“CONVERSAS COM ZEUS”
-XXII-
“A CIDADE dos pavões”
De longe e de perto, vejo o meu País,
a minha CIDADE, e a MINHA TERRA NATAL
empurrados para um abismo
cujo fundo não atinjo com os olhos do corpo
nem do espírito.
Luís da Granginha
Estava eu todo repimpado, numa praia da Costa Verde, a gozar o sol e a brisa do fim da tarde quando ouço uma voz a causar-me uma surpresa maior que o pequeno susto:
- “Toma. Mata a sede!
Ouvi a sentença ao mesmo tempo que à frente dos meus olhos se aprontava uma garrafa de “Pedras”.
Como sabem, tenho um amigo muito especial, um tanto travesso.
Conheci-lhe a voz.
Nem bom-dia, nem boa-tarde. Virei-me pra ele e repontei-lhe:
- “Da próxima trazes uma das “Pedras”, outra de “Carvalhelhos” e duas de “Vidago”
Bem, e se as «coisas» acontecerem como desejo, até vais trazer, mas é, uma garrafa de Soutelinho e outra de Segirei!
ZEUS, pois é deste amigo que vos falo, deu uma gargalhada e retorquiu:
- “Tens de vir sempre com uma das tuas «fantasias”!
“Deixa –te de lérias e diz-me lá por que é que aparecestes assim sem mais nem menos. Hum! Desconfio que anda mouro na costa”! - atirei-lhe
ZEUS sentou-se ao meu lado.
Olhou lá para o fundo, apontou para um petroleiro que se dirigia para Leixões e murmurou: Temístocles!
E falou:
- “Calcula tu que, agora, os neo-nazis «Merkelêndeas» querem deitar a mão ao Parténon, ao Pireu; entrar no “Liceu” e na “Academia” sem os respectivos exames de “Admissão” e de «Aptidão», reinar em Corinto, Tebas, Esparta e Atenas, ocupar Delfos, poluir as águas da minha piscina, na Cova onde celebrei a minha paixão por Europa, e apagar-nos a chama olímpica!
Prepara-te, pois qualquer dia vou precisar de um «comando» de “tupamaros” para começar a «dar-lhes pra trás» (que em “transmontanês” quer dizer «dar-lhes nos cornos»)!
- Dizem que Ponta Delgada, Machico, Rio Maior, Alfândega da Fé, Portel, Olhão e Montalegre, entre o restante, vêm a seguir - atalhei.
- A brincar que o digas, bem podes ter a certeza: até as cagarras selvagens passam a “Sturmtaucher” domesticadas…e vão ter o «sr. Silva» por tratador!
Bem, mas para não começares a ter mais comichão intrigada, fica a saber que vim, Hoje, com todo o gosto.
Nem só os teus «Amigos» «feice-buqueiros» se lembraram de te lembrar que estás cada vez mais velhote! E como não me apetece beber só, e sozinho, um copo, “à tua saúde”, vim beber uma garrafita …desta!
Também me preocupam as tuas preocupações com a NOSSA TERRA (para os menos lembrados, convém dizer que há já muito tempo que também é MINHA!).
Vêm aí outras Eleições. E bem preciso é que Portugal, e a NORMANDIA TAMEGANA, e especialmente CHAVES, tomem Novo Rumo.
Lá pelo Médio e pelo Extremo Oriente corre que CHAVES, referenciada «A Cidade dos pavões», vai entrar para o Livro “Guinness” (detesto o «Guinness World Records») como o Município com os edis mais pantomineiros, beleguins e inúteis do Mundo …e arredores!
Ora, como se já não bastasse a borrada continuada do «pavão de Castelões»; do padre falso, de Vila da Ponte; dos «lalões», «lalõezinhos» e «poneyzinhos e Tróia», saber desta «noβidade» por «quien ama estas tierras y las añora», como muito apropriadamente reconhece uma «princepeza» asturiano-flaviense, compreendo quanto te custa!
Mas deixa-me que diga:
- Sabes do que me fazes lembrar, mesmo ‘inda antes de falares?! - interrompi.
- Não, não vou ser demorado como “John Galt”.
Mas digo-te:
- “Para o mal de CHAVES, e DOS Flavienses, à frente dos destinos autárquicos têm sido colocados tristes e podres amostras de políticos cuja competência e coragem só lhes serve para eludirem responsabilidades.
Os Flavienses, tal como a maioria dos Portugueses, comportam-se como aquela multidão que aplaudia entusiástica e febrilmente o rei a passear as suas invisíveis vestes celestiais.
Aceitam facilmente que os hipócritas, os medíocres e os malvados reizinhos apavonados que administram o Município delapidem o seu património histórico e cultural; os vergastem com impostos, taxas e sobretaxas; os empurrem para além da fronteira; lhes encurtem a esperança de vida, fechando o Hospital, lhes dificultem o acesso à Justiça, acabando com o Tribunal.
