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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

13
Mai09

Poetas e poesias de Chaves - Artur Maria Afonso


 
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RIO TÂMEGA
 
Rio gentil de margens verdejantes
Em que retinam cantos de sereia!
Águas rolando por lençóis d’areia,
De pérolas translúcidas, brilhantes
 
Junto de ti, os rouxinóis vibrantes
Entoam sonora melopeia.
E quando sobre tudo o Sol vagueia,
Tens notas de beleza fascinantes!
 
Dás alegria a quem te vê passar
Beijando relvas e movendo azenhas
Subindo em baldes para ir regar.
 
Mas tens o teu reverso! Se embraveces
Uivando de revolta, arrastas penhas,
Submerges as campinas! Entonteces!
 
Fevereiro de 1939
Artur Maria Afonso
Do livro de poesias “ORAÇÕES AO VENTO” – (1982)
 
 .
 
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MULHERES DE CHAVES
 
Há tanta mulher bonita
Nesta cidade catita,
Que cantar uma somente
Pode ter-se o desprimor.
Por isso acho melhor
Cantá-las conjuntamente
 
Debruço-me sobre a rua
E delas, a imagem sua
Atrai sempre olhos meus;
Dá-me alegria e doçura
O ver tanta formosura
E digo: - Louvado Deus!
 
Umas, levam olhos garços.,
Outras, cabelos esparsos
Sobre os ombros distendidos.
Nenhuma há que não leve
Na boca traço de neve,
Que são seus dentes unidos.
 
Outras que vão de olhos pretos,
Fascinadores, correctos,
São de imperfeições isentas.
E são tantas que haverá…
Moças lindas…eu sei lá…
Talvez mais de duzentas
 
Cada mulher, cada dama,
É um Sol de viva flama
Em beleza e sedução.
Cada pequena que passa
Enche uma rua de graça,
Entra em nosso coração!
 
Quando no céu vejo aquelas
Brilhantíssimas estrelas
A cintilarem por lá,
Digo sempre para mim:
Sois muito formosas, sim,
Mas iguais aqui há.
 
Mas estas sorriem, cantam,
E por vezes mais encantam,
E talvez mais graça têm;
São essas lindas pequenas
Mimosas como açucenas,
Que são esterlas também!
 
Em terra perto ou distantes
Mais airosas, dominantes,
A natureza não fez.
Noto até que as calçadas
São felizes, bem fadadas,
Pisadas pelos seus pés!
 
De moiras lindas e fadas
de formas divinizadas,
Falar muita vez ouvi.
E se alguém as quer ver
Nada mais tem que fazer:
Venham cá qu’andam aqui!
 
Estas conterrâneas minhas
São da Beleza Rainhas,
Tal como foi a linda Inês.
Vestindo sedas de folhos
Já gastei a luz dos olhos
De as mirar tanta vez!
 
Qual delas a mais bela e meiga,
São a Primavera infinda.
Ao ver-se tanta mulher,
Quem poderia escolher
D’entre tantas a mais linda
 
 
Artur Maria Afonso
Do livro “ORAÇÕES AO VENTO” (1982)
12
Mai09

Selecção de Outros Olhares


Hoje, para variar, vou deixar por aqui uma pequena selecção daquilo que para mim, por aqui passou de melhor nesta rubrica dos outros olhares, começando pelos fotógrafos da terra:

 

NIBES:

 

 

 

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DINIS PONTEIRA:

 

 

 

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LOOK TO SEE

 

 

 

 

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VOYSHICK

 

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E para terminar um mimo muito especial que fiquei a dever a alguém numa data especial:

 

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 E com esta flô, fico-me por aqui.

 

Até amanhã!

 

 

 

09
Mai09

Granjinha e Cando em Blog - Chaves - Portugal


 

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Já algum tempo devia este post, mas sempre chega o dia. Hoje, junto o útil ao agradável, ou seja, trago aqui não uma mas duas aldeias e o respectivo blog, um novo blog das nossas aldeias para juntar à blogosfera flaviense, o blog da Granjinha e do Cando, o Granjinha/Cando, ainda no seu início, mas que promete ser uma voz activa na defesa de duas aldeias, mesmo aqui a beijar a cidade, mas também tão esquecidas, principalmente a Granjinha, já um pequeno tesouro, mas que o seria muito mais se os tesouros que por lá existem fossem “explorados”.

