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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

04
Abr09

Mosaico da Freguesia de Valdanta


 

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Localização:

A 4 km do centro da cidade de Chaves ocupando toda a periferia ocidental desta. Em termos físicos e de casario, as freguesias de Valdanta e a freguesia urbana de Stª Maria Maior já estão ligadas não havendo no terreno qualquer separação entre elas, o que transforma esta freguesia em mais uma da malha urbana da cidade de Chaves, embora, ainda mantenha algumas das suas características rurais.

 

Confrontações:

Confronta com as freguesias de Santa Maria Maior, Samaiões, S.Pedro de Agostém, Curalha, Soutelo e Sanjurge.

 

 

Coordenadas: (Adro da Igreja de Valadanta)

41º 44’ 28.45”N

7º 30’ 10.78”W

 

Altitude:

Entre os 350m e os 450 metros.

 

Orago da freguesia:

São Domingos

 

Área:

9,84 km2.

 

Acessos (a partir de Chaves centro):

– Chaves, Stº Amaro, Casas dos Montes (Granjinha/Cando/Valdanta)

   Chaves, Stº Amaro, Aregos, (Abobeleira)

 

 

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Aldeias da freguesia:

            - Valdanta

            - Abobeleira

            - Cando

            - Granjinha

 

População Residente:

            Em 1900 – 655 hab.

            Em 1920 – 653 hab.

Em 1940 – 893 hab.

            Em 1960 – 790 hab.

            Em 1981 – 920 hab.

            Em 2001 – 1200 hab.

 

A população residente ao longo dos últimos 100 anos tem registado gradualmente uma subida e penso que a tendência da subida se manterá durante as próximas dezenas de anos. O valor mais baixo de população a que tive acesso é do ano de 1864 em que a freguesia contava com 525 habitantes. O valor mais alto em registo de Censos, é o do ano de 2001 com 1200 habitantes, no entanto não foi este o valor mais alto registado na freguesia, pois um correcção ao Censos de 1981 (com registo inicial de 920 habitantes) feita no ano de 1989, corrigia o número para 1238 habitantes.

 

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Principal actividade:

- Embora hoje seja praticamente uma freguesia dormitório, ainda é a agricultura a principal actividade da freguesia, ou talvez não, pois o jogo hoje marca pontos por terras de Valdanta, não estivesse o Casino Chaves implantado em terras da freguesia.

 

Particularidades e Pontos de Interesse:

Se tivesse que resumir em duas linhas a freguesia, diria dela que é uma freguesia com muita história e estórias, tradições, união inter-aldeias e com importante espólio arqueológico e histórico e, assinalaria negativamente, o seu crescimento desorganizado, não planeado e o abandono e esquecimento de todo o seu espólio histórico e arqueológico, mas vamos por partes.

 

Hoje em dia, em termos de população,  existem duas freguesias dentro da freguesia. A população “nativa”, aquela que nasceu lá e é descendente das antigas famílias da freguesia, a tal que ainda é unida, vive em espírito de aldeia e cumpre as suas tradições e a nova população que contribuiu para o seu crescimento desorganizado e não planeado, que se serve da freguesia como dormitório, que não é natural da freguesia e que não se costuma misturar na vida e tradições das aldeias da freguesia, os mesmos que fazem desta freguesia, mais uma freguesia urbana.

 

Em termos de tradições, sem duvida alguma que são os Reis aqueles que ocupam o topo das tradições da freguesia e que unem à sua volta toas as aldeias da freguesia e todos os seus naturais, sendo uma das tradições que ainda traz à freguesia muitos dos seus filhos ausentes. No final deste post há link para um post que já dediquei a esta tradição centenária da freguesia. Outras tradições se vão mantendo e que também vão fazendo as delicias da freguesia, como a matança do porco, que nos últimos anos se transformou também em festa da freguesia ou da aldeia da Abobeleira, também com link no final para post neste blog.

