Arrabalde, Escavações arqueológicas e o Eusébio.
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Há dias em que os ventos não nos correm mesmo de feição. O digitalizador avaria, o You Tube não aceita o filme, o Flickr anda com problemas, a Internet falha e o tempo é escasso. Tudo se vira contra nós e, mesmo insistindo, o resultado fica muito aquém daquilo que pretendíamos. Para cúmulo, a máquina fotográfica também está doente e entre outros problemas, também não pude ir ver a passagem de modelos tamagani aconchegada pela nossa Top Model maior, a Ponte Romana. Fim-de-semana para esquecer, mesmo assim, vamos ao post possível, conseguido sabe-se lá como!
Pois hoje pretendia apresentar o filme das escavações dos balneários romanos do arrabalde e elogiar aquilo que foi feito ou se pretendia fazer neste fim-de-semana pelas escavações. Também queria deixar por aqui a passagem de modelos Tamagani na nossa ponte, mas fica o que é possível deixar por aqui.
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Há quem me acuse de por aqui (em palavras) só deixar o que de mau vejo na cidade e é um pouco verdade, por duas razões: - A primeira porque todos temos tendência a aceitar as coisas que acontecem por bem como coisas naturais, que apenas poderiam acontecer por ser o mais correcto e desejado ou seja, é como a água ou a electricidade, só nos lembramos do importante que é quando nos falta; A segunda razão é precisamente a razão contrária da anterior, ou seja, que só dá nas vistas e só na chama à atenção aquilo que não está correcto ou aquilo que nos desilude.
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Pois neste fim de semana o pouco que aconteceu cá pela terra foi positivo, principalmente no que diz respeito às escavações arqueológicas e à informação vertida sobre os balneários romanos, porque as pessoas, a população em geral, merece e deve ser informada do que lá se passa, nem que seja pela simples razão de se explicar o que lá se passa e que aquilo afinal não é um buraco (como alguns dizem) mas algo de muito importante para a história, principalmente a da cidade de Chaves e do nosso passado romano.
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Um bem haja para o município por finalmente explicar e fazer daquela escavação um museu ao ar livre, só peca mesmo é por defeito, pois as anunciadas visitas às escavações não aconteceram durante o fim-de-semana (como estava anunciado em cartaz) e o painel explicativo, no meio de tão grandes escavações e largo envolvente, não passa de uma agulha num palheiro, que ninguém vê, a não ser que tropece com ele, aliás o mais visível mesmo no largo são as placas da obra e o Sr. Eusébio da Silva Ferreira. Valha-nos ao menos isso, o Eusébio, que no largo faz boa figura.
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Mas este assunto é sério demais para ser tratado com leviandade e, da minha parte, fica prometido deixar aqui pelo blog toda a informação possível sobre as escavações assim que me for possível, entretanto, se olharem com atenção, no meio do largo há um pequeno cartaz, minúsculo mesmo para a importância que tem, com algumas informações sobre o que por lá se passa. Pode ser que para o próximo ano se dispense uma das fotos de grandes dimensões do festimage, para deixar nestas escavações uma informação atraente e visível.
Eu bem tento os elogios, mas, nem sempre são possíveis, porque nem sempre vale a intenção. Há vezes em que mais vale nada fazer do que fazer mal. Gostei das senhoras a distribuir informação, mas de tão mal habituado que o pessoal está, toda a gente lhes fugia, pois pensavam que eram testemunhas de Jeová, publicidade indesejável, ou coisa parecida.
Só resta mesmo explicar as primeiras imagens do post, pois a primeira tenta retratar aquilo que seriam os baneários romanos no seu interior e a segunda os mesmos vistos do exterior. Seria mais ou menos isso que existiu há cerca de 2000 anos no arrabalde. Imagens bem mais simpáticas que as actuais.
Até amanhã, com outros olhares.