06
Dez06
Chaves - Pormenores, pequenos e belos

Não quero generalizar, mas comigo acontece. Às vezes olhamos o todo e esquecemos o pormenor. Vulgarmente passo por uma obra de arte, seja ela qual for, e há um click que me desperta a atenção e dou comigo a dizer: gosto daquilo! E passo dias, meses e até anos a gostar daquilo sem saber propriamente a razão pela qual gosto. Em primeira análise, gosto e é tudo. Só o tempo me vai pondo a descoberto os pormenores, pequenos pormenores, muitos e pequenos pormenores que de tão belos que são, fazem a beleza de um conjunto de uma obra de arte final, apenas uma obra de arte.
Chego então à conclusão de que o todo de uma bela obra de arte é feita pela beleza de muitos, pequenos e belos pormenores que só o tempo nos ensina a descobrir.
Dou um exemplo de beleza, de uma beleza estranha como por exemplo da ciência e da física. Há dias ouvia um comentário de um cientista conceituado actual que se referia às teorias e fórmulas de Einstein e que explicava o porque do génio Einstein, é que em todas elas tudo era perfeito, não havia nada a mais nem havia mais nada a acrescentar à SIMPLICIDADE de todos os pormenores, porque todos eram perfeitos. Complicado ainda!? Passemos a simplificar e digamos que é como o 1+1=2, simples e perfeito. Mas há quem para lá chegar diga que 2 = 1+3- (4 x 2) + 3 + 1 + 10/5 e poder-se-ia continuar por aí fora a complicar uma coisa tão simples e bela com é o nº2, apenas 2.
Digamos então que o pormenor da imagem de hoje é um 1 do 1+1=2 de um 2 que também é o actor principal destas minhas estórias sobre a cidade de Chaves.
Já sei já sei, que mais logo pela manhã uma colega de trabalho me vai perguntar quantos cervejas bebi antes de publicar este post e a resposta é simples, tal como nas fotografias desfocadas, há que ver a profundidade de campo das palavras e é tudo.
Até amanhã, e prometo vir mais descomplicado com um olhar e algumas palavras sobre Chaves.