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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

31
Mai08

Santa Ovaia - Chaves - Portugal


 

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Hoje vamos até mais uma aldeia de montanha – Santa Ovaia.

 

Vamos começar precisamente pelo nome desta aldeia, pois uma questão se levanta. Será Santa Ovaia ou Obaia!?. Bom, toda a documentação consultada me leva a crer que seja Ovaia, inclusive é esse o nome da padroeira da aldeia e da capela, no entanto na placa que se encontra à entrada da aldeia, entre o ferrugem do costume, lê-se Obaia.

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Definitivamente é até Santa Ovaia que vamos e deixamos de parte o erro da placa, que embora não seja importante é lamentável e pela ferrugem, já há uns bons anos que engana que o lê.

 

Santa Ovaia pertence à freguesia de Santa Leocádia e fica a 17 quilómetros de Chaves, distância oficial, pois depende do caminho que se tome até chegarmos à aldeia. Quero com isto dizer que há mais que um caminho para se chegar à aldeia a partir de Chaves. Curiosamente e como é costume, todos eles passam pelo tão já conhecido Peto de Lagarelhos. Pois é a partir deste que se tem de tomar a grande decisão da escolha do caminho que poderá ser via Seixo/Matosinhos, via Loivos, via terras de Agrações, ou seguindo a (também famosa EN 314) via Adães ou então mesmo-mesmo no limite do concelho, já depois de Fornelos, via Vale do Galo.

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Com tanto acesso (só a partir de Chaves) podemos ser levados a pensar que se trata de uma populosa e importantes aldeia de montanha, mas é puro engano, pois a aldeia é pequena e tal como a grande maioria sofre do mal do despovoamento, sendo mesmo uma das sérias candidatas (se tudo continuar até aqui) a ser das primeiras onde se verifique o despovoamento total.

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Na minha visita à aldeia encontrei 4 resistentes, gente simpática de uma aldeia também simpática, aberta e luminosa, com uma pequena veiga fértil e protegida pelas encostas. Fora isso, muitas casas abandonadas a caminhar a passos largos para a ruína ou já em ruínas e onde não há as tradicionais casas novas de emigrantes. Não que não haja emigrantes, pois há-os como em todas as aldeias, mas adivinham-se as razões porque não investem na aldeia e que são as mesmas do costume e comuns a todas as aldeias de montanha, ou sejam, além do rigor dos Invernos, as aldeias, para além do valor sentimental, não têm nada que os possa prender a elas e onde possam ganhar (pelo menos) o pão de cada dia.

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Perguntei na aldeia quantos eram ao todo: - P’raí uns trinta, só já restam os velhos!, foi a resposta, que só vem confirmar os números dos Censos 2001, pois nessa altura existiam 43 habitantes, dos quais só 4 tinham menos de 20 e mais de 13 anos. Actualmente, segundo apurei também na aldeia, existe apenas uma criança que ainda não está em idade escolar e graças a um casal jovem e resistente, vamos ver também por quanto tempo.

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Sinceramente e é sentido, que me revolta ver morrer assim as aldeias e não critico, de maneira nenhuma, quem as abandona, pois a isso são ou foram obrigados. Critico sim e cada vez com mais revolta, as mentes iluminadas que nos governam, que há muito têm conhecimento destes acontecimentos e que nada fazem por estas populações e por contrariar o despovoamento das aldeias, antes pelo contrário, pois com as políticas de centralismo que tomam, ainda me admira como há resistentes nas nossas aldeias. Ou seja, os tais de Lisboa (os da politica e do dinheiro) estão-se, democraticamente, a borrifar para nós. Os grandes negócios de TGV’s e Aeroportos, para não falar também do grande negócio da água e associados à água entre outros, são bem mais interessantes que uns pacóvios provincianos que não existem para os grandes interesses económicos, que mandam e sempre mandaram, seja qual for o regímen instalado ou político e partido no poder. Apetecia-me dizer uma dúzia de asneiras seguidas e apelidar com uns tantos nomes feios toda essa gentalha de Lisboa…

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Um pequeno parênteses a respeito desta revolta e sobre essa gentalha de Lisboa, pois quando assim me refiro, não estou a meter os de Lisboa todos no mesmo saco, mas apenas os políticos e os que mandam neles, os homens do dinheiro, os banqueiros e também (associados a estes últimos) aqueles que dominam a opinião pública, ou seja, um outro poder (que o são) como as televisões e imprensa e também alguns falsos defensores do povo. O engraçado nisto tudo, é que a nível local (embora a outra escala) também se brinca a fazer de “senhores de Lisboa”. Ou seja, a meu ver que nada percebo destes assuntos, está instalada a social democracia dos interesses em que tudo que seja intere$$ante, tem intere$$e para políticos e para o dinheiro, e os papalvos como nós provincianos e todos que estão de fora deste esquema, vamos tendo a impressão que decidimos os desígnios do país com o nosso voto democrático. Pura ilusão, pois eles fazem o que querem e ainda lhes sobra tempo para gozarem connosco!

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Mil desculpas para Santa Ovaia que despertou em mim toda esta revolta ou raiva, mas dá pena  entrar por uma aldeia tão bonita e ver as ruas sem gente, sem a brincadeira das crianças e as casas abandonas ou em ruínas.

