16º Aniversário do Blog Chaves
Blog Chaves - Olhares sobre o Reino Maravilhoso
É comum festejarem-se os aniversários, pois nós, mesmo sem festa, também costumamos celebrar aqui o aniversário deste blog, que por sinal faz hoje 16 anos. Um aniversário que coincide sempre com o deixar do ano velho e o entrar no ano novo e daí ser também tempo de balanços e previsões, do ano do blog, do ano que findou e do ano que acabou de entrar.
Também e tal como vem sendo habitual nos últimos aniversários, hoje vamos deixar aqui em imagem algumas daquelas que mais gostámos de registar e publicar neste blog ao longo do ano de 2020, mais as publicadas do que aquelas que tomámos no terreno, pois como todos sabem, o ano que passou foi um ano anormal em que a pandemia, direta ou indiretamente afetou os nossos dias, um ano para esquecer, pois para o terreno em recolha de imagens, apenas saímos 2,5 vezes, como que diz dois dias inteiros e um meio dia, sendo um dia para pagar a promessa do S. Sebastião no Barroso, no dia 20 de janeiro, quando ainda e apenas se falava de um vírus na China, na província de Hubei, em Wahan.
Pois, mas o raio do vírus depressa entrou nas nossas vidas diárias, com muita informação e desinformação em simultâneo e se no inicio ele só entrava cá pelas notícias e nos novos termos a acrescentar ao nosso vocabulário que, tal como o vírus ia sofrendo mutações, também ele se foi alterando com o tempo, começou por ser o vírus da china, depois passou a coronavírus, depois começa a aparecer o Covi-19, com menos frequência foi aparecendo o Sars-Cov-2, às vezes todos misturados e popularmente também se começou a falar do bicho que anda por aí, mas pouca informação a respeito do que cada qual era, os mais curiosos lá se foram esclarecendo nos sítios disponíveis na net para ficar a saber que o bicho pertence à família dos Coronas, este em particular chama-se Sars-Cov-2 e provoca uma doença chamada Covid-19, seja como for, aqui fica a cronologia, medidas tomadas e danos colaterais nos primeiros 3 mês, que nos condicionaram na liberdade de andar por aí.
2 de março – aparecem os 2 primeiros casos em Portugal
11 de março – A OMS declara a doença Covid-19 como Pandemia, ou seja, que a doença já estava instalada em pelo menos 2 continentes. Em Portugal, nesta data havia 59 infetados, como precaução já era recomendado o uso de máscara, de viseiras, lavagem frequente de mãos e/ou desinfeção das mesmas com gel alcoólico.
16 de março – É declarada a primeira morte em Portugal causada pelo bicho enquanto que o nº de infetados já é de 331.
18 de março – Regista-se a 2ª morte, o número de infetados é de 642 e o Presidente da República decreta o primeiro estado de emergência, por 15 dias, com confinamento obrigatório.
11 de abril (um mês após declarada a pandemia) – Continua o estado de emergência e confinamento obrigatório, (renovado em 2 de abril), o número de mortos é agora de 470 e de infetados 15.987.
30 de abril – Governo anuncia que o estado de emergência vai passar para situação de calamidade, ou seja, aos poucos começam a abrir alguns serviços, comércios, etc, inicia-se um desconfinamento programado e faseado para todo o mês de maio. É o regresso a uma nova normalidade, mas com muitas regras (mascaras obrigatórias, gel alcoólico, agrupamentos proibidos, distanciamento social e mantêm-se algumas proibições, principalmente as que implicam ajuntamentos de pessoas. Nesta altura (30 de abril) Portugal tinha 989 mortos e 25.045 infetados.
30 de maio – Quase três meses depois dos primeiros casos em Portugal, a vida parece voltar à normalidade, à possível, continuando algumas restrições e proibições, a economia exigia que a vida voltasse à normalidade, e foi voltando… pese nesta data já terem morrido 1.396 pessoas e o número de infetados total até à data ser de 32.203 pessoas. Não temos falado dos recuperados, mas, simplificando, são a diferença entre os infetados e o nº de mortos, nesta data a rondar os 30.000 casos.
20 de junho (esta data é nossa) – O número de infetados nesta data é de 38.841. A coisa do bicho e do desconfinamento parecia estar a correr bem, mas longe de estar resolvida. Fartos de confinamentos e outras obrigações, dentro da liberdade possível, saímos para um dia de fotografia, devidamente equipados com máscaras e gel desinfetante e com a preocupação do afastamento social. Demos continuidade no levantamento de mais algumas aldeias do concelho de Vila Pouca de Aguiar, foi a segunda vez do ano em que saímos para o terreno em recolha de imagens.
