02
Mai06
Chaves e a Veiga

Várias vezes por ano desço até aos meus domínios, percorro e calcorreio os mesmos caminhos que percorria quando era criança, revejo sítios e no meu imaginários revejo também os amigos, brincadeiras e segredos. Costumo dizer que conheço estes caminhos como a palma das minhas mãos, e conhecia também os sítios e quintas onde estavam as melhores macieiras, pereiras, onde estavam as boas uvas, melões e melancias e então as cerejas!? as ameixas e os figos. Ainda hoje recordo os sítios, embora na maioria dos casos, só já exista o sítio. Desde que abandonei os meus domínios, inícios de 1975, a cidade cresceu vertiginosamente, e na maioria dos lugares onde haviam estes frutos, hoje há casas. Curiosamente, quando por aqui vivia havia muito menos casas mas muita gente nas ruas e caminhos, principalmente crianças. Hoje há casas, muitas, mas não há gente na rua
Na foto de hoje, em primeiro plano (ainda como antigamente) o verde do milho na Quinta do Prado. Ao fundo, naquilo que antes era tudo verde, pois que eu recorde apenas havia uma casa onde vivia um dos meus heróis - o Alcino, que vencia tudo quanto era prova de velocidade em motos. Hoje já não existem, nem a casa nem o meu herói, pois este último, infelizmente faleceu num acidente de viação quando eu ainda era habitante destes domínios, e a casa, deu origem a muitas casas. Ao lado das casas, um bocadinho da antiga e ainda Quinta da Condeixa.
Um dia destes aparecerá por aqui também o Sr. da Boa Morte e a piscina onde a malta do meu tempo se deliciava nos dias quentes de verão.
Hoje deu-me para recordar!