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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

30
Nov08

Soutelinho da Raia - Chaves - Portugal


 

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Em dia de neve todos somos putos e como em Chaves (cidade) ainda não nevou, havia que ir à procura da neve onde de certeza a havia, e ontem, a oferta até era grande, bastava subir a uma das montanhas das redondezas e tudo estava vestido de branco.

 

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Para neve e nevões, nem há como o Barroso e Chaves, nesta sua condição de concelho de transição da terra fria para a terra quente, também tem um pouco de Barroso.

 

De facto o nosso concelho dilui-se bem nos concelhos vizinhos com as nossas aldeias de transição, principalmente com os concelhos de Vinhais onde as nossas aldeias do xisto (freguesia de S.Vicente da Raia) fazem a passagem, com o concelho de Valpaços onde desde Tronco até à Dorna se começa a descair para as suas terras, sendo Limãos um caso flagrante, pois para chegarmos até lá temos que entrar primeiro no concelho de Valpaços.

 

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Acontece o mesmo com os concelhos do Barroso, com Seara Velha a entrar por Boticas adentro ou Soutelinho da Raia, já instalado quase nas faldas do Deus Larouco. Por último temos as nossas aldeias da raia, que desde Soutelinho da Raia, passando por terras de Ervededo, Cambedo e toda a freguesia de Vilarelho também da Raia, passando pelas freguesias de Mairos e Travancas, para terminar de novo na freguesia de S.Vicente da Raia, onde Segirei fecha a promiscuidade que há entre o povo galego e o povo transmontano da raia, ou melhor, apenas um povo, o mesmo povo da raia de um e outro lado da fronteira, que pese embora tivesse existido oficialmente, nunca existiu entre estas aldeias.

 

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Claro que em tempo de nevão tínhamos que ir até uma das nossas aldeias barrosãs – Soutelinho da Raia.

 

Soutelinho da Raia é uma aldeia cheia de história e estórias, começando pela sua história da promiscuidade de ter sido, claro, um povo promíscuo, ou seja, uma aldeia que nos anos até finais do Século IXX era partilhada pelos reinos de Portugal e Espanha, com a fronteira a cortar uma das ruas principais da aldeia. Foi assim até a abolição do Couto Misto ou Mixto, aquele tal “estado” que pertencia a Portugal, mas também pertencia a Espanha e que quando convinha, nem pertencia a Espanha, nem a Portugal. Mas tudo isto já foi explicado aqui no blog e no blog Cambedo Maquis, onde se explica como as aldeias promíscuas de Soutelinho da Raia, Cambedo e Lamadarcos, passaram para o reino português em troca do Couto Misto que passou todo ele a ser pertença de Espanha.

 

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Para quem não seguiu o Cambedo Maquis, fica aqui o linck para a promiscuidade dos povos da raia e o Couto Misto  ou aqui no Cambedo-maquis .

 

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Escusado será dizer que Soutelinho da Raia foi desde obrigatoriamente terra de contrabando, Guardas-Fiscais e contrabandistas e, também, terra que sofreu bem de perto a guerra civil espanhola e no pós guerra civil, também as passagens da guerrilha espanhola e a passagem de muito contrabando para a II Guerra Mundial. Tempos difíceis, apenas mal recordados pelo mais idosos (porque preferem esquecer) e duplamente penosos pela sua circunstância de aldeia da raia.

 

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Em termos de contrabando e Guarda-fiscal, era quase aldeia de passagem obrigatória para todos os guardas que escolhiam como fim de carreira a sua aproximação ao posto da cidade de Chaves.

 

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Soutelinho da Raia está implantada num planalto, bem lá no alto da Serra da Panadeira onde esta faz a transição para a Serra do Larouco. É uma das aldeias que assume em tudo as características do clima do concelho de Montalegre, com Invernos rigorosos, frios e geralmente secos e onde, sempre, caem, as primeiras neves do Outono ou os grandes nevões de Inverno e se não caem, tem sempre o ar frio da neve do Larouco por companhia.