Os Flavienses, tal como a maioria dos Portugueses, continuam a não querer ver que nos altares criados pelos iluminados profetas do BCI (Bloco Central de Interesses), os tais «do arco do Poder», «é sempre o homem a quem neles imolam e as bestas a quem enaltecem»!
A maioria dos Flavienses (tal com a dos Portugueses), cheia de boa-fé, o que tem feito nestes anos «abrilidosos» não tem sido mais do que colocar-se sob o arbítrio da má-fé alheia à mercê de promessas que nunca seriam cumpridas!
A Câmara Municipal de CHAVES está a ser, e tem sido, dirigida por comodistas e desavergonhados, aprendizes de amanuense com vencimentos de presidentes de Companhias de Petróleo ou de Diamantes!
Na Câmara Municipal de CHAVES campeiam dois galopins embusteiros que sabem usar a manha para fazer recair em terceiros a «censura dos seus desacertos» e o castigo das suas aldrabices e covardias!
São dois enxudiosos a tropeçar no contentamento por si próprios!
Crêem-se actores da comédia humana: é vê-los nas figuras tristes de feiras e feirinhas, festas e festinhas, e procissões e leilões!
A loucura do seu devaneio lembra a do assassino que o é só para ver o seu retrato nos jornais!
Esses pelintras morais e politiconeiros não sabem, nem foram capazes de aprender, a diferença entre Dignidade e vaidade!
Pelo destino que leva a NOSSA CIDADE, a NOSSA TERRA, vê-se bem que esses potervos militantes partidários não têm, nem nunca tiveram, apreço nem estima pelos Flavienses e por CHAVES!”
O padre falso Baptista, militante tartufo-mor na política caseira flaviense, mal se apanhou no cargo de presidente de Câmara, pôs às claras o ódio aos Flavienses pelos seus próprios pecados, e aproveitou para lhes fazer pagar as culpas que sentia!
Não contente com a dúzia de anos de «macaquices» e judiarias, instilou no seu coadjutor, um tal «pavão de Castelões», a mesma dose de ódio, de veneno e de ruindade para continuação do seu satânico gozo!
Esse «pavão» passeia-se pela Cidade convencido de que os flavienses nasceram, vivem e trabalham com todas as suas forças, sacrifícios e dignidade para o servir, e ele nasceu para governar o Município por graça da sua inutilidade!
Está à vista a sua mediocridade política e patriótica, tal como a dos “pavõezinhos” e “lalõezinhos” do seu aviário.
Mas mais grave que essa mediocridade é a ruindade e a malvadez com que teimam em causar e consentir prejuízos aos Flavienses e Normando-Tameganos!
Na administração autárquica, esses aventesmas apavonados e feitos « poneyzinhos de Tróia » mostram «c l a r a m e n t e» como são retardados!
O «tachinho» fez deles uns «tresloucados».
Brevemente se tornarão proscritos!
Há uma diferença substancial, distinta, notável entre o «pavão», «pavões», «lalões» e «poneyzinhos de Tróia » que, aí por CHAVES (e pelo Mundo) estão instalados ou vagueiam e aqueles que honram compromissos de seres sociais, aqueles que respeitam o Próximo, aqueles que não fogem nem traem a responsabilidade do lugar para que foram eleitos nem a confiança de quem os elegeu.
A diferença entre essa revoada canora de «bimbos» e os homens de palavra e de honra é que estes vivem para os demais e eles vivem dos demais.
“Pavões, lalões e poneyzinhos de Tróia”, da NOSSA TERRA, à semelhança de cretinos, reles e traidores que têm ocupado Belém e S. Bento, medíocres como são, apenas souberam apoderar-se das conquistas de portugueses e flavienses de coragem, de génio, originais e idealistas.
Tiveram e têm por modelo o livreiro que faz a sua fortuna à custa do génio do escritor.
Falam do Futuro sem o imaginar.
Cumprem o Presente interpretando mal o Passado.
O «pavão de Castelões» jamais terá o sentimento de culpa perante os «crimes» que tem cometido para com a Sociedade, em geral, e para com os Flavienses, em especial, por não conhecer a sensibilidade empática e não ter capacidade para redimir-se, com actos, das injustiças, das asneiras e dos crimes por si cometidos.
É típico dos hipócritas, como esse procaz «pavão de Castelões», a esquiva à responsabilidade (note-se, p. ex., «calote» da Câmara ou os «desvios» à vergonhosa situação com a poluição em Outeiro Seco), mas revelam grande audácia na traição (ex., o impostor candidato do MAI-Chaves, ora vereador). À semelhança do paraninfo e mentor, o tal padre falso, estes dois hipócritas são outros Tartufos!
Esses «pavões» não passam de lacaios de todos os cúmplices da sua mediocridade.
