Resumo da Semana Flaviense - Chaves - Portugal
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Volto de novo ao complicado que são as segundas-feiras. Tentei por aqui, neste dia, trazer ilustres de Chaves, mas nem sempre se consegue a documentação ou a colaboração necessária para manter esta rubrica de pé. Assim, a partir de hoje, a intercalar com alguns ilustres, artistas, notáveis, poetas ou escritores das segundas-feiras neste blog, trarei por aqui um resumo dos acontecimentos da semana passada, porque sei, que as notícias da terrinha também são importantes.
Como não tenho vocação de jornalista, nem tempo e disponibilidade para tal, terei que me basear nas notícias que os jornais da terra vão debitando semanalmente, e, embora a tarefa até possa parecer facilitada pela quantidade de jornais que há cá pelo burgo, já não o é tanto quando olhamos à sua credibilidade ou função jornalística, pois por cá até há jornais que nem sequer chegam as bancas para ser adquiridos e outros, tão comprometidos que estão com o poder, não têm a credibilidade necessária para os ter em conta.
Recebemos com alguma mágoa a notícia de que o Notícias de Chaves, o jornal mais antigo cá da terra, entrou de férias, mas sem data para regresso. Espero, sinceramente, que as férias não se prolonguem por muito tempo, pois embora nem sempre concorde com as opiniões que por lá eram debitadas, é um jornal que tem história em Chaves e mesmo discordando do que por lá se escrevia, era a opinião de quem escrevia, uma maneira de sentir diferente, que tão bem poderia servir de leme para ir sabendo que em termos de ideias, nem todas orbitam em nosso redor, pois democraticamente falando, e tendo em conta a liberdade de opinião e expressão, cada um tem direito à sua, desde, claro, que não sejam um atentado às mesmas (liberdade e democracia).
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Com tudo isto, resta-nos um jornal credível em Chaves, um jornal que dia a dia tem vindo a ganhar o seu espaço, o espaço de jornal da cidade, o que nem sempre é fácil, mas que se vai impondo pela qualidade e independência que vai mantendo. Falo-vos do jornal a Voz de Chaves, que com uma equipa jovem, se impõe como o único jornal flaviense (considerando a ausência do notícia de Chaves).
Pois como os restantes jornais não têm significado na vida flaviense ou estão em demasia comprometidos e dependentes com o poder, esta rubrica que inaugura hoje, alternativa aos notáveis de Chaves, terá como análise as notícias da semana debitadas na Voz de Chaves.
Claro que as notícias que mais vendem são as sensacionalistas. Assaltos, violações, acidentes, sabotagens, mortes, etc. Como destaque da primeira página, esta semana vem o policiamento de proximidade em alguns bairros de cidade por parte da PSP. Uma ideia que cai bem na população dos bairros policiados mas, esta é a minha opinião, também já há saudades do policiamento a pé do centro histórico, principalmente das principais artérias da cidade, pois a proximidade de um agente da PSP nunca incomodou ninguém de bem, antes pelo contrário, a sua presença dava alguma confiança a que circulava nas ruas.
A par das notícias de primeira página há uma que no interior do jornal (com título na primeira página) que merece alguma atenção, pois refere-se aos novos centros escolares e que irão ser uma realidade no ano lectivo 2010/2011, ou seja, o centralismo do ensino dito “primário” também já está a chegar aos pequenos centros. É a morte anunciada de todas as pequenas escolas dos concelhos do Alto-Tâmega, e, embora esta medida até traga algumas vantagens em termos de oportunidades e igualdade de ensino, não deixa de preocupar, pois é mais uma machadada no despovoamento das nossas populações rurais e mais um convite ao seu abandono e, embora até possa haver igualdade no ensino, já não o há para as crianças que vão ter de diariamente percorrer dezenas de quilómetros em deslocações, tendo de abdicar assim do seu tempo de estudo e de lazer. Enfim, mais uma medida que liga bem com o “economicismo” do centralismo mas que não liga muito bem com o direito que as crianças têm ao seu período livre do pós actividade escolar, pois muitas delas vão gastá-lo em esperas e viagens de autocarro, ou seja, volta-se ao antigamente do centro escolar em Chaves em que a igualdade é desigual para quem vive em Chaves ou fora de Chaves.
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Quanto ao desporto, já sabemos que o futebol é rei e neste campo o destaque vai para um jogador que por sinal é cá da terra, o Castanheira, pois a ele se deve o golo do empate do Desportivo de Chaves na Vila das Aves. Embora eu não seja muito boleiro, é sempre agradável saber que o nosso desportivo faz bons resultados, mesmo que seja um empate fora de casa, principalmente quando são os jogadores da terra a salientarem-se, pois também já começa a haver saudade dos jogadores da terra a jogarem no desportivo de Chaves. Não sei qual a razão, mas um desportivo de Chaves com jogadores de qualidade da terra tem outro sabor.
E terminamos por aqui esta passagem por o “único” jornal da terra, a Voz de Chaves.
Quanto às fotos de hoje, nada têm a ver com o texto, mas são alguns momentos da vida flaviense e do melhor que por cá temos, embora, há sempre um embora, nem toda a gente o entenda assim e, embarque mais na facilidade e modernidade do b€tão (concreto para brasileiros).
Até amanhã!