 

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Fora do contrabando que durante muitos anos ajudou a povoar a aldeia, tem a agricultura como uma das suas principais actividades, ou quase única, com as culturas características das terras altas e frias da montanha, ou seja a batata, o centeio e a castanha.

 

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Castanha aliada à raia com a Galiza, que se crê estar na origem do topónimo de Soutelinho da Raia, ou seja um pequeno souto na raia. Também e até melhor explicação, aceito perfeitamente esta origem para o seu topónimo.

 

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Em termos de arquitectura tradicional do granito, podemos sem qualquer dúvida apontá-la como uma das aldeias mais típicas e interessantes, pese embora agora esse mesmo casario esteja em grande parte degradado e abandonado, mas mesmo assim, não perdeu o seu interesse e tipicidade onde até se encontra algumas recuperações cuidadas.

 

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É uma das aldeias do nosso concelho que merecem uma visita demorada e cuidada para apreciar o seu casario típico, o forno comunitário ou do povo, as fontes de mergulo, os cruzeiros, uma capela de galilé aberta e de devoção ao Senhor dos Desamparados, uma outra capela devotada ao Senhor dos Aflitos e a Igreja barroca cuja construção é apontada para os Séculos XVII ou XVIII e que tem como padroeira a Santa Bárbara. Contudo e segundo apurei é o Senhor dos Desamparados que tem direito a festa, cuja tradição a festeja no mês de Junho.

 

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Em termos históricos e políticos, consta na história da aldeia o assassinato do Tenente Coronel António Victor Macedo, vítima dos seus adversários políticos no dia seguinte ao combate de Valpaços, em 1846, travado entre Sá da Bandeira e as tropas da rainha S.Maria II.

 

Soutelinho da Raia é a única aldeia da freguesia com o mesmo nome. Possui 5.97 km2

 

 Em termos de população e despovoamento (e hoje não vou falar das políticas do esquecimento a que as aldeias estão sujeitas), deixo-vos apenas os números que falam por sí. Soutelinho e segundo os Censos de 2001 tinha 192 habitantes residentes, que pode fazer inveja a muitas aldeias, mas nem tanto se compararmos os números com os Censos de 1960 em que havia 493 habitantes, ou mesmo com os Censos de 1981 em que ainda havia 342 habitantes. Penso que em termos de população está tudo dito, mesmo assim ainda vai mantendo alguma população, embora os restantes números não sejam promissores para a sua manutenção, pois segundo o mesmo Censos 2001 apenas havia uma (1) criança com menos de 10 anos e 5 habitantes com menos de 20 anos.

 

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E só falta mesmo creditar aqui os créditos do post, pois ontem tinha prometido à minha criança levá-la até à neve, mas também tinha (a criança) compromissos inadiáveis para o meio da tarde, assim tinha apenas uma hora para a recolha fotográfica de ilustração deste post, tarefa que se apresentava quase impossível. Ainda bem que por aqui os amigos ainda são para as ocasiões e lacei o convite ao amigo Dinis Ponteira para uns bonecos na neve mas também para uma mãozinha na recolha fotográfica, que já sabemos, que saindo do seu olhar, são olhares de qualidade. Obrigado Dinis pela ajuda e para quem ainda não conhece o amigo e colega blogueiro ou companheiro de viagem na arte dos olhares sobre Chaves, fica aqui um linck para o seu blog, onde poderá encontrar outros lincks para as suas galerias de fotografia de olhares apurados sobre a cidade e outro locais: Dinis Ponteira

 

 

E por hoje é tudo. Amanhã cá estarei de novo com mais um ilustre flaviense.

 

Até amanhã!

29
Nov08

Freguesia de Cimo de Vila da Castanheira - Mosaico


 

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Mosaico da Freguesia de Cimo de Vila da Castanheira

 

Localização:

Nordeste do concelho de Chaves.

 

Confrontações:

Freguesias de Travancas, Roriz, S.Vicente da Raia, Sanfins da Castanheira, Lebução (Valpaços), Tronco, Águas Frias, Paradela de Monforte.

