Basta de (mama)rrachadas, queremos uma ponte/apé
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Cidade linda, deste nosso Portugal, com a tua veiga infinda, de riqueza sem igual. Terra de encanto que tanta beleza encerra, a quem nós queremos tanto, porque és tu, a nossa terra… é assim que a vamos cantando e também é assim que orgulhosamente a sentimos, mas não deixemos que as palavras, o orgulho e o amor pela terrinha nos tolde a mente e o olhar.
A imagem de hoje demonstra bem os tempos da modernidade, das permissividades e das promiscuidades das últimas dezenas de anos, mas sobretudo o poder do dinheiro a falta de respeito por mais de 2000 anos e sobretudo a falta de planeamento e amor pela cidade e que se podem resumir em duas palavras: interesses e politiquices.
Não era preciso ser-se esperto em planeamento, bastava ser sensato e desinteressado de interesses, mas interessado pela cidade para que hoje Chaves fosse um cidade exemplar e muito mais interessante, com a sua veiga infinda, verde e de riqueza sem igual, em vez de estar sarapintada de branco. A cidade poderia ter até os seus prédios altos, as torres de betão que tanto encantam alguns, mas numa cidade nova e planeada (enquanto foi tempo), com respeito pelo que existia, em vez de nascerem mamarrachos em pleno centro histórico, em cima de uma cidade medieval e romana, que na imagem são bem visíveis em primeiro plano (pelo menos 5 mamarrachos) construídos em pleno centro histórico.
Geralmente culpamos os políticos destes pecados e desculpabilizamo-nos com eles, mas nós também somos culpados ao assistirmos impávidos e serenos a todo este cometer de atentados e pecados quase mortais para a cidade. Afinal vivemos ou não em democracia!? Será que a vontade popular de nada vale!?. Claro que vale, mas para isso tem de ter voz e contestar sempre que é preciso, despindo mesmo a camisola partidária se for preciso e se o que estiver em causa for a cidade, o seu bem o seu e nosso futuro. Já o fizemos pelo desportivo, já o fizemos pelas urgências do hospital, está agora a ser feito pela Ponte Romana, envergonhadamente, mas alguma coisa vai sendo feita e uma prova disso mesmo vai sendo a contestação no diz-que-diz, na votação online nos blogs flavienses, nos abaixo assinados que circulam pela cidade e até no recente movimento que foi criado por um grupo de cidadão, o(a) Pont’ a pé.
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Já é tempo de deixarmos de viver em democracia aparente em que nos dão a sensação que decidimos nas urnas quem queremos que nos represente. Já é tempo, de a democracia ser vivida em pleno e exigir a quem nos representa, que nos represente realmente e verdadeiramente, que representem a vontade popular e não a de alguns interesses e/ou interessados.
É tempo de dizer basta! E haja coragem e sensatez por parte de quem decide mas também por parte de quem costuma acomodar-se e deixar que decidam por ele ou simplesmente dizer ámen!. Há que ter coragem, por uma cidade melhor.
Lembro mais uma vez que a votação por uma Ponte Romana pedonal ou não continua online neste e noutros blogs flavienses. Se ainda não votou, faça-o agora, basta um click, aqui ao lado, na barra lateral.
Até amanhã, com o coleccionismo de temática flaviense.