Pecados e picardias
E diziam-nos fontes de obscuridade
Sem religião não havia esperança
Nem teria alma a nossa identidade
Nem o ser tinha o credo da bonança
Tínhamos a doutrina leve da poesia
Com os deuses nos poemas vivos de santos
Verdadeiros faziam versos de heresia
Salve rainha com pecados e sem prantos
Um pai nosso presente num cântico negro
Numa estrofe de rebeldia, só apelos
de liberdade, para pulsar como apego,
sem musas de culpa, agoiro e pesadelos
então, ficamos com o orar da poesia
religião a declamar no dia a dia…
Isabel seixas
In entre a espada e a parede