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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

30
Jun18

Paradela de Veiga - Chaves - Portugal


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Nesta roda, ronda pelas aldeias de Chaves, hoje fazemos uma paradela, paragem em Paradela de Veiga, que tal como o topónimo indica, fica na veiga, ou quase, pois fica a beirinha dela, tanto, que por entre as casas e a vegetação, se virarmos o olhar para Norte, esbarra com a veiga mas também com toda a cidade de Chaves.

 

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É uma das aldeia pela qual vou ou vamos passando com alguma regularidade, mas raramente paramos, e porquê!? — Pois por nenhuma razão em especial, primeiro não paramos porque calha com frequência na passagem para outros destinos e depois, como passamos por ela, já a conhecemos, ou julgamos conhecer, no entanto, para se conhecer no seu encanto, temos mesmo que entrar na sua intimidade, ou intimidades.

 

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Não é uma aldeia muito grande, refiro-me, claro, ao seu núcleo histórico, construído à volta de um pequeno largo, onde também existe uma pequena capela. Facto que terá a ver com a sua história de um passado em que o território da aldeia deveria ser pertença de dois ou três grandes proprietários. Claro que também não tenho certeza nisto que afirmo e se o digo, é porque para um e outro lado da aldeia existiam duas casas senhoriais que se construíam,  em geral,  à volta de grandes propriedades.

 

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Casas senhoriais que ainda existem, mas hoje ou estão abandonadas ou dotadas de outras funções. As duas de Paradela de Veiga, são casas brasonadas com brasão de família, uma delas, penso que a mais antiga, com armas da família Losada de Quiraz e aqui pertencentes à família Barros de Samaiões que por via do matrimónio estiveram ligadas às famílias mais ilustres da cidade de Chaves e da região.

 

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A titulo de curiosidade fica um pouco do registo genealógico da Família Losada até chegar ao Dr. Franscisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem, senhor da Quinta de Samaiões:

 

1 – Pedro Rodrigues Lousada, fidalgo espanhol que casou com D.Ana Pires da Veiga, natural de Quiraz (Vinhais), e tiveram pelo menos:

 

2 – Francisco Rodrigues Lousada que casou com D.Isabel Vaz de Morais, de Vilar Seco da Lomba. Tiveram pelo menos:

 

3 – Pedro Rodrigues de Morais, Capitão Mor de Vilar Sêco de Lomba, casou com D.Maurícia de Barros, de Águas Frias, que tiveram pelo menos:

 

4 – João de Barros Pereira do Lago, foi cavaleiro Professo na Ordem de Cristo. Tenente Coronel de Cavalos, casou com D.Jerónima de Morais Ferraz. Tiveram pelo menos:

 

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5 – Francisco de Barros de Morais Araújo Teixeira Homem, Marechal de Campo, casou com D.Luísa Joaquina de Arrochela de Castro de Almada e Távora, da família Castro Moraes, de Chaves, senhores dos Morgados do Pópulo e Santa Catarina. Tiveram pelo menos:

 

6 -  Joaquim Teixeira de Barros de Araújo Lousada, casou com D.Maria Bárbara Damasceno de Sousa Yebra y Oca, da Casa dos Morgados de Vilar de Perdizes. Foi sua herdeira:

 

7 – D.Luísa Adelaide de Sousa Barros, casou com o Brigadeiro de Cavalaria Joaquim Ferreira Cabral Paes do Amaral, tiveram pelo menos:

 

8 – Manuel de Barros Ferreira Cabral, casou com D.Maria Leonor Paes de Sande e Castro, bisneta dos 5ºs Viscondes de Asseca. Tiveram, entre outros, o Dr Francisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem, senhor da Quinta de Samaiões, que casou com D.Maria da Assunção de Abreu Castelo Branco, filha dos 3ºs Conde de Fornos de Algodres e o Dr. António de Sales Paes de Sande e Castro de Barros, senhor da Quinta de Paradela, que casou com D.Helena Cicilia Dora Wemans.

 

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A outra casa senhorial brasonada, hoje conhecida por Quinta de Samaiões e transformada em Hotel Rural,  era pertença da família Barros, de Samaiões, é uma das mais ilustres da região flaviense estando ligada há mais de quinhentos anos aos principais acontecimentos da sua História. No Brasão constam os BARROS, os ARAUJO, os TEIXEIRA e os HOMEM.

 

Os atuais representantes desta família descendem de famílias titulares como os Viscondes de Asseca e os de Vila Nova de Cerveira, os Condes de Avintes, os de Fornos de Algodres e os de São Payo, os marqueses de Lavradio e os de Pombal.