 

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De facto a Granjinha tem lá aquela que é a mais antiga Capela do Românico na região, uma pequena mas belíssima capela que tal como a Granjinha, também há muito está esquecida. Existe, mas é como se não existisse e apenas vai fazendo as delícias de quem a conhece ou de quem a procura, porque a tem como referência, por ser especialista ou interessado no Românico, fora estes interessados, só por mero acaso será descoberta e que a descobrir, pela certa que ficará encantado com a descoberta, mas também desencantado com o seu esquecimento, porque há muito que a capela e a pouca população chama a atenção das suas carências, mas a capela continua como sempre, carente e a população até é a que tem a culpa, precisamente por ser pouca e nada contar para quem decide, porque já se sabe que nestas coisas de carências, também se contam o número de cabeças com direito a voto, e neste campo, a Granjinha, não vale nada.

 

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E enquanto os “tesouros” como a Granjinha, mesmo com uma belíssima Capela do Românico, também ela um tesouro de interesse público, continuar a ser olhada pelo número de votos de políticas feitas a 4 anos, continuará como até aqui, esquecida, porque não entra nem conta em contabilizações políticas.

 

Mas o maior tesouro da Granjinha até, talvez, nem seja a sua Capela Românica, mas todo um tesouro que existe enterrado e há muito a pedir para ser posto à luz, pois todos sabem (quem deve saber), que por ali existiu uma pequena mas interessante “vila” romana. Testemunhos disso não faltam e alguns até estão no Museu Municipal, mas tudo continua como se nada por lá existisse.

 

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O blog Granjinha/Cando promete não deixar estes interesses esquecidos e ser mais uma voz de protesto em prol da terra esquecida, porque os poucos que por lá vivem ou estão ligados a estas aldeias, vivem (n)um tesouro, mas vivem-no revoltados por se saberem esquecidos.

 

Mas toda a freguesia de Valdanta começa a ter uma voz activa, precisamente com os seus blogues, de gente que além de dar a conhecer a freguesia e a levar aos ausentes, também não cala os seus problemas e o traz a público, quem sabe, na esperança de que alguém tenha vergonha e deixar tanto tesouro histórico e arqueológico esquecido, e algum dele nem protegido está.

 

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Pois ao Blog de Valdanta, ao Blogue de Vale de Anta, ao Blog da Lai-Lai, temos que acrescentar o Blogue do A.Cruz, um velho conhecido e amigo da blogosfera flaviense, o blog Granjinha/Cando que poderá visitar aqui:

 

http://granjinha_cando.blogs.sapo.pt/

 

Para já, no seu início a merecer uma visita, mas estou certo que crescerá e merecerá outras visitas futuras.

 

Um abraço para o amigo da blogosfera flaviense A.Cruz e um bem haja por meter mais duas das nossas aldeias (Granjinha e Cando) na rede da INTERNET. Agora para a freguesia fazer o pleno, só falta mesmo a Abobeleira ter um blog.

 

Até amanhã, com mais vida rural.

08
Mai09

Parabéns, Dr. Edgar Carneiro - Poeta Flaviense


 

Chaves, 8 de Maio de 1913.
 
Um casal, abastado, morava em FAIÕES, aquela Aldeia lá na Veiga, já a encostar-se ao Brunheiro e onde o pão continua a ser sempre bem cozido e bem saboroso.
 
Chegada a altura de ser mãe, a esposa «fez questão» que os seus filhos «tinham de nascer» na Vila.
 
O marido fez-lhe a vontade.
 
Havia uma casa devoluta, que ainda era de família, ali para a Rua Direita.
 
O futuro pai comprou-a. Arranjou-a a preceito. E, chegada a hora, foi lá, no Nº 104 da Rua Direita, que nasceram os filhos desse casal de FAIÕES.
 