 

Distância até Chaves:

20 km2

 

Área:

16 km2

 

Acessos (a partir de Chaves):

– Estrada Nacional 103 (até à Bolideira)

 

Aldeias da freguesia:

            Cimo de Vila da Castanheira

            Dadim

 

População Residente:

            Em 1900 – 712 hab.

            Em 1920 – 634 hab.

            Em 1940 – 767 hab.

            Em 1960 – 1.159 hab.

            Em 1981 – 938 hab.

            Em 2001 – 605 hab.

 

Principal actividade:

            - Agricultura e pastorícia.

 

Particularidades:

Rica vestígios arqueológicos com castro e castelo (Mau Vizinho) com restos de muralhas pétreas relativamente bem conservadas, mas de difícil acesso, incluindo o pedonal.

 

Possui uma Igreja românica denominada de S.João Batista ou S.João da Castanheira, com uma torre de cariz senhorial anterior à igreja e posteriormente adaptada a torre sineira .

 

As aldeias da freguesia ainda possuem um importante núcleo de cosntruções tradicionais de granito, mas maioritariamente degradadas e/ou ruínas.

 

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Linck para os posts (neste blog) dedicados às aldeias da freguesia:

           

- Cimo de Vila (post alargado)

- Cimo de Vila

- Dadim

 

 

 

28
Nov08

 

 

Éramos jovens e a nossa paixão pela cidade dispersava-se muitas vezes pelos seus inúmeros pormenores.

 

Portões de ferro forjado, vidraças coloridas, caixilhos de janelas, clarabóias e até pátios interiores. Todos os detalhes, por mínimos que fossem, nos entusiasmavam e serviam para longas conversas, que de tão longas entravam pela madrugada dentro. Chegámos até a ter o iniciático hábito nocturno de percorrer as ruas de olhos quase fechados, olhando apenas para as nossas palavras e para as nossas ideias, porque toda a cidade parecia já estar dentro de nós.

 

Certa vez, contudo, ocorreu um episódio que nos trouxe particular preferência pelas varandas e sacadas da cidade.

 

Havia o nosso velho argumento consensual de as sacadas serem um espaço que pretendia consagrar um estatuto social diferenciado, e de distanciação, e as varandas um espaço comunitário por excelência, um espaço contíguo onde conversas e afectos se desenvolviam e nutriam. Argumento originado pelas características da minha casa, que tinha uma sacada na frente e uma varanda corrida nas traseiras, parecendo continuar todas as outras. Eu e o Nuno gostávamos  bem do aconchego da varanda, muito  mais discreta que a sacada, e em momentos de maior nostalgia romântica, frente ao pôr-do-sol, só lamentávamos que não houvesse nenhuma menina nas varandas mais próximas.

 

Foi a partir da sacada, no entanto, que conheci a Isaura. Uma vizinha que se mudara para o lado, para o prédio cuja varanda chegava aos limites do meu, deixando-nos a poucos metros um do outro, para conversas mais íntimas. Foi desta minha sacada que o Nuno viu a Isaura e a conversou para outros encontros.

 

A Isaura viera viver para um quarto alugado a uma velhota resmungona que não queria ouvir falar de visitas em casa e muito menos de namorados ou pretendentes das meninas que lá passaram a viver. Com três quartos nas traseiras do segundo andar, alugara-os estrategicamente, deixando o seu no meio, para melhor garantir a virtude e os bons costumes.

 

A verdade é que, ao fim de algumas semanas, o Nuno arranjara maneira de se esgueirar familiarmente para o quarto da Isaura quando a velhota saía. A porta da entrada ficava entreaberta e a vizinhança não desconfiava nem prestava muita atenção porque o vira sempre entrar para minha casa, na porta ao lado. Com o tempo, até começou a passar lá algumas noites. Quando a situação se complicava, refugiava-se no guarda-vestidos do quarto durante algumas horas.

 

Mas a velhota começara a andar desconfiada, olhando de soslaio para a Isaura, pois sabia que ela andava de conversa com o Nuno. E numa soalheira manhã de inverno, quando a roupa pendurada parecia ter sido engomada pela geada, fui encontrar o Nuno nas traseiras da minha casa, na varanda, tiritando e em trajos menores, a praguejar desbragadamente.

