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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

12
Jul09

Com o Verão, sabe bem a frescura da nossa água...


Como o calor começa a apertar, um pouco de água fresca, calha sempre bem. Hoje, em vez de irmos até uma aldeia, vamos até os nossos lugares da água, um pouco espalhado por este nosso concelho. Lugares que convidam a um banho, que como se verá mais à frente, nem sempre é possível ou recomendável, mas pelo menos, a companhia da água já nos dá a frescura para uma boa merenda à beira d’água.

 

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Vamos começar pelo açude de Vila Verde da Raia, em sua memória, pois foi até aos anos 80 a nossa praia por excelência.

 

Ao açude, aconteceu-lhe um pouco como à maioria das nossas aldeias, ou seja, no tempo em que era povoado e utilizado por centenas de pessoas, não tinha o mínimo de condições para as receber. Arranjou-se o local com um parque de merendas, grelhadores, mesas, instalações sanitárias e um parque infantil e transformou-se o açude em praia fluvial oficial e, como que por magia, as pessoas deixaram de aparecer, sendo actualmente um local totalmente despovoado de vida humana a desfrutar do local e, mesmo que quisesse fazer do açude a sua praia fluvial, o Ministério do Ambiente, com um simples cartaz, deu a machada final no Açude, ao considerar o local impróprio para banhos. É mais fácil proibir do que cuidar quando do ambiente se trata, mas poucos foram os que se preocuparam (ou preocupam) com o nosso Rio Tâmega, quando foi a base para as indústrias do betão durante muitos anos.

 

Fica a foto possível do Açude de hoje, em sua memória.

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E do Rio Tâmega para a Barragem de Curalha, é este o nome embora o acesso se faça por Valdanta. Uma barragem que foi construída para regadio mas que acabou por se transformar também num local bonito e agradável, ao qual recomendo uma visita, mas só isso, ou quase. Se por um lado o seu estado “selvagem” a torna mais natural, por outro lado o local sugere qualquer coisa de apoio ao bem-estar e ao lazer.

 

Não funciona como praia fluvial pois não tem qualquer tipo de apoio ou vigia, nem sequer se conhece a qualidade da água para esses fins. A banhos, só mesmo os selvagens, pois por lá também não há nada que os proíba, selvagens e com os riscos do ser selvagem.

 

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Idem aspas barragem de Curalha, igualmente bela e selvagem, com a mesma finalidade de regadio e com muitas “lameiras” à sua volta. Falta-lhe o arvoredo, pois à sua volta privilegiam-se  os campos de cultivo no aproveitamento de terra fértil.

 

De menores dimensões que as restantes barragens do concelho, também sugere algo de apoio ao bem-estar e lazer e até uma praia fluvial, mas nada disto existe por lá. Assim, também recomendo a visita, quanto a banhos, só selvagens, pois também por lá embora não haja apoio, também não há nada que os proíba.

 

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Pois se as restantes barragens sugerem qualquer coisa de apoio ao bem-estar e a uma praia fluvial, esta, pelas suas dimensões sugere muito mais, mesmo no campo desportivo.

 

Tal como as outras foi uma barragem construída para regadio mas também para abastecimento de água às populações.

 

Construída num belíssimo local e com vistas também de encantar, desde o espreitar para o vale de Chaves e para a cidade, mas também, bem altivos são os montes que rematam lá ao fundo na silhueta do Castelo de Monforte.

 

Se não conhece, é de visita obrigatória, em qualquer estação do ano, pois a sua beleza e a da sua envolvente, são como o camaleão, só que em vez de se adaptarem as cores ao ambiente, é ela própria a dar cor ao ambientes das estações.

 

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Foto gentilmente cedida por uma filha da terra – Ana.

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Em tudo selvagem e se não fosse pelo paredão que contém as águas, eu diria que estava à beira de um lago natural.

 

É uma linda barragem, mas também a que tem piores acessos para se ir até lá de visita. Um todo terreno recomenda-se, ou então, uma boa caminhada que pode ser feita desde Vilela Seca ou desde o Cambedo. Para que for de visita (em todo o terreno ou de caminhada) recomendo entrar por uma povoação e sair pela outra.

 

Também as vistas têm a sua elegância.

 

Quanto a praia fluvial, igualmente nada, mas não é um nada de nadar, mas um nada de não existir e se da barragem fizer praia, também nada por lá o proíbe, é por conta e risco de quem o faz.

 

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Deixando as barragens passamos às praias fluviais do concelho, começando por Segirei.

 

Esta sim, tem condições para dela se fazer praia e umas boas merendas, almoços ou jantares, com instalações de apoio, grelhadores, mesas, e até um bar em funcionamento, mas mais que isso, tem um rio limpo (Rio Mente) e o interesse de toda a zona envolvente para explorar  e encantar, mas com tempo, pois temos por lá uma das mais belas, senão a mais bela  rota do contrabando, principalmente do lado Galego, não só pelas belezas naturais, mas também pelo tratamento de toda a rota, que o lado português  não soube acompanhar e é pena, pois bem poderia ser um roteiro turístico de qualidade que iria muito além de turista ver, pois atingiria o encanto de qualquer turista e, mesmo assim, encanta (o lado galego).

 

O explorar é extensivo a toda a freguesia, mas também convém não esquecer que do outro lado do rio, em frente à praia, começa o Parque Natural de Montesinho.

 

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E para terminar vamos até à praia fluvial  de S.Gonçalo, ou melhor, até ao parque de merendas de S.Gonçalo e, se for até lá, leve mesmo uma merenda, pois vai precisar dela, porque pela certa que se vai demorar por lá.

 

Fica a escassa centena de metros da praia de Segirei, mas quanto ao acesso, aí as centenas de metros multiplicam-se, não só na distância como também na dificuldade, pois é um dos locais mais isolados do concelho que para atingi-lo, também se recomenda um todo o terreno. Poderá ir por Parada ou por Orjais, ou entrar por uma das povoações e sair pela outra, aliás eu recomendo mesmo que assim se faça, pois assim, além de S.Gonçalo, também poderá deitar uma vista de olhos às duas aldeias, que por sinal também são das mais distantes e isoladas do concelho.

 

S. Gonçalo poderia ser o paraíso perfeito, longe de tudo e de todos se não fosse o mau gosto de algumas construções clandestinas que apareceram por lá. E digo algumas, pois além de inestéticas ou abarracadas, não se enquadram no local, principalmente as que estão em frente à capela. Já outras, embora gozem da mesma clandestinidade, tiveram pelo menos o bom gosto de cuidar um pouco da construção e de as “camuflar” por entre o arvoredo, sem o destruir… e é assim, quando queremos estar em cima do paraíso, acabamos por o destruir, mas ao que consta, por lá, oficialmente nada existe e as construções, pela certa, que caíram lá, “e prontos”.

 

Se forem por lá, abstraiam-se dos mamarrachos e gozem o que ainda resta do paraíso, e pena foi um maldito incêndio ter comido o verde da antiga floresta,  ah!, e esqueçam os telemóveis, pois por lá não há uma pontinha de rede, nem telefones, nem electricidade.

 

Até amanhã, com muita cultura, livros e poesia da nossa gente.

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