viraram para o rio. Admiraram as «Poldras» e os barcos do «Redes» em que uns parzinhos se deliciavam, ela a sorrir, ele a remar, com a curiosidade dos peixitos.
O TINO e a Carmelinda foram para até ao caramanchão da “buvette” das Caldas. Deram a volta por fora. E, ao passarem por onde as trepadeiras mais crescem, deram a mão.
E aconteceu o primeiro beijo!
No dia seguinte, o “TINO da TERRA FRIA” ofereceu um imperial almoço na “Pensão Império”.
De tarde passearam pela cidade.
Lancharam na “SISSI””.
Desceram para o Arrabalde.
Olharam a montra do “Sarmento” e a dos “Machados”.
Atravessaram a PONTE ROMANA.
Entraram no JARDIM PÚBLICO.
O «doutor» apalpou o pulso da Carmelinda.
O «militar» apanhou a mão da Ermelinda.
A Carmelinda preferiu o «chorão» à beira do rio.
A Ermelinda, o banco do canto junto ao Coreto.
O TINO «doutor» abraçou a linda.
Os beijinhos trocados, de fugazes, passaram a mais demorados.
Ele tinha os olhos húmidos.
Os dela choravam.
Serenaram.
Compuseram-se.
E começaram a passear, de mãozinha dada, pela alameda da parte sul do Jardim.
No banco perto do Coreto, O TINO «militar» falou da disciplina na Academia e nas saudades da linda.
Pegou-lhe na mão e entrelaçou-lhe os dedos.
Suspirando, inclinou-se para lhe dar um beijo.
A linda fez um ligeiro gesto de afastamento e o beijo do académico militar caiu no pescoço da linda.
Faziam-se horas de regresso a casa da família.
Atravessaram a Ponte ROMANA, subiram o ARRABALDE, caminharam pela Rua do Olival e despediram-se nas FREIRAS.
Na 5ª fª, dia seguinte, houve Verbena no Jardim Público.
O “CALYPSO” competia com «Os PARDAIS» e «Os CANÁRIOS» nas preferências dos «dançarinos».
As “Lindas” e os «TINOS» foram à Verbena.
Ouviram música, conversaram, sentados num dos bancos, dançaram duas ou três vezes e foram para casa a horas decentes, acreditados em que aquela noite seria de lindos sonhos.
Na 6ª fª, à tarde, os pais das “Lindas” chegariam à cidade com o «carocha».
XX
O “TINO da TERRA QUENTE” partiu para Coimbra.
Encontrou-se algumas vezes com as estudantes de ...
(continua)