Do Campo da Fonte até à Escola da Lapa
O post anterior de “Flavienses por outras terras”, em que o Luís dos Anjos traz até ao blog mais uma flaviense ausente, a Carmen Antunes, despertou em nós algumas recordações antigas, tudo porque desde criança conheço a Carmen, embora mais novinha que eu, passava-lhe à porta de casa todos os dias, além de ser colega e amigo de uma das suas irmãs, e termos em comum, pelo menos, os nossos trajetos até à cidade, que não estava assim longe, mas que era obrigatório passarmos pelos mesmos sítios. Claro que as recordações que ela guarda desses tempos idos não serão bem iguais às minhas, mas nas suas recordações vêm à baila sítios, lugares e escolas que hoje em da já não são bem como eram nesses tempos.
Pois em homenagem também à Carmen que nos brinda com algumas das suas recordações antigas, vou fazer em imagem o trajeto obrigatório que ela teria de fazer até à sua escola da Lapa, que tal como ela afirma só funcionou como tal até 1974, sendo depois transformada em Escola do Magistério Primário. Uma mescla de imagens de vários anos passados, sendo as mais recente mesmo deste ano, mas sem grandes alterações em relação ao que o sítio sempre foi e as mais antigas, repesquei-as dos anos 90, ainda da era da fotografia analógica, e essas sim, com algumas transformações mais ou menos profundas.
Pois no seu trajeto teria de passara pelo Km.0 da EN2, na época um bocadinho mais diferente, aliás, no seu tempo de escola ainda deveria aí existir o posto de Polícia de Viação e Trânsito. Logo a seguir teria de entrar na madalena e atravessar a Ponte Romana, pois duvido que utilizasse a ponte nova bem mais distante.
Do outro lado da Ponte Romana teria que passar forçosamente pelo Arrabalde, o antigo Arrabalde, esse sim bem diferente daquilo que é hoje. Uma praça aberta, vistosas e luminosa ainda sem mamarrachos pelo meio. Por sinal uma belíssima praça onde se festejavam os grandes acontecimentos da cidade.
Quase de certeza que seguia pela rua de Stª António acima ou então, era menina para uns dias ir pela Rua de Stª António e outros pela Rua do Olival para ver o movimento da praça antiga. Fosse por onde fosse, também quase de certeza, que passava pelo Jardim das Freiras, então ainda jardim, a sala de estar da cidade e sempre com muito movimento e vida, não confrontasse então o jardim com o Liceu, com a GNR, com os Bombeiros, com a Caixa Geral de Depósitos, Correios, Aurora e Café Sport. Alguns destes equipamentos ainda estão por lá, e no lugar dos Bombeiros e GNR ganhou-se o espaço da Biblioteca Municipal, o que faz mesmo a diferença é o jardim que existiu duas praças (das freiras) atrás.
Por último seguiria pela rua de Stº. António, contornava o Liceu e subia a ladeira em direção à Capela da Lapa, mesmo ao lado do recreio da escola, apenas uma travessa pelo. Claro que também poderia ir até ao Jardim do Bacalhau e subir um pouquinho da Júlio Martins, onde a meio tinha finalmente a Escola da Lapa. Quanto ao Jardim do Bacalhau, então ainda com a forma de um bacalhau, tinha ainda a pérgula e o antigo edifício militar da antiga cavalaria a confrontar a todo o comprimento de jardim, edifício esse bem mais interessante que os dois mamarrachos que limitam os espaço do atual jardim. Enfim, mas já que deixámos a Carmen na escola, está na hora de nós partirmos.
Até amanhã!