 

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Também no campo histórico do património religioso e arqueológico esta freguesia atinge a sua notabilidade, simplesmente porque o seu património é notável. Valdanta que também nos surge com Vale de Anta é um topónimo que alude a isso mesmo e à presença de monumentos megalíticos. É famosa a estação de arte rupestre ao ar livre de Outeiro Machado, com um numeroso conjunto de petróglifos, inscritos maioritariamente num grande dorso granítico  e emergente de um arenoso solo do que se crê serem antigos terraços fluviais testemunhados por grande quantidade de seixos rolados existentes nas redondezas e que mereceu já estudos de diversos arqueólogos como Mendes Correia e Santos Júnior, entre outros. O conjunto integra numerosos cruciformes, ferraduras, motivos em forma de letra grega “fi” e paleta, bem como vários pares de covinhas unidos por linhas rectas, colheres (com covinha+recta). No entanto o motivo mais enigmático é o que dá nome a esta estação – um machado. Cronologicamente falando podemos estar a falar de gravuras que vêm desde a proto-historia, outras serão medievais e algumas serão até bem recentes, ou novas gravuras poderão surgir a qualquer momento, pois este monumento referenciado por todos e estudado por muitos, está pura e simplesmente abandonado e, admira-me até, como ainda se vai mantendo mais ou menos intacto e não foi ainda transformado em paralelos para uma qualquer calçada ou pedra para construção, pois tal como se apresenta no local, aparentemente não passa de um simples penedo qualquer… e culpados para o abandono não há e, o melhor mesmo é ficar-me por aqui, senão ainda vem aí um Toninho qualquer dizer que mais uma vez me estou a meter onde não devo e a maltratar e responsabilizar as minhas amizades…

 

No Cando também se assinalam mais duas pedras com arte rupestre, na Abobeleira ruínas de uma barragem romana onde são ainda visíveis restos de aqueduto (ao abandono também e sem qualquer protecção) e na Granjinha podemos encontrar uma pérola do Românico naquela que é apontada como a capela mais antiga deste estilo na região, a mesma que há muito pede obras, não só no interior como na sua envolvente e que se não fossem os habitantes da Ganjinha, também era mais um monumento abandonado que até as crianças impressiona, é assim que entendo o peditório que no passado ano fizeram um grupo de alunos de uma das nossas escolas para arranjos na capela, gesto aliás louvável pela sensibilidade dos alunos, tão louvável como vergonhoso para quem é responsável pelo abandono (Já agora, que é feito desse dinheiro!?)… Tá bem Toninho, hoje não falo mais destas coisas! Mas a culpa destes abandonos não é minha!

 

Ainda na Granjinha é conhecido todo um tesouro romano por descobrir testemunhado por alguns achados, entre os quais uma ara votiva romana  invocada ao “Genius Municipalis” dos Aquiflavienses.

 

Para terminar de realçar o património religioso da freguesia com a Igreja Paroquial, as Capelas de Stª Bárbara e N.Srª da Lapa, um Calvário e dois cruzeiros, o paroquial e o do Cando.

 

 

 

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Link para os posts neste blog dedicados às aldeias e tradições da freguesia, entre outros:

 

            - Post de Valdanta em: http://chaves.blogs.sapo.pt/344308.html

            - Post da Abobeleira em: http://chaves.blogs.sapo.pt/278053.html

            - Post do Cando em: http://chaves.blogs.sapo.pt/239179.html

            - Post da Granjinha em: http://chaves.blogs.sapo.pt/243407.html

 

            - Reis de S.Sebastião em: http://chaves.blogs.sapo.pt/346649.html

            - A matança do porco em : http://chaves.blogs.sapo.pt/339613.html

 

 

 

 

Link para os Blogues dedicados à freguesia:

 

Claro que não poderia terminar sem agradecer aos amigos da blogosfera naturais desta freguesia. Agradecimentos para os blogers Lai Cruz, A.Pereira e Jorge Romão, mas também para o discursante deste Blog Tupamaro e para o amigo da Granjinha A.Cruz e Luís da Granjinha e ainda para o Jorge, o homem das matanças do porco na Abobeleira e claro, para todos os Valdantinos que tão bem nos têm recebido nas suas festas e tradições.

           

 

 

Blog Lai, Lai de Lai Cruz: http://lcrux.blogs.sapo.pt/

Blog de Valdanta de J.Pereira: http://valdanta.blogs.sapo.pt/

Blog Val de Anta de J.Romão: http://vale-de-anta.blogs.sapo.pt/

 

           

 

E quanto à freguesia de Valdanta, digo até ao próximo post, pois pela certa que este não será o último que passa por terras da freguesia.

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