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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

02
Jan09

Como vem sendo habitual no blog, o dia 2 de Janeiro é tempo de balanço e comemoração.

Balanço porque terminou o ano velho de 2008 e comemoração porque esta é a data oficial do aniversário do Blog Chaves, que anda por aqui nestas lides há 4 anos. Pouco tempo, uma insignificância reduzida a nada se de história se tratasse, mas muito tempo para um blog, uma coisa que até nasceu como uma experiência da Internet à qual os mais críticos não lhe agoiravam qualquer futuro. Também este blog nasceu por acaso e bem longe de ser aquilo que hoje é. Também eu comecei com este blog como de um brinquedo se tratasse, daqueles que se usa e abusa nos primeiros dias e que depois, aos poucos, se vai esquecendo aqui e ali até desaparecer. Pois com o Blog Chaves tal não aconteceu e depressa deixou de ser um brinquedo para se tornar coisa séria, pois com o tempo dei-me conta que era também gente séria que está aí do outro lado do ecrã à espera de mais um bocadinho da terrinha, que dá pelo nome de Chaves.

O tempo fez com que este blog tivesse também um pouco de organização e colaboração, que sempre são poucas. O blog aos pouco estruturou-se em dias temáticos, com dias destinados às aldeias, dias destinados à opinião, dias destinados aos ilustres flavienses, outros destinados ao coleccionismo e outros ainda aos convidados do blog, com os seus discursos sobre a cidade. Mas quis também, em termos de notícia e apanhados do dia-a-dia, que este blog fosse mais interveniente, e assim vamos tendo por aqui o Repórter de Serviço e as Notícias do dia quando acontecem e agora mais recentemente, e para aparecer mais vezes o "em agenda". A primeira é uma rubrica aberta a todos quantos queiram colaborar e a segunda, da responsabilidade de um jornal da terrinha e um profissional da informação que nos deixa antever as noticias que vão ser notícia nas suas edições e a última, um pouco do que vai acontecer em termos de cultura e espectáculos em Chaves.

Embora se adivinhem novas alterações à estrutura do blog com a introdução de novos temas, mesmo porque alguns dos existentes esgotarão com o tempo, o blog actualmente está assim estruturado:

Segunda-feira – Dia destinado aos Ilustres Flavienses, por cuja galeria já passaram Nadir Afonso, António Granjo, Ribeiro de Carvalho, Almeida de Carvalho, Inácio Pizarro, Comendador Brenha da Fontoura, Dr. Júlio Gomes, Anaíza Ripado, Monsenhor Alves da Cunha, Dom Afonso (I Duque de Bragança) e Tomé de Távora e Abreu.

Este será um tema que em breve esgotará, pois infelizmente Chaves não tem assim tantos ilustres que garantam esta rubrica durante todo o ano e ao contrário do Dicionário dos Ilustres, na rubrica dos ilustres deste blog não cabe toda a gente, ou seja, são os meus ilustres flavienses, aqueles que por uma ou outra razão fizeram alguma coisa por,  ou projectaram o nome da cidade de Chaves.

Terça-feira – Dia destinado a outros olhares sobre a cidade de Chaves. Gente não flaviense que por aqui passou e que a levou Chaves registado em imagem. São precisamente essas imagens que por aqui estão e continuarão a estar todas as terças-feiras.

Quarta-feira – Este é o meu dia, pois o blog já há muito que deixou de ser exclusivamente meu. É este o dia que tenho reservado para os elogios àquilo que por cá se faz, mas também à crítica e ao meu discurso sobre a cidade. Uma cidade onde nasci, vivo e na qual pela certa vou morrer. É a cidade que se transformou em minha casa, a casa de um  e de muitos flavienses e à qual, como cidadão, não posso ser alheio. Elogio o bem que lhe fazem mas também não me passa despercebido o bem que lhe negaram ou pior ainda, o mal que lhe fazem.

Dizem uns, que poucas vezes elogio os feitos e, respondo eu, que apenas se pode elogiar aquilo que merece elogio. Dizem (porque eu recebo os recadinhos todos) que apenas vejo o mal da cidade…pois que assim seja, e para mim até chega como elogio, pois eu ainda vou tendo algum discernimento para distinguir o bem e o mal  que me distancia cada vez mais do tempo das palas (políticas) que apenas  deixam ver num só sentido. O bem, deveria ser natural e praticado como tal por aqueles que amam a cidade e por essa razão,  quando se pratica, confunde-se com a natureza porque na natureza tudo é belo e perfeito.

Continuarei a estar atento à vida da cidade mesmo sabendo que isso tem alguns custos, mas é bom, deitar-me todas as noites e saber que vou dormir tranquilamente e , que não fico em dívida com a minha consciência. É o sonífero perfeito para se dormir profundamente e ter sonhos cor-de-rosa.

