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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

10
Fev20

Cidade de Chaves

De regresso à cidade


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Mais um regresso à cidade, hoje com duas imagens, uma de cada margem do rio como quem vem ou vai pela Ponte Romana.

 

1600-(51639)

 

Duas imagens e um pedido de desculpas a quem ontem veio ao blog à procura de um post sobre o Barroso, que era minha intenção publicar, mas como o assunto a tratar é importante demais para ser tratado de forma leviana, acabei por gastar todo o meu tempo em pesquisas e a documentar-me, para além de construir várias imagens para defender a minha ideia sobre o assunto, pelo menos para poder argumentar na sua defesa, o que até nem é difícil, pois na falta de documentação factual sobre o tema, qualquer teoria pode ser válida, embora saiba de antemão que a minha, embora possível, vai andar longe da realidade, não a atual, mas a histórica, onde muita gente já se fartou de inventar, tanto, e tanta vez, que hoje é uma realidade, pelo menos oficial, válida ou não. Assunto que poderá ser um pouco polémico, mas que quero abordar de uma forma romântica, daquelas em que mesmo que não tenha toda a razão, gostaria de a ter, como quem diz, não é assim, mas devia ser… Seja como for tenho toda uma semana para refletir e amadurar o assunto, e no próximo domingo, cá estará então esse post sobre o Barroso.

 

 

 

10
Fev20

Quem conta um ponto...


avatar-1ponto

 

480 - Pérolas e Diamantes: Capitalismo, aparelhos e clientelas

 

Os comunistas numa coisa têm razão: o problema é sempre o capitalismo. O dito capitalismo produz muita riqueza mas distribui-a mal. Um filósofo avisado disse algo como isto: quando o capitalismo vai bem, metade do Planeta tem fome; quando o capitalismo vai mal, o Planeta inteiro tem fome. Quer isto dizer que o capitalismo é um paradoxo.

 

Do ponto de vista económico, não existe alternativa ao capitalismo. A solução reside na capacidade de o manobrarmos de forma a torná-lo mais humano.

 

Por muito que lhe custe, a esquerda tem de saber criar modelos económicos que giram riqueza e só depois reparti-la. Ou seja, tem de aprender a criá-la.

 

É claro que a esquerda tem razão quando fala em justiça social. O problema é que a economia não funciona melhor existindo planeamento central.

 

Todo o planeamento centralizado contraria o que entendemos como natureza humana, pois limita a inovação, estimula a preguiça e conduz à subserviência.

 

Basta olhar para a Venezuela para entendermos onde nos leva uma economia estatal que pretende mandar em tudo.

 

Sem tentar ser demagógico, é bom lembrarmo-nos que Keynes, ao mesmo tempo que defendeu políticas que estimularam a criação de empregos e o combate à pobreza, considerou que “existem justificações sociais e psicológicas para significativas diferenças de rendimentos e riqueza”.

 

A sua defesa da intervenção do Estado na economia foi no sentido de salvar o capitalismo e não de o superar. Convém não esquecer que era um liberal.

 

O planeamento falha na maioria das vezes porque é impossível saber quando uma crise vai acontecer. Além disso, a inovação inclui sempre risco, probabilidades acrescidas de falhanços, concorrência. E também falências.

 

O socialismo real, construído a Leste, difundindo a ilusão de mais segurança e igualdade, apenas limitou a liberdade e construiu um futuro de pobreza.

 

É raro o português que se diz entusiasmado e convicto no dia das eleições. O sentimento é que escolhemos entre um mal maior e um mal menor.

 

Claro que a realidade também tem o seu peso: somos um país pequeno e com uma economia muito aberta, produzimos aos ziguezagues e qualquer aumento do consumo interno aumenta o défice e a dívida.

 

Os números positivos da nossa economia são ainda anémicos, o que equivale a dizer que é necessária muita prudência. A concorrência com o exterior é muito desigual.

 

É frequente a obsessão pela igualdade criar mais desigualdade. Não podemos limitar a ambição e a criatividade. O controlo excessivo é uma fixação leninista que conduz à mediocridade. O Estado move-se sempre devagar. E quanto maior é mais devagar se movimenta.

 

A vida democrática implica riscos e responsabilidades.

 

No entanto, todos verificamos que neste país tudo está feito para ser administrado e gerido pelos amigos, companheiros ou camaradas.

 

A lógica é simples: os partidos são geridos pelos seus aparelhos e o Estado é gerido pelos partidos. Os que dominam dividem entre si as prebendas.

 

O tal “regime de substituição” a que os governos recorrem servem para fazer nomeações permanentes e colocar nos devidos lugares os “boys” e “girls” a um ritmo frenético.

 

Os nossos partidos são partidos de Estado, muito deles criados quando a nossa democracia nasceu, em abril de 1974. Ou seja, o Estado criou com urgência alguns partidos ditos democráticos. Por isso continuam a viver encostados a ele. É a sua carga genética.

 

Atualmente, as carreiras partidárias fazem-se em lugares do Estado, os lugares ditos políticos, que incluem as assessorias e os contratos de fornecimento de serviços ao Estado. Alguma da legislação apenas é feita com o intuito de justificar a sua existência. Depois “os sábios” do regime são contratados pelos órgãos de informação para iludir os pacóvios, justificando “os senadores”. Alguns conseguem até alcançar o mais alto cargo da nação bajulando o poder e os poderosos.

 

O problema é que os lugares para distribuir já não chegam, por isso os partidos, todos eles sem exceção, precisam de criar mais. Pegaram agora na boa ideia da descentralização e começaram a vendê-la ao público.

 

O Estado tem de crescer para tranquilizar a sofreguidão dos partidos.

 

Quando os lugares estiverem preenchidos, logo virá a regionalização, outra boa ideia que a sofreguidão da clientela partidária tratará de destruir.

 

Não podemos esquecer que foram os banqueiros, os grandes escritórios de advogados, as lideranças partidárias, os ministros, ex-ministros e empresários espertalhuços os que nos levaram à bancarrota.

 

O PS está de barriga cheia e o PSD, coitado, apenas deseja umas sobras na mesa do Orçamento.

 

Só não sabemos onde isto nos irá levar.

 

João Madureira

 

 

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