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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

09
Mar17

Pois, segunda parte.


1600-(31310)-composicao

 

Claro que enquanto durmo, nos meus sonhos, tudo é possível e tudo engrena na perfeição, e tanto é assim, que se vivem com tamanha intensidade que chegam a parecer ser tudo realidade e levamos a coisa a sério, até que chega o momento de acordar. Já acordados, bem acordados, só temos dois caminhos a seguir, viver o dia, ou esperar que a noite caia.   

 

 

12
Abr15

Curalha com o Tâmega à vista


1600-curalha (564)

 O Rio Tâmega atravessa o nosso concelho de Chaves de Norte a Sul e com exceção da cidade onde o casario chega a entrar pelo rio dentro, fazendo este de margem, mais propriamente junto à ponte romana, as aldeias mais próximas da sua margem, por razões óbvias, preferiram ter o rio a uma certa distância, havendo entre as partes como que um acordo de não agressão ou de respeito, se preferirem, onde as aldeias não incomodam o rio e o rio não incomoda as aldeias, isto, claro, quando o rio nas suas fúrias de inverno transborda as margens habituais.

1600-CURALHA (442)

Exceção para os moinhos ou talvez não, pois também aí as partes (aldeias e rio) chegam a um acordo de colaboração, cedendo o rio a força das suas águas para os vizinhos poderem moer os seus cereais, pelo menos em tempos passados assim era, pois hoje em dia também as moagens se modernizaram, mas felizmente houve aldeias como a de Curalha que manteve os seus moinhos com a dignidade suficiente para podermos ter esse testemunho do passado não muito distante.

1600-CURALHA (64)

Pois duas das imagens de hoje são precisamente desse testemunho dos moinhos que ainda se conservam em Curalha, quanto à outra imagem, também já começa a ser rara nas nossas aldeias, mas às vezes, com sorte para a fotografia, ainda é possível.

 

 

10
Ago12

Uma partilha pelo Tâmega


Ainda antes do “Discurso Sobre a Cidade” de hoje, a defesa do nosso rio Tâmega merece que partilhe aqui um texto que caiu na minha caixa de mail’s:

 

Foto: Darren Whiteside/Reuters

 

Caríssimos Amigos

 

Dois atletas portugueses de Canoagem, Fernando Pimenta e Emanuel Silva, ganharam hoje a Medalha de Prata dos Jogos Olímpicos de 2012 na modalidade K2 1000 Metros.

 

Muito provavelmente será a única que Portugal trará de Londres.

 

Com  o acrescentado Mérito de que – dentro do milenar Espírito Olímpico – estes atletas, ao contrário da maior parte dos profissionais que participam nos Jogos, são, verdadeiramente, AMADORES!

 

Congratulemo-nos com esta victória que também é a de todos aqueles que defendem as práticas desportivas e o Turismo de proximidade com a natureza.

 

Mondim, e o Tâmega, o nosso Rio, ameaçado de destruição pelo compadrio entre os que o querem embalsamar e os que o querem sacrificar à sua ganância e incapacidade administrativa, ganha, assim, a dimensão dum palco natural, genuíno, em que autênticos amantes do desporto vivem os seus tempos livres na proximidade com a natureza que uns querem preservar mas que, infelizmente, outros vieram para a roubar e destruir.

 

Sem qualquer desrespeito por todos os que praticam, exemplar e salutarmente, outras modalidades desportivas, recordamos no justo sabor desta victória todos os que cresceram, viveram e vivem nas margens do nosso sagrado RIO, do Alto ao Baixo Tâmega, amando-o e defendendo-o como “ coisa própria nossa”.

 

João Alarcão



18
Jun12

XVII Encontro de Blogues e Fotógrafos - O Rescaldo


A caminho da Nascente do Rio Tâmega

 

E cá estou eu, bem mais tarde do que tinha previsto, mas primeiro foi preciso repor forças de dias muito agitados e, claro, havia que ver o jogo da nossa seleção onde até o Cristiano Ronaldo ficou meio perdoado. Mas cheguei e estou aqui tal como tinha prometido, também com a prometida reportagem do XVII Encontro de Blogues e Fotógrafos.