De Setembro até hoje - Em setembro aumentam o número de casos, dá-se início da segunda vaga da pandemia ou o agravamento da primeira, a fase, que em particular, ao contrário da 1ª vaga, atacou o nosso concelho a sério, estando entre os mais atacados de Portugal, com medidas mais confusas, recolheres obrigatórios, proibições de circular entre concelhos, etc. A nós, além de teletrabalho obrigatório, tocou-nos um confinamento também obrigatório por termos estado em contacto com casos positivos e depois disso, os únicos dias que pessoalmente tinhamos livres (fins-de-semana) passaram a ter recolher obrigatório e/ou proibição de circular entre concelhos, no entanto, havia uma falha minha, um levantamento fotográfico que, para dar continuidade e manter a metodologia das publicações no blog, tinha de fazer, pois aproximava-se a publicação da aldeia do Barroso de Minas de Beça que por lapso não tinha feito o levantamento fotográfico. Assim, a meio da semana, lá fui no dia 4 de novembro até Minas de Beça, sem muitos cuidados, pois sabia de antemão que não iria haver contactos sociais, tratava-se mais de um contacto com a natureza, pois habitantes contavam-se pelo número de dedos de uma mão, as minas já há muito que foram abandonadas e o casario existente, deixou de ter fregueses, mesmo assim, tínhamos de cumprir e cumprimos. Foi a nossa última saída fotográfica, numa manhã de inverno, fria mas com sol, foi a última vez que saímos para o terreno. Resumindo, 2020 é um ano para esquecer e depressa. Resta-nos ter esperança num novo tempo e nas vacinas, e tal como diz uma máxima que no início se repetia por aí “Vamos todos ficar bem”, pelo menos os que escaparem à contaminação do bicho.
Quanto ao blog, quem o acompanha sabe que por aqui tudo continuou mais ou menos na sua normalidade, aliás o bicho na sua primeira fase do confinamento até deu origem a mais uma rubrica extra, um concurso diário com prémios, que por sinal ainda não entregamos todos, mas que são para entregar. Também graças ao nosso levantamento fotográfico de todo o Barroso que fizemos nos últimos anos do antes Pandemia, ainda temos material (fotografias) inéditas e aldeias para aqui trazer durante mais uns meses. Para já vamos continuar pelo concelho de Boticas, com os vídeos em falta das aldeias de Montalegre e ainda temos as freguesias do Barroso que pertencem aos concelhos de Ribeira de Pena e de Vieira do Minho, ou seja, temos neste ano de 2021, 52 domingos pela frente, o que significam 52 publicações, mas sabemos que algumas, por motivo de força maior ou de outro acontecimento, irão falhar, não muitas, mas pelo menos 3 a 5 falhas, no entanto ainda temos 29 aldeias e 8 freguesias de Boticas por abordar, para além de alguns posts temáticos, como o do São Sebastião, que pela certa não será festejado, mas temos muito material em arquivo para recordar. Em Ribeira de Pena temos uma freguesia e pelo menos 7 aldeias. O pelo menos é por aldeias extintas que ainda não conseguimos localizar. Em Vieira do Minho temos uma freguesia e 11 aldeias, ou seja, sobre o Barroso ainda nos faltam pelo menos 58 posts, o que quer dizer que só terminaremos em 2022 a abordagem total, mas nem por isso estamos descansados, pois ainda não sabemos como vai correr a colheita deste ano de 2021 para podermos garantir imagens para 2022.
Quanto às aldeias de Chaves, já fizemos todos os posts devidos, falta cumprir com os vídeos para algumas aldeias, poucas e não vão dar para todo o ano, apenas uns meses e a partir de aí ficamos desarmados, quer em imagens quer em conteúdos a abordar, mas é garantido que as aldeias de Chaves continuarão por aqui pelo menos aos sábados. Precisávamos de ter algum feedback daquilo que gostariam de ver aqui abordado, mas infelizmente não temos, daí temos abordado as aldeias conforme o nosso entendimento, pois tal como diz o povo, quem cala consente... mas fica o repto lançado para o pessoal das aldeias, digam-me o que gostariam de ver ou ser tratado aqui, que eu garanto-vos que vou à vossa aldeia fazer o trabalho e levantamento fotográfico que for necessário. Têm todos os meus contactos no blog, ou no facebook, ou no flickr. Mais não posso fazer.
