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Mai06
Sociedade veste-se de rosa choque

A Sociedade Flaviense tem estado nos últimos meses em merecidas obras. Ninguém estranhou o facto de ver grua montada na Praça da República e de começar a haver um movimento não habitual ali pela zona. São obras e obras são coisas comuns que facilmente se assimilam. E tudo decorria normalmente até que se chegou à pintura das paredes exteriores e aí acho que toda a gente notou que a Sociedade está em obras, pois a mudança de cor tem chamado a atenção de toda a gente.
Pessoalmente gosto do colorido das construções. Felizmente vai-se perdendo a monotonia do branco. Amarelos (muitos), verdes (alguns), Azuis (com gosto), salmão (quase sempre), lilás (audaz) , castanhos (fortes), etc., etc. Toda a cor é bonita desde que tenha o tom certo e se integre no meio em que é aplicada. O ser forte e até agressiva às vezes torna-a ainda mais bela. Mas quando chego aos rosas aí já as coisas piam mais fino. É que há rosas e rosas e, ou se acerta, ou então é de fugir. É uma cor ingrata.
Desde já vou por os pontos nos is. Não gosto do rosa da sociedade flaviense, é um daqueles rosas que é de fugir. Dizia-me hoje um dos responsáveis da sociedade que se retomou a cor antiga da sociedade, um rosa pombalino. A ideia é engraçada se fosse conseguida. Cá para nós, que ninguém nos ouve - o rosa pombalino transformou-se em rosa choque. Pois é meus senhores (responsáveis) uma coisa é ver a cor na catálogo, outra é vê-la na parede. Definitivamente não gosto do novo rosa choque da sociedade. Acho que aquele edifício, um belo edifício, merecia uma outra cor, que até pode ser o rosa, mas um rosa nobre.
Posso estar enganado, ma começo a sentir a falta do bom gosto do arquitecto mestre.
Nota: A cor na foto é enganosa. Há que vê-la in loco.