 

O representante da família na primeira metade deste século era o Dr. Francisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem, erudito arqueólogo e distinto investigador da História de Chaves e como vimos atrás na outra casa brasonada, são descendentes da família espanhola Losada, ou seja, ambas as casas brasonadas têm a mesma origem familiar de onde ao longo dos tempos descendem os Barros Teixeira Homem, de Samaiões, com ligações familiares por via dos matrimónios com as principais famílias flavienses dos séculos XV a XVIII, como Teixeiras, Castros, Morais, Pimentel, Pequeno, Araújo, Magalhães, Fontoura e Leite.

 

 

BIBLIOGRAFIA

 

J.G. Calvão Borges, In Revista , Aquae Flaviae, nº9 de Junho de 1993. Editada por Grupo CulturalAquae Flaviue

 

J.G. Calvão Borges, IN Tombo Heráldico do Noroeste Transmontano, Volume Primeiro, Livraria Bizantina, Lisboa 2000.

30
Jun18

Pedra de Toque


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A cidade das flores

 

Durante alguns anos, a Engenheira Eugénia Branco Teixeira, alindou os jardins da nossa cidade, que passaram a merecer aplausos do Flavienses e de quem nos visitava, realizando um trabalho notável.

 

De tal sorte que, em 1998 os nossos jardins mereceram um prémio em concurso realizado extramuros e a cidade passou a ser designada por “Chaves florida”, já que embelezavam e perfumavam o velho burgo.

 

Depois de um período cinzento que coincidiu com mudanças autárquicas, os nossos jardins foram em boa parte votados ao abandono e mal cuidadas as belas e viçosas flores que foram murchando.

 

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No passado dia 21 de maio, o Centro Social e Paroquial de Chaves organizou um evento a que chamou MAIAS FLORIDAS, acontecimento no qual as flores foram rainhas, criando com elas beleza em alguns largos e praças, passeando-as também pelas ruas em cortejo.

 

Gostosamente estive presente e apreciei a iniciativa que constatei ser do agrado de todos.

 

Era importante que o Centro Paroquial, quiçá apoiado pela autarquia, repetisse a dose no próximo ano e prolongasse o acontecimento, colmatando assim muitas carências da nossa cidade.

 

Chaves poderia passar a ser não só “a cidade linda que tanta beleza encerra”, mas também – e porque não? – a Cidade das Flores, a cidade florida.

 

Gostaria muito que esta ideia não caísse em saco roto.

 

Muita gente, estou certo, daria o seu contributo.

 

A nossa cidade merece tudo e muito mais.

 

António Roque 

 

 

29
Jun18

Flavienses por outras terras


Banner Flavienses por outras terras

 

Anabela Gomes

 

Nesta crónica do espaço “Flavienses por outras terras” voltamos à cidade da Maia, nos arredores do Porto.

 

É lá que vamos encontrar a Anabela Gomes.

 

Cabeçalho - Anabela Gomes.png

 

Onde nasceu, concretamente?

Nasci em Santa Cruz, Chaves.

 

Nos tempos de estudante, em Chaves, que escolas frequentou?

Frequentei a Escola Primaria de Santa Cruz, a Escola E.B. 2,3 Nadir Afonso, até ao 8º ano, e a Escola Secundária Dr. Júlio Martins, até ao 12º ano.

 

Em que ano e por que motivo saiu de Chaves?

Saí de Chaves em 1994 para a Universidade, no Porto. Antes de terminar a Universidade comecei a trabalhar, também no Porto, e desde então a minha vida profissional sempre se proporcionou no Porto.

 

Em que locais já viveu ou trabalhou?

Após sair de Chaves, morei no Porto e agora na Maia.

No que toca a trabalho, comecei a minha vida profissional no Porto até entrar para a empresa onde estou atualmente, o AKI.

No AKI tive a sorte de integrar várias lojas, desde Aveiro, Guimarães, Porto, Viana do Castelo e agora Ermesinde, onde evolui profissionalmente e onde me sinto bem.

 

Diga-nos duas recordações dos tempos passados em Chaves:

As brincadeiras na rua com os meninos da mesma idade, a liberdade controlada que tínhamos…

Os tempos de adolescência, que recordo com saudade, e a passagem pelo atletismo no GDC e o grupo de amigos que criamos.

 

Proponha duas sugestões para um turista de visita a Chaves:

Provar a nossa gastronomia - os maravilhosos Pastéis de Chaves e o nosso folar - e dar um passeio pela beira-rio.

 

Estando longe de Chaves, do que é que sente mais saudades?

Da calma da cidade e do cheiro a flores que paira no ar na altura da Primavera.

 

Com que frequência regressa a Chaves?

Gostaria de regressar mais vezes a Chaves, mas por motivos familiares e profissionais vou cerca de 4 a 5 vezes ao ano.

 

O que gostaria de encontrar de diferente na cidade?

Tenho pena da perda de valências do Hospital de Chaves e do facto da população ter que se deslocar para Vila Real para ter um melhor acompanhamento médico…

 

Gostaria de voltar para Chaves para viver?