Quanto à cidade, temas não faltam e há ainda muito trabalho por fazer, não a nível de imagem, que aí uma foto arranja-se sempre, mas a nível de conteúdos. Temos alguns tópicos e rubricas em aberto, tem é faltado tempo para os tratar. Também aqui vamos fazendo o que podemos e a mais não somos obrigados. Ajudas também seriam bem-vindas, e o blog continua aberto para outras colaborações e colaboradores, e pela certa que há por aí muito boa gente que o poderia fazer, mas talvez seja mais fácil passar o tempo no facebook, onde há diversão fácil e coscuvilhice garantida, embora efémera, mas onde se podem mandar umas bordoadas e esperar pela resposta para poder mandar mais meia-dúzia de farpas…
Também vamos continuar, pelo menos enquanto tivermos material, a levar-vos por outros destinos com roteiros de 1 dia, sempre com partida e regresso à cidade de Chaves, na descoberta do Reino Maravilhoso e outras terras vizinhas, sem esquecer a Galiza que nos é mais próxima, não só no território como culturalmente falando, e não estou a falar da língua falada, mas sim da cultura de um mesmo povo que já foi em tudo uno, mas que hoje se reparte por duas nacionalidades. E nós que até temos a eurocidade Chaves-Verin, bem poderíamos ser um exemplo para o mundo, mas infelizmente a fronteira continua a existir…
Sim, o blog também vai continuar a ter aqui um ou outro desabafo, pois não somos uma máquina sem sentimentos, sentimos e ás vezes a melhor terapia para continuarmos sãos, é mesmo o desabafo.
E agora vamos aos números estatísticos e algumas curiosidades do blog, mas também do flickr, do Youtube e do MeoKanal, todos eles parentes próximos do blog pois é lá que alojamos as nossas fotografias e vídeos para que possam ser vista(o)s aqui, isto se não forem considerados impróprios e vedados a menores de 18 anos, tal como aconteceu há dias no YouTube com o vídeo da aldeia de Santa Marinha. Pois, são as tais máquinas sem sentimentos que detetam obscenidades onde elas não existem, mas sei que a verdade vem sempre ao de cima e o YouTube já reconheceu o erro e pediu desculpas, e claro, repondo a verdade do vídeo, sem restrições, já pode ser visto por todos.
Salvo raras exceções, aos quais desde já agradeço, em geral não temos o feedback dos nossos visitantes, mas o SAPO e o FLICKR têm alguns dados estatísticos, nomeadamente o nº de visualizações e origem dessas visualizações, entre outros dados, como motores de pesquisa, etc, dados esses que nos são disponibilizados e que com eles vamos fazendo uma leitura do perfil de quem nos acompanha, o que para nós é importante para podermos definir os nossos conteúdos. Pelos dados sabemos que à volta de 70% de quem nos visita está em Portugal e 30% estão no estrangeiro. Suponho que em ambos os casos são maioritariamente flavienses, mas também barrosões que nos visitam, mas no caso dos visitantes do Brasil, segundo alguns comentários que caem no blog e mails que vou recebendo, muitos são brasileiros descendentes de portugueses que vêm ao blog à procura das suas origens, em geral netos e bisnetos de emigrantes portugueses que não regressaram a Portugal, mas que guardaram documentos e passaram a mensagem de terem origem em Chaves ou nas proximidades.
Sabemos também que desde o estrangeiro temos fidelizados muitos visitantes, os números ao longo dos anos têm-se mantido mais ou menos constantes, mas nos últimos anos, os visitantes dos Estados Unidos e da França, atingem quase 60% das visitas, seguidos a uma certa distância dos visitantes do Brasil, Suíça e Espanha. De realçar que neste último ano entraram dois novos países na lista, Macau e Uruguai, por sua vez, saiu da lista a India. Nesta listagem temos de ter em atenção que o SAPO só nos disponibiliza os 20 países com mais visitas, os restantes ficam em origem não definida, o mesmo acontecendo com as localidades portugueses que vêm no gráfico seguinte.
Quanto ao números de Portugal, o destaque vai para os visitantes da área do Porto com números muito aproximados dos visitantes de Lisboa, seguidos a uma certa distância por visitantes de Braga, Vila Nova de Gaia, Coimbra e Bragança, mas esta distância não é bem real se tivermos em conta o número de habitantes de cada localidade.