Claro que neste ano de 2009 irei ser mais comedido nos temas e palavras que trarei por aqui. Não quero confusões neste blog e entenda-se por confusões as guerrinhas partidárias e politiquices que este ano irão estar na baila, não fosse ele ano de eleições. Estou numa fase em que já pouco me importa se é um ou outro partido que ocupa o poder, pois esta breve história da democracia já deu para entender que todos os partidos são iguais. Apenas lhes interessa o poder e acomodar os seus. Ideais de fora,  se é que ainda existem, e esquedalhos e direitalhos todos na mesma panela ou tacho, o resultado do cozinhado é o mesmo. Deixa um amargo de boca e algumas indigestões para a maioria, proveitos para alguns e muitas promessas cuja validade termina no dia das eleições. Interessam os Homens que estão à frente do poder, mas até hoje, apenas nos tem calhado na rifa imitações de Dom Sebastião, pois perdem logo o Norte com a mais pequena neblina. E que dizer de Chaves, onde são conhecidos os intensos nevoeiros!?

Infelizmente tem sido este o tom de conversa nas quartas-feiras do Blog. Bem o queria mudar, mas não me deixam ou pouco se faz para que mude.

Quintas-feiras – Dia de coleccionismo de temática flaviense. Uma rubrica que é feita com a colaboração do Blog da Rua Nove e que irá durar enquanto houver coleccionismo para trazer por aqui. É também um bocadinho de Chaves e das suas associações que ,com o pretexto deste tema, vão passando pelo blog.

Sextas-feiras – Dia de discursos sobre a cidade, onde os actuais cinco autores vão trazendo aqui um pouco das suas memórias, história e estórias, a sua poesia, a sua revolta e o seu dizer a cidade de Chaves. Cinco autores de luxo cujas palavras vão para além deste blog e aos quais deixo aqui publicamente a minha gratidão por dispensarem algum do seu valioso tempo para este blog e para a cidade que, sendo eles flavienses de nascença ou não, é uma cidade que transportam também no coração.

Começando pelas senhoras e por ordem das publicações, temos por cá os discursos de:

- Fé Alvarez, a asturiana que há muito se rendeu aos encantos e recantos da cidade e que,em castelhano, nos vai trazendo aqui as sempre interessantes estórias vividas e por ela conhecidas, do casco velho da cidade.

- JCB – José Carlos Barros, poeta consagrado e amante da cidade, por cá debitou e cruzou os seus passos do tempo de estudante, conhecedor da vida profunda e underground da cidade e do seu povo, traz-nos sempre com elevação um pensar sério sobre a cidade com a arte da poesia.

- Tupamaro – Prefere ser este o pseudónimo que deixa por aqui, um amante puro e fervoroso da cidade e das freguesias, com um carinho especial pela sua. Também a ele lhe doem todos os maus passos que por cá se dão. Por Zeus, ama este rincão como ninguém.

- Blog da Rua 9 – É com arte, mestria e cuidado tudo o que faz. Prefere o anonimato que não é tão anónimo assim, pois nos seus discursos e nos seus blogs conhecemos a pessoa e o homem que está por trás. Amigo e flaviense de sempre. Também para ele Chaves é uma amante. Sinto-me reconhecido e honrado por ter a sua colaboração, que vai para além dos discursos sobre a cidade.

Gil Santos – Escritor e contador de estórias como ninguém,. Tem-nos trazido aqui ao blog muitas das estórias de Chaves e da montanha. Estórias do povo, algumas vividas de perto, sempre tão interessantes como brejeiras e que deixam a nu o ser do nosso povo e o ser flaviense. Autor de dois livros que são de leitura obrigatória para todos os flavienses: «Ecos do Planalto», com estórias do planalto da Serra do Brunheiro e da Padrela e recentemente publicado «António Pereira dos Santos – De Chaves a Copenhaga – A Saga de um Combatente».

Serão estes os autores dos Discursos que continuaremos a ter por aqui todas as sextas-feiras.

Sábado e Domingos – Como já vem sendo habitual, estes dois dias, são e serão dedicados às aldeias e freguesias do concelho. Aos Sábados continuaremos a ter por aqui o Mosaico de uma freguesia, com os seus dados gerais e com algumas das fotos que fizeram o post de cada aldeia. Aos Domingos, uma aldeia.

Já por aqui passaram a maioria das aldeias, mas o meu contrato de trazer aqui todas as aldeias do concelho mantém-se. Em breve esta recolha de fotos e dados ,que já dura 4 anos, terminará e todas as aldeias terão aqui o seu post alargado, mas após essa data, continuarão a ser as aldeias, os seus pormenores, usos e costumes que continuarão a estar por aqui. Continuaremos a trazer aqui a sua difícil realidade de existir, a realidade dos resistentes e do despovoamento, mas também dos sentimentos mais profundos do ser flaviense. Vida de montanha e de rigor que só a morte arrancará a estas aldeias. Aldeias tão simples como nobres que não merecem o esquecimento a que estão dotadas. Continuarão a ter voz neste blog, sempre, enquanto existir o blog e a aldeia, pois algumas, adivinha-se, seguirão o fim de Vila Rel.