Quem sabe um dia se proporcione uma passagem por Chaves…

Sim, gostaria de regressar um dia à minha cidade…

 

 

O espaço “Flavienses por outras terras” é feito por todos aqueles que um dia deixaram a sua cidade para prosseguir vida noutras terras, mas que não esqueceram as suas raízes.

 

Se está interessado em apresentar o seu testemunho ou contar a sua história envie um e-mail para flavienses@outlook.pt e será contactado.

 

Rostos até Anabela Gomes.png

 

 

28
Jun18

A Pertinácia da Informação


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Dispensável, absolutamente dispensável!

 

Ao fim de algum tempo a atender telefones e a gente que fala ao telefone, apercebemo-nos que há alguns padrões, situações que se repetem.

 

Se me debruçasse bem sobre o tema podia discernir as diversas categorias, assim sendo, permita-se-me discorrer sobre alguns casos.

 

O caso da empresa que tem nome pomposo em inglês, muito interessante para uma maior abertura ao mercado global, mas os funcionários ou os gerentes não sabem pronunciar nenhum som corretamente! Dispensável.

 

Também há os que não vocalizam e parece que falam dentro de um garrafão, ou então cheiinhos de medo! Ó, minha senhora, eu não mordo, e ainda se mordesse, estamos a quilómetros de distância e nem se quer nos estamos a ver! Absolutamente dispensável!

 

A pessoa que liga do além. Há sempre aquelas situações em que as pessoas precisam resolver assuntos extremamente importantíssimos, urgentíssimos e que o fazem em qualquer lado do universo: no meio de uma viagem conturbada, de um local sem rede, no meio de uma imensa barulheira… e ouvimos fala da grxxxiiifu ligue-me com grafffxxxi ffu… Será que as pessoas estão à espera que comece a comunicar telepaticamente com elas? Dispensável.

 

Por falar em telepatia, também há os que ligam e nunca dizem quem são, é suposto que no meio de biliões de chamadas e vozes a voz deles seja inconfundivelmente única e que os números de onde ligam sejam efetivamente memorizados ou imediatamente descodificados!  Dispensável.  

 

Há quem ligue apenas para pedir um contacto. São pessoas que intencionalmente pegaram nos seus dispositivos telefónicos, tomaram conscientemente a decisão de telefonar para pedir um número de telefone ou um email. Ligam e dizem: “Por favor, precisava do contacto de fulaninho!” então respondo “sim, certamente, o contacto de fulaninho é…” É então que acontece o seguinte: “Só um minutinho, que não tenho com que anotar!”

 

Dá vontade de dizer: Eh pá! Não sabias que ias ter que escrever o número?! Pega na porcaria de uma caneta antes de ligares!?

 

Dispensável, extremamente dispensável.

 

“Mas eu precisava mesmo falar com ele!” esta é outra as situações frequentes: alguém liga para falar com A, B ou C. A, B ou C não podem ou não querem atender. Ora, se a situação assim o exigir e a chamada não for mesmo para passar a resposta é A, B ou C “estão agora mesmo com outra chamada, não lhe posso passar…”, ou então “fulaninho está a fazer algo e não pode realmente atender agora, liga-lhe depois” ou se não puder ser com mais ninguém “deixe recado”, por exemplo. Enfim, já lhe blindaste todas as alternativas, não dá mesmo para falar nesse instante com a pessoa! A coisa mais sensata a fazer, se fosse eu do outro lado era desligar o telefone, desimpedir o raio da linha (porque já estão duas ou três chamadas em espera) e voltar a insistir mais tarde ou usar outro meio de comunicação. Mas então, nesse momento a pessoa diz: “Mas eu queria mesmo falar com ele!” Numa fração de segundos passa pela minha mente uma lista de respostas que aliviariam em muito a tensão acumulada… encho os pulmões de ar e digo: “Só tem duas alternativas, fica em espera, e não sei quanto tempo, ou desliga e volta a ligar daqui a uns minutos.” Ouve-se um momento de pausa… e, entretanto, entra uma quarta chamada… A pessoa então diz, “Não sei que fazer.” Eu respondo “Vou dar recado… e se preferir ligue dentro de minutos, assim que estiver disponível, prometo que lhe passo a chamada.” Pois… mas é que eu preciso mesmo falar com ele!” Dispensável, extremamente dispensável!

 

É compreensível, às vezes as pessoas bloqueiam na impossibilidade de resolver um problema e quando estão constantemente a ser pressionados. Ás vezes “dou-lhes” uma protossolução.

 

Pergunto-me como será que as máquinas com IA (Inteligência artificial) vão lidar com estas situações?

 

Estas situações só tomam alguma relevância porque são imensas, imensas, imensas… e tudo precisa de acontecer veloz, e muito velozmente… porque estamos enfiados sem alternativa numa engrenagem e como ratinhos numa roda, não podes parar se não cais… e se caíres és DISPENSÁVEL, ABSOLUTAMENTE DISPENSÁVEL.

 

Lúcia Pereira da Cunha

 

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