 

Só os mais ousados ousaram em ir mesmo, mesmo onde o Tãmega nasce


Como as fotos são muitas e não vou ter argumentos escritos para acompanhar a pedalada das imagens, embora argumentos não faltem, vou-me ficar pelo resumo e pelo andar do encontro, ou seja, vou reproduzir aqui virtualmente aquele que foi o nosso encontro/passeio/convívio real.

 

 Ora aqui é que o tâmega nasce mesmo - A imagem é de arquivo,

de há dois meses atrás, ainda sem a vegetação que agora quase

não o deixa ver nascer e, confesso, que desta vez fiquei a uns

metrinhos da nascente.

 

Tal como estava previsto arrancámos de Chaves às 8H30, recolhemos os nossos amigos galegos em Verin e a partir de aí foi rumo à nascente do Rio Tâmega, pois o Tâmega não nasce propriamente aqui ao lado, ainda são precisos umas dezenas de quilómetros para se chegar até à nascente. Mas chegamos.

 

 

 Também há água do Tâmega, as escassos metros da nascente principal, mas de nascente secundária que só aparece com as chuvas

 

Claro que como mandam as boas regras destes passeios e encontros há que fazer o reconhecimento prévio daquilo que há a visitar. Nós, organização, também o fizemos, ainda em pleno inverno, seco, e embora a nascente nunca seque, ontem surpreendeu-nos com a quantidade de água das nascentes. Sim, das nascentes, pois embora o Rio Tâmega tenha uma nascente principal, ao seu redor existem várias nascentes secundárias que com a abundância das chuvas dos últimos meses, resolveram dar o ar da sua graça e quase nos impedir de chegar até à nascente principal e, diga-se a verdade, só os mais ousados conseguiram lá chegar, e mesmo assim, alguns trouxeram mais do que os pés molhados de recordação.

 

 

 O Tâmega a uma ou duas centenas de metros da nascente é assim. É também o lugar da primeira "ponte", já em Albergaria

 

Ainda bem que de seguida descíamos à primeira povoação – Albergaria – onde também há um albergue de peregrinos. Feitos peregrinos, também rumamos até ele, onde estava previsto o nosso primeiro reforço alimentar.

 

 

 E aqui encontraram-se os pastéis de Chaves e a Bica de Laza - Albergaria no albergue dos peregrinos

 

Mas antes ainda houve tempo de ver onde pela primeira vez o nosso Rio Tâmega passa por baixo de uma ponte, ou coisa parecida, digamos antes onde o rio passa por baixo de qualquer coisa, um muro, seguido de um pontão e logo de seguida de um aqueduto por baixo da primeira estrada que o atravessa.

 

 

 

A visita guiada pelo Alcaide de Laza a Albergaria

 

Depois sim, é que fomos à descoberta de Albergaria, do albergue e dos pastéis de Chaves e da Bica de Laza. Combinação perfeita para um pequeno-almoço, não só pelos sabores salgado e doce mas também pela gastronomia típica de Chaves e de Laza se encontrarem na mesma mesa. Quanto à bebida, aí já foi ao gosto de cada um, houve quem preferisse o branco (como mandam as regras de acompanhamento do pastel de Chaves), as minis, sumo ou água, que se fosse da fonte, era água do Rio Tâmega, pois é o Tâmega quem abastece de água esta aldeia de Albergaria.

 

 

 Uma rua de Albergaria, bem idêntica às nossa ruas das aldeias rurais

 

Em Albergaria esperava-nos o Alcaide de Laza. Para quem não sabem o Alcaide é o correspondente político ao nosso Presidente da Câmara, mas com muitas diferenças (pela positiva) tal como se veio a verificar ao longo de todo o passeio. E foi precisamente o Alcaide de Laza que a partir de aí serviu de nosso guia, começando por nos mostrar a Aldeia de Albergaria e aquele que é o monumento simbólico da aldeia – “El Rollo – Pena de Picota” – aquele que era um símbolo de jurisdição, justiça e castigo.