 

"Então o guarda-vestidos?", perguntei desconcertado. Depois de se aquecer e de se recompôr foi-me respondendo: "Já lá estava o namorado da Lúcia, que só tem a cama e uma cómoda no quarto... E a maldita da velha não larga a porta, dizendo que há-de apanhar o malandro à saída! Mas deixa estar que eu trato dela... Tens aí uma roupa que me emprestes?"

 

Vestiu-se e saíu sorridente, dizendo-me: "Vai até à sacada!" Daí a momentos lá estava ele, na rua, a bater à porta do lado. Quando a velha veio abrir, pôs o ar mais simpático e educado que conseguiu, perguntando-lhe: "Bom dia! A Isaura ainda está em casa ou já saíu?" Atónita, a velha deu uns passos para fora, sem saber que dizer. Eu aproveitei para ajudar à festa, lançando-lhe de cima um irónico: " Bom dia, Nuno! Hoje madrugaste..."

 

A velha, completamente atordoada, foi chamar a Isaura, coisa que nunca teria feito antes, e nós desatámos a rir à gargalhada.

 

A partir de então, durante alguns meses, divertimo-nos a observar a vizinhança que partilhava a proximidade das varandas corridas e a imaginar o que aconteceria em algumas delas, altas horas da noite...

 

27
Nov08

 

As pagelas emitidas pelos CTT para anunciarem a emissão de uma nova série de selos têm já várias décadas de existência, tendo-se transformado elas próprias em objectos de colecção.

 

Para além de apresentarem pequenos textos sobre a temática desenvolvida em cada selo - neste caso particular, o texto sobre o Castelo de Chaves é da autoria do consagrado historiador José Mattoso (n. 1933), estas pagelas fornecem diversos dados técnicos sobre a emissão, como sejam o nome dos autores, a tiragem, os tipos de envelopes oficiais emitidos, reproduzindo também as obliterações de primeiro dia e referindo os locais onde estas são apostas.  

 

O selo reproduzido integrava o nono grupo da edição Castelos e Brasões de Portugal, com desenho de José Luís Tinoco, apresentando uma tiragem de 1.000.000 de exemplares para os selos impressos em folhas de 5 x 10 e de 85.000 carteiras com quatro selos cada. J. Bènard Guedes foi o autor do desenho heráldico (alusivo à capital de distrito, Vila Real) que ilustrava o exterior das carteiras e o espaço interior entre os quatro selos.

 

Estes selos foram emitidos a 1 de Julho de 1988, tendo sido retirados de circulação a 31 de Agosto de 1995. No seu lançamento apuseram-se obliterações comemorativas e criaram-se FDCs (envelopes de 1.º dia de circulação), com dois formatos comerciais, em Coimbra, Faro, Funchal, Lisboa, Ponta Delgada e Porto, locais habituais para a aposição, e Chaves.

 

 

27
Nov08

Hoje foi notícia


 

 

Confraria de Chaves já está em marcha

 

 

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Carlos Botelho - O mentor da Confraria de Chaves

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Promover os produtos gastronómicos regionais é o principal objectivo da recentemente criada Confraria de Chaves, que foi constituída por escritura pública, tendo como constituintes António Cabeleira, Carlos Botelho e Carlos Guerra, na passada sexta-feira dia 24.

 

 

Bamba observado pelo Benfica

 

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Médio marfinense do Desportivo de Chaves entrou nas pretensões dos encarnados de Quique Flores.

 

 

Construção da residência autónoma para deficientes já arrancou

 

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Arrancaram no decorrer da semana passada as obras de construção da Residência Autónoma para Deficientes da Santa Casa da Misericórdia de Boticas, um projecto que foi alvo de uma candidatura apresentada à segunda fase do Programa PARES (Programa de Alargamento da Rede de equipamentos Sociais), cujo investimento global se aproxima dos 140 mil euros.

 

Orçamento e plano de actividades da Misericórdia de Boticas aprovados em assembleia-geral

 

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Os irmãos da Santa Casa da Misericórdia de Boticas, reunidos em Assembleia-geral, realizada no passado dia 18 de Novembro, aprovaram por unanimidade o Plano de Actividades e Orçamento da instituição para o próximo ano.