E todos saíram ilustres.
 
Desse «ranchito» temos a sorte de ainda estar entre nós o EDGAR.
 
Professor e Poeta, o Dr. EDGAR CARNEIRO foi um Mestre que deixou reconhecimento e saudades aos seus alunos. E ainda hoje continua a fazer amigos.
 
A Cidade de Espinho, onde leccionou e onde reside desde há muitos anos, adoptou-o como seu cidadão e celebrou-o condecorando-o.
 
Mas o Dr. EDGAR CARNEIRO continua apegado ao torrão que o viu nascer e crescer.
Sabemo-lo e testemunhamo-lo.
 
Sempre que chegamos ao «Mon Chèri», para tomar o nosso «pingo» e fazer-lhe companhia ao lanche, solta-se-lhe logo:
 
- “Então que novidades nos traz da “NOSSA TERRA”?!
 
E, acompanhados pela flaviense de provecta idade, D. ARMANDINA SERRA RAMOS, lá falamos de algumas «novidades de CHAVES» e de muitas recordações de todos.
 
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Espinho, 8 de Maio de 2009.
 
Hoje vamos celebrar o ANIVERSÁRIO do nascimento de um distinto POETA PORTUGUÊS e FLAVIENSE.
 
Sabemos que alguns dos seus Livros foram remetidos para a Biblioteca Municipal de Chaves. Provavelmente ficaram afogados em algum dos poços de ruindade que por aí há de sobra, ou destinados às labaredas da malcriadice do bibliotecário que os recebeu.
 
Porém, no REAL GAGINETE PORTUGUÊS DE LEITURA DO RIO DE JANEIRO estão «ÀS VOSSAS ORDENS»!
 
Bem gostaríamos de lhe oferecer, hoje, um “Pastelzinho de Chaves”, um carolinho de FOLAR da Normandia Tamegana (fosse de Montalegre, de Boticas, de Valpaços ou de CHAVES!), uma rodela de «salpicão da língua», um «pastelão de linguiça» de Montalegre, um “trigo de três cantos” de Faiões, ou uma fatia da «Sêmea de Lebução», coisas boas, faladas sempre durante as nossas conversas no «Mon Chèri». Mas a distância não no-lo consente.
 
Valha-nos ao menos que descobrimos, por aqui, algures, uma garrafita do «Encostas do Rabaçal», tinto, que o Dr. EDGAR muito aprecia.
 
 
D E P O I S de A M A N H Ã
 
Não canto ontem nem hoje
canto depois de amanhã
não mais cantarei a fonte
só a gaivota na foz
não canto o grito de agora
só o silêncio depois
quando no meio da noite
despido de glória vã
erguer a voz que sobrou
para cantar amanhã
 
 
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JOANINHA, VOA, VOA
 
Joaninha, voa, voa,
Leva as cartas a Lisboa.
Leva o desgosto da gente
Que não quer ódios nem balas.
Nem rodeios nem cabalas
De quem promete e lhe mente.
 
Joaninha, voa, voa.
Leva as cartas a Lisboa.
Leva esta mágoa sentida
De quem quer comer o pão
Sem ter de estender a mão
A quem lho dá por medida.
 
Joaninha, voa, voa.
Leva as cartas a Lisboa.
Correio de quem é pobre,
Vai dizer a quem é tolo
Que quanto mais cresce o bolo
Mais o povo passa fome.
 
 
Do Livro "A FACA no PÃO" (1981)
 
 Tupamaro
08
Mai09

Discursos Sobre a Cidade - Por Gil Santos


 

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ECOS DA VEIGA

Texto de Gil Santos

 

NOTAS DE ABERTURA

Pelas encostas do Brunheiro, à noitinha, precipita-se o zimbro como um rebo tresloucado. Ímpio, escarrapacha-se em silêncio, cindindo-se em mil cibos de cristal que transem o Vale num abraço de bincelho. A alma, granítica, dos da Veiga, é curtida por este castigo que os céus arrimam.