 

Mas vamos até mais um bocadinho desta aldeia, que já pertence à região agrícola da boa castanha, que ainda vai dando algum para a sobrevivência.

 

Em termos históricos não encontrei referência sobre a aldeia. Em termos religiosos, de tradição e festivos, há a realçar as festas que se faziam em honra de S.José, no dia 19 de Março, e disse bem – faziam – pois nos últimos anos, para além da missa, nada mais há.

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De realçar também e, é comum a todas as aldeias, que podem ter as ruas desertas, as casas a cair e sem gente, mas a capela ou a igreja da aldeia, continuam a manter a dignidade e beleza que sempre tiveram, por mais humilde que seja.

 

Mais uma vez desculpas a Santa Ovaia pelos meus desabafos, revoltas e até alguns devaneios.

 

Até amanhã, com mais uma aldeia de Chaves.

30
Mai08

 

 

O "Jástou Servido"

 

Enfezado e de nariz adunco, o Anacleto passou a meninice sentado nos degraus do fontenário da Madalena. As mulherzinhas que iam encher os cântaros na torneira de pressão tinham que o enxotar quase sempre. Macambúzio, de joelhos ossudos e pernas esgalgadas, punha os braços sobre os joelhos que espreitavam dos calções, entrelaçava os pulsos  e ficava tempos infindos olhando para quem ia à água. Animava-se apenas quando os xailes negros ou os lenços sobre os cabelos grisalhos davam lugar a alguma moçoila espigadota, indiferente às suas graçolas de reguila ou, as mais das vezes, repontona.

 

Crescidote, era vê-lo a jogar ao sete-e-meio ou à lerpa, à sombra das arcadas, sempre de olho nas pernas das raparigas que iam à água.

 

Feito o serviço militar, em Braga, regressara a Chaves, lamentando que as representantes de um dos três "Pês" que a má-língua  atribuíra à cidade minhota não fossem assim tantas na sua terra. Foi-se contentando com as poucas que havia, ficando-se pelos hábitos da adolescência.

 

Continuando a viver na Madalena, aí trabalhava durante o dia, atravessando todas as noites a ponte para ir até aos reservados de jogo dos cafés da Rua Direita ou da Rua de Sto. António. Já de madrugada, passava depois pelas casas que consolavam a solidão dos milicianos de Cavalaria e Infantaria e dos noctívagos da cidade.

 

Mas não acamaradava com estranhos. Ia com o seu grupinho folgazão, o mesmo de sempre. Enfezado em criança e enfezado depois da tropa, um meia-leca como diziam os companheiros de pândega, deixava-se envolver pela animação das meninas, encostando-se aqui e ali, quase desaparecendo entre as ancas generosas e os seios opulentos.

 

Quando a bebida toldava os pensamentos dos folgazões e despertava os sentidos, o ambiente das casas animava-se ainda mais e começavam as romarias para os quartos. As meninas fugiam aos beliscões subindo os degraus, com gritinhos escandalizados, enquanto os mais atrevidos ensaiavam um levantar de saias ou o desapertar de um corpete.

 

Nessa altura havia sempre uma menina que olhava para trás e reparava que o Anacleto permanecia no sofá, com um aspecto seráfico, de sorriso nos lábios.

 

"Então o Sr. Anacleto não sobe?", perguntavam sempre. A resposta era invariavelmente a mesma — "Não, muito obrigado menina. Já estou servido..."

 

© Blog da Rua Nove

 

29
Mai08

Coleccionismo de Temática Flaviense – Pins


Dimensões reais: 19mm de altura, 15mm de largura

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Hoje entramos no mundo dos Pins, onde os há para todos os gostos, tamanhos, feitios e em diferentes materiais que podem ir desde o plástico, o PVC, lacados, latão, várias ligas até à prata e o ouro.

 

Para começar vamos até dois dos PINS oficiais do município, de entre mais de uma dezena deles, curiosamente todos diferentes e com variantes ao brasão oficial da cidade de Chaves. Quanto a materiais também todos são diferentes o mesmo acontecendo em termos de cor, pois em alguns apenas foram utilizadas três cores enquanto que outros têm mais cores ou até todas as cores do brasão, ou sejam sete cores.

 

De entre os pins editados pela Câmara Municipal o mais nobre é o PIN em prata.

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Dimensões reais: 19mm de altura, 15mm de largura

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Ficam também, para conhecimento, os símbolos oficias da cidade, ou sejam o brasão, a Bandeira para hastear em edifícios com dimensões na proporção 2x3 e o estandarte para cerimónias e cortejos com dimensões na proporção de 1x1, gironado de azul e branco, cordões e borlas de prata e azul, haste e lança em ouro. Deste último, embora exista a sua definição oficial e miniaturas do mesmo, penso não existir um estandarte para utilização em cerimónias e cortejos, se existe, nunca o vi, pois geralmente em cerimónias e cortejos é utilizada a bandeira (de hastear).

 

Ficam também os dados oficiais sobre o nosso brasão.

 

Elevação da sede do município a cidade em 18/03/1929
Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Aprovado em Assembleia Municipal a 7 de Outubro de 1987..