 

 

Biblioteca Municipal foi palco do lançamento de mais um livro

 

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“Paragens de outros percursos” é o título do livro do transmontano Augusto Abreu Lopes Cepêda, apresentado na Biblioteca Municipal de Chaves.

 

 

Freguesia de Santo Estêvão “deu  vida” ao forno comunitário

 

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No passado domingo, a freguesia de Santo Estêvão esteve em festa. Além de duas ruas recentemente requalificadas (Rua do Bogo e Rua de Ribelas), a Junta de Freguesia ainda recuperou o antigo forno comunitário - com mais de um século de existência  - estando inicialmente prevista a sua demolição. Agora, aquele espaço vai voltar a servir a população local, funcionando também como zona de convívio e de exposições.

 

 

Município e Cooperativa de Chaves cooperam para debelar o surto de Língua Azul

 

A Cooperativa de Chaves e a Câmara Municipal de Chaves associam esforços para debelar o surto de Língua Azul em pequenos ruminantes.

 

Recorde-se que a movimentação de gado bovino, ovino e caprino foi sujeita a restrições no passado dia 3 de Novembro, por motivo de detecção de um foco a partir de um cadáver de ovino, numa aldeia de Chaves.

 

As acções que estão a ser desenvolvidas consistem na vacinação obrigatória de cerca de 350 rebanhos de ovelhas, num total de perto de 20 mil cabeças.

 

Até ao dia 21 de Janeiro, os Médicos Veterinários das duas instituições têm como missão realizar duas vacinações por animal, com o intervalo de 21 dias, após o que se espera a normalização do funcionamento da Feira Semanal de Chaves.

 

 

Projecto URBACT “EGTC” foi lançado, oficialmente, em Estrasburgo

 

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Com ele, 6 projectos de conurbações fronteiriças da Europa, entre elas a Eurocidade Chaves-Verin, iniciam um trabalho em rede para o intercâmbio de boas práticas e experiências e a procura de instrumentos de governança.

 

O lançamento do projecto teve lugar em Estrasburgo no dia 19 de Novembro, com uma conferência no Parlamento Europeu, presidida por Michel Delebarre, presidente da Missão Operacional Transfronteiriça (MOT), Roland Ries, vereador do Município de Estrasburgo e vice-presidente da Comunidade Urbana e  Alain Lamassoure, eurodeputado e vice-presidente da MOT.

 

Notícias a desenvolver na próxima edição do Semanário “A Voz de Chaves – O Jornal do Alto-Tâmega”

 

26
Nov08

Evasão


 

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Chaves, 6 de Setembro de 1991

 

EVASÃO

 

De luz são estas horas clandestinas

E vagabundas,

Roubadas à razão e à lógica dos outros.

O sol ergue-se nelas com fulgor

Dobrado.

Não há sombras no largo descampado

Onde se esconda a alma envergonhada.

Pura, campeia, íntima e liberta,

Contente

Do ensejo gratuito da aventura.

Viver é ser no tempo intemporal.

É nunca, a ser o mesmo, ser igual.

É encontrar quando nada se procura

 

Miguel Torga, in Diário XVI

 

26
Nov08

Hoje foi notícia


 

Chaves

 

ADRAT oferece consultoria e formação às PME do Alto Tâmega

 

A Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega inicia em Dezembro o programa “Formação PME”, sem custos, para as pequenas e médias empresas de toda a região. A ADRAT trata “caso a caso” e é tudo feito na empresa interessada. Já aderiram mais de 100 firmas, de todos os sectores.

 

50 mil euros em ferro foram recuperados

 

O Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Chaves apreendeu 25 toneladas de chapas de ferro, ao final da tarde de segunda-feira, que estão avaliadas em 50 mil euros.

 

 

Enfermeiros reuniram em plenário

 

Sindicato promete outras formas de luta e para além de estarem a organizar-se para agendarem uma vigília à porta da instituição, vão confrontar a autarquia e os restantes partidos políticos da Assembleia Municipal com toda a situação.