De cacaranhas sob as choinas do tição, em silêncio, carpem-se as mágoas da solidão e do carambelo.

A vida folgada continua aputada por aí. Emprenhando amantes, ignora a fêmea, ávida, que tem em casa!

Bem se arremeda a dor para que suma; bem se escancaram portas e janelas para que Satanás não atazane, bem se emborca o tinto morno da pichorra que aqueceu ao borralho, mas não há meio!...

A esperança é, quotidianamente, assobalhada como a ferrã em campo verde.

Nada muda, pese embora a ilusão de tudo estar diferente!...

Catancho, que vida de merda!...

A esperança na electricidade, no telemóvel, no computador e na internet, no ipod, no satélite, no GPS e na televisão de alta definição, na auto-estrada, nas promessas dos políticos, no fim do isolamento milenar e na igualdade de oportunidades, mirra como a bosta no merouço!...

Está quase tudo na mesma:

- a chiba continua despreocupadamente, como há séculos, a roer os rebentos de silva brava nos arrabaldes da cidade;

- a fêmea do bicho homem a parir, antes no cortelho, agora na A24 para Vila Real;

- o filho do remediado a estudar na Universidade de Curral de Vacas!... o do pobre, condenado, para sempre, a ficar brutinho!

- o Tâmega a correr para Sul;

- e o comum transmontano a sonhar que o amanhã é que é!...

Pois é! os da beira mar vestem-se de carmim, os da Veiga que se remedeiem de serrubeque!...

Maldita sorte, rais-te fonha!

Não sou, nem nunca fui biqueiro, mas custa-me a deglutir tanta injustiça! A ter de a gramar, hei-de esgomitá-la em trejeitos de revolta para que não me esfoure.

Quero escarabulhar as palavras como quem o faz com as baijes chixarras e ser capaz de cantar a Veiga como ela bem merece!

Que sejam os dezeres desse cantar que um dia porei ao léu uma espécie de caga-lumes. Pontos de luz, na noite escura do esquecimento a que a votaram.

Sonho-os prenhes da idiossincrasia de que o leitor carece para sonhar!...

Bonda de carregar estrume! Já tenho as cruzes doridas!...

 

AUSÊNCIAS!...

Da umbria e agreste encosta do Brunheiro

Por entre o refulgir de vãos enleios

Rasga um sol vadio o frio Inverno

Sorri desmesurado em devaneios

 

Trago no ventre a criação profana

De um sentimento vadio que me mente

Sufoco melancolias ausentes do passado

Inconformado, invento os termos do presente

 

E antes que a trompa macrocéfala redobre

Em miseráveis e funestos sons o seu alento

Canto aqui a Veiga, p’ra que oiçam

Um revoltado e forte grito de tormento

 

Ausentes da Veiga, olvidai-la

Clamai que o céu vos valha orgulhosos!

Regressareis um dia arrependidos

Implorando clemência com olhos bem chorosos

 

Doces sonhos alimentaram o devir

Pesarosa ilusão que o mundo tece!

Quanta mais esperança tu procuras

Quanta mais desgraça te aparece!...

 

 

07
Mai09

Coleccionismo de temática flaviense - Autocolantes


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Decorria o ano lectivo de 1978/79 e como mandava a tradição do Liceu de Chaves (ou Fernão de Magalhães) a rapaziada finalista lá se juntou mais uma vez para a realização do seu baile de Finalistas, ainda à moda antiga, mas pelos grupos convidados, já se desenhavam os concertos de finalistas. A Ferro e Fogo, um grupo rock da capital que na altura estava na moda, o saudoso Aquae Flaviae e também o grupo flaviense Jazz Tá abrilhantaram durante os dias 21 e 22 de Abril o baile de finalistas que, como mandava a tradição, se realizava no ginásio masculino do Liceu.

 

Uma excursão, um sorteio e a edição do autocolante comemorativo, que hoje vos deixo aqui, serviram para a angariação de fundos.