Publicada no Diário da República, III Série de 11/11/1987

 

 

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Armas Escudo de azul, ponte de três arcos de prata, movente dos flancos, lavrada de negro, saínte de um contra-chefe ondado de prata e azul; em chefe, escudo de prata carregado de cinco escudetes de azul postos em cruz, carregado cada um de cinco besantes de prata e com uma bordadura de vermelho carregada de sete castelos de ouro, acompanhada de duas chaves de ouro, estando a da dextra volvida em cortesia. Escudo cercado pelo colar da Ordem militar de Torre e Espada do valor, lealdade e mérito. Coroa mural de prata de cinco torres.  Listel branco com  os dizeres : " CIDADE DE CHAVES ", a negro.*

 


E para terminar só quero lembrar que na barra lateral continua a votação online sobre o futuro da ponte Romana com ou sem carros. Curiosamente a mesma Ponte Romana da qual constam três arcos no Brasão Oficial onde facilmente se observa que não tem carros.

 

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28
Mai08

Orvalhadas e outras terminações, de Chaves para os senhores de Lisboa


 

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José da Silva Lopes, natural de Seiça, economista, ex-governador do Banco de Portugal, ex-ministro das finanças, ex-não sei que e não sei que mais, presidente do conselho de administração do Montepio Geral…curriculum invejável sem qualquer dúvida e também alguma idade que lhe dá mais que tempo para ter juízo e sobretudo ajuizar as suas palavras antes de as dizer, mas que pelo que vi e ouvi ontem na televisão, por mero acaso num canal qualquer enquanto despertava de uma sesta merecida no sofá, este fulano ofendeu a minha dignidade de cidadão comum da província quando de cima da sua arrogância de quem está bem na vida lá para os lados de Lisboa, se referiu em questões de saúde e cuidados médicos, aos outros, necessitados desses cuidados  “duma vilória qualquer” (são palavras deste fulano) como “fregueses” e “clientes” dos médicos que “dormem nos serviços”. Como sou educado e tinha os meus filhos ao pé de mim, mandei-o  (muito baixinho) quase em pensamentos a um sítio que cá sei, mas sinceramente a minha vontade era de o temperar e mandar juntamente com esse tempero que o bom bacalhau cozido à portuguesa quer, de forma pimba, à moda do Quim Barreiros.

 

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Eis a nossa triste realidade de quem vive na província, dos resistentes que se amanharam à terra e que aos olhos dos de Lisboa, que mandam no país e no dinheiro, somos fregueses da saúde… claro que não ouvi mais besteiras desse senhor, que é igual  a todos os outros que mandam nos destinos políticos e financeiros deste país, para quem os provincianos do interior apenas têm deveres, principalmente os fiscais, mas não têm os mesmos direitos (fundamentais)  dos restantes senhores do poder de Lisboa. Já nem falo de cultura, lazer e oportunidades e, de como o dinheiro e o poder facilmente faz esquecer o engaço.

 

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Na realidade, infelizmente, cada vez mais têm razão os que dizem que Portugal é Lisboa e o resto é paisagem e, sempre que digo isto, vem-me “à lembrança” as palavras de um ex-poeta flaviense quando dizia (adaptação livre e consentida pelo autor):

 

“Nascemos aqui

Onde o orvalho é só orvalho

Somos o resto que é paisagem

Quando com coisas assim nos põem à margem

Desculpem Senhores!

Mas um caralho daqueles que por cá se usam

Não ficaria mal na boca dos que de nós abusam (…)”

 

Na realidade é mesmo disso que se trata, somos abusados e sem direito a defesa. Raio de democracia esta que não é igual para todos.

 

Pois bem, os que têm o dinheiro e o poder que fiquem lá com ele(s) e que façam bom proveito, pois eu não troco a minha terrinha, por vinte Lisboas. Sou provinciano, eu sei, mas com todo o direito, pelo menos enquanto ainda nos for permitido o direito de viver e poder fazer a nossa vidinha na terra onde nascemos, com sacrifícios, mas dignamente.

 

Não nos tirem a dignidade de viver aqui.

 

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Como diria o outro, “Tou revoltado” e quando assim estou, dou uma voltinha por aquilo que de melhor temos e como a Ponte Romana sem carros. Não esqueça a votação online aqui ao lado na barra lateral. Vote, quer seja a favor, contra ou sem opinião. Se ainda não votou, vote agora, e não é condição necessária ser flaviense, pois a Ponte Romana (a nossa bela Top Model) é património da humanidade.

 

As imagens de hoje, são algumas das que fazem de mim um orgulhoso flaviense.

 

Até amanhã, com o coleccionismo de temática flaviense.

27
Mai08

O olhar de Adilson Faltz sobre a cidade


 

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Hoje é dia de outros olhares sobre a cidade de Chaves. Dia em que trago aqui um olhar diferente do meu sobre a cidade.

 

Na pesquisa que fiz para esta rubrica, nas galerias públicas de algumas dezenas de fotógrafos, há uma foto que é comum à grande maioria que, como será fácil adivinhar, é a foto da nossa Top Model Ponte Romana.