 

 

 Igreja e cemitério de Albergaria

 

Tomado o pequeno-almoço e visitada Albergaria, havia que continuar caminho ao longo do vale do Tâmega. O Próximo ponto de visita era Tamicelas, uma aldeia onde, no mesmo ponto,  se encontram três rios, o nosso Rio Tâmega e os seus afluentes – Rio Naveaus e Rio Navajo, mas a viagem não foi direta até lá, pois fizemos um pequeno desvio por aquele que teria sido o fojo ou terras do homem lobo galego.

 

 

 Tamicelas - A caminho do Tâmega e dos seus dois afluentes  Naveaus e Navajo

 

Depois sim, Tamicelas, onde o Rio Tâmega engrossa um bocadinho com o Naveaus e Navajo, pois ainda estamos a falar de rios que estão a meia dúzia de quilómetros (apenas isso) da nascente e, diga-se a título de curiosidade, que o Rio Tâmega às vezes tem menos caudal que os seus afluentes, mas é ele que detém o nome até entrar no Rio Douro por ser o de percurso mais longo.

 

 

As primeiras águas onde Naveaus e Navajo já correm no Tâmega

 

Visitado o Tâmega e os seus primeiros afluentes rumamos a Laza, sede de concelho e cheia de tradições ligadas ao carnaval, à terra dos Peliqueiros, mas também à boa gastronomia e ao bem receber. Da minha parte já há anos que ando para visitar e viver o seu carnaval, mas tem sido sempre adiada a visita, mas ficou a promessa de que no próximo carnaval farei passagem obrigatória por Laza, pois o Alcaide abriu o apetite da visita a todos os presentes e, mesmo que não seja pelo carnaval, irei lá sempre que possa, pois fiquei fã do Xastré e já o era da Bica. Coisas preciosas que é preciso prová-las e saboreá-las pois em palavras não consigo descreve-las.

 

 

 Entrada em Laza

 

Da Bica já vos tinha falado, é o tal bolo típico de Laza e que tanto quanto sei, só lá é que se faz. O Xastré é um licor de ervas de cor verde. Precioso tal como preciosa iria ser a leitura de “Berce de Peliqueiros”,  poesia de Carmen Rivero Gallego que o Alcaide de Laza ofereceu a todos os participantes como recordação da nossa passagem pelo concelho.

 

 

As homenagens aos Peliqueiros de Laza repetem-se ao longo das ruas

 

E a seguir a Laza, mesmo ali ao lado na aldeia de Souteliño. A Casa Helena esperava-nos para o almoço, também na companhia do Alcaide que fez questão de nos acompanhar em todo o percurso do seu concelho. Penso que também todos os participantes ficaram fãs do Alcaide, pela sua simpatia, simplicidade, inteligência e bem receber.

 

Já em Souteliño a caminha da paparoca

 

 Na Casa Helena "ao serviço da realeza"

 

Almoçados, e como os ponteiros dos relógios nestes encontros parecem andar mais depressa que o normal, tínhamos que rumar a Verin, à Casa Escudo onde o Tenente Alcaide (para nós o vice-presidente da Câmara) nos esperava para a visita à Casa Escudo e  posterior caminhada pelo Caminho Real até ao Castelo de Monterrei. Cumprimos a visita à Casa Escudo com o apreciar de uma exposição de artes plásticas e uma vista de olhos o albergue de peregrinos que a Casa Escudo alberga. Um agradecimento também para a simpatia do Tenente Alaide e um lamento da nossa parte por não podermos tido tempo para dedicar mais algum tempo a Verin, mas Verin é Verin, já faz parte da vida flaviense há muitos anos e por isso, já não é desconhecida para nós. Penso estarmos perdoados.