 

Na realização do baile, embora com organizadores ainda putos, já faziam as coisas direitinhas e até para a execução do autocolante lançou-se um concurso de ideias entre a comissão de finalistas. Venceu este autocolante de autoria de Carlos Guerra, ainda sem as técnicas actuais, mas já com o jeitinho para o desenho manual.

 

São recordações destas que o coleccionismo também nos traz aos tempos actuais, coleccionismo por prazer onde um autocolante destes, mesmo nada valendo, não tem preço. Nele estão dois dias “loucos” de euforia e também a grande preocupação de se conseguir dinheiro para pagar às bandas. Com contratos ou sem contratos (pois a palavra ainda valia), não se ficou a dever nada a ninguém – bons tempos!

 

Da comissão de finalistas faziam parte a Ana Vilaça, Lídia Antunes, Alda Coelho, Mizé Aguiar, Adérito, Queirós, Carlos Guerra, Mário Barroco, Armando Ramos, o Gualter e o autor destas linhas. Penso não ter esquecido ninguém.

 

Só a título de curiosidade, nesse ano o Liceu teve dois bailes de finalistas, o dos finalistas do Liceu e o dos Finalistas do Propedêutico, que após os anos dos serviços cívicos, ensaiavam com aulas pela televisão aquele que viria a dar no actual 12º ano.

 

Sabe bem voltar ao Liceu dos anos 70.

 

 

06
Mai09

Hoje não há feijoada, nem peixeirada - há lamentos!


 

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Já não vão lá com rezinhas aos santos,

Nem com mesinhas de santas

E santas, reconhecem agora

Foram as mães que os pariram

Quem sabe, até, se no meio de tanta santidade

Não foi por temor a Deus que o acto aconteceu

 

Umas migalhas secas de pão, isso sim

Interessa

Interessa aos pombos  e

Interessa-lhes

Ver os voos interessados

Apenas

Por umas migalhas de pão

 

Eles sabem tudo da vida

Madrasta, quase sempre

Mas sobretudo sabem

Como os pombos gostam de migalhas

Conhecem-lhe os voos

As horas, as manhas

E até a desconfiança

 

Eles, ao contrário

já não desconfiam de ninguém

Já há muito aprenderam

A não confiar

E eles sabem tudo

Até de monarquias, repúblicas

Guerras, revoluções

Fome, inveja, ódios e

até de amor

Também um dia o conheceram

 

Eles sabem tudo

E hoje

Apenas querem ter no bolso

Umas migalhas para os pombos.

 

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Gosto de poesia sim senhor. Sempre gostei e é muito bom remédio para desanuviar, desde que, claro, se encontre a poesia certa para o momento certo e hoje, é um daqueles dias em que a poesia me apeteceu, talvez para esquecer, notícias do dia, em que nem sequer quero acreditar. Noticias do poder, claro, não daqueles que são simples marionetas de quem manda, e entenda-se marionetas como políticos, mas antes daquele poder que realmente é poderoso. Dois mails que aguardavam por mim neste fim de noite, puseram-me assim.

 

O primeiro dizia que o Parlamento Europeu ia votar ontem (não sei se o foi) uma Lei europeia em que vai restringir o acesso à INTERNET ou aos sítios da INTERNET. Ou seja, passará a ser uma coisa vendida aos pacotes, tipo TV CABO ou MEO ou esse género de pacotes comercias, tudo com a desculpa dos malefícios da INTERNET, do terrorismo, das cópias piratas de filmes e música. Leia-se aqui também que o Boom! da INTERNET começou a molestar o grande capital e descobrem agora na INTERNET,  também um negócio onde poderão lucrar um milhões largos a acrescentar aos que já têm, e as marionetas europeias, claro, lá lhes vão fazer o favor de lhes aprovar uma Lei feita à medida.

 

A curto prazo, podem dizer adeus aos blogues (este incluído), chats, chamadas telefónicas e outras comunicações via INTERNET…os vampiros estão a tomar e a silenciar a INTERNET e vão acabar com aquilo que de bom a INTERNET tem,  este aproximar de gentes e de povos, este partilhar para receber, sem interesses.