 

Estive a rever todas as fotos que tenho em arquivo dessas dezenas de fotógrafos que passaram por Chaves, mais propriamente as da Ponte Romana. Embora em todas a Top Model seja a mesma, todas são diferentes mas, curiosamente ou talvez não, há uma coisa comum a todas elas – Nenhuma dessas fotos apanha carros em cima do tabuleiro da ponte. Será coincidência!?, - Claro que não, pois quem gosta e faz fotografia tenta sempre obter uma foto perfeita e, os carros em cima da ponte, sempre foram a mancha negra que os fotógrafos tanto detestam e propositadamente ignoram nas sua tomas .

 

Há um comentário que foi deixado aqui no blog, já há uns bons meses atrás, em que o seu autor me chamava mentiroso, pois dizia ele que a maioria das imagens que passavam pelo blog não eram reais. Se inicialmente o comentário me chocou um pouco e pela simples razão de que todas as imagens eram reais e não tinham qualquer tratamento ou montagem, relendo-o, acabei por concordar com esse amigo, pois nos olhares selectivos que enquadrava na objectiva da minha máquina fotográfica, inconscientemente, eliminava todas as manchas negras que a sujavam. Só podia agradecer-lhe o comentário.

 

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Pois os fotógrafos são como os poetas, esses fingidores que fingem que é dor, a dor que deveras sentem (citando o(a) Pessoa, (d)esse maior Poeta português), que adaptado à fotografia se poderia dizer que, os fotógrafos extraem da beleza apenas aquilo que é belo. É por essa simples razão que, em todas as boas fotografias da Ponte Romana, nunca aparece um automóvel.

 

Quanto ao nosso convidado de hoje, Adilson Faltz, é mais um dos fotógrafos de excepção que trago a este blog. Só tenho pena que nas suas galerias públicas de fotos, onde constam belíssimas fotos das mais variadas  partes do mundo, apenas haja duas ou três de Chaves, como estas que hoje vos deixo, da Ponte Romana sem carros. Tenho pena, mas como flaviense sinto-me honrado por na sua galeria constar a nossa Top Model sem carros.

 

Adilson Faltz é Brasileiro de S.Paulo, Analista de Sistemas, fotógrafo amador e tem uma das suas galerias públicas de fotos no flickr em http://www.flickr.com/photos/adilson_faltz/ . Galeria à qual vale a pena dar uma vista de olhos, ou melhor, uma galeria que não pode perder. Outros sítios onde pode ver as suas fotos:

 

faltz.org
faltz.multiply.com
www.1000imagens.com/faltz

 

E para terminar, se ainda não o fez, mais uma vez apelo ao seu voto sobre a Ponte Romana com ou sem carros, mesmo aqui ao lado, no início da barra lateral.

 

Só me resta mesmo agradecer ao Adilson Faltz por mais duas belas fotos da nossa Top Model.

 

Até amanhã, de novo com mais um olhar sobre a cidade.

26
Mai08

1 minuto de entradas e saídas de Chaves


 

1 minuto de acesso a Chaves

 

Desde a última semana que, às Segundas-feiras, passamos a ter por aqui um filme. Pretende ser de apenas 1 minuto de imagem em movimento, mas mais uma vez, o minuto é ultrapassado.

 

O filme de hoje foi iniciado junto ao Casino de Chaves, ou seja, junto ao nó da A24 de acesso à cidade, actualmente o principal acesso a Chaves.

 

Para já fiquem com o filme.

 

 

Há dois dias atrás recebi um mail de um visitante do blog que se referia à velha questão do encerramento da linha do Corgo, o qual me levou ao post de hoje.

 

Dizia-me esse amigo: (…)

 

“Conheço relativamente bem a região de Chaves pois tenho familiares na bela região Tras-Montana do Alto-Tamega/Barroso, mais concretamente em Canedo, Ribeira de Pena. Durante imensos verões fiz as minhas ferias naquela aldeia, e viajei no comboio da linha do Corgo, essa bela e importante linha de via-estreita tras-montana que - na minha opinião (e na de muitos tb....) - foi criminosamente desactivada em grande parte do trajecto por governos em concluio com a CP e o silencio comprometido de autarcas da região que pouco ou nada defenderam. Virando a pagina....seria de todo importantissimo que Chaves conjuntamente com outras autarquias do distrito de Vila Real se começassem a interessar activamente pela recuperação da ferrovia no distrito. É importantissimo que a ferrovia volte a esta região tras-montana, na sua vertente de pasageiros, de mercadorias (VITAL !) e até de turismo. As  estradas e auto-estradas tem surgido quase como que cogumelos por este pequeno país de 700 por 250 Km muitas vezes aparecendo incorrectamente nos lugares onde se deveria ter desenvolvido - isso sim - projectos de FERROVIA.

 

Chaves tem uma plataforma logistica, todavia caricatamente, perdeu o comboio. Para acrescentar, vivemos claramente momentos em todo o mundo em que a ferrovia está a tornar-se a aposta do presente e futuro - e as razões são claramente entendiveis. parece-me a mim por isso que os autarcas e a população de Chaves e concelhos vizinhos deveriam começar a envolver-se cada vez mais e com força na discussão da recuperação de uma ferrovia actual para o distrito. As estradas serão apenas a componente complementar e é preciso que as pessoas entendam isso de uma vez por todas. Tivemos o nosso grande "TEXAS" que parece que quase nem sequer é citado pelos responsáveis regionais e até parte do seu povo - e povo que não tem memoria, provavelmente não terá futuro. Agora é preciso olhar para o presente e futuro, sem demasiada perca em considerações e conversa fiada que tanto caracterizam o nosso Portugal..

