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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

16
Ago15

Coisas nossas...


1600-casa-cp (62)

Hoje mais que um regresso ao nosso mundo rural, fazemos também um regresso ao passado recente, invadindo o interior de uma casa como quem invade os anos 60 ou 70, recordando objetos, bibelôs, utensílios, móveis, cores, decorações.

1600-casa-cp (58)

O interior a uma casa construída nos inícios do século passado, hoje abandonada, que foi lar durante quase 100 anos, talvez de uma, duas, três famílias, não o sei, nem isso importa, pois poderia ser a casa, o refúgio, o lar de uma qualquer família, com os seus filhos, as suas estórias, as suas virtudes e defeitos, amor e carinho, pela certa com as dificuldades próprias da época, mas pelo que resta e pelo que na casa ficou para nosso deleite, só podia ser uma casa portuguesa, onde nem a gondola de Veneza a atraiçoa.

1600-casa-cp (70)

A garrafa de cerveja sagres, a lata de sardinhas, o quadro na parede da última ceia que invariavelmente se repetia em quase todos os lares, o colorido da cal nas paredes, as rendas, os santos, são traços suficientes para identificar uma casa portuguesa, com certeza.

1600-casa-cp (57)

Mais que encontrar aqui estórias do passado, regressamos e revemos o nosso próprio passado em imagens que nos são familiares.

1600-casa-cp (78)

Espero que tivessem gostado tanto quanto eu gostei de fazer esta viagem e rever pormenores que a memória ainda identifica. Nunca resisto a estes registos, pena é que já comecem a rarear.

 

 

16
Ago15

Pecados e picardias


pecados e picardias copy

A taverna 

A Lurdes assumiu o comando
-Pronto eu resolvo…
-Só vou embora se levar as duas
-Estás a ver se eu me comovo
-Não te deixo outra vez fazer das tuas
 
Agora o Javardo e o Gerardo impacientes
-Se for preciso fica tudo como dantes
-Não! Disse a Joana - Quero ouvir
-Está bem filha rematou a Lurdes
-Vamos, mas precisas de dormir…
 
De novo o homem ausente
Pegou na viola, mágoa latente
Sem ninguém a impedir
Seguiu só … quase na frente
As duas mulheres a seguir
 
E a noite …
Companheira dos mistérios
Deixou-os seguir ingénuos
A desvendar os degredos
Ocultos naqueles medos
Materializam adultérios
Na noite…
 
E a taverna
Espectadora conivente
Deixou-as sair
 Mulheres perdidas na perdição
Atrás do homem ausente
Foram ouvir
Palavras recônditas no coração
Escondidas na caverna
 
Nem o javardo
Nem o Gerardo
Foram ver para onde foram
Os passageiros da história
Duas presenças que ignoram
Gorado um negócio de glória
 
Rendidos à noite e ao dinheiro
Pelo desfecho imprevisto
Esperam o estímulo certeiro
Que atenue o nunca visto
 
Ambos espelhos de frustração
Como pôde acontecer
Um plano exímio de execução
E deitar tudo a perder
 
E o dinheiro estava lá
Nos envelopes intacto
O Gerardo guardá-lo-á
Era assim era o pacto
 
E o Zé
Sentado a um canto
Aguardava mudo,
O desenvolvimento
-Vai embora, não é para tanto…
-Amanhã resolve-se tudo

 Isabel Seixas

 

 

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