Pecados e picardias
Daquela vez meu amigo, já
ao de leve, numa penumbra de paz
cínica de indelével
proibimo-nos as lágrimas,
deixamo-nos morrer nos silêncios
e na tarde gelada da solidão .
um travo insondável
sombras sem fé,
nuvens cinza nos teus olhos
castanhos,
sangue seco por trás da palidez
não, não podíamos mentir-nos
não, não podíamos dizer-nos a verdade.
Proibimo-nos sorrir
Desfolhamos as pétalas da nossa amizade
No desespero da partida,
Queríamos proibir-nos de desistir
Ignoramos o lusco fusco da despedida pra se despedir
Ainda tínhamos um sopro de vida
Tão triste sem liberdade, sem abrigo, sem devoção…
Daquela vez meu amigo,
já eramos consternação
e adeus
Isabel seixas