Pecados e picardias
Sem saber porquê vamos por atalhos obscuros
Ancorados nas dúvidas da inocência
À tona um ego não se livra de apuros
Refém do medo, naufrágio ,decadência
Sem saber porquê esse arrepio na pele
É o frio da culpa que se entranha
E deforma os afetos por quem nos repele
Como penitência mal vinda de estranha
São premonições augúrios sem esperança
Fluem como o sangue entorpecido
Nas veias estreitas apertadas na lembrança
Do amor que sem nascer tinha morrido
Somos nós, sem saber porquê ou porque não sabemos
d as nossas verdades nas mentiras que sofremos…
Isabel seixas in Espólio