Há dois anos fomos obrigados (ou quase) a ficar sem contador de visitas para podermos garantir uma navegação segura no blog, mas temos o portal SAPO que conta por nós as visitas ao blog, e o FLICKR que nos conta o número de visualizações às fotografias que pubicamos, só temos que aguardar pelo final do ano para termos aqui a totalidade dos números. No outro ano em 31 de dezembro tínhamos 3.389.843 de visualizações ao blog, somando as 202.716 (dados SAPO) deste ano, atingimos em 31 de dezembro de 2020 os 3.592.559 de visualizações. Por sua vez no Flickr, onde alojamos as fotografias publicadas no blog, na presente data contamos com 16.862 fotografias publicadas, 4.028.963 visualizações e 551 seguidores de fotógrafos flickr. No YouTube ao qual só iniciámos publicações no ano de 2020 com os vídeos das aldeias, o número que temos disponível é o de subscritores do nosso canal que na presente data está em 290 subscritores. Quanto ao MeoKanal, estamos a iniciar mas aos pouco vamos alojar lá todos os vídeos publicados até hoje no blog, bem como os próximos vídeos a realizar.
Quanto às nossas visitas anuais, no gráfico que o SAPO nos disponibiliza dos últimos 4 anos, andamos entre as 10000 e 20000 visualizações mensais, embora de vez em quando, e sem qualquer explicação da nossa parte, o gráfico dispare lá para cima, tal como aconteceu em junho de 2017 que só nesse mês atingimos as 41.067 visualizações e em agosto de 2018 as 25.686 visualizações. No ano de 2020 ultrapassamos a barreira das 20.000 visualizações por duas vezes, em janeiro e maio, e em junho, julho e agosto, muito próximo das 20.000 visualizações.
Quanto às exposições de fotografia que costumávamos realizar na Adega do Faustino, este ano apenas tivemos patente uma ao público e já vinha de dezembro de 2019. A pandemia e o enceramento dos restaurantes fez com que não tivéssemos levado a efeito nenhuma no ano de 2020. Vamos continuar a aguardar por melhores dias, mas possivelmente ainda este mês consigamos retomar as exposições de fotografia.
E chegamos àquela parte dos agradecimentos, começando por agradecer aos nossos colaboradores, sem os quais este blog não estaria completo.
Atuais colaboradores do blog
António Roque – O nosso poeta com a rubrica “ Pedra de Toque”
Cristina Pizarro – Com “ Crónicas de Assim dizer”
João Madureira – Com “Quem conta um ponto…”
Luís de Boticas – Com “Crónicas Estrambólicas” e no último ano com as Crónicas de António Granjo.
Luís dos Anjos – Com "Vivências
Luís Henrique Fernandes (Luís da Granginha) – Com crónicas “Ocasionais”
Manuel Cunha (Pité) – Com “O Factor Humano”
Raimundo Alberto – Com “Chaves D’Aurora
Ainda um agradecimento especial para aqueles que além de colaboradores, mesmo que de forma indireta, em geral, me acompanham na descoberta do Barroso, do Alto Tâmega e Reino Maravilhoso, embora neste ano só tivéssemos saído duas vezes:
António de Souza e Silva
João Madureira
Humberto Ferreira
Por último um agradecimento especial a todos quantos nos visitam e estão aí desse lado a espera das nossas imagens e textos, e às vezes até dos nossos desabafos, devaneios e disparates, que felizmente mais que infelizmente, também fazem parte da vida. Agradecimento especial duplo para aqueles que além de nos visitarem também comentam os nossos posts. Agradecimento triplo para aqueles que nos visitam e comentam com alguma frequência, por último um agradecimento para aqueles que nos visitam, comentam, incentivam e são há muito tempo nossos amigos e amigos do blog, mesmo sem os conhecermos pessoalmente. Um muito obrigado a todos.
Falta ainda agradecer ao portal SAPO por nos disponibilizar este espaço e por estarem sempre prontos para resolver os nossos problemas de edição, para além de um agracecimento especial por de vez em quando colocarem posts nossos em destaque.
E agora, mesmo para finalizar, fica o apelo do costume: façam comentários, peçam-me coisas, puxem-me as orelhas por não trazer aqui coisas que gostariam de ter e ver, eu estou por aqui de boa vontade para vos satisfazer, mas para isso, necessito de saber o que é que querem, necessito do vosso feedback.
Agora sim, um bom ano de 2021