 

Carteiros acusados de abuso de confiança

 

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O Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Chaves, com base numa investigação e colaboração dos CTT de Chaves, deteve e constituiu arguidos dois antigos carteiros que supostamente desviavam correspondência.

 

 

Incêndio em habitação deixa casal de idosos desalojados

 

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Um incêndio consumiu parte de uma habitação na localidade de Vila Verde de Oura, que se situa a dois quilómetros de Vidago, Chaves. As chamas destruíram parte da habitação e deixaram a casa, onde vivia um casal, sem condições de habitabilidade.

 

 

900 mil euros para remodelar o edifício

 

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O Ministério da Justiça, na pessoa do secretário de Estado adjunto e da Justiça, José Conde Rodrigues, realizou na passada sexta-feira, ao meio-dia, e já sem os funcionários judiciais a terem de conviver com os barulhos das máquinas e as constantes quebras de energia eléctrica, uma visita às obras que estão a decorrer no tribunal de Chaves.

 

 

Notícias a desenvolver na próxima edição do Semanário “A Voz de Chaves – O Jornal do Alto-Tâmega”

25
Nov08

O olhar de Dario Alvarez sobre a cidade


 

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Mais uma terça-feira e mais um dia de um olhar diferente sobre a cidade. Hoje com o olhar de Dario Alvarez, que em apenas um dia, “espiolhou a nossa cidade de lés-a-lés, reunido na sua galeria de fotos no flickr nada-mais-nada-menos que 270 olhares sobre a cidade.

 

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Visitou-nos num dia que por excelência está aberto a quem nos visita, o dia 1 de Novembro, dia de todos os Santos e da sua tradicional feira por estas bandas, em que milhares de pessoas vindos de todos os pontos cardeais caem em Chaves, dias das nossas festas maiores.

 

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Dario Alvarez aproveitou como ninguém para levar um registo quase completo da nossa cidade, desde a nossa Top Model Ponte Romana, o nosso centro histórico, alguma da nossa modernidade dos novos edifícios, a monumentalidade dos nossos fortes de S.Neutel e S.Francisco, um dia de feira e até a catedral do Faustino couberam nos seus olhares. Sem dúvida que foi para o fotógrafo convidado de hoje um dia em cheio de e sobre Chaves, daqueles em que de tanto se andar se chega mais que morto a casa, que, embora terras galegas, não sendo longe, também não é perto – Celanova.

 

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1 de Novembro, em plena feira dos Santos. Dias de feira que por excelência são os dias das verdadeiras festas da cidade que poderiam ser também entendidos como tal pelas entidades responsáveis pela feira, fazendo dela umas festas exemplares para além da feira (que se faz por si própria) com actividades culturais, turísticas e de promoção do concelho, com um rico programa digno da cidade e da região, bem além da pimbalhada do costume dos bombos e cabeçudos, que embora também fiquem bem na feira, em pouco a enriquecem. Mas isto são contas de um rosário antigo, que embora pudessem ser interessantes para quem nos visita, em nada interessam, porque não existem.

 

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Das fotos de Dario Alvarez, apenas vos deixo aqui uma amostra que tão pouco foi em jeito de selecção, pois entre tanta oferta, é difícil a escolha. Mas poderão ver tudo, e todos os seus 270 olhares sobre a cidade na sua galeria de fotos do flickr, em: http://www.flickr.com/photos/darioalvarez/

 

Sobre o Dario Alvarez, apenas sabemos e conhecemos o que deixa disponível na sua galeria, que já não é pouco, pois sabemos que reside em na vizinha Galiza, em Celanova, mas é Argentino de Buenos Aires. E são concerteza os bons ares que o trouxeram até aos nossos e aos da Galiza.

 

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Além de fotógrafo, é Arquitecto, Consultor, Master Innovacion Tecnológica e Investigador – Docente FAU-UCV. Mas tudo que há a descobrir sobre ele está nos sítios da Net em: darioalvarez.es e em  www.darioalvarez.net onde poderá descobrir muito mais sobre o nosso convidado e os seus interesses.