Alguém me disse ter ouvido o «pavão de Castelões» gabar-se, quando desce a Rua Direta e sobe Stº António, de que as pessoas, os Flavienses, olham para ele com uma expressão dedicada às mais famosas estrelas de cinema, de Hollywood!
Falaram-me também de um outro recente gabanço, num brinde final de algumas rodadas, depois da tomada de posse como presidente de Câmara, e que me recordou uma fanfarronada de Lyndon Johnson após uma vitória eleitoral:
-“Tenho passado a vida a lamber o «sul» a todos os Flavienses e Transmontanos; agora, presidente, já não preciso de lamber nenhum!”.
Os seus motivos político-administrativos com interesse municipal e nacional são incertos e de duvidosa moral.
Servindo e servindo-se da «lalões e «lalõezinhos» imbecis, com um pipilar aqui e uma bicadinha acoli, lá tem conseguido mais do que a sua capacidade merece!
Para se insinuar aos Flavienses, e tratar, depois, como «patos bravos» aqueles que o elegem, o «pavão de Castelões» cacareja, mais do que pipila, as tretas que caem no goto de uma certa camada da população, viciada no fanatismo a preceito!
Para esse tratante não existe a moral do Bem ou do Mal: vive somente com a religião das suas conveniências e das bulas dos seus apaniguados!
A decência, a honra e a justiça políticas e sociais, aí por CHAVES, tal como por todo o País, são negadas ou ignoradas, ou estão esquecidas.
O «pavão» não entende o Presente, não lembra o Passado, nem olha o Futuro da NOSSA TERRA, das NOSSAS GENTES, porque o pesado sentimento de culpa que carrega, pelos crimes e asneiras que tem cometido e praticado desde que pôs o pé na Praça de Camões, o obriga a manter o olhar baixo!
E com um presidente de Câmara assim, os Flavienses, tal como os Portugueses com um minorca primeiro-ministro e um minhoca presidente da República que hoje têm, só podem e têm de dar-se por «vencidos»!
Tal qual o «Fanfarrão de Massamá» o faz por todo o País, o «pavão de Castelões», por aí, por CHAVES, vende bazófia a preços exorbitantes!
Lamento que os Flaviense conheçam a verdade negando-se a reconhecê-la!
À escandalosa incompetência desse «pavão» para comandar a Comunidade Flaviense ele junta toda a sua maldade consciente e intencional.
Fraco de conhecimento, é, também, tal como o seu mentor, protector e padrinho, o tal padre falso Baptista, um fracassado moral.
A sua condição, e qualidade, de medíocre não lhe permite reconhecer os erros que dia a dia pratica e acumula, e nem ganha vergonha por eles, tornando-os mais graves com o seu impudor.
Se fosse capaz de ter um pingo de vergonha, andaria mais avermelhado que uma papoila!
Os seus actos desmentem as suas palavras.
Esse fementido autarca, carente de valor pessoal, procura realizar-se na destruição e prejuízo dos bens comuns municipais e de cada flaviense.
Invejoso daqueles que são competentes e eficazes, persegue o prazer de inquietá-los e dominá-los.
A sua forma de auto-satisfação reside em soltar os seus ressentimentos e os seus ódios contra aqueles que não partilham do seu estado de alma - ou mão lhe aparam o jogo!
Receia os concidadãos inteligentes: rodeia-se de medíocres e de «ingénuos úteis», gente que pode enganar e manipular - enfim, de um rebanho que lhe transmite e sustenta uma sensação de poder!
Não frequenta, não aparece numa qualquer manifestação cultural, social ou tradicional para recolher uma recompensa emocional por se encontrar com aqueles que estima, para conhecer pessoas interessantes ou para manter uma conversa com quem valha a pena falar ou de quem valha a pena ouvir algo.
Não!
Aparece “por lá”, envergonhado, temeroso, mas com a esperança de aí encontrar algum prazer, mesmo até só com a impressão de que as pessoas o aprovam, ou para considerar uma distinção social ter sido convidado (depois de se ter feito convidar!) para a festividade, ou, ainda, porque o evento constitui uma boa oportunidade de fugir do terror de se encontrar consigo mesmo!
Afinal, o que busca permanentemente é o prazer de fugir da responsabilidade de ser consciente!
A que se assemelham as penas deste «pavão» quando olhadas de mais perto?
Vimo-lo de relance. Mas deu tempo para lhe toparmos que as penas de pavão são “um disfarce de um porco-espinho, com cauda de mangusto e focinho de doninha”.
- Ambos fizemos um demorado silêncio.
ZEUS levantou-se:
- “βou-m’indo, que se faz tarde. ‘Inda quero chegar a tempo de visitar a Exposição de «Tons Azuis”, do “Tenente Berto”, na Adega Faustino, e lá desougar-me com um copito de Geropiga!
M., 20 de Julho de 2015
Luís Henrique Fernandes