Intermitências
Os robôs não me dão medo
Os robôs não me dão medo.
Se eu quiser, deixo de ser máquina. Se eu quiser, sou mais forte do que os automatismos. Se eu quiser, renuncio a tudo.
Os robôs não me dão medo.
Qual a diferença entre desejo e obsessão? Não quero mais autocensurar-me, mentir-me, frustrar-me.
Teatro-Museu Dalí, Figueres, Abril 2014 - Fotografia de Sandra Pereira
Os robôs não me dão medo.
Eu vivo entre eles. Eu sou um deles. Um dia chegará o dia em que vou anunciar que os robôs não me dão medo.
É uma questão de vontades.
Os robôs não me dão medo.
A solidão sim.
Sandra Pereira