As chaves de Chaves - Portugal

.
E hoje vamos ao pormenor das chaves do símbolo/brasão da cidade de Chaves.
Como todos sabemos ou me disseram que dizem os entendidos na matéria, o nome da nossa cidade de Chaves evoluiu a partir do nome que foi dado à cidade pelos romanos, ou seja, Aqaue Flaviae. Segundo consta, Aquae Flavia teria o significado de Águas de Flávio. Até aqui, tudo bem. Não vos explico a evolução de Aquae Flaviae até ao actual termo de Chaves, porque e embora já mo tivessem explicado, não sei deixar aqui a explicação. Sei que hoje a cidade é Chaves e que na altura dos romanos era Aquae Flaviae.
Mas hoje o que quero é mesmo abordar o facto das duas chaves (de fechadura), constarem no brasão da cidade.
Vamos ao que foi publicado no Diário da República, III Série de 11/11/1987 a respeito do nosso brasão oficial (que não é o da foto de hoje).
Armas - Escudo de azul, ponte de três arcos de prata, movente dos flancos, lavrada de negro, saínte de um contra-chefe ondado de prata e azul; em chefe, escudo de prata carregado de cinco escudetes de azul postos em cruz, carregado cada um de cinco besantes de prata e com uma bordadura de vermelho carregada de sete castelos de ouro, acompanhada de duas chaves de ouro, estando a da dextra volvida
Pois lá estão as tais duas chaves de ouro. Tudo bem, ainda não consegui (até hoje) foi a explicação para essas duas chaves no nosso brasão. Se são as chaves da cidade, a sua inclusão no brasão é aceitável, tal como tudo o resto do brasão, incluindo os arcos da ponte, que esses sim, já há dois mil anos que ganham o direito de constar na nossa identidade. Agora se as duas chaves da cidade estão associadas ao nome de Chaves da cidade, aí já não compreendo muito bem. Mas não quero levantar aqui qualquer polémica sobre o assunto, antes pelo contrário, pois apenas quero demonstrar a minha ignorância por não saber qual a razão de as chaves de fechadura estarem no brasão de Chaves cidade, cujo nome segundo me ensinaram evoluiu a partir de Aquae Flaviae, e assim sendo, em vez das Chaves, deveríamos ter lá o Flávio e as águas, que já na altura eram quentes e termais. Aliás é uma das poucas falhas que encontro no nosso brasão, a de não constar uma menção às nossas águas termais.
Talvez alguém aí desse lado possa ajudar a compreender melhor o nosso brasão. Eu ficaria agradecido e concerteza que quem acompanha este blog também o ficará.
Entretanto fica uma das muitas versões (não oficiais) de brasão que conheço da cidade, onde em todas contam as tais chaves de fechadura.
Até amanhã, com mais discursos sobre a cidade.