Pecados e picardias
Beijos caídos
Beijos caídos num logro de esquecimento
Vagueiam nas memórias, o banco de pedra
Frio, onde agora como antes me sento
Arrefece sentidos da saudade que medra
Saudade das promessas que nenhum de nós cumpriu
Ficaram no banco em pedra sepultadas
agora resgatá-las como cada um sentiu
tempo perdido, rebusco, águas passadas
Segredos guardados por desilusão
No banco de pedra no manto do olhar
Ternuras em queda desertos de solidão
Lábios secos, por medo, sem ter quem beijar…
Beijos caídos, chão por pisar, restos de amor
Por nós adormecidos nos prazeres da dor…
Isabel Seixas in Espólio