 

Para mais informações sobre essa lei, siga os links:


http://www.laquadrature.net/en/telecoms-package-towards-a-bad-compromise-on-net-discrimination
http://www.laquadrature.net/wiki/Telecoms_Package
http://en.wikipedia.org/wiki/Telecoms_Package
http://www.blackouteurope.eu/

 

Para pedir esclarecimentos e chegar até aos nossos deputados europeus, tem estes links:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Deputados_de_Portugal_no_Parlamento_Europeu_(2004-2009)
ou 
http://www.europarl.europa.eu/members/expert/groupAndCountry/search.do;jsessionid=69ADF04943C000194117E9C7032EEC31.node1?country=PT&language=PT

 

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O segundo mail é ainda mais assustador, pois um vídeo que circula na NET, alojado no YouTube denuncia mais uma vez a grande indústria dos laboratórios farmacêuticos e, simplesmente denuncia, que este vírus da gripe suína, não teve origem no México, mas num laboratório e que foi propositadamente introduzido na população com o intuito desse laboratório poder fabricar as vacinas. Não quero acreditar que isto seja verdade, porque a ser assim, só me resta mesmo ter como única ambição juntar umas migalhas de pão seco para dar aos pombos. Veja o vídeo aqui:

 

 http://www.youtube.com/watch?v=0K2LdGUca9w

 

 

Em dias assim, prefiro mesmo a poesia, que essa, sempre nos vai dando algum aconchego à alma, em Torga, por exemplo, encontro muitos aconchegos:

 

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Chaves, 23 de Setembro de 1960

 

Resolveu confessar-se, e dispunha-se a cumprir o ritual canónico:

 

- Eu pecador…

 

Sorri-me.

 

- Creia que estou a ser sinceríssimo!

 

E nem dava conta que mantinha afivelada a máscara que o desmascarava. A máscara ridícula da seriedade, que todos usamos habitualmente.

 

Com amiga dureza, disse-lhe então o que ele certamente já sabia e tentava a si próprio ocultar:

- Oiça: cada vida apenas se salva ou perde no plano de Deus. Isto é: no seu absoluto desnudamento. O resto diz respeito unicamente aos códigos sociais. À boa ou má reputação que desfrutamos, às vénias que nos fazem ao passar, ao espaço que vamos apalavrando nas futuras páginas da necrologia. É a epiderme de cobra que deixamos ardilosamente no caminho. Não ponha qualquer esperança nessa mistificadora camisa de gaze. Arranque pele verdadeira, se quer realmente desobrigar-se. Mas arranque-a a sós consigo, na solidão do arrependimento, longe de testemunhas inúteis. Descole o bordo da crosta de transigências e puxe sem dó nem piedade, até que tenha diante da consciência a alma em carne viva.

 

Miguel Torga, In Diário IX

 

05
Mai09

Os Olhares de Dinis Ponteira


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Se inicialmente, nesta rubrica das terças-feiras, dei preferência aos olhares sobre Chaves dos fotógrafos não flavienses e não residentes, já é chegada a hora de trazer também aqui os nossos fotógrafos, embora alguns até já tivessem passado por aqui e outros já sejam conhecidos da blogosfera flaviense, como no caso de hoje.

 

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Vamos então à prata da casa, dar a conhecer um pouco dos seus olhares mas também um pouco do fotógrafo que está por trás da máquina e do click que permite esses olhares. Hoje temos como convidado o Dinis Ponteira.

 

Claro que para a blogosfera flaviense o Dinis já não precisa de apresentação, pois com os seus blogues já se vai dando a conhecer, o mesmo vai acontecendo com as suas fotos, pois distinguem-se pela qualidade.

 

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O Dinis é um velho amigo, ainda éramos quase putos quando nos conhecemos e ainda eu estava bem longe de tomar umas fotos e mais longe ainda de ter máquina fotográfica e já o Dinis andava com a sua analógica e o P&B a fotografar a cidade e outros motivos. Fotos essas que hoje já são antigas e que muitas vezes vão fazendo a delícia do blog Chaves Antiga.