 

Pela minha parte foi uma honra tê-lo como convidado neste blog, que com tantos olhares que tomou da cidade, pela certa que mais tarde tornará a passar por aqui. Olhares que espero sejam acrescentados em próximas visitas, mais calmas, que as visitas dos dias de Feira dos Santos.

24
Nov08

Flavienses Ilustres - Comendador Brenha da Fontoura


 

COMENDADOR BRENHA DA FONTOURA

 

Abílio Brenha da Fontoura nasceu em Chaves em 11 de Agosto de 1894 e faleceu na cidade de S.Paulo, Brasil, em 28 de Outubro de 1975.

 

Era filho do farmacêutico Francisco Marcelino da Fontoura e Arminda Camargo Fontoura Brenha, de S. Sebastião de Tijuca-Brasil. Foi baptizado na Igreja Paroquial de Santa Eulália, de Anelhe, em 29-8-1894.  

 

Muito novo emigrou para o Brasil. Foi empregado da importante Casa Sotto Mayor, vindo a ocupar os primeiros lugares. Reconhecida e apreciada a sua inteligência e actividade, foi-lhe confiada a gerência da importante Sucursal de São Paulo.

 

Ali, na cidade dos Bandeirantes, cedo se tornou uma figura de alto relevo, não só entre a Colónia Portuguesa, como ainda em todos os meios comerciais e industriais, políticos e religiosos.

 

Dado o grande prestígio e consideração do seu nome, S. Santidade  o Papa Pio XII, tendo conhecimento das suas acções de benemerência e querendo, de forma iniludível testemunhar-lhe a sua admiração, houve por bem nomeá-lo COMENDADOR DA ORDEM DE S. SILVESTRE - PAPA, outorgando-lhe todos os privilégios inerentes a esta alta dignidade. Tal graça pontifícia foi concedida na Cidade do Vaticano em 28 de Janeiro de 1949, sendo o Breve executado pelo Cardeal-Arcebispo de São Paulo, D. Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, sendo-lhe entregue na sua própria residência, estando presentes altas individualidades.

 

Em homenagem à sua terra, ao seu solar na entrada de São Paulo - Rio de Janeiro, deu-lhe o nome de VILA ANELHE DE ITAIM.

 

Embora tivesse passado grande parte da sua vida no Brasil, manteve sempre forte ligação a Chaves e a Anelhe onde tinha residência.

 

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Imagem de arquivo - post de Anelhe

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Graças aos seus capitais e a influência dos seus amigos, foi aberto o troço de estrada de Anelhe à Praia de Vidago, mandou restaurar a Igreja Paroquial e construiu o edifício escolar, com as dependências exigidas pela higiene.

 

Em Chaves mandou construir a Cantina Escolar com o nome do grande pedagogo e seu tio Padre Joaquim Marcelino da Fontoura, sendo entregue à Câmara Municipal de Chaves.

 

Foi também o grande patrocinador para a construção do Jardim Escola João de Deus, situado no Largo dos Combatentes da Grande Guerra, em Chaves, o primeiro Jardim Escola de Chaves, como referiu o seu dedicado amigo Dr. Mário G. Carneiro, em 30- 10-1962, no acto de inauguração: se não fosse o Sr. Comendador A. Brenha da Fontoura, não haveria neste momento um J. Escola em Chaves.

 

A toponímia flaviense dedica-lhe uma das principais avenidas de entrada na cidade, mais propriamente a avenida que começa na Praça do Brasil e termina na Av. Bracara Augusta.

 

 

Também a toponímia da cidade de S.Paulo no Brasil lhe dedica o nome de uma rua. Brasil onde estava também ligado a obras de beneficência como por exemplo o Hospital de São Joaquim da Reala e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo, da qual foi presidente durante 10 anos (1963-1973), sendo considerado o maior e mais completo Hospital do Brasil.

 

Em livro, edição brasileira de autor, Salomão Jorge publica « Abílio Brenha da Fontoura/Um Transmontano no Brasil.

 

Em testamento, deixou a maioria dos seus bens em Portugal aos Lares de 3ª Idade então existentes em Chaves.

 

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