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Mai06
Chaves e o Rio Tâmega

Geograficamente falando, quase todas as grandes cidades têm um grande rio por perto. Em Portugal, por exemplo, Lisboa tem o Tejo, Porto tem o Douro, Coimbra tem o Mondego e já agora Chaves tem o Tâmega. Quase todas as cidades com rio, nasceram a partir do rio, ou seja, o rio foi o ponto a partir do qual as cidades começaram a crescer. A geografia lá terá e tem as suas razões do porque as cidades nascem a partir do rio, mas para o post de hoje a geografia, embora tenha os seus interesses, até nem interessa. O que me interessa hoje é o convívio que Chaves tem com o rio. Não as mais valias do rio útil do qual se depende, mas o rio como lazer.
Pois vai sendo um facto, hoje em dia em nada ou pouco dependemos do rio, mas cada vez mais o rio se apresenta como um ponto de lazer. Os nossos principais jardins convivem com o rio. A pesca desde sempre convidou os flavienses ao rio. Hoje mais que a pesca de lazer temos a pesca desportiva, cujos campeonatos nacionais e internacionais traz muita gente aos pesqueiros do Tâmega e a Chaves.
É certo que o rio com o passar dos anos perdeu as praias fluviais da galinheira, do Açude e até daquele pequeníssimo areal que se formava entre os arcos da ponte e fazia a delícia dos putos no verão. É certo que perdeu os barcos de madeira a remos do redes e o Lombudo há muito que deixou de fazer à saída dos barcos, as delícias e o registo dos momentos à beira rio para a posteridade, perderam-se esses momentos mas ganharam-se gaivotas e canoas a descer o rio. Cada vez mais, individualmente ou em grupo o rio serve de palco à canoagem e cada vez ganha mais adeptos, mas ainda são poucos, muito poucos para as potencialidades que o rio oferece. Pode ser que um dia haja alguém que (entidade) veja as potencialidades do rio ou que apoie e incentive quem já as descobriu.
Pois aqui fica o convite para quem gosta de canoagem e de aventura. Descer o Rio Tâmega é uma daquelas coisas que nunca mais se esquece.