E só resta mesmo trazer aqui alguns dos momentos mais marcantes deste blog e da cidade no ano de 2008 que terminou:

 

Janeiro de 2008 – O Casino Chaves abre as suas portas com um espaço moderno e de jogo e diversão, distribuído por 300.000m² onde conta também com um Hotel de 4 estrelas com 72 quartos e 6 suites. Eis Chaves da Modernidade.

 

Maio – Concorda que a Ponte Romana passe a ter utilização unicamente Pedonal? – foi esta a questão que o blog Chaves lançou online e que teve a adesão da maioria da blogosfera flaviense. Responderão a esta questão 5.085 pessoas, das quais 82% se manisfestaram a favor do encerramento da ponte, contra os 17% que pretendiam que a ponte continuasse com transito. A ponte fechou definitivamente ao trânsito. Foi um momento que ficou registado para a história de Chaves.

5 de Julho de 2008 - Morre o Dr. Mário Gonçalves Carneiro, médico e ilustre flaviense

que dedicou grande parte da sua vida às Termas de Chaves e à cidade. Doou todo o seu rico espólio à Câmara Municipal de Chaves.

Em 22 de Setembro -  o Blog Chaves atingiu as 500.000 visitas, um número que há 4 anos atrás se pensava inatingível.

Outubro de 2008 – O Blog Chaves inicia a rúbica dos ilustres flavienses inaugurando-a um dos mairoes ilustres de sempre - Nadir Afonso. Um pouco da vida e obra do Mestre que com 88 anos ainda continua a pintar e expor. Um nome que já há muito ultrapassou as fronteiras portuguesas da arte. Um flaviense do qual nos orgulhamos e para o qual a cidade está em dívida, pelo menos enquanto não for construída a fundação Nadir Afonso. Não basta falar-se dela e acenar-se com intenções e projectos.

 

30 e 31 de Outubro, 1 de Novembro - Feira dos Santos a tradição cumpriu-se e a polémica também, numa feira que tráz à cidade milhares de pessoas e em que feirantes e comerciantes da cidade se mostram (sempre) descontentes. No entanto este ano a feira deu um passo à retaguarda. Inaugurou-se um novo espaço destinado a este tipo de eventos, mas separou-se fisicamente a feira em três espaços. Não agradou a ninguém esta separação, principalmente aos feirantes dos divertimentos que viram o seu recinto quase sempre às moscas. Quanto ao programa oficial da feira, foi só pimbalhada, com bombos, concertinas, cabeçudos e alguns foguetes no ar. Os responsáveis da feira e da cidade ainda não deram conta que a Feira dos Santos é o maior evento que a cidade tem.,mas em nada o aproveitam para promover a cidade e o concelho.

29 de Novembro – Estreia em Chaves a Suite Sinfónica Aquae Flaviae  de autoria do Maestro flaviense José Firmino dirigida por outro flaviense o Maestro José Lobo. Um ponto alto da música e da cultura oferecido por mãos de mais dois ilustres flavienses.

Dezembro de 2008 - Ponte Pedonal e Margens Ribeirinhas do Tâmega – Polis. Sem dúvida alguma que visualmente foi aquilo que de mais importante aconteceu em Chaves. Só elogios e até se desculpam alguns luxos cometidos em tempo de crise e algumas localizações menos felizes,  além do circuito pedonal ainda não estar completo. Mas mesmo com estes pequenos senãos, quem nos dera que todas as obras em prol de Chaves, fossem com estas.

Durante todo o ano – Já no ano anterior num espaço destinado a estacionamento subterrâneo, descobriram-se valiosos vestígios do passado onde se adivinhavam importantes construções romanas. Pois durante todo o ano de 2008 decorreram as escavações do Arrabalde onde se puseram a descoberto um complexo de  Termas Romanas. Imperou o bom senso. A ideia da construção do estacionamento previsto para o local foi abandonada, pediu-se a classificação do local e espera-se que por lá nasça um novo museu, com exposição de todos os ricos achados, além das piscinas termais lá encontradas. Quanto aos estacionamentos, que sempre faz parte das promessas eleitorais, continua-se como dantes – mal e a pagar.

E agora os agradecimentos.

Em primeiro agradeço-lhe a si que está a ler estas linhas e para o qual este blog é feito. Agradeço a todos os colaboradores do blog, principalmente aos autores dos discursos e ao Paulo Reis/Jornal a Voz de Chaves por partilhar aqui algumas das notícias do jornal. Ao Flickr por me disponibilizar o código html das fotos, ao SAPO pelo alojamento do blog e a todos os companheiros da blogosfera flavienses, principalmente àqueles que têm participado nos nossos convívios.

 

Quanto às fotos de hoje, à excepção da primeira, são do TOP TEN das fotografias consideradas mais populares no Flickr ao longo destes 4 anos de alojamento de fotos,  onde não estranha que as fotos das nossas aldeias estejam nos primeiros lugares do ranking das favoritas, e um agradecimento especial para os grupos "Postais Ilustrados de Portugal" e "Ilustrar Portugal", que tanto têm contribuído para a divulgação da cidade de Chaves em imagem por todo o mundo.

 

Até amanhã, de volta a mais um mosaico das Freguesias.

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