 (…)

 

Vai em anexo um link para um projecto de recuperação turística na vizinha galiza. Parece que por aquelas bandas existe mais convicção na aposta e concretização de projectos. E eles sabem porquê.”

 

Pois aqui fica o link para o anexo referido:

 

http://www.cehfe.es/prensa/D.L.26.04.08.pdf

 

Também eu nunca entendi o encerramento da linha do Corgo e a falta de visão de quem a mandou e de quem permitiu ou deixou encerrar. Numa simples decisão e assinatura de gabinete (em Lisboa, claro!), acabou-se com décadas de árduo trabalho para a sua construção e quase um século de circulação do comboio. Poder-se-ia ter optado na altura pela sua modernização ou, pelo menos, pela preservação da linha como um museu vivo de linha estreita, com locomotivas a vapor, ou seja, como linha turística, que tantos adeptos tem por esse mundo fora. Seria uma mais valia para Chaves e para a região,  mas foi muito mais fácil ordenar o seu encerramento e deixar a linha a saque.

 

Isto leva-me ao modo como as coisas são feitas e as decisões são tomadas no nosso país, pela nossa “tão digna” e “competente” classe política.

 

No mail que me foi enviado refere a Plataforma Logística de Chaves, a mesma que foi anunciada com pompa e circunstância pelo Primeiro Ministro José Sócrates e integrada num conjunto de plataformas logísticas distribuídas pelo país, como essenciais para o desenvolvimento de Portugal,  e bla-bla-bla…. Dizia ele.  A Plataforma Logística de Chaves está concluída há mais de 1 ano e inaugurada também, com pompa e circunstância, pelo mesmo Primeiro Ministro que as lançou e aprovou a sua localização. A Plataforma lá está, novinha em folha, às moscas e à espera de começar a funcionar, pois na Auto-Estrada que lhe passa ao lado, alguém se esqueceu de deixar um nó de acesso, que serviria também o Parque Empresarial e o Mercado Abastecedor.

 

E agora pergunto eu, então numa obra que é financiada por fundos comunitários e comparticipada por todos nós, superiormente aprovada e até lançada com direito a tempo de antena nas televiões,  não se prevê um nó de acesso a partir da auto-estrada, e do qual todo o complexo está dependente?

 

Das duas, uma. Ou não se aprovava e financiava o complexo naquele local, ou, a ter sido aprovado e financiado, obrigatoriamente teria que existir um nó na auto-estrada. Claro que nestas coisas o dinheiro que está em causa não é posto do bolso particular dos políticos que as promovem e mandam construir, senão pensavam duas vezes. Perguntem à Solverde se construía um casino em Chaves se o mesmo não fosse servido (quase directamente) pela Auto-Estrada!

 

O filme de hoje mostra precisamente a entrada na cidade a partir do nó do Casino e que, desde que foi aberta a auto-estrada, passou a ser a entrada principal da cidade. Como não sou político, nada percebo de planeamento e de prioridades, mas se fosse eu o xerife da cidade, já há muito que tinha feito um acesso digno a Chaves, em vez do mesmo ser feito por uma estradeca “terceiromundista”. Como nada percebo destas coisas, pelo sim pelo não e, para não me envergonhar perante quem me pergunta qual o melhor acesso a Chaves a partir da Auto-estrada, eu digo-lhes sempre que o melhor é saírem em Vidago e assim, apreciam um bocadinho da nossa paisagem, que graças a Deus, ainda vai sendo algo de bom que temos por cá.

 

E fico-me por aqui, porque senão tinha que falar no dinheiro que vergonhosamente está a ser gasto na estrada de Chaves a Valpaços ou nos projectos megalómanos dos nossos políticos de Lisboa, como o Aeroporto que já não é da OTA ou o TGV onde todos os estudos dizem que vai dar prejuízo e que “se calha” só servirá para transportar ministros e euro-deputados com dinheiros de todos nós, e onde um quilómetro desse luxo desnecessário dava, talvez (não fiz as contas), para por toda a linha do corgo de novo em funcionamento. Prioridades que pela certa não passam por Chaves, pela região nem por Trás-os-Montes.

 

Razão, têm os que dizem que o senhores de Lisboa, que mandam ( e não são só políticos, mas também através deles) querem fazer de Trás-os-Montes uma grande coutada de caça, e aí, quem sabe, talvez metam os resistentes que teimam ficar por cá,  numa reserva como população indígena ou autóctone como fizeram com os Índios nos states.

 

E para terminar, não esqueçam a votação online aqui ao lado na barra lateral sobre o futuro da nossa Ponte Romana. Pois enquanto vamos andando entretidos com a polémica, vamos esquecendo outros males, porque nós indígenas, até nos contentamos com pouca coisa, só não gostamos é que gozem connosco.

 

Até amanhã com um outro olhar.

25
Mai08

Abobeleira - Chaves - Portugal


 

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Então hoje vamos até mais uma aldeia, vamos até a Abobeleira.

 

Se não conhecer ou não conhecesse a Abobeleira e por uma razão qualquer acordasse no Largo do Cruzeiro, diria que estava numa daquelas aldeias rurais típicas do nosso concelho, lá para o meio de uma montanha qualquer, pois ainda é assim (felizmente) que ainda se vive e sente o seu núcleo. Mas tudo não passa de uma ilusão.

