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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

06
Dez07

Jardim do Bacalhau, Chaves, Portugal


 

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Claro que os dias por cá honram a estação do ano, o Outono, com os seus dias cinzentos e nevoeiros (altos ou baixos). Isto só para vos dizer que as imagens de hoje são do arquivo do último verão.
 
Então hoje vamos até ao Jardim do Bacalhau. Já sei que os puristas da terra não gostam que lhe chame este nome, preferem o topónimo de Terreiro de Cavalaria. Mas o argumento que lhes serve de defesa do nome é tão válido para eles como para o meu Jardim do Bacalhau, eu já explico.
 
Até ao inicio dos anos 80 existiu aqui um edifício militar, por onde passou também a arma de cavalaria onde tinha o respectivo terreiro. Dai o topónimo de Terreiro de Cavalaria. Em tempos, junto ao edifício foi construído um jardim, que pela sua forma se assemelhava com um bacalhau seco. Daí que popularmente todo o pessoal cá da terrinha o apelidasse de Jardim do Bacalhau e, o nome pegou. Aliás pegou com tanta popularidade, que ainda hoje é assim conhecido, embora seja o Terreiro de Cavalaria.
 
De facto hoje já nem existe o edifício militar, nem a cavalaria, nem o terreiro nem sequer a forma de bacalhau seco, pois com a demolição do tal edifício, o jardim alargou e perdeu a forma inicial, entre outras coisas.
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Até hoje nunca entendi por que raio o edifício e o antigo jardim que terminava numa belíssima pérgula foram demolidos e destruídos. Alguém me disse há dias, que o pretexto para a demolição do edifício, era alargar então jardim e prolongá-lo numa espécie de alameda até ao Monumentos aos mostos da Grande Guerra. Se a ideia que serviu de pretexto até foi brilhante e, até era de aplaudir, caiu por terra quando foi permitido a construção do edifício GATAT e posteriormente a construção do mamarracho Boega, para não falar do outro mamarracho que lhe serve de espelho ao fundo do jardim e outro mais pequenino, que com a vegetação já vai sendo disfarçado e foi plantado mesmo a meio do jardim. A ser verdade o pretexto, depressa os responsáveis de então chegaram à “nobre” conclusão de que mamarrachos são mais rentáveis que espaços públicos e ajardinados, e aqui não há desculpas políticas pois, repito, a ser verdade, o mesmo político que se decidiu pela tal alameda também se autorizou os mamarrachos.
 
Com tudo isto, o Jardim do Bacalhau perdeu a forma, perdeu um edifício público e ganhou pelo menos dois mamarrachos, mas vá lá, que aqui o conceito de jardim foi mantido e, hoje ainda existe um espaço verde ao qual o passar dos anos já nos habituou e que com o crescimento das árvores e arbustos já se tornou num espaço agradável e que os nossos queridos velhos agradecem de verão. Espero que assim se mantenha (o jardim) e que não haja mais “ideias felizes” para o seu espaço.
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Mas deixando de parte os mamarrachos, na envolvente do jardim ainda se encontram alguns belos edifícios dignos do nosso centro histórico. Construções centenárias quer de um lado do jardim, quer do outro e que antigamente faziam frente para a badalada Rua dos Dragões (estes Dragões não eram os que vêm cá Sexta-Feira e vestem de azul, e por falar nisso, má sorte para eles na próxima Sexta).
 
Deixo-vos assim com as imagens (de arquivo) de alguns pormenores deste Jardim do Bacalhau ou Terreiro de Cavalaria, que já não tem bacalhau, nem terreiro nem cavalaria.
 
Até amanhã, em dia de lamentos onde espero deixar algumas imagens de como o nosso dinheiro público é estupidamente mal gasto e desperdiçado.
 
Até amanhã então, em Chaves dos lamentos.
 
 
 

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