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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

06
Jun14

Discursos sobre a cidade - Por António de Souza e Silva


 

UMA SUMÁRIA REFLEXÃO À VOLTA DO CENTENÁRIO DA GRANDE GUERRA

 

I

Comemora-se, a partir do dia 28 de Julho próximo, o Centenário da que é mais vulgarmente conhecida por Grande Guerra.

 

E o seu nome está bem atribuído, porquanto, sob os escombros daquilo que mais tarde se veio a designar por I Guerra Mundial outra coisa não é que a primeira parte da bem designada Grande Guerra que, de 1914 a 1945, assolou o Mundo inteiro, em geral, e a Europa, em especial.

 

Os anos de 1918/19 a 1938 não são mais que um simples interregno em que, nesse ínterim, se organizaram e propulsionaram as forças criadas no final da primeira parte da Grande Guerra, com a criação do fascismo, do nazismo e do comunismo.

 

Nos anos que antecedem a eclosão da Grande Guerra 1914-1918, encontramos aí uma multiplicidade de razões, fatores e protagonistas que, de alguma forma, nos fornecerão motivos de reflexão. Não só para tentar explicar aquela guerra e a que, depois, com ainda tanta ou mais ferocidade, impacto e ódio, lhe sobreveio, mas sim, e principalmente, nos fornecer pistas (histórias) para a compreensão do mundo em que hoje em dia vivemos e, em particular, do Portugal que hoje em dia somos.

 

Porque, necessariamente, da história devemos tirar lições.

 

Lições que servirão para que, fundamentalmente, encontremos razão, novos nortes ou horizontes que nos habilitem a encontrar e projetar, com visão, clara e lúcida, um novo e promissor futuro num mundo não de nações ou pátrias mas de povos e culturas, empenhados vivamente na construção de uma nova Humanidade.

 

As «guerras» que hoje em dia devemos travar é para a construção da paz. De uma nova paz. Não para o fim da mesma, com há 100 anos!

 

Mas, para isso, temos de hoje volver um pouco o nosso olhar para o passado. Revisitá-lo.

 

Não para encontrarmos os algozes ou culpados. Outrossim para nos elucidarmos, compreendermos as razões das coisas.

 

E entendermos que todos nós, como cidadãos somos responsáveis.

 

Porque é perigoso, muito perigoso, deixar os destinos dos povos nas mãos de uns poucos «iluminados».

 

Num mundo cada vez mais complexo, heterodoxo e multicultural, mas com forças centrípetas, poderosas e homogeneizadoras, não há políticos «heróis» para nos salvar!

 

Só a cidadania ativa, empenhada, participativa - e determinada - é que nos fornece a chave para o sucesso e a verdadeira paz e desenvolvimento, com equidade, justiça e sem exclusões.

 

Urje, na sociedade de hoje, assumir: a constatação da diversidade; o reconhecimento da diferença; a assunção do conflito como elemento consubstancial a qualquer comunidade ou sociedade. E que, só pela constatação dessa diversidade, diferença e conflito, é que um diálogo sério e profícuo pode ser assumido. Trabalhando como interpares, sem resquícios de qualquer imperialismo ou subserviência. Deixando para trás conceitos caducos de honra e heroicidade.

 

O combate «feroz» que temos pela frente é contra o egoísmo individual e das nações/pátrias e a procura do interesse que, pese embora as diferenças, diversidade e conflitos, tidos não como perversos mas como normais, tenhamos em conta o fundamental que é a natureza humana e a preservação do nosso planeta, berço onde nascemos e para onde, um dia, regressaremos.

 

II

 

Todos os dias dizemos, nas «horas de ponta» que o «Monumento» é uma despaciência, em termos de trânsito.

 

Não há nenhum flaviense que não tenha passado pela avenida dos Aliados, que liga o «Bacalhau» ao «Monumento».

 

Todos os anos, no dia 9 de Abril, presenciamos cerimónias à volta do «Monumento».

 

Quando nos dirigimos ao «Cemitério Velho» nele encontramos um talhão com a designação dos «Antigos Combatentes».

 

Pergunta-se:

 

Porventura os flavienses sabem por que razão existe o «Monumento»; a avenida dos Aliados, as cerimónias do 9 de Abril e o «Talhão dos Combatentes»?

 

E que reflexão tais factos lhes sugerem?

 

Já, algum dia, nos interrogámos sobre o significado de tudo isto?

 

Nosso intento é este: tendo por fundo a Grande Guerra, aliás já suscitada pelo último artigo do amigo e colaborador nesta rubrica - Gil Santos - iremos abordar, daqui para a frente, nos posts da nossa autoria desta rubrica, a Grande Guerra, tentando enquadrar aquele conflito, a participação portuguesa naquele palco de guerra bem assim a quota-parte de esforço dos nossos valentes ou bravos transmontanos que, do RI 19, partiram para África e para a Frente Ocidental Europeia (Flandres).

 

António de Souza e Silva

 

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