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Na realidade a Abobeleira fica a apenas três quilómetros de Chaves e, entre a aldeia e a cidade de Chaves já não há separação física, o mesmo acontece entre a aldeia e a sede de freguesia, Valdanta. A proximidade da cidade e a sua boa localização geográfica, tornaram-na apetecível para novas construções. Ainda bem que o apetite só deu para moradias e não para mamarrachos, para já, pois aos poucos a cidade vai crescendo e é para os lados da Abobeleira que a cidade do betão tem tendência a crescer. Posso estar enganado, mas pela certa que daqui a umas boas dezenas de anos, a continuar tudo como até aqui, a Abobeleira estará irreconhecível.

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Todos sabemos, ou melhor, alguns sabem, que toda a freguesia de Valdanta, histórica e arqueologicamente falando é rica em vestígios e mesmo ruínas de antigas construções romanas e não só. Começando pelos importantes vestígios romanos encontrados na Granjinha, para além da sua Igreja Românica, a mais antiga da região, passando para o Outeiro Machado, as antigas minas de ouro nas redondezas do Outeiro Machado, à barragem Romana da Abobeleira, entre outros, tudo indica que a freguesia se desenvolveu em cima de um autêntico tesouro arqueológico, algum já descoberto e muito dele (estou em crer) ainda por descobrir.

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Sei que alguns destes tesouros, pelo menos os que mencionei, são do conhecimento das entidades e de alguns flavienses, pelo menos dos habitantes naturais da freguesia. Apenas isso. Os habitantes da freguesia nada podem fazer por todo esse tesouro para além de o respeitarem e acarinharem como podem, mas as entidades interessadas (ou que deveriam ser) e as que tutelam todo este tipo de património têm responsabilidades e medidas (algumas urgentes) a tomar sobre todo o património histórico, cultural e arqueológico da freguesia de Valdanta, antes (como de costume) que seja tarde.

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A Câmara Municipal, a Região de Turismo e o IGESPAR ou seja lá quem for que tutela esta coisas, são algumas das entidades que pura e simplesmente (sem o ignorar) desprezam todo este património. Só a título de curiosidade, quando tomei estas fotos da Abobeleira lembrei-me de, mais uma vez, ir ao Outeiro Machado, e mais uma vez, andei aos papeis para o encontrar e chegado lá, para além de não haver qualquer tipo de referência ao seu valor histórico e patrimonial, encontrei-o envolto de vegetação selvagem algum lixo e até restos de uma barraca e fogueiras feitas em cima de tão valioso património. Garanto-vos que quem nunca lá foi e tome a iniciativa de ir até lá por conta própria, não encontra o Outeiro Machado e, até é bom que nem o encontre, pois é uma triste imagem daquilo a que se chama preservar, o que por lá se encontra. Admira-me até que ainda lá esteja e nunca nenhum empreiteiro se tivesse lembrado de o desfazer para fazer perpianho, cubos de calçada ou rachão para uma estrada qualquer. Já não seria a primeira vez, pois quando este blog for por Mairos, conto-vos de onde são algumas das “pedras” que ajudaram a fazer a barragem de Mairos ou o que aconteceu aos fornos romanos de Outeiro Seco. 

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Mas hoje é sobre a Abobeleira que se fala, e um dos tesouros que têm nas suas terras é a antiga Barragem Romana, onde camuflados por entre vegetação selvagem, ainda existem importantes vestígios da sua estrutura, e que tal como o Outeiro Machado, pouca gente conhece a sua localização ou até existência e, apenas se trata, da barragem que fazia o abastecimento de água à antiga cidade romana de Aquae Flaviae. Eu, embora nada perceba do assunto, penso que, o que ainda existe por lá, é importante demais para estar esquecido e desprezado.

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Tive esperanças, porque ouvi dizer que constava do projecto, que o Casino de Chaves iria tratar, revitalizar e honrar toda aquela zona da antiga barragem romana. Mas penso que apenas sonhei com isso, pois há dias quando passei pelo caminho que liga a Abobeleira à Fonte do Leite, reparei que toda a zona do casino está vedada e não há qualquer ligação ou tratamento dessa zona. Ou seja, continua ignorada e dotada ao desprezo natural dos dias, e esta, nem sequer tem uma plaquinha que seja nas redondezas a assinalar que por ali existiu ou ainda existem importantes vestígios romanos onde são ainda visíveis alguns dos muros. Os historiadores e arqueólogos (ao que parece serem os únicos interessados) dizem ser uma construção muito invulgar e que originariamente os muros da barragem teriam na base 5 metros de largura, atingindo cerca de 20 metros de altura e a sua albufeira definida ser consideravelmente grande, podendo ter-se estendido até à povoação de Sanjurge e a Outeiro Machado. Há quem defenda também que esta barragem serviu para fornecer água para lavagens nas  minas romanas que teriam existido em Outeiro Machado.

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Pois antes do grande betão ($) avançar por terras da Abobeleira seria bom delimitar estes tesouros e outros tesouros como ainda o é o núcleo histórico da própria aldeia que ainda matem a sua traça e as suas construções tradicionais quase invioláveis onde notei também algumas reconstruções que não destoam muito do conjunto.