 

 

 O Alcaide de Laza já na hora da despedida (de laza)

 

Caminhada até ao castelo onde a festa das gaitas nos esperava, mas também uma visita guiada ao Castelo, sempre debaixo de olho do Castelo de Monforte que lá ao longe marcava presença na coroa da montanha. Mas como ia-mos em visita e não em conquista, penso que ficou só de olho em nós.

 

 

 Chegada à Casa do Escudo em Verin

 

A festa das gaitas era a uma “Xuntanza Internacional de Gaiteiros” ou seja, um encontro internacional onde além dos grupos locais desfilaram outros grupos de outras paragens cuja atuação ia sendo intervalada pelo sinal de alguns cigarróns de Verin.

 

 

 Início da caminhada pelo Caminho Real em direção ao Castelo de Monterrei

 

No castelo não tínhamos o Rei nem os príncipes à nossa espera, mas tínhamos o Alcaide de Monterrei que gentilmente nos recebeu, mesmo com o castelo em festa, e nos cedeu o Albergue para podermos poisar, lanchar, entregar os prémios do concurso de fotografia do último encontro e terminar o convício do XVII Encontro de Blogues e Fotógrafos.

 

 

Ainda a Caminho do Castelo ele deixa-se ver em toda a sua imponência

 

Por último uma referência para o Alcaide de Mezquita, que embora pertencente a um concelho fronteiriço com Vinhais, nos acompanhou desde a primeira à última hora do encontro, e foi um prazer conhecê-lo e, tão curiosos ficámos de conhecer o seu concelho que o próximo encontro de Verão ficou marcado para terras de Mezquita.

 

 

 E no castelo havia festa

 

E “prontos”, em palavras fico-me por aqui, pois os restantes momentos do encontro, ficam tal como os poetas costumam fazer, guardados no coração e registados em imagens fotográficas que nos próximos dias, pela certa vão surgir nos blogues dos participantes e nos sítios do costume na Internet.

 

 

 Uma vista para o Brunheiro e Vale de Chaves desde o Castelo de Monterrei

 

Antes de terminar, ficam os agradecimentos ao Centro de Desenvolvimento Rural – Portas Abertas – por ter sido parceiro na organização deste encontro, aos amigos Carmen e Pablo Serrano sem os quais este encontro não teria sido possível e aos Alcaides de Laza, Verin e Monterrei por nos terem recebido, ao Alcaide de Mezquita por nos ter aturado e às Puertas de Galícia Verin-Viana por ter apoiado este encontro, sem a qual também não seria possível. Um agradecimento também a Eduardo Castro por nos ter feito companhia em todo o percurso mas principalmente por nos ter servido de guia entre Laza e o Castelo de Monterei e por ter partilhado connosco o seu saber sobre o Vale do Tâmega e Monterrei.

 

 

 Uma vista desde o Castelo para o Parador

 

E a partir de agora é que o “prontos” é definitivo. Ficam apenas imagens e a respetiva legenda.

 

 

E faço já a despedida, com um até mais logo, com duas crónicas a acontecer ainda hoje, como habitualmente o “Quem conta um ponto…” de João Madureira e as “Intermitências” de Sandra Pereira.

 

 

E a festa dos gaiteiros e da música continuava

 

 

momento da atuação dos Gaiteiros de Verin

 

Alguns Cigarróns de Verin

 

Para mais tarde recordar

 

E a festa continuava

 

E a nossa terrinha alí tão perto


 

Já na hora da despedida o Castelo ia ficando para trás

 

 


  E para terminar, duas peregrinas a caminho de Santiago - Em Laza

 

07
Mai12

De regresso à cidade


 

Eis-nos de regresso à cidade, de Chaves, claro, com uma foto de uma passagem para a outra margem do Rio Tâmega, por onde durante séculos se fizeram muitos regressos e muitas partidas.

 

Para já apenas uma imagem, mas hoje é dia de duas crónicas. Uma a acontecer às 9 horas em ponto – “Quem conta um ponto” – de João Madureira e outra de fim de tarde, às 17H30 - Intermitências - de autoria de Sandra Pereira.

 

Até lá!

 

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