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Out06
Chaves e o 5 de Outubro

5 de Outubro.
Além de toda a gente ir sabendo que a data é assinalada a vermelho no calendário e que o feriado nacional assinala a implantação da República em Portugal, pouco mais se sabe, nem sequer da importância que esta data teve e tem para o nosso estado de vida social e político dos últimos 100 anos até ao (E)estado actual. Mas quem sou eu para estar aqui com este discurso, se quem de direito, apenas se preocupa em assinalar a data no próprio dia num discurso feito algures na Câmara de Lisboa, como vem sendo hábito.
Em Chaves, também é o mesmo de sempre, mas até nem deveria ser, pois Chaves é terra de Republicanos e onde (dizem) que definitivamente a República se consolidou.
Sempre o disse aqui que não sou amante de história, mas acho que o essencial da história é importante para nos conhecermos a nós próprios, e no presente caso, quando digo nós, não me refiro à minha pessoa, mas ao ser flaviense.
Em Chaves também existe, como em quase todas as localidades importantes, um topónimo com o nome de 5 de Outubro. No nosso caso uma Avenida que começa no final da Rua das Longras e acaba no final da Avenida do Estádio e, a respeito de 5 de Outubro é tudo, ou quase tudo. No entanto há nomes e acontecimentos que directa ou indirectamente ligam a cidade de Chaves ao 5 de Outubro, por exemplo nomes como Cândido Reis que embora nada tenha a ver com Chaves dá nome a uma Rua e Travessa da Cidade por proposta do Dr. António Granjo em 13.Out.1910, este sim, flaviense e então presidente da Câmara Municipal de Chaves, que teve o seu nome directamente ligado à República antes e depois da sua implantação, vindo a ser 4 vezes ministro de governos da República e assassinado em Lisboa em 19.10.1921, ao qual a cidade já prestou uma tardia homenagem com o levantar de uma estátua no ano passado no Largo da Estação. Mas a nossa ligação directa ou indirecta a esta data não termina por aqui. O nosso feriado municipal de 8 de Julho está indirectamente ligado a esta data e directamente ligado à consolidação da república e que até dá nome a topónimos tão importantes como os de Lisboa com uma Avenida Defensores de Chaves, entre outras ligações, repito, directas ou indirectas à república.
Mas mais uma vez digo e, repito, que não sou amante de história e não me cabe a mim assinalar a importância que a data tem, não só para actual República, mas também para a cidade de Chaves.
Da minha parte, a minha humilde contribuição para assinalar a data deixando-vos com um símbolo da República que está patente ao público no museu vivo do jardim do castelo e uma pequena composição com as cores da República terminando com um: VIVA A REPÚBLICA! Dito e gritadocom a mesma garra e convicção com que o João Geraldes o diria se ainda fosse vivo e ao qual, também tardiamente, faço a minha homenagem dedicando-lhe o post de hoje.
Até amanhã!