 

A Abobeleira poderá fazer parte de um “Santuário” histórico, arqueológico e turístico, com turismo da especialidade e de qualidade.

 

Quanto a santuários religiosos e à margem da belíssima capela (embora humilde) e da igreja moderna e nobremente localizada Abobeleira tem também um pequeno santuário, fruto de uma promessa de um particular, com vistas privilegiadas para a tal barragem romana e porta aberta para o “pecado do jogo”, onde não falta um curioso jardim, muitas obras de arte de cantaria e até mesa de merendas, ao que apurei, tudo obra de um só habitante e construído às suas custas e que para ser um importante santuário, só lhe falta mesmo a dimensão e talvez um milagre. Mas bem poderia partir desde ali o caminho para a antiga barragem, tratada, com um pouco da sua história e até quem sabe para um futuro museu da barragem e da romanização. Talvez seja esse o milagre que falta a tão curioso santuário.

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E que mais há para dizer da Abobeleira!? Talvez que embora a proximidade da cidade, o atractivo tem sido apenas os seus terrenos circundantes que foram sendo invadidos por forasteiros, enquanto o seu núcleo sofre o mal das restantes aldeias, com o seu envelhecimento, degradação e abandono de algumas das suas casas tradicionais, ou seja, o despovoamento do seu núcleo histórico (embora pouco) também é visível.

 

Quanto ao Casino, implantado em terras da Abobeleira e paredes-meias com a aldeia, apenas tem vistas para ela e vice-versa. Parece mesmo que a ribeira de Sanjurge ou o nosso Ribelas (talvez alguém da freguesia ajude quanto ao nome da ribeira na sua passagem pela Abobeleira) divide fisicamente o poder, o dinheiro e as altas tecnologias de uma aldeia simples, rural e pobre que segundo sei e alguns se queixam, não tira qualquer dividendo por tão importante casa de fazer ou jogar dinheiro, enquanto que as rãs, nessa mesma divisória, no seu coaxar no pequeno lago de águas puras, vai debitando os sons de verão para delicia de todos, ou seja da aldeia rural da Abobeleira e do Hotel urbano de um casino com sons do campo.

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Ainda a respeito do casino. Nada tenho contra a sua existência, penso que é até uma mais valia para a cidade e para a região que atrai muita gente de fora (e também de dentro) que poderá (assim o saibam aproveitar) contribuir para a riqueza turística da região, mas penso também, que a freguesia que o acolhe, deveria beneficiar directamente com a sua implantação, como, não o sei, mas poderia muito bem passar por financiar, tratar e promover os tais tesouros históricos que a freguesia tem e que lhe ficam mesmo ao lado. É apenas uma ideia, e se, tanto quanto sei os concelhos vizinhos recebem dividendos pela implantação do casino em Chaves, porque é que a freguesia não os recebe. Se por acaso os recebe, peço desculpas pela minha distracção e ignorância.

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E penso que sobre a Abobeleira é tudo. Gosto do seu interessante núcleo histórico e de toda a paisagem campestre entre a aldeia e Sanjurge, mesmo tendo a modernidade de uma auto-estrada pelo meio. Do que é novo e se foi construindo entre a aldeia e a cidade ou Valdanta, é o banal, das novas moradias com muros altos e com pessoas lá dentro, uns sentados no sofá em frente à televisão enquanto os putos se vão entretendo no computador a teclar nos chats, a viajar pela Internet ou nos jogos online.

 

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Por falar em online, a votação sobre a ponta romana, continua à espera do seu voto, aqui ao lado, na barra lateral.

 

Até amanhã, com mais Chaves em movimento.

 

Sensatez irá prevalecer

24
Mai08

Algures entre Vilas Boas e Ventuzelos - Chaves - Portugal


 

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As horas não esticam e o tempo não chega para tudo.

 

O contrato é de trazer aqui todos os fins-de-semana uma aldeia, mas há vezes que causas mais nobres ocupam o nosso tempo. O de hoje foi todo ocupado pela nossa Top Model Ponte Romana e não tive tempo de me ocupar a sério e dignamente por uma aldeia.

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Ainda antes de entrar propriamente no post de hoje, deixo mais um alerta para o post anterior e para a votação online que se encontra aqui ao lado na barra lateral. O seu voto é importante.

 

Então vamos lá a nosso post de hoje.

 

Quebro a promessa de uma aldeia, pois hoje ficamos entre duas aldeias, com imagens de vistas iguais, mas com diferentes olhares e afinações.

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Olhares que foram tomados entre Vilas Boas e Ventuzelos, todos do mesmo local, mas com vistas que vão desde Santa Bárbara de Ventuzelos, até Loivos e Agrações.

 

É um daqueles lugares dos quais ainda há dias falava e que ficam perdidos no meio das montanhas, no tal triângulo da grande zona de Vidago. Um lugar que encanta pelas vistas, pela serenidade e pela beleza sem igual. É do melhor que vamos tendo pelas nossas terras e que até parece estarmos perdidos no paraíso. Claro que tudo depende da afinação do olhar, do gosto pela terra, pela natureza e pelas montanhas, ou sejam de alguns dos gostos que eu gosto e que pela certa são partilhados por muitos.