 

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Sempre era ao Dinis que recorria para ter uma foto de um “quadro” especial ou de um momento especial ou, até, daqueles projectos que já então tínhamos para a cidade, como o foi, durante uns Domingos de Verão, fotografar todas as clarabóias da cidade. Projecto que nunca chegou a sair além da fotografia, mas que o Dinis desde logo se prontificou a colaborar e fotografar. É destas pequenas/grandes coisas que o Dinis é feito, fotógrafo amador (sempre) não pelo amadorismo da técnica, que a tem apurada, mas pelo amadorismos de amar a fotografia e do saber e sabor da fotografia e, sempre, com a humildade que nele é conhecida.

 

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Também foi com o Dinis que aprendi os primeiros passos da fotografia, os truques, algumas técnicas, ainda no analógico, porque o Dinis era um fotógrafo do analógico, mas isto foi só e até aparecer a fotografia digital, à qual logo se rendeu com a mesma mestria do analógico. Também de novo, lá ia eu recorrendo à sabedoria do Dinis para aprender mais umas coisas e uns truques, e confesso, que continuo e continuarei a fazê-lo enquanto o Dinis mo permitir, que irá (estou certo) permitir sempre, pois o Dinis nasceu para amar a fotografia mas também para a partilhar, e é aqui, que os grandes fotógrafos se distinguem dos outros. Obrigado Dinis, necessitava de dizer isto.

 

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Mas vamos à sua fotografia e aos sítios na NET onde o Dinis partilha os seus olhares, sobre Chaves, sobre o Barroso, sobre o Douro ou sobre a terra e os motivos por onde passa.

 

Começemos pelos seus blogs (que muitos já conhecem) e onde quase diariamente vão desfilando os seus olhares.

 

Um olhar através da objectiva : http://dponteira.blogs.sapo.pt/

A Objectiva - http://dmponteira.blogs.sapo.pt/

Dinis Ponteira – Fotografia em : http://dmpfotografia.blogspot.com/

 

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Mas não é só em blogues que o Dinis vai partilhando a sua arte mas também nos mais conceituados sítios e portais de comunidades fotográficas onde a arte da fotografia se vão partilhando, com presença em:

 

Reflexosonline:

http://www.reflexosonline.com/dinisponteira

Podiumfoto:

http://www.podiumfoto.com/dinisponteira

Olhares:

http://olhares.aeiou.pt/dinisponteira

Fotogénicos: http://www.fotogenicos.net/galeria/showgallery.php/cat/500/ppuser/128

 

Além, claro, das suas galerias no FLICKR.

 

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São tudo sítios e portais na NET onde se encontra do melhor que há em fotografia.

 

Mas também na fotografia em papel e, em exposição ao público,  o Dinis, como qualquer artista, tem o seu curriculum e os seus prémios:

 

Dinis Ponteira, natural de Dornelas – Boticas,

Residente em Chaves

 

Exposições:

Feira do Mel –Boticas

Gallaecia 90

Museu Municipal -  Chaves

Museu Flaviense ( Os Jovens e a Arte) 1990 – Chaves

Intertâmega 1991  - Chaves e Verin

Feira de S. Mateus - Macedo de Cavaleiros

Exposição Colectiva ( Reflexosonline.com)  a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro – Estúdio 14 - Samouco-Alcochete

Exposição colectiva - Chaves Viva 2008

 

Prémios:

Feira do Mel - Boticas – 1º, 2º, 4º, 5º e 6º

Feira de S. Mateus - Menção honrosa

 

Com fotos publicadas nas revistas:

- DP-Arte Fotográfica

- O Mundo da Fotografia Digital

 

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E sobre o Dinis deixo por aqui um pouco da sua arte fotográfica. Um post merecido e que já há muito lhe devia. Quanto ao Homem e Amigo, as palavras não cabem no blog para o poder definir. Quem o conhece, sabe o que estou a dizer.

 

Obrigado Dinis e já sabes, quando eu precisar de mais uma dica…bato-te à porta.

 

Nota: Todas as fotos publicadas neste post, são de autoria de Dinis Ponteira.

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