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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

21
Jul06

Chaves e o velho "texas"


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Hoje, ou melhor ontem, a minha obrigação de pai levou-me até a antiga estação dos comboios (agora Centro Cultural). No espera e não espera pelo meu puto, vieram-me as velhas recordações guardadas na memória do velho Texas, recordações do tempo em que invariavelmente apanhava aquele velho Texas, sempre pela manhã (que a viagem era sempre longa) de Chaves até Vidago ou até Vila Pouca de Aguiar (Parada do Corgo), até Vila Real ou até à Régua. Foram 19 anos a andar de Texas.

Aquilo que outrora era uma “chatisse” (à francesa soa melhor), hoje são memórias de boas recordações. Apanhava o Texas para tudo. Era para ir até à terra do meu pai (Parada do Corgo), para ir até às piscinas de Vidago, para ir para a tropa (com ¼ de bilhete) e até, quando me deslocava ao Porto ou a Lisboa.

Desde que nasci e até que a linha do Corgo fechou, era o meu meio de transporte preferido para sair de Chaves e, contabilizado em tempo contínuo o tempo que passei no velho Texas, eu diria que passei largos meses em viagens de Texas, pois imagine-se que de Chaves a Vila Pouca de Aguiar (trinta e poucos quilómetros), o velho Texas demorava cerca de 2 horas, ou seja uma média de 15 km/h.

Pois hoje, enquanto esperava pelo meu puto, e aproveitando a sorte de ser Quinta-Feira (único dia em que o museu do comboio abre as suas portas) resolvi ousar ir até lá dar uma vista de olhos. Foi a primeira vez que lá fui e se demorei tanto tempo em ir lá, deve-se ao simples facto de não gostar de ver em “arquivo” coisas de que tanto gosto ou gostei. É assim como aquele sentimento de não gostar de ir a funerais ou a cemitérios onde estão os nossos entes queridos. Sei que a comparação é um bocadinho tétrica, mas acreditem que é sentida. O velho Texas, o Jardim das Freiras, a vida dos antigos cafés, são assim como um amigo que se perdeu para sempre.

Mas não há mal que o tempo não cure e, ontem, quando entrei no museu do comboio, ao ver as três locomotivas, a carruagem dos correios e a moto 4x2 (4 rodas sobre 2 carris), regressei aos bons momentos do passado, mesmo até à infância, mesmo até quando esperava o comboio no apeadeiro de Parada do Corgo em direcção a Chaves, com os meus 4 ou 5 anos de idade (que a memória me permite recordar) em que o comboio era um monstro de ferro a vomitar “lume” e fumo por todos os lados. Então além do medo olhava-o com respeito.

Hoje os sentimentos são mais confusos, principalmente por não compreender (por mais que tente) como foi possível perdemos o comboio, principalmente uma ligação turística, que até podia ser uma ligação museu de via estreita entre Chaves e Vidago (para não ir mais além), e sem mais comentários,

Até amanhã!

PS – Se gosta de comboios e do velho Texas, não perca uma visita ao seu museu em Chaves (só às Quintas-feiras) – Ontem fiquei rendido!

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