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E por hoje ficamos por aqui. Amanhã vamos até uma aldeia a sério.

 

Não esqueça a votação online aqui ao lado. Seja qual for a sua opinião, é importante para o futuro da nossa Ponte Romana.

 

Até amanhã!

24
Mai08

Votação online - Ponte Romana


 

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Já sei que o dia de hoje é para as aldeias, mas ainda antes disso, vamos mais uma vez até à Ponte Romana.

 

Nos últimos dias tem-se abordado um bocadinho a quente a questão de a Ponte Romana ter trânsito automóvel ou passar a exclusivamente pedonal. A minha opinião é conhecida e continuarei a defender o que acho de melhor para nossa dama. Independentemente da minha opinião, estou em crer, que todos gostaríamos de saber qual a opinião da maioria dos flavienses e não só, porque afinal a ponte não é património exclusivo flaviense, mas um património histórico pertença de todos.

 

Assim, deixo na barra lateral um inquérito que estará online até dia 8 de Julho, dia da cidade, onde anonimamente poderá deixar a sua opinião a respeito do futuro da Ponte Romana, a nossa Top Model.

 

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A questão é simples:

 

 

Concorda que a Ponte Romana passe a ter utilização exclusivamente pedonal?

 

Sim, não ou sem opinião, é importante que vote, ainda para mais que a decisão por parte da Câmara Municipal foi adiada e estará dependente de todas a opiniões. Não custa nada, é só um click.

 

Poderá a qualquer momento acompanhar a votação online e se quiser até deixar por lá a sua opinião. Basta seguir o link na caixa ao lado da barra lateral.

 

 

Esta votação estará online  na  restante blogosfera flaviense aderente,  no entanto,  a totalidade dos votos são contabilizados em conjunto numa única "urna", ou seja, o sistema só contabilizará um voto por utilizador, seja neste ou noutro blog aderente e a contabilização de votos é feita em todos os blogues em simultâneo.

 

 

Para os blogues que não receberam  o código html  por mail, por favor contactem  este ou outro blog  aderente para que o mesmo lhe seja disponibilizado ou, em alternativa, poderá ser copiado directamente no servidor da votação online (basta clickar na caixa da votação em "see results" para aceder ao servidor.

 

Até já, com mais uma aldeia.

23
Mai08

Discursos Sobre a Cidade


 

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“BLOGUETORES x PRETORES”

 

Texto de Tupamaro

 

Dificilmente será encontrada uma Região – Município, com tantos e tão entusiastas “BLOGUETORES”!

 

E a nota mais saliente que exibem é um «sol» longo, vibrante, fluorescente, com sentida expressão do carinho, do apego e da saudade por toda a NORMANDIA  TAMEGANA.

 

Todos, e cada um per si, os “BLOGUETORES” Tameganos têm feito, e continuam a fazer, com que os Normandos do Tâmega sintam, alimentem e manifestem o maior gosto no buraquinho, na gruta, em que nasceram   -   ou que adoptaram.

 

Viajemos por qualquer canto do mundo.

 

Lugares encontraremos mais especiais do que outros, com um «quê» especial, etéreo, transcendente.

 

É o sentir, o tocar, o adivinhar o mistério.

 

E a nossa TAMEGÂNIA, aos seus filhos e aos seus amigos, atinge-os com um fascínio irresistível e incomparável.

 

Uma Igreja, uma Capela; um Cruzeiro, um Nicho; uma muralha, um Castro, uma Torre, um Castelo; uma ponte, um caminho, uma rua, uma canelha; uma fonte; uma tradição; um costume; uma história, uma lenda; uma figura, ou um figurão; uma «lama», uma carvalheira, uma sorreira ou um monte; um dia de inverno, ou um dia de inferno; uma conversa de taberna, de barbeiro ou de Café; um encontro de Feira, ou de Festa; de amor, ou de desengano; tantos pedacinhos de vida e de Natureza que nos dão outra dimensão do nosso mundo e nos dizem que, afinal, a eternidade começa e acaba no nosso cantinho natal.

 

A Cidade e a Região têm um desígnio extraordinário, fantástico.

 

Também estas foram um território prometido aos mais remotos antepassados da Humanidade.

 

Falamos, com toda a justiça, de Lusitanos, Romanos, Suevos, Visigodos e Mouros.

 

Com muita injustiça e só raramente, lembramos os Iberos e os Celtas.

 

Todavia, vincados traços destes avós permanecem e se evidenciam em rituais de religiosidade onde os matizes possuem mais brilho pagão que panteísta.

 

Mas atentemos que todos esses Povos nos legaram o seu melhor, e que é a nós que nos coube (e cabe) usufruir, venerar e honrar a sua herança.

 

Os “BLOGUETORES” de C H A V E S têm feito por isso.

 

Os Pretores Municipais, em pouco mais de trina anos, assistem, com uma governação quaternária indecorosamente semelhante aos planos quinquenais de um «determinado país».

 

Porca miséria quando, em nome não se sabe de quê, mas em gestos, decisões e tratados às três pancadas, se faz com que todo um Território nobre, histórico, com enormes recursos para um presente e um futuro próximo e distante, se descaracterize, e consente que a estúpida soberba nombrilista local   - e a centralista    -    o considere com soberania e desdém, até!

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